30 de novembro de 2011

Novas medidas de estímulo à economia

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anuncia amanhã de manhã novas medidas de estímulo à economia.

As medidas deverão beneficiar os setores têxtil e automotivo, e serão publicadas em edição extraordinária do diario oficial.

O anúncio das medidas está previsto para as 10h. Antes, Mantega se reúne com empresários do Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV) para comunicar as medidas relativas ao setor têxtil.

O ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, também deve participar do anúncio das medidas.

O governo está muito preocupado com os efeitos da crise global sobre a economia.

As indicações são de que o país comece o ano de 2012 crescendo a um ritmo abaixo de 3%, considerado muito preocupante.
A presidente Dilma Rousseff quer respostas rápidas da área economica do governo para evitar uma freada tão brusca.

28 de novembro de 2011

Mercado mantém previsão de Selic neste ano em 11%

Para o ano de 2012, projeção do BC para a taxa Selic é de 10%; estimativas de crescimento do PIB também foram cortadas

O mercado financeiro segue prevendo que a Selic terminará 2011 em 11% ao ano e 2012 em 10% por cento, de acordo com o relatório Focus do Banco Central (BC) divulgado nesta segunda-feira, que mostrou nova revisão para baixo nas perspectivas para o crescimento econômico e para a inflação em 12 meses.

Esse é o último relatório Focus antes da decisão de política monetária, que ocorrerá na próxima quarta-feira.

As instituições consultadas pelo BC reduziram ainda para 5,58% a expectativa para a inflação em 12 meses, ante 5,62% há uma semana. As estimativas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano e para o próximo também foram cortadas. Para 2011, o mercado espera que a economia avance 3,10 por cento, contra 3,16% na semana anterior. A previsão para 2012 caiu para 3,46% , frente a 3,5% no documento anterior.

Na contramão, as previsões para inflação neste ano e no próximo sofreram leve acréscimo. O prognóstico para a alta do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu a 6,49%, ante 6,48%  na semana passada, enquanto a perspectiva para 2012 teve ligeiro avanço a 5,56%, na comparação com 5,55% da última semana.

15 de novembro de 2011

Bolso saudável: veja 5 dicas para acabar com as dívidas

A palavra crédito nunca esteve tão presente na vida dos brasileiros. Só que a facilidade para fazer empréstimos e financiamentos para pagar dívidas e despesas que não estavam previstas no orçamento pode trazer problemas para os consumidores.

Afinal, muitos dos que usufruem esses meios não conseguem honrar seus compromissos pelos mais variados motivos. O endividamento chega e esses consumidores se veem diante de uma situação bem difícil de driblar.

Percebendo esse contexto, a Fundação Procon-SP listou cinco orientações para os endividados, com dicas de ações práticas que eles podem adotar. Confira abaixo!

1. Organização
Definitivamente, o primeiro passo para quem tem dívidas é visualizar a extensão do problema. Para isso, detalhe todas as dívidas que possui (quem é o credor, a quantia devida, o tempo que está endividado etc), seus créditos (salário, rendas extras, colaborações de parentes, aplicações financeiras etc) e também todas as despesas (desde as fixas até as que variam).

Dessa forma, é possível ter uma visão panorâmica do orçamento e perceber onde é possível realizar cortes de despesas.

2. Controle
Para controlar efetivamente as despesas, existem algumas medidas radicais - e necessárias! - que vão ajudar no corte de gastos. Primeiramente, corte tudo que for supérfluo, como a TV por assinatura e o celular. Pense que isso ocorrerá por um tempo, até você deixar suas contas no azul. Também evite gastar dinheiro com lazer, buscando as opções gratuitas que sempre existem na cidade onde você mora.

Além disso, é preciso realizar uma grande mudança no seu padrão de consumo. Como? Adeque o padrão de vida aos seus reais rendimentos, mesmo na compra de produtos essenciais; pequise preço, forma de pagamento e o CET (Custo Efetivo Total) antes de adquirir qualquer produto; planeje sempre as compras, não agindo por impulso e gastando somente o necessário; quando sair de casa, leve na carteira o dinheiro suficiente para as despesas do dia, deixando o cartão de crédito e as folhas de cheque.

Outra mudança essencial é deixar de enxergar o cheque especial como um segundo salário, pois ele não é.

3. Educação
Conforme lembra o Procon-SP, a educação financeira é um dos pontos-chave para controlar o endividamento. Assim, elabore um plano para controlar todas as despesas e envolva toda a família nesse processo.

Dentro disso, está incluída a necessidade de acompanhar diariamente o saldo no banco e as despesas pagas no cartão de crédito. Olhando os números com frequência, vocês terão uma noção mais real do orçamento familiar, e, com consciência, economias cotidianas poderão ser feitas mais facilmente. Por exemplo, a redução nas contas de energia elétrica, telefone, transporte e tantas outras.

4. Ajuste
Uma maneira de ajudá-lo com a mudança de hábitos é ter em mente qual o valor que realmente pretende disponibilizar para quitar as dívidas. Afinal, tendo um objetivo concreto, é mais fácil visualizar caminhos para alcançá-lo.

Outra possibilidade para ter o valor para quitar a dívida, além de economizar, é utilizar o dinheiro que você tem aplicado. Faça as contas e avalie bem essa possibilidade.

Caso não tenha recursos para saldar as dívidas, pense na possibilidade de obter crédito com taxas menores, como a antecipação da restituição do imposto de renda ou o empréstimo consignado. Mas não se esqueça de ficar atento a todos os valores, principalmente dos juros, taxas, CET e demais encargos, fazendo uma avaliação criteriosa.

De qualquer forma, independentemente da forma que você escolher para ter o dinheiro, negocie as dívidas diretamente com os credores ou por meio de uma conciliação nos postos avançados de conciliação extraprocessual.

5. Regularização
Por fim, ao firmar um acordo de renegociação ou quitar a dívida, mantenha tudo bem documentado e providencie a regularização da situação perante os cadastros de inadimplentes. Confira como proceder em cada caso:

- Cheque sem fundo
Procure o credor, efetue o pagamento e solicite a devolução do cheque. Caso a folha tenha sido extraviada, peça a emissão de uma carta de anuência. Com o cheque ou a anuência em mãos (com firma reconhecida e uma Certidão Negativa de Protestos), vá ao banco onde possui conta para que a instituição providencie a retirada do seu nome do CCF (Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundo).

- Título protestado
Vá ao cartório que registrou o protesto e solicite uma certidão para saber quem protestou o título. Em seguida, pague a dívida com o credor e exija uma declaração que comprove a quitação e autorize o cancelamento do protesto. Com o documento em mãos, volte ao cartório e providencie o cancelamento.

- SCPC/Serasa
Primeiro, pague ou negocie a dívida com a instituição credora (cartão de crédito, loja, banco, financeira etc). Após o pagamento integral ou da primeira parcela do acordo, o credor deverá enviar uma notificação pedindo a exclusão do seu nome do cadastro de inadimplentes. Caso você não saiba o valor da dívida ou quem é o credor, vá pessoalmente ao SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito)/Serasa com identidade e CPF para solicitar essas informações.

E lembre-se de que, para a exclusão do cadastro de emitentes de cheques sem fundo ou o cancelamento de protesto, há cobrança de tarifas.

13 de novembro de 2011

Como erguer uma empresa do zero, duas vezes

Nascida como oficina de bicicleta, a Fischer foi destruída por uma enchente, renasceu e hoje fatura R$ 300 milhões.

Os trajes e o entorno já não são os mesmos. Mas a ascensão social pouco fez para mudar a rotina de trabalho de Ingo Fischer. Aos 67 anos, o empresário ainda se diz orgulhoso de manter hábitos criados há 50 anos. Acorda cedo, por volta das 6 horas e, às 7h30, inicia uma vistoria completa na empresa que fundou e preside, a Irmãos Fischer.

É o que considera o segredo para manter saudável uma indústria que começou como uma acanhada oficina de bicicletas, em Brusque (SC), e se transformou em uma potencia regional, dona de fábricas de eletrodomésticos, equipamentos leves de construção civil e, claro, bicicletas -- ainda que, para isso, tenha sido forçada a renascer, após uma das maiores enchetes da história do estado. No ano passado, a Irmãos Fischer faturou mais de R$ 300 milhões.

A rotina atual vem dos tempos de fundação da empresa. Mas a ética do trabalho e a doutrina protestante típica das colônias germânicas do interior de Santa Catarina foram incutidas no empresário desde os primeiros anos de vida. Ingo nasceu em uma propriedade rural de Brusque, falava só alemão em casa e precisou dedicar muito tempo à lida no campo. Ajudava na lavoura, a cuidar das vacas leiteiras, suínos, aves e de outros animais que circulavam no pequeno sítio, de onde provinha o sustento da família.

12 de novembro de 2011

Analistas reduzem projeção para a inflação de 2012

Os analistas do mercado financeiro apontam retração na projeção para a inflação de 2012, segundo dados do boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central (BC).A estimativa de inflação deste ano (IPCA) ficou inalterada em 6,50% e para 2012, regrediu de 5,60% para 5,57%, em um patamar distante do centro da meta de inflação para 2012, que é de 4,50%.

Na medição, a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) nacional  passou de 3,29%, para 3,20%. Já para 2012, a projeção para o crescimento da economia permaneceu inalterada e segue sendo de 3,50% 

Já a aposta para a Selic em 2011 permaneceu em 11,00%, pela sétima semana seguida, e para 2012, foi mantida em 10,50%. A expectativa para o crescimento da produção industrial neste ano apresentou queda para 1,83%, antes os 2,00% da semana passada. Para o ano seguinte, a expectativa permaneceu inalterado em 4,08%.

A previsão para a taxa de câmbio em  2011 foi mantida em R$ 1,75. Para 2012 a taxa seguiu em R$ 1,75. A previsão do mercado financeiro para o déficit em conta corrente neste ano caiu para US$ 55,00 bilhões. Para 2012, o déficit em conta corrente do balanço de pagamentos estimado manteve-se estável em US$ 68,86 bilhões. 

A previsão de superávit comercial em 2011 manteve-se em US$ 27,00 bilhões. Para 2012, a estimativa para o saldo da balança comercial voltou aos US$ 18,90 bilhões, ante US$ 18,80 bilhões da semana passada. Analistas consideraram estável a estimativa de ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED) em 2011 manteve-se com o número de US$ 60 bilhões. Para 2012, a previsão avançou de US$ 52,0 bilhões para US$ 53,0 bilhões.

10 de novembro de 2011

Vídeo CV (curriculum vitae): uma nova forma de buscar emprego

O mercado de trabalho está mudando e, consequentemente, a forma de procurar emprego também. Se antes o currículo padrão era suficiente, hoje as empresas exigem pelo menos uma carta de apresentação bem redigida para conhecer melhor o candidato. Outras vão além e solicitam o vídeo currículo.

E nada de imitar a personagem da atriz Elle Woods no filme “Legalmente Loira” e gravar à beira da piscina num dia de sol. Faça sua apresentação somente depois de estudar a cultura da empresa. O candidado deve pesquisar na internet, ler em revistas e perguntar para amigos que conheçam pessoas que trabalham no lugar para acertar o tom do vídeo.

“De maneira geral, as empresas que pedem formatos alternativos de CV (curriculum vitae) já dão pistas que são menos tradicionais e mais criativas, mas existem outras que o pedem apenas para ganhar tempo na seleção. Nesse último caso, é preciso ter cuidado para não ser muito informal”, avalia a consultora de gestão Luciana Jacob Nogueira.

Depois da pesquisa, pense em um roteiro e parta para a ação: seja natural e não faça vídeos longos e cansativos, com mais de dois minutos. “Normalmente, o empregador indica o que espera do vídeo, como tempo de duração e informações específicas. O objetivo do vídeo CV é captar o máximo de impressões que não podem ser obtidas em uma folha de papel, como desenvoltura, expressão oral, simpatia e objetividade”, diz Luciana.

Lembre-se: o discurso deve estar alinhado ao que a empresa procura. A missão é convencer o recrutador que é a pessoa certa para a vaga. “Para isso, o candidato deve agir de forma confiante. Só precisa tomar cuidado para não parecer arrogante”, indica a consultora.

Luciana Jacob também dá outras dicas importantes. “O vídeo pode ser feito em ambiente fechado, como uma sala de estar, ou em espaços abertos como um jardim. Mas o foco deve ser sempre no candidato. Portanto, é preciso evitar lugares com muito estímulos visuais, para não distrair a atenção do recrutador”.

Essa novidade ainda assusta e muitos candidatos desistem da vaga antes mesmo de tentar. Mas, segundo Luciana Jacob, para fazer um vídeo CV não precisar ter dotes de ator. “Só precisa de um pouco de criatividade, poder de síntese e uma pitada de auto-confiança”, finaliza.

Acima de tudo, o vídeo deve ter um toque individual e transmitir sua personalidade. Se você assistir e não se reconhecer naquela roupa ou discurso, refaça-o.

7 de novembro de 2011

Número de matriculados no ensino superior sobe 110% em 10 anos

O número de alunos matriculados em cursos de graduação no país aumentou 7% no ano passado em relação a 2009. Segundo a edição 2010 do Censo da Educação Superior, divulgado nesta segunda-feira pelo Ministério da Educação, o Brasil atingiu 6,3 milhões de matrículas em 29,5 mil cursos oferecidos por 2.377 instituições.
Considerando toda a última década, de 2001 a 2010, o crescimento no número de matrículas foi de 110%.

"O resultado é positivo e prenuncia o cumprimento das metas estabelecidas para 2010. Houve aumento na matrículas em todo o país e também na qualificação dos docentes, portanto há mais pessoas estudante com mais qualidade", disse o ministro Fernando Haddad.

"Talvez tenha sido a melhor década de acesso à educação superior, tanto em termos relativos como em absolutos - mas sobretudo em absolutos."


Segundo o ministério, um dos fatores que explicam o crescimento é o aumento da oferta de cursos à distância e tecnológicos - a modalidade à distância representou 15% do total em 2010.

Haddad disse que o ritmo de crescimento do ensino à distância só não foi mais forte porque o MEC controlou a alta. "O EAD [ensino à distância] só não cresce mais em função do MEC. O MEC está ditando o ritmo de crescimento do EAD para não ter o efeito da educação presencial. Não queremos que aconteça com a EAD aquilo que aconteceu nos anos 1990 com a educação presencial --crescer descontrolado e com qualidade inferior".

O Censo também detectou que o percentual de matrículas das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste aumentou de 2001 para 2010, em contrapartida ao decréscimo da participação das regiões Sudeste e Sul no total.

Os alunos de graduação também estão mais jovens e preferem estudar à noite.

Em 2010, a média de idade dos alunos dos cursos presenciais foi de 26 anos. Já nos cursos a distância, a média é de 33 anos. Entre 2000 e 2010, as matrículas presenciais noturnas passam de 56% para 63% do total. Considerando apenas as instituições privadas, as matrículas noturnas corresponderam a 73% em 2010.

As mulheres são maioria entre os alunos. No ano passado, 57% das matrículas foram feitas por mulheres, índice que sobe para 61% considerando apenas os alunos no último ano do curso.

"Há uma fronteira a ser explorada. Brasileiros entre 30 e 40 anos que querem voltar a estudar, mas nesse momento estamos mais preocupados com a qualidade do que com a questão quantitativa."

CONCLUINTES
Em relação aos alunos concluintes, o Censo aponta que o crescimento não acompanhou o número de matriculados - ou seja, menos alunos conseguiram terminar os cursos.

Os resultados indicam que praticamente não houve aumento de 2009 para 2010, ano em que foi atingido o número recorde de 973 mil concluintes.

Sobre o ritmo de crescimento menor entre os concluintes, Haddad disse que houve uma mudança de metodologia no ano de 2009, o que superdimensionou os dados naquele ano, e por isso o crescimento verificado entre os dois anos foi menor:

"Peço para desconsiderarem o ano de 2009. Houve uma metodologia que foi introduzida e depois revista." Segundo o ministério, a metodologia usada em 2009 incluía a categoria "provável formando" para classificar os alunos, o que inflacionou os resultados. A categoria deixou de existir em 2010.