31 de dezembro de 2011

Petróleo, energia e café, os campeões de retorno em 2011

Confira os melhores investimentos deste ano, as empresas que mais renderam e mais pagaram dividendos a seus acionistas.

Petróleo, energia e café. Quem investiu nesses setores conseguiu, num ano de muito nervosismo e volatilidade nos mercados, fazer render seu dinheiro. A descoberta das reservas de óleo no pré-sal brasileiro continua dando lucros aos investidores. É do setor a empresa que mais trouxe retorno ao acionista em 2011, a Petróleo Manguinhos. Também pertence à área a companhia que fez a maior abertura de capital na Bolsa de Valores de São Paulo, a Queiroz Galvão Exploração e Produção.


As empresas de energia foram, para não perder a tradição, as que mais pagaram dividendos a seus acionistas. Já o cafezinho de todo dia foi a commodity que mais se valorizou na BM&FBovespa em 2011, com alta de 19,1%. Bateu até mesmo o ouro, que fechou o ano com +16,5%. Os números levam em conta o fechamento do pregão de ontem, 28 de dezembro.

O café arábica bateu o ouro, etanol anidro (9,8%), etanol hidratado (5%), milho (+5%), a soja (-0,8%) e o boi gordo (-3,4%) na BM&F. Em relatório, o Goldman Sachs diz que os preços devem continuar propensos a subir, por causa da produção mundial menor em 2011/12, da forte demanda dos mercados emergentes e dos baixos estoques iniciais. O banco prevê possibilidade de alta em sua projeção de preço para três meses em Nova York, devido às chuvas torrenciais na América Central e às previsões de retorno do fenômeno La Niña. O Goldman Sachs espera uma contínua resposta da oferta aos atuais preços elevados no médio prazo, com uma grande colheita no Brasil durante o ano-safra 2012/13.

As ações da empresa Petróleo Manguinhos subiram nada menos que 100,9% até ontem. As ações já haviam disparado em 2010. A companhia está na mira de Eike Batista. Segundo o colunista Guilherme Barros, em outubro faltava apenas um detalhe para o empresário comprar a Refinaria: a instalação de uma UPP na região, conhecida por altos índices de violência. A empresa produz, comercializa e distribui os principais derivados do petróleo, atuando no mercado através de suas subsidiárias Manguinhos Distribuidora e Manguinhos Química. A fábrica tem uma capacidade de processamento de 15 mil barris de petróleo por dia para a produção de gasolina comum, gás liquefeito de petróleo (GLP), diesel, óleo combustível e solventes especiais. A lista de maiores retornos na Bovespa engloba as 115 companhias mais negociadas.

A melhor pagadora de dividendos

A Eletropaulo foi a empresa da Bolsa que mais dividendos por ação pagou a seus investidores. Segundo números da Economática, a companhia colocou no bolso de seus acionistas R$ 7,48 em proventos. A segunda colocada foi a Transmissão Paulista, com R$ 5,90. A lista também engloba as 115 companhias mais líquidas. Empresas de energia elétrica tendem a apresentar balanços com receitas mais estáveis. O lucro que sobra, na maioria das vezes, é dividido com os acionistas. A AES Eletropaulo teve lucro líquido de R$ 348,2 milhões no terceiro trimestre, alta de 6,1% ante igual período de 2010. A empresa atribuiu o resultado à evolução do consumo de energia em sua área de concessão e a reversões de provisões. 

A maior oferta inicial de ações

O pré-sal levou muita gente à Bovespa. Muitas empresas, ansiosas por participar desse novo marco na produção de petróleo do país, recorreram à renda variável para se capitalizar. Na Bolsa, venderam parte da empresa a mais acionistas e, em troca, conseguiram dinheiro para bancar os novos projetos. Esse cenário fez com que a Queiroz Galvão Exploração e Produção (QGEP) captasse R$ 1,515 bilhão, de acordo com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Apesar do número elevado, a captação ficou abaixo do esperado, como muitas em 2011, já que o mar não esteve para peixe nos negócios com ações em 2011. O preço por ação foi definido em R$ 19, abaixo do piso da faixa indicativa, que variava entre R$ 23 e R$ 29.

30 de dezembro de 2011

Imigrantes em "paraísos" destacam o que falta ao Brasil

Brasileiros que vivem em países com mais altos índices de desenvolvimento destacam as diferenças entre os dois mundos.

Enquanto o Brasil se prepara para avançar mais uma posição no ranking das economias, mas ainda enfrenta mazelas típicas de países subdesenvolvidos, imigrantes brasileiros que vivem nos países com os mais altos índices de desenvolvimento destacam as diferenças entre os dois mundos.

Leonardo Dória vive há 10 anos na Noruega, país que lidera o ranking elaborado a partir do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Calculado em 187 países, o IDH foi introduzido numa tentativa de desviar o foco do desenvolvimento puramente econômico, medido pelo Produto Interno Bruno (PIB), passando a explorar também outros indicadores como expectativa de vida, média de anos de estudo, acesso à saúde e distribuição de renda.

Com nota 0,943, a Noruega fica perto da nota máxima 1, seguida pela Austrália (0,929) e pela Holanda (0,910). Esses países fazem parte de um grupo de 47 com desenvolvimento considerado muito alto. O Brasil está no grupo imediatamente inferior, na 84ª posição, e com nota 0,718.

"O petróleo gera muita riqueza para a Noruega", diz Doria à BBC Brasil, destacando que essa riqueza é distribuída de forma "justa e igualitária".

Uma forma de medir isso e comparar com o Brasil toma por base o coeficiente de Gini, que mede a concentração de renda em um país. A Noruega tem um coeficiente de 25,8, que indica uma das melhores distribuições de renda do mundo. O do Brasil, de 53,9, põe os país entre os 10 piores do mundo no quesito, segundo a ONU.

Salários compensadores

O baiano Alessandro Mendes, também morador de Oslo, diz que ainda está se adaptando ao país. Ele chegou à Noruega a passeio, após visitar a irmã na Alemanha. "Eu dei sorte. Vim a convite da minha atual esposa e acabei encontrando um trabalho", conta.

Em 2008, no auge da crise financeira, ele perdeu o emprego. "Meu filho tinha acabado de nascer e foi um baque pra gente." Ele aproveitou os 12 meses de licença maternidade remunerada da esposa e voltou para o Brasil por cinco meses, para "colocar a cabeça no lugar".

Acabou retornando a Oslo e encontrando emprego como subgerente de uma rede de supermercados, mas anda decepcionado com o país.



"O custo de vida aqui é muito alto, eu tenho de pagar o equivalente a cerca de R$ 600 por mês pela creche da minha filha", diz, ao explicar que já pensou em fazer bicos como guia turístico para aumentar a renda familiar.

Doria, que, além de trabalhar como geógrafo, tem um site com dicas sobre a Noruega, concorda que o custo de vida no país seja alto. "Mas os salários compensam e, tudo o que você paga, está relacionado à sua renda anual", disse, citando a educação e a saúde, calculadas com base nos rendimentos de cada trabalhador, de modo a não pesar no bolso dos mais pobres e manter a igualdade de oportunidades.

Preço com base na renda

Na Holanda, terceira colocada no último ranking do IDH, o sistema é parecido. Para ter acesso a médicos e hospitais públicos, o cidadão precisa ter um plano de saúde cujo valor é calculado com base na renda.

"Eu pago 500 euros mensais para mim, para minha mulher e para os meus três filhos", diz o músico paulista Alaor Soares, que mora na cidade holandesa de Vleutten desde 1992. "E meu filho acabou de começar o ano letivo e eu tive apenas que comprar um computador para ele usar durante as aulas, o resto é gratuito", acrescentou.

Na mesma escola, os três filhos de Alaor aprendem francês e alemão. Além disso, já falam português, holandês e inglês, que aprenderam em casa.

"Aqui, a escola é pública e todo mundo usa, até a filha da princesa", diz Marcia Curvo, engrossando o coro. Há 12 anos na Holanda, a goiana fala com orgulho do país que adotou para viver.

"Eu pago imposto e tenho retorno. Amanhã, se eu ficar inválida, eu vou ter tudo: tratamento, assistente social, moradia. Eu não vou ficar jogada no meio da rua."

Futuros planejados

Além do alto nível das infraestruturas e dos serviços nesses países, poder planejar o futuro é outra vantagem citada por brasileiros. "A gente tem estabilidade, pode pensar em comprar uma casa, um carro, o governo ajuda, se for preciso", afirma Eliane Braz, que mora em Toulouse, no sul da França, país que ocupa a 20ª posição no ranking de IDH.

"Saber que é possível fazer planos com segurança e que esses planos darão certo se você fizer a sua parte é uma das maiores vantagens de se morar na Noruega", diz Leonardo Doria, que gostaria que o Brasil tivesse essa qualidade. Ele também adoraria que o país onde nasceu tivesse uma cidadania mais madura.


"Eu gostaria que os brasileiros tivessem essa consciência dos noruegueses", diz o carioca. "Aqui, as pessoas se envolvem com as questões sociais, elas sabem que têm direitos e deveres, e cobram isso dos políticos".

Já Alessandro Moraes adoraria que políticos brasileiros fossem como os noruegueses, que "recebem salários discretos e sem auxílios extras."

29 de dezembro de 2011

Obama pedirá novo aumento do teto da dívida dos EUA ainda nesta semana

Governo precisa ampliar limite de endividamento em US$ 1,2 trilhão. Pedido deve ser enviado ao Congresso em 30 de dezembro. 

O governo de Barack Obama pedirá formalmente ao Congresso, ainda nesta semana, a elevação do teto da dívida pública dos Estados Unidos em US$ 1,2 trilhão. Segundo o Departamento do Tesouro, a expectativa é de que o pedido seja formalizado em 30 de dezembro. 

O atual limite de endividamento é de US$ 15,2 trilhões, valor que será alcançado pelo país na primeira semana de janeiro. Com o novo aumento, o teto da dívida deve ser elevado para US$ 16,4 trilhões. 


É pouco provável, no entanto, que se repita o ciclo de debates entre republicanos e democratas sobre o limite do endividamento americano, que colocou os Estados Unidos à beira da falência em meados deste ano.  

Após muito embate, o Congresso americano acordou em 31 de julho um aumento de US$ 400 bilhões ao teto da dívida e previu aumentos em etapas quando necessário. Este será o terceiro pedido de elevação do limite de endividamento desde que o acordo foi fechado. 

De acordo com os termos do acordo, o Congresso tem 15 dias para aprovar uma resolução conjunta rejeitando um aumento, que poderia ser vetada pelo presidente Obama. 

A expectativa é que o novo aumento de US$ 1,2 trilhão seja suficiente para satisfazer os Estados Unidos até o fim de 2012, segundo o Tesouro.

28 de dezembro de 2011

"Minha Casa, Minha Vida" destinará 3% dos imóveis a idosos

Regras valem para municípios com até 50 mil habitantes e definem critérios para seleção dos candidatos a unidades habitacionais.

O Ministério das Cidades publicou nesta terça-feira, no Diário Oficial da União, novas regras para seleção dos beneficiários do programa “Minha Casa, Minha Vida” para municípios com até 50 mil habitantes. Entre as normas está a destinação de 3% dos imóveis a idosos e de no mínimo outros 3% de unidades habitacionais para pessoas com deficiência ou cuja família possua integrante com deficiência.

Para participar da seleção o candidato precisa se inscrever no CadÚnico, o cadastro de programas sociais do governo. Cada município poderá indicar dois locais para a construção dos empreendimentos, com 50 unidades habitacionais em cada um deles. Além disso, governos estaduais podem apontar três propostas de localidades: uma para municípios de até 20 mil habitantes e outras duas em municípios entre 20 mil e 50 mil habitantes.

A seleção priorizará municípios que participam do programa Brasil sem Miséria ou que estejam em situação de calamidade pública, além de imóveis destinados a famílias em áreas de risco ou insalubres.

Quem pode participar

O Programa Minha Casa, Minha Vida na modalidade até 50 mil habitantes é voltado a famílias com renda até R$ 1.600. Municípios e estados podem enviar suas propostas até o dia 30. O resultado da seleção sai em 27 de janeiro.

A íntegra do documento pode ser acessada neste link.

27 de dezembro de 2011

Brasil vai consolidar posição de 6ª maior economia, diz Mantega

Ministro da Fazenda afirma que País continuará a crescer mais que economias avançadas, que sofrem com a crise internacional.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o Brasil vai consolidar a posição de sexta maior economia do mundo porque continuará crescendo mais do que outros países em razão da crise internacional afetar mais as economias avançadas.

Ao comentar o estudo do Centro de Pesquisa para Economia e Negócios (CEBR, em inglês), que aponta o Brasil como a sexta maior economia do mundo passando o Reino Unido, o ministro ponderou, no entanto, que o Brasil poderá demorar de 10 a 20 anos para fazer com que o cidadão brasileiro tenha um padrão de vida semelhante ao europeu.

Mantega disse que o País ainda precisa investir mais nas áreas social e econômica. "Isso significa que nós vamos ter continuar crescendo mais do que esses países, aumentar o emprego e a renda da população. Nós temos um grande desafio pela frente", disse Mantega. "Mas a boa notícia é que nós estamos nessa direção e caminhando a passos largos para que o Brasil, num futuro próximo, seja um país melhor", afirmou, em nota à imprensa.

Mantega disse que essa posição vai ser consolidada e a tendência é de que o Brasil se mantenha entre as maiores economias do mundo nos próximos anos. Ao citar as boas relações comerciais do Brasil com outros países, especialmente com os asiáticos, Mantega destacou que, atualmente, o Brasil é "respeitado e cobiçado, tanto que os investimentos estrangeiros diretos devem somar US$ 65 bilhões esse ano".

26 de dezembro de 2011

Empresas brasileiras compram estrangeiras no país

Estudo mostra que companhias nacionais investiram US$ 27,5 bilhões na aquisição de ativos de rivais no Brasil, desde 2008.

Favorecidas pela crise global, as empresas brasileiras não só estão se internacionalizando, mas também começaram a avançar sobre as estrangeiras no País. Estudo inédito feito pela Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização (Sobeet) revela que as companhias brasileiras desembolsaram US$ 27,5 bilhões desde 2008 até novembro deste ano para comprar ativos de empresas estrangeiras no Brasil.

A cifra é um pouco menor do que a que foi gasta com a internacionalização das companhias brasileiras no mesmo período para comprar ativos no exterior (US$ 32,6 bilhões). No entanto, o resultado é importante porque sinaliza uma nova tendência, de acordo com o estudo feito com base em 850 fusões e aquisições.

Os negócios envolveram empresas brasileiras como compradoras, vendedoras ou alvo. Neste último caso, o Brasil não é nem comprador nem vendedor, mas sedia o ativo que é objeto da negociação.

"O resultado foi surpreendente. Superou o que eu imaginava", afirma o vice-presidente da Sobeet, Reynaldo Passanezi, economista responsável pelo estudo. Ele observa que, anteriormente, o que se via apenas era o movimento de internacionalização das multinacionais brasileiras.

"Comecei a observar e constatei que as empresas brasileiras estavam não só indo às compras no exterior, mas também adquirindo estrangeiros no Brasil, num claro sinal de fortalecimento da sua situação financeira", diz o economista. Na opinião dele, o que desencadeou esse movimento de compra pelas brasileiras de ativos das estrangeiras foi a crise nos países de origem dessas companhias.

Tanto é que os dados do estudo mostram que houve uma grande concentração de negócios em 2010 e 2011, até novembro. Nesses dois anos, ocorreram cerca de 60% dessas transações, considerando-se os valores envolvidos. "Acredito que essa tendência continue não só enquanto a crise persistir. Isso porque há interesse das estrangeiras de 'consertar' as matrizes, investindo mais recursos em seus países de origem." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

25 de dezembro de 2011

Rio e São Paulo lideram em postos com combustível adulterado

Nos últimos cinco anos, foram autuados 550 estabelecimentos cariocas e mais de 1,4 mil na capital paulista.

Em 2011, a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) fiscalizou, em todo o Brasil, 25 mil postos de gasolina e autuou 4,4 mil estabelecimentos, sendo 391 por problemas de qualidade. Pouco mais de mil acabaram interditados. Em todo o País existem 38 mil postos de gasolina.

Rio e São Paulo são as cidades com o maior número de postos infratores. Nos últimos cinco anos foram autuados 550 estabelecimentos no Rio, e mais de 1,4 mil em São Paulo, cidade com a maior frota de carros do país. "São Paulo não é o campeão das fraudes, é apenas porque tem o maior número de postos. A situação de postos infratores é muito similar pelo País", explicou o superintendente de Fiscalização da ANP, Carlos Orlando Silva. "Mas a adulteração do etanol que chegava a 14% em 2002, hoje é de pouco mais de 1%."

Em 2009, foram feitas 28,6 mil ações de fiscalização e aplicadas 6,6 mil infrações em todo o País. Em 2010, foram quase 28 mil ações de fiscalização e 5,4 mil infrações. De acordo com o superintendente de Fiscalização da ANP, Carlos Orlando Silva, os números mostram que, ao longo dos anos, as infrações vêm diminuindo, e a arrecadação com as multas crescendo.

A ANP tem uma lista dos postos infratores na página da internet. Além disso, a população pode denunciar postos revendedores de combustível adulterado para o Centro de Relações com o Consumidor da ANP pelo 0800 970 0267 ou em formulário disponível na página da ANP na internet. A agência recebe anualmente mais de 6 mil denúncias. As informações são da Agência Brasil.

24 de dezembro de 2011

Brasil voltará a ter juros de um dígito em abril de 2012, diz Octavio de Barros

O Banco Central deverá manter sua política de corte moderado na taxa básica de juros ao longo de 2012.

O diagnóstico é do Diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco, Octavio de Barros.

Para ele, a autoridade monetária reforçou a estratégia no Relatório de Inflação, divulgado ontem.

Segundo Barros, o BC deverá dar continuidade aos cortes de 0,5 ponto percentual na Selic.

Neste ritmo, o Brasil voltará a ter taxa de juros de um dígito em abril de 2012, com a Selic chegando a 9,5%.

A única vez que o País teve juros abaixo de 10% foi em junho de 2009, em meio à crise mundial, quando o BC de Henrique Meirelles cortou a Selic em 1 ponto percentual, para 9,25%.

A taxa seguiu abaixo dos 10% por um ano.

“Acreditamos também que a velocidade de recuperação da economia será elemento fundamental a ser monitorado nos próximos meses, para possíveis calibragens na condução da política monetária”, afirmou o economista.

23 de dezembro de 2011

MEC divulga notas máximas e mínimas em cada área no Enem

Ministério da Educação explica que não é possível chegar a 1.000 pontos e que não há proporção exata entre acertos e nota.

O Ministério da Educação divulgou nesta quinta-feira as notas mínimas e máximas em cada área do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para tentar responder às dúvidas de candidatos que discordam das notas obtidas. O governo também voltou a explicar como a Teoria da Resposta ao Item (TRI) funciona. Com estas notas como parâmetro, o candidato pode saber se a nota que obteve  foi boa:

Ciências Humanas
Mínima: 252,6
Máxima: 793,1


Ciências da Natureza
Mínima: 265
Máxima: 867,2


Linguagens e Códigos
Mínima: 301,2
Máxima: 795,5


Matemática
Mínima: 321,6
Máxima: 953


Redação
Mínima: 0
Máxima: 1.000


A metodologia de avaliação usada pelo MEC no Enem não contabiliza apenas o número total de acertos no teste. De acordo com o método, o item é a unidade básica de análise. O desempenho em um teste pode ser explicado pela habilidade do avaliado e pelas características das questões (itens).

A TRI qualifica o item de acordo com três parâmetros:

-  Poder de discriminação, que é a capacidade de um item distinguir os estudantes que têm a proficiência requisitada daqueles quem não a têm.
- Grau de dificuldade.
- Possibilidade de acerto ao acaso (chute).

Segundo o MEC, essas características permitiriam estimar a habilidade de um candidato avaliado e garantir que essas habilidades, medidas a partir de um conjunto de itens, sejam comparadas com outro conjunto na mesma escala, ainda que eles não sejam os mesmos e que haja quantidades diferentes de itens usados para o cálculo. Apesar disso, o governo não permite a comparação de provas diferentes.

Nas explicações, o Ministério diz ainda que não é possível comparar o número de acertos em uma área do conhecimento com o de outra. Pela teoria, o número de questões por nível de dificuldade em cada prova e as demais características dessas questões afetam o resultado. Dessa forma, acertar 40 itens em uma área não significa, necessariamente, ter uma proficiência maior do que em outra, cujo número de acertos tenha sido 35.
Além disso, por serem áreas do conhecimento distintas, não é possível fazer uma relação direta entre as escalas de proficiência.

A TRI pressupõe que um candidato com um certo nível de proficiência tende a acertar os itens de nível de dificuldade menor que o de sua proficiência e errar aqueles com nível de dificuldade maior. Ou seja, o padrão de resposta do participante é considerado no cálculo do desempenho. Diz a nota ainda: "Entre as vantagens metodológicas da TRI está a possibilidade de elaboração de provas diferentes para o mesmo exame. Essas provas podem ser aplicadas em qualquer período do ano com grau de dificuldade semelhante e permitem a comparabilidade no tempo".

Outra característica da TRI é não ter um limite inferior ou superior padrão entre as áreas de conhecimento. Isso significa que as proficiências dos participantes não variam entre zero e mil. Os valores máximos e mínimos de cada prova dependerão das características dos itens selecionados. No Enem, somente a prova de redação tem esses valores pré-estabelecidos, uma vez que a correção não é feita com base na TRI.

22 de dezembro de 2011

Final de ‘O Aprendiz’ elege Janaína como vencedora, mas se destaca pelas gafes de João Doria

Com pouco mais de duas horas de duração, a final de “O Aprendiz” foi exibida ao vivo e elegeu Janaína sua vencedora, mas se destacou por algumas das gafes de João Doria Jr. A maior delas foi dar a entender que Macapá é um estado e não a capital do Amapá, como todos sabem. O erro geográfico ocorreu quando o apresentador perguntou a avó da campeã onde ela havia nascido e em qual cidade ela vivia. Ao ouvir da convidada que ela vinha do Macapá, ele perguntou de que cidade logo em seguida. Chamou atenção ainda o fato de Doria ter confundido a marca do automóvel que uma das finalistas receberia de prêmio, por acaso, um dos patrocinadores do programa. Se a final ao vivo do reality show fosse uma sala de reunião, certamente Doria levaria um grande puxão de orelha.

A campeã levou para casa um prêmio de R$ 1,5 milhão, um carro zero quilômetro, um tablet e um quadro assinado por Romero Britto no valor de US$ 50 mil. Chamou atenção ainda o diálogo dos créditos finais que vazou no áudio. Janaína diz ao apresentador: “Quero chegar a ser pelo menos um dedinho seu”. A resposta de Doria: “Vai chegar”. Ao contrário dos anos anteriores, a emissora não anunciou uma nova edição do reality show. Como a coluna adiantou, a realização de “O Aprendiz” e a permanência de João Doria Jr. na programação de 2012 não são certeza.

21 de dezembro de 2011

'Não existe risco de recessão no Brasil', diz Mantega

Para ministro da Fazenda, crescimento nulo da economia brasileira no terceiro trimestre foi apenas uma "desaceleração".


O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta segunda-feira, em Montevidéu, no Uruguai, que "não há risco de recessão" no Brasil, apesar da desaceleração econômica nos últimos meses."Nunca ouvi dizer que um crescimento de 3%, 3,5% fosse recessão", disse Mantega, que está na capital uruguaia para a 42ª Cúpula do Mercosul. "O que houve foi uma desaceleração, mas já estamos em trajetória de crescimento", afirmou.

Dados do IBGE mostram que a economia brasileira ficou estagnada no terceiro trimestre. O crescimento nulo fez o governo admitir que a expansão do PIB de 2011 será menor os 3,8% inicialmente esperados.

Mantega fez as declarações após se reunir com ministros da Economia e presidentes dos Bancos Centrais dos demais países que integram plenamente o Mercosul (Uruguai, Argentina e Paraguai, além do Brasil).

A cúpula dos chefes de Estado terá início nesta terça-feira. A presidente Dilma Rousseff chegará a Montevidéu às 11h30, onde se encontrará com os colegas da Argentina, Cristina Kirchner, do Paraguai, Fernando Lugo e o anfitrião uruguaio, José Mujica. O presidente venezuelano, Hugo Chávez, também é esperado.

Imposto de importação

Mantega também confirmou que "está sendo discutida uma lista com cem novos itens a ser taxados com a tarifa máxima da TEC (Tarifa Externa Comum), de 35%", o que dificultaria a entrada de determinados produtos estrangeiros no bloco. "A Argentina pede 200 para impedir que entrem produtos de fora do Mercosul", disse o ministro da Fazenda.

Uma das grandes preocupações de agentes econômicos é que a China redirecione ao Mercosul os produtos que não conseguirá vender nos mercados europeu e americano, mais afetados pela crise.
Mantega afirmou ainda que não se permitirá uma nova valorização do real, como quando "o dólar chegou a R$ 1,50, R$ 1,55 há alguns meses".

"É muito prejudicial para a indústria brasileira quando o real se valoriza, porque encarece a mercadoria brasileira (no mercado externo). A gente vai forçar para que haja um dólar mais valorizado, não há patamar, nem limite inferior nem superior", disse.

Crise

De acordo com Mantega, os ministros fizeram uma avaliação da crise internacional e sua repercussão nos países latino-americanos. O ministro lembrou que os países do Mercosul são em sua maioria "exportadores de commodities, e as commodities até agora estão indo bem", avaliou. Apesar disso, ele disse que estão sendo estudados mecanismos de retaguarda financeira para o caso de a crise internacional se aprofundar.Mantega disse também será acelerada a implementação do Banco do Sul.