30 de setembro de 2012

A Europa está uma pechincha, diz investidor do mercado de luxo


Preocupações com a economia se espalham pelo mercado do glamour e analistas preveem preços de bens luxuosos vão cair.
Modelo apresenta criação do designer de luxo Ermanno Scervino num ateliê próximo a Florença, na Itália.

Investidores de países emergentes estão à caça das marcas de luxo na Europa, mais baratas agora que a turbulência econômica pressiona os preços para baixo, disse à Reuters o varejista kuwaitiano de artigos de luxo Sheikh Majed Al-Sabah.


Enquanto as preocupações com a economia se espalham pelo resistente mercado do glamour, analistas preveem que os preços de bens luxuosos vão cair. "Toda a Europa está à venda. A Europa é uma pechincha", disse Al-Sabah, membro do conselho da destacada incorporadora imobiliária kuwaitiana Tamdeen Group, em pronunciamento na terça-feira, antes do início da semana de moda de Milão.

A venda em julho da casa Valentino, da empresa de private equity Premira, para a família real do Catar foi avaliada em 700 milhões de euros (US$ 909 milhões de dólares), ou 2,2 vezes as vendas históricas, ficando assim em média com o setor de artigos luxuosos.

Em 2001, a LVMH comprou a participação da Prada na Fendi por 1,2 bilhão de euros, ou quatro vezes as vendas históricas. "Esses tempos acabaram", disse Al-Sabah, acrescentando que os investidores estão de olho em oportunidades no mercado imobiliário, tais como os resorts luxuosos.

À medida que os consumidores se tornam mais afluentes, passam a comprar experiências em vez de acumular mercadorias, avalia em relatório a Ledbury Research, especialista no mercado internacional do luxo.

Vivenciar o luxo responde por mais da metade dos gastos com bens de alto custo na maioria dos países, incluindo as nações emergentes, de acordo com o Boston Consulting Group. Pessoas com mais de US$ 1 milhão deixam a cada ano 37% de sua riqueza em propriedades, 18% em dinheiro e somente 17% em ações, diz a Ledbury.

29 de setembro de 2012

Classes C, D e E usam mesmos serviços pessoais da A


Uso de cabeleireiro, manicure, estética, academia de ginástica e conserto de roupas, entre outros, é elevado e está disseminado entre todos os estratos sociais.
Movimento de consumidores em supermercado do Jardim Ângela, na periferia da zona sul de SP.

O uso de serviços pessoais, como cabeleireiro, manicure, estética, academia de ginástica e conserto de roupas, entre outros, é elevado e está disseminado entre todos os estratos sociais, dos mais ricos aos mais pobres. Entre 84% e 91% das famílias de menor renda, das classes C, D e E, usam hoje esses serviços. Nas classes de maior poder aquisitivo, A e B, esse indicador varia entre 92% e 95%, aponta a pesquisa sobre o perfil de consumo das famílias brasileiras, realizada pela Kantar Worldpanel.

"O porcentual de uso dos serviços pessoais é muito parecido entre os diferentes estratos de renda", afirma Christine Pereira, diretora comercial da empresa de pesquisa. Em três anos, entre 2009 e 2012, cresceu três pontos porcentuais, de 86% para 89%, o total de domicílios brasileiros que declararam usar esse tipo de serviço. E, praticamente, houve aumento no uso de serviços pessoais entre todas as classes de renda.

Movimento semelhante, porém restrito às classes de maior poder aquisitivo, ocorreu entre 2009 e 2012 com serviços de empregada doméstica. Em 2009, por exemplo, 35% das famílias das classes A/B1, com renda média mensal de R$ 5.666,20, tinham empregada doméstica. Esse índice para as famílias da classe B2, com renda média mensal de R$ 3.668,10, era de 9%. Hoje, esses indicadores subiram para 47% e 14%, respectivamente.

A pesquisa, baseada em coletas semanais em 8,2 mil domicílios de todo País, revela que as classes de menor renda não contratam serviços domésticos e, na maioria das vezes, são elas as prestadoras desses serviços.

A maior demanda por serviços domésticos e pessoais, puxados inclusive pelos estratos mais pobres da população, cria uma certa resistência à queda da inflação dos serviços. No Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a medida oficial de inflação apurada pelo IBGE, os preços dos serviços são tidos como vilões da inflação. No ano até agosto, a inflação dos serviços foi de 5,72%, enquanto o IPCA acumula alta de 3,18%. Em 12 meses até agosto, os serviços ficaram 8,78% mais caros. Já no mesmo período, a inflação oficial aumentou 5,24%.

28 de setembro de 2012

Pré-sal vai responder por metade da produção nacional de petróleo em 8 anos


De acordo com estimativa da Petrobras, produção nacional vai dobrar até 2020 e chegar a 4,2 milhões de barris por dia.

Em pouco menos de oito anos metade de todo o petróleo que o Brasil estiver produzindo virá de campos localizados na chamada camada pré-sal. De acordo com as estimativas da Petrobras, em 2020 o volume produzido no pré-sal será o equivalente à produção brasileira hoje, de cerca de 2 milhões de barris por dia. “A perspectiva é de que haja um crescimento natural no volume de produção do pré-sal, estamos entrando em fase de produção em vários campos nos próximos anos”, disse o gerente executivo de E&P Presal da Petrobras, Carlos Tadeu Fraga. Em 2016, a estimativa é de que o pré-sal responda por 31% do petróleo produzido no País. 

                                                   Infográfico mostra como é o pré-sal.

A Petrobras estima que a produção brasileira de petróleo vai dobrar até 2020, chegando à casa dos 4,2 milhões de barris ao dia. Atulamente, os campos produtores da camada pré-sal já são responsáveis por quase 10% da produção nacional. Neste mês, diariamente estão sendo extraídos 192 mil barris desses poços, um crescimento de mais de 100% sobre os números do ano passado.


Em setembro de 2011 o volume extraído era de 85 mil barris/dia. Pelas estimativas de Tadeu Fraga, até 2017 o volume produzido nos campos do pré-sal será da ordem de 1 milhão de barris ao dia.

A maior parte do petróleo que está sendo extraído do pré-sal vem da Bacia de Santos, que responde por 55% da produção. A tendência é que essa proporção cresça ainda mais nos próximos anos e a Bacia de Campos passe a ter um papel minoritário na produção de petróleo do pré-sal.

No plano de investimentos da Petrobras, 85% dos US$ 70 bilhões que serão aplicados no pré-sal vão para a Bacia de Santos. “Por uma questão geológica, quanto mais ao Sul maiores os desafios”, diz Tadeu Fraga. “Mas maiores são os prêmios também”. No acumulado dos últimos quatro anos já foram extraídos 100 milhões de barris de petróleo dos campos do pré-sal."

27 de setembro de 2012

O Google quer pensar como os brasileiros


Chefe do YouTube, chefe para as Américas e chefe de negócios do Google participam de seminário em São Paulo para discutir e entender um dos maiores mercados do mundo.

No dia 19 de setembro, executivos da gigante de buscas Google participaram do evento “Think with Google”, em São Paulo, para discutir tendências do mercado de marketing digital. Entre os presentes estavam Nikesh Arora, chefe de negócios do Google Inc., Margo Georgiadis, presidente das operações na América e Robert Kyncl, vice-presidente de entretenimento para TV e Filme.
Nikesh Arora, diretor de negócios do Google: “Conhecer o consumidor e saber avaliar as informações disponíveis sobre ele é fundamental”.

“O Brasil é um país de consumo e demanda massivos, é por isso que eu e Margo estamos aqui”, diz Robert Kyncl, responsável pela plataforma de vídeos Youtube, adquirida pelo Google em 2006. “Muitos sucessos vêm daqui, por exemplo, a animação Galinha Pintadinha já atingiu 500 milhões de visualizações e o humorista Felipe Neto já recebeu um terço das subscriptions que o Justin Bieber conseguiu em três anos”. “O Youtube é o sexto maior site do Brasil, cada usuário assiste a 109 vídeos por mês na plataforma”, diz Georgiadis.


O número de brasileiros com acesso à internet e a quantidade de horas que passam navegando são números que animam a empresa. A pesquisa “Barômetro do Consumidor”, patrocinada pela Google, indica que 40% da população brasileira está online e cada usuário passa 50 horas por mês conectado.

Alguns outros dados internos divulgados pela empresa, indicam que 63% dos brasileiros pesquisam online antes de realizar uma compra; 84% dos internautas da classe C foram ao cinema nos últimos 30 dias; 53% pesquisam online antes de comprar um veículo e as vendas de turismo vão crescer 25% em 2012. Como a Google sabe tudo isso?

Um dos objetivos da empresa, além de organizar “toda a informação do mundo e torná-la acessível para todos”, é também compreender melhor o comportamento dos consumidores. “Surgimos em uma garagem, criamos um serviço e depois precisávamos ganhar dinheiro com isso”, diz Arora, o chefe de negócios da companhia. “Conhecer o consumidor e saber avaliar as informações disponíveis sobre ele é fundamental”.

Leia também: "O Google mente"

O Google parece estar fazendo isso muito bem, não é à toa que nos orçamentos das grandes empresas o percentual destinado à busca paga (ou links patrocinados) tem crescido. “A televisão pode ainda ser o maior meio do Brasil, mas 70% das pessoas que são impactadas por um anúncio de TV procurar o produto vão no Google”, diz Abel Reis, presidente da Agência Click, que falou sobre seu trabalho com a BRF (Sadia e Perdigão).

Alguns dos serviços oferecidos pela empresa são a ferramenta gratuita Google Analytics e a consultoria Double Click. O Analytics pode identificar, por exemplo, a localização geográfica do visitante e a forma como chegou na página. Embora muitas pessoas o vejam apenas como um monitoramento de tráfego, “é uma poderosa ferramenta para tomada de decisões em negócios relacionados a Internet”, diz Reis. Já o Double Click é uma agência de marketing adquirida pela Google Inc. em 2007, que veicula e entrega anúncios baseando-se no comportamento dos usuários.

Para o presidente da Agência Click, “o Google é uma mina de insights”. Por isso, as empresas estão utilizando mais seus serviços. O presidente de negócios da gigante bem sabe disso, “a conectividade está se tornando obrigatória”, diz.

26 de setembro de 2012

Foxconn anuncia investimento de R$ 1 bi em fábrica em Itu, no interior de SP


Companhia taiwanesa promete gerar 10 mil empregos diretos em planta que vai produzir cabos, câmeras, telas sensíveis ao toque, placas de circuito e outros componentes.
                                                    Fábrica da Foxconn em Jundiaí.

A Foxconn vai abrir uma nova unidade industrial no Estado de São Paulo a partir do ano que vem e, desta vez, o investimento ocorrerá no município de Itu. A companhia taiwanesa vai investir R$ 1 bilhão na fabricação de componentes para tablets, smartphones e outros produtos eletrônicos. No dia 20 de setembro, o presidente da Foxconn no Brasil, Henry Cheng, e o presidente da agência Investe São Paulo, Luciano Almeida, assinaram um protocolo de intenções no Palácio dos Bandeirantes, com a presença do governador do Estado, Geraldo Alckmin.

A previsão é que a unidade da Foxconn em Itu crie 10.000 empregos diretos. No parque industrial, haverá até cinco fábricas que irão produzir cabos, câmeras, telas sensíveis ao toque, LED, placas PCB (placa de circuitos) e outros componentes utilizados na montagem dos eletrônicos. Com esse investimento, praticamente toda a cadeia de fabricação de iPads e iPhones da Apple estará em território nacional, com exceção de displays TFT - tecnologia para melhorar a qualidade da imagem que demanda investimentos robustos para ser produzida.

"Este não é o momento para uma planta de TFT vir para o Brasil, mas essa será a única parte da cadeia que vai faltar", disse o presidente da Investe São Paulo, Luciano Almeida, com exclusividade para a Agência Estado. A Foxconn tem uma unidade em Jundiaí (SP), onde monta os produtos da Apple. Além dessa planta, tem outras quatro unidades no Estado de São Paulo e três, em outros Estados.

O plano da Foxconn é que o início da produção em Itu ocorra em 2014, atingindo capacidade plena em 2016. A empresa adquiriu um terreno de 1 milhão de metros quadrados às margens da SP-308, a chamada Rodovia do Açúcar. De acordo com Almeida, a empresa taiwanesa não terá benefícios fiscais especiais do governo paulista para montar o complexo em Itu, apenas os incentivos já previstos em lei estadual que instituiu o Programa de Incentivo ao Investimento pelo Fabricante de Produtos da Indústria de Processamento Eletrônico de Dados (Pro-Informática), entre eles a utilização de crédito de Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) na compra de bens e mercadorias de investimentos.

"Em São Paulo as empresas encontram, além de um mercado consumidor pujante, a melhor infraestrutura logística do País e ampla oferta de mão de obra qualificada", afirmou o governador Geraldo Alckmin, por meio de sua assessoria de imprensa. A empresa terá de obter o licenciamento ambiental para o local da construção. Almeida conta que, por meio da agência de atração de investimentos para o Estado vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, o governo paulista fará intermediação entre a empresa, a prefeitura local e as concessionárias para a criação da infraestrutura do parque industrial - iluminação pública, rede de água e esgoto, vias de acesso, entre outros.

O governo estadual também vai oferecer parcerias com institutos e órgãos de formação de mão de obra especializada, como o Centro Paula Souza. Almeida explica que a intenção do governo é formar em Itu um polo tecnológico. A empresa fabricante de computadores pessoais Lenovo já anunciou a construção de uma fábrica no município. A cidade de Itu está localizada a 100 quilômetros da capital paulista.

"A tendência é que outros players se instalem no local por causa da infraestrutura da região", diz. Ele destaca, também, a transferência de tecnologia com a instalação de fábricas de ponta no polo. "As fábricas são muito dinâmicas, por isso a transferência de tecnologia ocorrerá naturalmente à medida que as unidades se adaptam aos produtos."

25 de setembro de 2012

Lobão: empresas do setor elétrico terão que se ajustar

Ao ser questionado sobre demissões, ministro responde que empresas terão de eleger suas prioridades às reduções de custos e se adaptar: "Cada qual saberá o que fazer".

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse no dia 18 de setembro que as empresas do setor elétrico terão de se adaptar a uma nova ordem. O ministro fez a afirmação ao ser questionado sobre as demissões anunciadas por algumas empresas, como AES Eletropaulo e Furnas, após a publicação da medida provisória que dispõe sobre a renovação das concessões de geração, transmissão e distribuição do setor.


"Essas empresas são, basicamente, mais de 60% do sistema Eletrobras e cerca de 30% dos Estados. Elas terão de ajustar suas despesas e contas à nova ordem, às circunstâncias novas que surgiram", afirmou. "Elas terão que eleger suas prioridades ao efeito da redução de custos e se adaptar a isso. Cada qual saberá o que fazer."

O ministro disse que ainda é cedo para avaliar esse cenário de demissões. "Ainda estamos na madrugada do anúncio dessas medidas. Isso vai ocorrer em 5 de fevereiro do próximo ano. Até lá, temos alguns meses. Então, elas vão examinar, com seu corpo diretivo, contabilidade e administração o que fazer", afirmou.

Lobão afirmou que, no caso das empresas do sistema Eletrobras, todas as deliberações terão de ser submetidas a ele. "Nós estamos na esperança de que isso possa se resolver sem alteração profunda de pessoal", acrescentou, ponderando que as empresas do sistema Eletrobras costumam pagar salários mais elevados e oferecer vantagens aos funcionários. "Isso tudo será avaliado cautelosamente porque a tradição do governo e suas preocupações são sempre no sentido de preservar os empregos no Brasil."

24 de setembro de 2012

Bilionários ficam mais ricos e milionários empobrecem, diz pesquisa

Ricos deixam de especular para investir em empresas particulares, em commodities e propriedades enquanto a economia da Europa e dos EUA enfrenta dificuldades.

Muitos milionários ficaram mais pobres no ano passado, mas os bilionários se saíram bem, usando suas equipes de administração de fundos para escapar da instabilidade econômica que atingiu os menos ricos, informou a empresa de pesquisas Wealth-X nesta segunda-feira.

O número de pessoas com ao menos US$ 30 milhões (R$ 60 milhões) subiu para 187.380, mas o total da fortuna deles caiu 1,8%, chegando a US$ 25,8 trilhões (R$ 51,6 trilhões) - ainda uma soma maior do que as economias norte-americana e chinesa -, divulgou a Wealth-X em um relatório.

Os mais atingidos globalmente foram os que possuem entre US$ 200 milhões (R$ 400 milhões) e US$ 499 milhões (R$ 1 bilhão), cujos números caíram 9,9% e cujas fortunas encolheram 11,4%, informou o relatório chamado World Ultra Wealth Report, usando dados para o ano até 31 de julho.

Os muito, muito ricos, entretanto, ficaram ainda mais ricos. O número de bilionários subiu 9,4%, chegando a 2.160 pessoas; a riqueza deles cresceu 14%, para 6,2 trilhões de dólares.

"Mesmo com um ou dois bilhões, eles têm um ambiente muito maior, eles têm muito mais assessoria sobre a forma de investimento. Certamente, eles ganham a atenção de todos os bancos importantes", disse à Reuters Mykolas Rambus, CEO da Wealth-X.

"Essa foi a questão sobre esse terço médio, a área arriscada entre US$ 100 e US$ 500 milhões. Não acho que pareça que esses caras empregam talento o suficiente para ajudar em seus portfolios e suas holdings a serem bem-sucedidas."

Enquanto a Europa enfrenta dificuldades e a economia norte-americana se recupera de forma irregular, os ricos estão deixando de especular para investir em empresas particulares, em commodities e propriedades, disse a Wealth-X, uma empresa sediada em Cingapura que fornece dados de inteligência sobre os ultra-ricos para bancos, arrecadadores de fundos e o mercado de luxo.

A Ásia sofreu a pior perda regional de riqueza, com um declínio de 6,8%, totalizando 6,25 trilhões, em razão dos mercados de capitais mais debilitados e uma demanda menor por exportações do Ocidente, segundo a pesquisa.

Embora a riqueza também tenha encolhido na Europa, na América Latina e no Oriente Médio, os ricos viram suas fortunas crescerem na América do Norte (em 2,8%, chegando a US$ 8,88 trilhões, ou R$ 17,9 trilhões) e na Oceania (alta de 4,4%, chegando a US$ 475 bilhões, ou R$ 959,5 bilhões) - boa parte disso na Austrália.

O relatório completo está disponível em inglês no endereço www.wealthx.com/wealthreport.

23 de setembro de 2012

Conselho da EBX Brasil aprova Thor Batista como diretor da holding


Grupo de Eike reúne empresas de petróleo, logística, energia, mineração e indústria naval.
                                           Thor é diretor "sem designação específica".

O conselho de administração da EBX Brasil aprovou a eleição do filho do empresário Eike Batista, controlador do Grupo EBX, como diretor da EBX Brasil, um dos veículos de investimento do grupo.


Thor Batista, 21 anos, foi eleito pelo conselho como diretor sem designação específica, de acordo com ata da reunião realizada no dia 17 de setembro.

A EBX Brasil, de acordo com a assessoria de imprensa de Eike, é um dos veículos de investimento do Grupo EBX, formado pela petrolífera OGX e a empresa de logística LLX, a de energia MPX, a de mineração MMX, a indústria naval OSX e a de mineração de carvão CCX.

Thor já é diretor da holding EBX, segundo a assessoria de imprensa.

Otávio de Garcia Lazcano foi aprovado para o cargo de diretor Econômico-Financeiro e de Operações, cumulativamente ao cargo de diretor de Relação com Investidores da EBX Brasil. E Flavio Godinho foi reconduzido ao cargo de diretor Jurídico da empresa.

De acordo com a ata da reunião, os diretores eleitos renunciaram ao recebimento de remuneração, dado que já são remunerados por outras empresas de controle do grupo.

22 de setembro de 2012

Após atritos, Brasil e Estados Unidos atuam juntos no segmento de etanol


Países buscam criar mercados na África e América Latina, avaliam planos para atrair investimentos em empresas de biocombustíveis e defendem padrão mundial para o etanol.

Após anos de atritos, o Brasil e os Estados Unidos se uniram para promover o uso de etanol numa colaboração que pode revolucionar os mercados mundiais e os padrões do biocombustível.

O ponto de virada aconteceu em janeiro, quando os EUA permitiram que um subsídio de três décadas a produtores norte-americanos de etanol expirasse e deram fim a uma tarifa exorbitante sobre biocombustíveis de produção estrangeira. Essa tarifa, particularmente, prejudicou as relações entre os dois maiores produtores de etanol do mundo durante anos.

Desde então, executivos da indústria e autoridades do governo de ambos os países viram um progresso tangível em esforços para incentivar a produção e o consumo de etanol em todo o mundo, disseram eles à Reuters.
Destilação é um dos passos do processo produtivo do etanol: busca por um padrão mundial.

As duas nações têm pressionado governos estrangeiros para criar novos mercados na África e na América Latina, planejando "road shows" conjuntos para atrair novos investimentos em empresas de biocombustíveis, e defendendo um padrão uniforme mundial para o etanol, o que facilitaria a comercialização do biocombustíveis entre países.

Os resultados podem demorar anos, mas autoridades dizem que a colaboração pode dar nova vida a uma indústria que enfrenta um futuro incerto devido a quedas crônicas na produção e dúvidas sobre os benefícios ambientais de muitos biocombustíveis.

"Acredito que há um claro sentimento agora de que deveríamos colaborar em vez de brigar um com o outro", disse o governador do Estado norte-americano de Iowa, maior produtor de etanol do país, Terry Branstadt.

Após uma reunião em julho com autoridades brasileiras, "fui bastante encorajado pelo que ouvi", disse ele em entrevista. "Quanto mais cooperarmos, mais podemos elevar a demanda mundial pelo que produzimos."

O chefe da respeitada consultoria brasileira Datagro, Plinio Nastari, disse que seria "muito prematuro" medir o impacto de um esforço conjunto dos dois maiores produtores de etanol para estimular a demanda, mas que a cooperação entre os dois países seria algo alentador.

Brasil e os Estados Unidos são responsáveis por cerca de 85% da produção mundial de etanol, o que significa que eventos não recorrentes como a atual seca nos EUA podem gerar fortes oscilações na oferta - e nos preços.

"Isso impede que o etanol se torne uma commodity amplamente negociada", disse Nastari.

Muitas das ideias de colaboração datam de um acordo bilateral em 2007 assinado pelos governos brasileiro e norte-americano. Mas o progresso foi lento até este ano, já que diplomatas e outras autoridades gastavam tempo travando disputas, em vez de buscarem maneiras de trabalhar juntas.

"Infelizmente, a questão tarifária impossibilitou o avanço de muitos desses (assuntos)", disse a diretora de Relações Internacionais da Unica, principal associação da indústria de cana brasileira, Geraldine Kutas. "As condições estão certas, agora. Esse é o momento da verdade".

O esforço mais promissor é também o que mostrou o progresso mais visível: tentar conseguir que países na América Central, no Caribe e na África produzam e consumam mais etanol.

Autoridades do Departamento de Estado, do Departamento de Energia e do setor privado dos EUA, e seus equivalentes brasileiros, têm colaborado para convencer outros governos dos benefícios do etanol.

"Estamos tentando mostrar a outras nações o que o etanol significou para nossas economias", disse o governador de Iowa. "Em nosso Estado, o biocombustível ajudou a elevar a renda de fazendeiros e reduzir nossa dependência sobre o petróleo estrangeiro. Essas são ideias com forte apelo."

A cana-de-açúcar, matéria-prima do etanol produzido no Brasil, já é cultivada em muitos dos países vistos como possíveis produtores do biocombustível.

A cana produz mais energia do que consome durante o processo de produção de etanol, ao contrário do milho, base do etanol norte-americano.

O etanol de cana representa um apelo óbvio para países pequenos e pobres que importam a maior parte de sua energia a custos enormes. Honduras, por exemplo, gastou US$2,1 bilhões - 12% de seu Produto Interno Bruto (PIB) - em importações de combustíveis em 2011.

Entretanto, produtores e outros investidores geralmente se recusam a construir fábricas de etanol e outros projetos de infraestrutura a menos que tenham um mercado doméstico garantido.

"E a implementação dessa estrutura é bastante técnica e difícil", disse Kutas, da Unica.

Um exemplo: na década de 1980, a Guatemala aprovou uma lei exigindo uma mistura de etanol na gasolina, mas raramente a aplicou por conta de gargalos que incluem uma lei diferente limitando a quantidade de cana que pode ser utilizada na produção de biocombustíveis.

Para resolver esses problemas, os governos brasileiro e norte-americano ajudaram a financiar e a produzir estudos da capacidade de países para criar e sustentar a produção de etanol. Honduras, Guatemala e El Salvador são as nações que realizaram maior progresso, dizem diplomatas.

"Temos contatos importantes em muitos desses países, mas os brasileiros têm experiência nisso", disse uma autoridade dos EUA que exigiu anonimato porque as negociações são sensíveis politicamente. "Quando trabalhamos em conjunto, como temos feito nos últimos tempos (...), é bastante poderoso."

O Brasil e os Estados Unidos intensificaram seus esforços nos últimos meses. Programas piloto relacionados a etanol com o objetivo de apresentar o biocombustível a consumidores devem começar em três países, começando em Honduras no início de 2013, disse outra autoridade norte-americana.

Para acelerar o processo, o Brasil e os Estados Unidos estão planejando apresentações nos próximos meses para atrair novos investidores interessados em projetos relacionados a biocombustíveis nos três países, dizem autoridades.

A crescente influência diplomática brasileira teve um papel crítico para abrir portas em países onde a nação tem profundas conexões estratégicas ou culturais, como Senegal, Moçambique e Haiti. E o Brasil tem ferramentas únicas para exercer influência em Cuba.

A indústria do açúcar em Cuba, que já foi poderosa, deteriorou-se nas últimas décadas sob o governo comunista, mas o economista da Rice University Ron Soligo disse que o país tem o potencial para se tornar o terceiro maior produtor de etanol do mundo, atrás dos Estados Unidos e do Brasil.

Embora os Estados Unidos tenham tido pouco contato diplomático com Cuba nas últimas cinco décadas, o Brasil tem um histórico de laços políticos e econômicos mornos com a nação caribenha. A presidente Dilma Rousseff visitou Havana em janeiro e falou sobre como o Brasil pode auxiliar Cuba a desenvolver sua economia.

A produção em larga escala de etanol é considerada amplamente um tabu em Cuba, parcialmente porque o ex-presidente Fidel Castro denunciou-a como uma ideia "sinistra" que eleva os preços mundiais de alimentos. Mas algumas autoridades brasileiras dizem que essa postura pode mudar dramaticamente com a saída do líder de 86 anos da política.

"Todos sabem que Cuba é uma fonte de etanol esperando para acontecer", disse uma autoridade brasileira que pediu anonimato.

Separadamente, o Brasil e os Estados Unidos estão lidando com obstáculos que impediram que o etanol se tornasse uma commoditiy negociada globalmente como o petróleo.

Os únicos contratos futuros de etanol negociados na bolsa de Chicago dizem respeito à variedade produzida nos EUA a partir de milho. Como resultado, empresas norte-americanas que compram etanol brasileiro precisam fazê-lo por meio de corretoras ou da compra de formas complexas de seguros para limitar seus riscos --todas as quais fazem com que os acordos sejam mais caros.

A principal dificuldade: o Brasil exige níveis mais altos de pureza para o etanol do que os Estados Unidos. Essa ausência de um padrão global criou uma série de outros problemas, como atrasos no desenvolvimento de carros flex universais que podem fazer uso de etanol e gasolina.

Mas autoridades de ambos os países dizem que técnicos realizaram progresso significativo em direção a um padrão comum nos últimos meses.

"Estamos bastante próximos, agora", disse uma autoridade dos EUA, adicionando que o foco das negociações transferiu-se agora para a Europa, onde as negociações têm sido mais controversas.

Ao mesmo tempo, uma torrente de colaborações entre o Brasil e os EUA surgiu no setor privado à medida que companhias tentam desenvolver biocombustíveis mais eficientes a partir de uma variedade de fontes.

O etanol brasileiro produzido a partir de cana é visto como um solo mais fértil para inovação, enquanto companhias norte-americanas têm mais recursos para pesquisa e desenvolvimento.

A fabricante norte-americana de aeronaves Boeing e a brasileira Embraer anunciaram planos em outubro de construir um centro de pesquisa para o desenvolvimento de biocombustíveis para aviação.

Um vôo de demonstração com combustíveis renováveis produzidos pela Amyris foi realizado durante uma grande conferência ambiental da Organização das Nações Unidas, no Rio de Janeiro, em junho.

A Solazyme está envolvida nos esforços norte-americanos relacionados a biocombustíveis. A empresa sediada no sul de San Francisco, na Califórnia, inaugurou uma unidade de óleos renováveis feitos a partir do açúcar da cana, em parceria com a Bunge.

Autoridades brasileiras e norte-americanas têm se reunido frequentemente para auxiliar das companhias dos dois países.

"Os (norte-)americanos parecem estar aqui quase toda semana", disse o porta-voz da Unica Adhemar Altieri. "Estamos ouvindo quase tanto inglês quanto português recentemente".

21 de setembro de 2012

Veja quais são os bairros mais caros e baratos de SP e RJ

Valor do metro quadrado varia de R$ 1.100 a mais de R$ 18 mil nas capitais; confira no infográfico as regiões mais e menos valorizadas.

A distância entre o Jardim Umarizal e o Itaim Bibi, ambos na zona sul de São Paulo, não é maior que 12 km. Mas, enquanto no primeiro bairro o metro quadrado de um imóvel custa por volta de R$ 3.400, no segundo ele se aproxima de R$ 9 mil. No Rio de Janeiro, a discrepância é ainda maior. O valor pode ir de R$ 1.100 em Anchieta (na zona norte) aos inacreditáveis R$ 18.332 cobrados no Leblon. Veja, no infográfico abaixo, quais são as dez regiões mais caras e mais baratas das duas capitais, segundo o índice FipeZap, calculado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômica (Fipe) a partir do preço de cerca de 150 mil unidades selecionadas entre os anúncios do site Zap Imóveis.

Nos bairros mais nobres do Rio e de São Paulo, houve forte valorização no preço dos imóveis nos últimos anos. "Foi uma alta significativa, explicada por vários fatores, como a melhora na renda da população e a subida no custo dos insumos, que são os terrenos, os materiais de construção, a mão de obra e outros", diz Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP, o sindicato da habitação da capital paulista. "Mas a principal explicação está na demanda: os imóveis custam mais porque tem gente que paga. Nós não criamos um mercado virtual, ele responde às necessidades da cidade", afirma Petrucci.


Quem trabalha na área afirma que essa valorização começou a desacelerar nos últimos meses, mas deve continuar ocorrendo – e, principalmente, nos bairros já mais caros. "Os preços podem estar se aproximando do equilíbrio", diz Simone Santos, diretora da imobiliária Herzog, de São Paulo. "Mas a região da Faria Lima, epicentro do mercado imobiliário da cidade, será a última a sentir esse esfriamento, porque a demanda realmente é muito alta", diz. 


"No Rio, os obstáculos naturais limitam as áreas onde se pode construir nos bairros nobres, elevando os preços", lembra Petrucci. "Há um ano e meio, foi lançado um prédio no Leblon no qual o preço do metro quadrado ia de R$ 30 mil a R$ 50 mil e teve fila para comprar. Se lançassem um igual hoje, tenho certeza que o preço seria ainda mais alto", afirma o economista.


Nas áreas mais baratas das capitais, os especialistas também esperam que os próximos anos sejam de valorização. "Se eu pudesse dar um conselho, diria que a região de Itaquera vai se valorizar, por conta de todos os investimentos que serão feitos em metrô e vias, devido à Copa do Mundo", afirma Petrucci, citando um bairro que aparece na lista dos mais baratos de São Paulo (R$ 3.349 o metro quadrado). "Também devem começar a surgir prédios empresariais nessas regiões, até como alternativa para quem não pode pagar o preço dos bairros mais centrais", completa Simone.

20 de setembro de 2012

Liquidante pode pedir decretação da falência do banco Cruzeiro do Sul

Sérgio Rodrigues Prates, nomeado pelo BC para realizar a liquidação do banco, vai avaliar ativos e passivos e pode solicitar que o caso passe para responsabilidade do Judiciário.

Desde do dia 14 de setembro, o banco Cruzeiro do Sul passou para as mãos do agente do Banco Central Sergio Rodrigues Prates, que vai coordenar a liquidação da instituição da família Índio da Costa. Com isso, o Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que vinha administrando a instituição desde a descoberta de seu rombo , sai de cena.



Com a liquidação decretada, o Cruzeiro do Sul deixa de ter suas ações negociadas na bolsa de valores, fecha as portas e o liquidante dá início a um processo de verificação de seus ativos e passivos. Os bens dos controladores e ex-administradores ficam bloqueados e eles podem sofrer processos administrativos. Os funcionários do banco também devem ser demitidos.

A primeira tarefa de Sergio Rodrigues Prates, que já atuou na mesma função no caso da quebra do Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul), é apurar se os ativos são suficientes para cobrir os passivos do banco, fazer a classificação dos créditos e das prioridades de pagamento a credores. 


Caso verifique uma situação de insolvência, o agente do Banco Central pode fazer um pedido para que seja decretada a falência do banco, segundo o advogado Antonio Mazzuco, sócio do escritório Madrona Hong Mazzuco Brandão e especialista em falências. Como o caso do Cruzeiro do Sul também envolve uma situação de fraude - como foi o caso do Banco Santos - o pedido de falência é bastante provável, afirma o advogado.

A princípio, o liquidante tem um período de 60 dias para preparar um relatório econômico-financeiro avaliando a situação do banco e sugerindo providências. É neste relatório que ele pode sugerir a falência. Cabe ao juíz concordar ou não com a sugestão. Se optar por decretar falência, nomeia um administrador judicial para seguir com o caso, que pode ser o próprio liquidante.

A diferença entre a liquidação e a falência é que a responsabilidade pela condução dos próximos passos, em caso de falência, passa a ser do Judiciário, não mais do administrativo, neste caso, do Banco Central. Para os depositantes e demais credores, o efeito de uma liquidação ou de uma falência é praticamente o mesmo, diz Mazzuco.

Fila de credores

A regra de prioridade entre os credores, em qualquer caso, é a mesma, determinada pela Lei das Falências. Os primeiros da fila são os credores de empréstimos ligados a financiamentos para exportações e os quirografários, que incluem algumas categorias de credores prioritários, explica Mazzuco. Em seguida estão os funcionários do banco.

Caso ainda sobre algum recurso, os próximos a receber são os credores comuns. Logo após vem o Fisco e, por último, estão os acionistas da companhia, que formam a sociedade . Portanto, apenas se sobrar algum capital haverá um rateio entre os sócios.

Enquanto Sérgio Prates dá início ao processo de liquidação e elaboração de seu relatório, o FGC começa a realizar os pagamentos a todos os credores que estavam cobertos pelo fundo. Segundo o Banco Central, 25% dos depósitos feitos no Cruzeiro do Sul estavam garantidos pelo FGC.

O Banco Central, por sua vez, continua apurando a responsabilidade dos controladores e administradores do banco nos prejuízos de credores. Segundo Mazzuco, pode ser também que o Ministério Público já esteja conduzindo alguma investigação dos responsáveis pela fraude do banco.

Já as ações em aberto na Justiça envolvendo o Cruzeiro do Sul são suspensas e encaminhadas ao liquidante, diz o advogado. A exceção são os processos trabalhistas, que continuam valendo.

Depositantes e credores

Os depositantes e demais credores do banco devem ficar atentos à lista de pagamentos que será preparada pelo liquidante. Mazzuco, que é especialista na área financeira e recuperação e falência de empresas, orienta a todos que verifiquem se seus nomes estão nesta lista, se o valor de seu crédito está correto e se a prioridade do recebimento está devidamente classificada.

19 de setembro de 2012

Rio vai receber evento sobre inovação, com foco em negócios e tecnologia


WOB 2012 contará com mais de 80 palestrantes, que abordarão temas como social commmerce, neuromarketing e design thinking.
          WOB 2012 vai acontecer entre os dias 20 e 22 de setembro no Rio de Janeiro.

Um congresso sobre inovação, com foco em negócios, design, tecnologia e novas mídias. Assim é o WOB (Wide Open Business), evento que acontecerá nos próximos dias 20, 21 e 22 de setembro no Rio de Janeiro. Com expectativa de público de cinco mil pessoas, o congresso vai contar com mais de 80 palestrantes, nacionais e internacionais.
                                                  Cartaz de divulgação do WOB 2012.

De acordo com a organização, as apresentações ao público vão ocorrer em formatos que favoreçam a inovação. Em ambientes como a sala desconferência e o “business lounge”, executivos e profissionais de tecnologia participarão de atividades relacionadas a startups, tendências e empreendedorismo para que surjam novos negócios e iniciativas.

“Nossa ideia é proporcionar o intercâmbio entre gerações, executivos, empreendedores e investidores. Apostamos que esse ambiente de produção e troca de conhecimento seja o ideal para a criação de novos negócios entre os participantes”, diz Adriana Melo, uma das realizadoras do evento.

Entre os temas que vão ser abordados no WOB 2012 estão design thinking, neuromarketing, social commerce, cloud computing e green IT. Ricardo Amorim, economista e apresentador do Manhattan Connection, Rico de Souza, tricampeão mundial de surfe, Mauro Cavalletti, CIO da JWT , e Jürgen Klaric, especialista em neuromarketing, são alguns dos palestrantes confirmados.

O público-alvo do WOB 2012 é formado por executivos, tomadores de decisão, formadores de opinião, empreendedores, investidores e profissionais ligados às áreas de inovação e tecnologia. O ingresso custa R$ 300 e vale para os três dias. O evento acontecerá no Centro de Convenções SulAmérica, localizado na Cidade Nova, centro do Rio de Janeiro. Mais informações podem ser obtidas no site do congresso .

18 de setembro de 2012

Governo fará aporte de R$ 3,3 bilhões para compensar energia mais barata


Presidenta Dilma anunciou redução tarifas de energia elétrica de 16% a 28% para os consumidores e a renovação antecipada das concessões de energia.

O governo brasileiro anunciou no dia 11 de setembro a redução das tarifas de energia elétrica de 16% a 28% para os consumidores e a renovação antecipada das concessões de energia, com o objetivo de garantir maior competitividade da economia brasileira.

A queda na tarifa é resultado da renovação da concessões que vencem a partir de 2015, da redução de encargos setoriais e do aporte pela União de R$ 3,3 bilhões.

"Redução de energia gera efeito sistêmico que tem impacto sobre toda economia. Vai melhorar a participação do país na disputa internacional, reduzir inflação e estimular investimento. O empresário vai ganhar, o consumidor vai ganhar", disse a presidente da República, Dilma Rousseff na cerimônia de anúncio da medida.
Dilma anuncia redução das tarifas de energia e renovação de concessões elétricas no dia 11 de setembro.

Segundo a presidente, a redução das tarifas poderá ser ainda maior, dependendo da conclusão de estudos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em março.


O ministro da Minas e Energia, Edison Lobão, disse que a cobrança da Reserva Global de Reversão (RGR) e a Conta de Consumo de Combustíveis (CCC) serão eliminadas. Já a Conta de Desenvolvimento Energético ficará reduzida a 25% do valor atual.

"Essas medidas representarão aumento do poder aquisitivo da população brasileira. As decisões de agora constituem uma das mais arrojadas iniciativas para impulsionar o desenvolvimento do Brasil", disse o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão em cerimônia no Palácio do Planalto.


A redução do preço da energia ocorrerá a partir de 2013 por meio da antecipação da renovação das concessões e redução de encargos setoriais. Já a renovação das concessões vale para 18% do parque gerador de energia nacional, 85 mil quilômetros de linhas de transmissão e 44 contratos do segmento de distribuição de energia.

Os contratos poderão ser renovados por um prazo de até 30 anos e concessionário que se decidir por ter suas concessões renovadas deverá submeter-se à remuneração calculada pela Aneel.

Para os consumidores de alta tensão, como a indústria, a redução vai de 19,4% a 28%. Segundo o ministro, a redução média do custo de energia para todos os brasileiros será de 20,2%. Isso foi possível porque a eliminação ou redução de encargos setoriais nas contas de luz representará um desconto de 7%, enquanto a renovação das concessões equivalerá a um corte médio de 13,2% nas tarifas.

"O que ocorre hoje é uma verdadeira revolução, e não se trata de decisão voluntariosa ou ação improvisada", avaliou Lobão. "Isso só foi possível porque ainda em 2003 a presidente Dilma o propôs ao então presidente Lula. A reforma do MME (Ministério de Minas e Energia) foi fundamental para a segurança energética e a garantia de investimentos no setor", acrescentou o ministro.


Para Lobão, a expressiva redução do custo da energia terá forte impacto na economia, dando competitividade à indústria e ao comércio, gerando empregos. "Essa corajosa decisão da presidente Dilma mostra que estamos no caminho certo", frisou, citando que as medidas vão garantir crescimento, inclusão social e competitividade. Lobão lembrou que o Brasil é conhecido mundialmente pela oferta abundante de energia limpa e renovável e diversidade de fontes de geração. "É nossa obrigação transformar esse diferencial em uma vida melhor para os brasileiros", concluiu.

17 de setembro de 2012

Graça Foster pede mais compra de ações da Petrobras


"Trabalho o dia inteiro com o olho no valor das ações. É bastante constrangedor quando a gente conversa sobre o valor das ações. Elas estão muito, muito abaixo do valor real", disse.
                                         Graça Foster durante fala na CAE do Senado.

A presidente da Petrobras, Graça Foster, recomendou no dia 11 de setembro que os acionistas da empresa comprem mais ações da empresa, pois os papéis devem recuperar seus preços diante dos resultados esperados pela diretoria da estatal. "Trabalho o dia inteiro com o olho no valor das ações. É bastante constrangedor quando a gente conversa sobre o valor das ações. Elas estão muito, muito abaixo do valor real", disse.

"Temos um trabalho focado na conclusão dos projetos e da produção. Certamente, por consequência, o valor voltará ao patamar correto, o patamar justo, de antes da época da capitalização", disse. A presidente da estatal participa de audiência nas comissões de Serviços de Infraestrutura e de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.

Ela também disse estar trabalhando pela convergência dos preços dos combustíveis no País para que estes fiquem próximos das cotações internacionais. "Temos consciência do efeito de aumento de preços na economia, mas uma companhia que investe o que a gente investe tem de trabalhar pela convergência de preço", afirmou. Foster afirmou que o objetivo da empresa não é a paridade exata, com repasse imediato de variações de preços no mercado externo, mas uma convergência. Disse ainda que a manutenção do caixa da empresa é fundamental para que sejam feitos os novos investimentos.

Etanol

A presidente da Petrobras falou também que a solução para a falta de produção de gasolina no Brasil em relação ao alto consumo doméstico é uma retomada das vendas de etanol. "A solução mais simples para a falta de gasolina é o etanol voltar à praça. Tenho certeza que o etanol vai voltar e vou ficar com volume adicional de gasolina.

Vou ter de exportar essa gasolina", afirmou. "Mas nosso grande cavalo de batalha é a volta do etanol. O etanol vai convergir para preços adequados". Graça disse ainda que a empresa não considera produzir gasolina nas novas refinarias para não atrasar ainda mais esses projetos. Afirmou, no entanto, ser possível adaptar refinarias atuais para essa produção.

16 de setembro de 2012

Receita abriu no dia 11 de setembro consulta ao quarto lote de restituição do IR


Serão depositados R$ 1,8 bilhão para contribuintes referentes ao exercício de 2012, e também para quem caiu na malha fina nos exercícios 2011, 2010, 2009 e 2008.
Contribuinte pode verificar no site da Receita Federal se está incluído no quarto lote do IR 2012.

A Receita Federal liberou, no dia 11 de setembro, a consulta ao quarto lote de restituição do Imposto de Renda. No lote, também há restituições para quem caiu na malha fina em 2011, 2010, 2009 e 2008. Serão depositados, no total, R$ 1,8 bilhão, sendo que mais de R$ 1,73 bilhão se referem ao exercício de 2012.

Considerando todos os lotes, 1.958.382 contribuintes receberão restituição. O dinheiro será depositado na conta bancária fornecida pelo contribuinte no próximo dia 17.

Para saber se teve a declaração liberada, é preciso acessar a página da Receita na internet ou ligar para o Receitafone (146).

Para o lote de 2011, um total de 17.450 contribuintes receberão restituições que somam mais de R$ 41 milhões, enquanto 6.279 pessoas que ainda têm a receber do lote residual de 2010 receberão um total superior a R$ 12,9 milhões.


Em relação ao lote do exercício de 2009, serão creditadas restituições para 4.193 contribuintes, totalizando R$ 9.221.972,33. Por fim, referente ao lote residual de 2008 um total de 2.203 pessoas receberão R$ 4,5 milhões.

Até agora, foram liberados três lotes com mais de 6,5 milhões de declarações no valor total de R$ 7.063.691.970,36. Em 2012, a Receita recebeu mais de 25,2 milhões de declarações.


Os contribuintes que não entraram nas relações de restituições liberadas até o momento devem verificar no extrato da Declaração do Imposto de Renda Pessoa Física 2012 eventuais pendências e se existem motivos para a retenção em malha fina.
O documento está disponível no Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte (e-CAC). Para acessá-lo, é necessário usar o código de acesso gerado na própria página da Receita, ou o certificado digital emitido por autoridade habilitada. Para gerar o código, o contribuinte precisará informar o número do recibo de entrega das declarações de Imposto de Renda dos dois últimos exercícios. Caso encontre algum erro, a regularização poderá ser feita por meio do e-CAC.


Caso a restituição não seja creditada no banco, o contribuinte poderá entrar em contato com qualquer agência do Banco do Brasil ou ligar para a Central de Atendimento da instituição por meio do telefone 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (pessoas com deficientes auditivos), para agendar o crédito em conta-corrente ou poupança, em seu nome, em qualquer banco.

15 de setembro de 2012

Novos megaprédios mudam a cara de avenidas empresariais de São Paulo

Projetos incluem inovações nas áreas de sustentabilidade, luxo e arquitetura.

Prédios empresariais imponentes não são novidade em São Paulo, mas alguns empreendimentos estão levando essa faceta da cidade a um novo patamar. Principalmente nos eixos da Av. Faria Lima e da Marginal Pinheiros, onde – respectivamente – a liberação de licenças para a abertura do Pátio Victor Malzoni e o anúncio da construção do Parque da Cidade ganharam destaque nos últimos dias. Eles se juntam a edifícios como o Infinity, o JK Iguatemi, o Rochaverá e outros que formarão a linha de frente das fachadas espelhadas da metrópole. 

Conheça, abaixo, os detalhes de alguns desses megaprédios.

- Parque da Cidade

Projeto da Odebrecht terá cinco torres empresariais, duas residenciais, um comercial, um hotel e um shopping.

“A gente podia, mas não quis fazer o maior prédio de São Paulo”, diz Saulo Nunes, diretor de incorporação da Odebrecht Realizações. Isso porque o terreno de 80 mil m2 na Av. das Nações Unidas (a Marginal Pinheiros) onde será erguido o Parque da Cidade, apontado como mais ambicioso projeto arquitetônico do País, era como uma enorme folha em branco na qual seria possível desenhar qualquer coisa. “Em vez de tentar ser ostensivo, o foco foi ousar em sustentabilidade”, afirma.

O projeto não escapou de ser um gigante. Terá cinco torres empresariais (com diferentes alturas, projeto da Aflalo&Gasperini), duas residenciais, uma de salas comerciais, um hotel e um shopping. No total, serão 595 mil m2 de área construída, quase 85 campos de futebol do tamanho do Pacaembu (SP). Mas o Parque da Cidade contará, sim, com novidades “verdes” inéditas na América Latina.

Itens como estação de tratamento de água, feiras orgânicas, ciclovia e um sistema de coleta a vácuo de lixo reciclável (os sacos viajam por dutos a 70 km/h) incluíram o empreendimento no Climate+, grupo de 18 projetos no mundo que se preocupam com sustentabilidade. Segundo os responsáveis, isso não deixará os prédios caros demais para os futuros proprietários. “Até tínhamos esse receio, mas fizemos uma simulação e o condomínio ficará entre 5% e 10% abaixo da média para empreendimentos desse padrão”, diz Nunes.

Paisagismo funcional do Parque da Cidade, que terá tetos verdes, feiras orgânicas e tratamento de água.

As inovações ecológicas devem também gerar economias. Os mictórios e pias a vácuo nos cinco prédios corporativos, por exemplo, resultariam em R$ 1,8 milhões a menos na conta anual de água. Com sistemas inteligentes de iluminação, a meta de redução no gasto de energia é de 36%.

O projeto terá 22 mil m2 de área verde e 62 mil m2 abertos à circulação pública – os muros serão colocados apenas nos blocos residenciais. As salas comerciais e a primeira torre empresarial começam a ser vendidas em setembro. Os blocos residenciais serão lançados em 2016. O hotel já foi vendido, para o grupo pernambucano Cornélio Brennand. O Parque da Cidade completo, com todas as torres, ficará pronto em 2020.

O custo da construção irá passar de R$ 1 bilhão, num terreno que custou R$ 290 milhões – foi comprado da Monark, em 21 de agosto de 2010, numa tarde que teve champanhes estouradas no escritório da Odebrecht. “A gente sabia que teria uma pérola nas mãos”, diz Nunes. A companhia calcula que o valor global de vendas será da ordem de R$ 4 bilhões.

- Pátio Victor Malzoni

O vão livre do Pátio Malzoni, endereço comercial mais caro de São Paulo: estacionamento para helicópteros.

O terreno de 34 mil m2 na Av. Faria Lima (entre as ruas Horácio Lafer e Aspásia) foi vendido pela Brookfield aos incorporadores por pouco mais de R$ 600 milhões em 2011, na maior transação do tipo registrada na cidade, tanto no valor total quanto no preço do metro quadrado, que passou de R$ 17.600. Hoje, o Pátio Victor Malzoni é o endereço comercial mais caro da metrópole. E o empreendimento ainda tem mais um recorde: possui a maior laje do Brasil, com 5 mil m2.

São 34 mil m2 de vidros de alto desempenho, que controlam a passagem ideal de luz e calor.

Há quatro meses, a obra ficou pronta. São duas torres de 19 andares e, no meio, outra com 11 pavimentos. No total, o prédio tem 70 mil m2 de área construída, onde irá abrigar empresas como o Google, o Banco da China e o brasileiro BTG. Na semana passada, o empreendimento conseguiu a licença da Secretaria Municipal de Transportes e o “Habite-se” deve sair nos próximos dias.


Outro provável recorde do Malzoni diz respeito à imensa área de vidro da fachada – um material que, vale dizer, reina absoluto entre os novos megaprédios da cidade. São 34 mil m2 de vidros negros de alto desempenho, que custam entre R$ 160 e R$ 220 o metro quadrado. O material deixa passar apenas a quantidade ideal de luz e calor, entre 30% e 35% do incidido. “Não sei de nenhum outro que tenha usado uma área tão grande de vidro”, diz Claudia Mitne, gerente de marketing e arquiteta da GlassecViracon, fornecedora do material.

O prédio terá estacionamento para helicópteros e área de alimentação com restaurante do grupo Fasano, voltado ao altíssimo padrão. Também chama a atenção o imenso vão livre, com vidros suspensos 30 metros acima do gramado da entrada. Quem olha para esse “teto” espelhado vê refletido lá no alto outro detalhe: a Casa Bandeirista, do século 18, tombada pelos órgãos responsáveis e agora vizinha de uma moderníssima construção.

- Infiitny

O famoso "formato de vela inflada" serviu também para ampliar os andares altos, com aluguéis mais caros.

Inaugurado no início do ano, o Infinity ficou conhecido como “aquele prédio espelhado que lembra uma vela de barco”. A verdade é que a bela estrutura do edifício, onde funcionam firmas como os bancos Goldman Sachs e Credit Suisse, ganhou esse formato menos por conceito estético e mais por exigência mercadológica.

O prédio tem metas "verdes", como recuperação de água da chuva e iluminação inteligente.

“Como ficava na região da Faria Lima, mas não na própria avenida, os clientes queriam um desenho que fizesse o prédio ser notado visualmente”, diz o arquiteto Takuji Nakashima, coordenador do projeto na Aflalo&Gasperini, escritório responsável pela execução da obra. “Além disso, os andares de cima são mais caros, então eles pediram que fossem maiores que os pisos inferiores, para o edifício ser mais rentável”.

Dadas as exigências, a aparência de uma vela inflada se tornou uma solução estética interessante. Uma vez percebido isso, os responsáveis “embarcaram” na ideia e fizeram o lobby do térreo todo de madeira, que pode ser lido como um grande casco de barco. E a área acabou envolta por um enorme espelho d’água.

O Infinity é pré-certificado na categoria “ouro” do selo ambiental LEED, o que significa que o prédio cumpre uma série de exigências de sustentabilidade. Entre elas estão a recuperação de água da chuva, o uso de sistemas inteligentes de iluminação e os vidros de alto desempenho, que evitam a passagem do calor. “O ar-condicionado costuma ser o grande vilão no consumo de energia elétrica nesses edifícios”, diz Nakashima.

- JK Iguatemi

A segunda torre fica sobre o Shopping JK Iguatemi, que conta com grifes exclusivas no Brasil e cinema 4D.

Os funcionários do Santander têm pelo menos dois motivos para se alegrar com o local onde trabalham. Primeiro, a moderna sede do banco (uma parte do prédio aparece no canto direito da foto acima), na Av. das Nações Unidas, fica em frente ao Parque do Povo, uma das mais bem cuidadas áreas verdes da cidade. Além disso, a segunda torre do condomínio acaba de ser inaugurada – e, abaixo dela, também abriu as portas o Shopping JK Iguatemi. 

O JK é o mais novo endereço de alto consumo em São Paulo. O local conta com dezenas de grifes de luxo, algumas exclusivas no Brasil, quase todas com nomes de peso como Daslu, Prada, Ermenegildo Zegna e Sephora. Além disso, tem de um cinema 4D – que transmite “sensações”, como tremidas na cadeira e sprays de umidade – e obras nos corredores de artistas como Jeppe Hein, Marine Hugonnier, Rirkrit Tiravanija e Marepe.

- Rochaverá

Volumes irregulares dos blocos dão uniformidade ao projeto do condomínio, segundo os arquitetos.

As primeiras torres do Rochaverá foram entregues há três anos, mas o projeto completo só ficará pronto em alguns meses, quando será concluído o quarto bloco. O condomínio, na Av. Nações Unidas, é um frequentador das listas de IPTUs mais caros da cidade e chama a atenção pelo desenho irregular dos prédios, mais largos em cima do que na base.
Vizinho do Parque da Cidade, o Rochaverá foi um dos pioneiros na ideia de "green building".

“Quando temos a oportunidade de fazer um conjunto de prédios, buscamos algo que dê unidade entre as torres, para as pessoas entenderem que tudo faz parte do mesmo condomínio”, diz Nakashima, da Aflalo&Gasperini, também responsável por essa obra. “No caso do Rochaverá, essa unidade foi conseguida principalmente através do volume dos blocos”.


Além disso, assim como no caso do Infinity (acima), também pesou o fato de que os andares altos são os mais caros, ou seja, o projeto tornava o empreendimento mais rentável.

O Rochaverá, cujo projeto inclui duas praças, foi um dos primeiros condomínios empresariais de alto padrão do Brasil a apostar na ideia de "green building". Foi pioneiro ao conseguir a certificação na categoria "ouro" do padrão LEED, também pretendida pelo futuro vizinho, o Parque da Cidade (no alto), que ficará algumas centenas de metros à frente na mesma Av. das Nações Unidas.