31 de outubro de 2012

Taxa de desemprego fica em 5,4% em setembro, aponta IBGE

Essa é a menor taxa para um mês de setembro desde o início da série histórica, em 2002.

A taxa de desemprego apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nas seis principais regiões metropolitanas do País ficou em 5,4% em setembro, ante 5,3% em agosto. Essa é a menor taxa para um mês de setembro desde o início da série histórica, em 2002.

O resultado veio dentro do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções (de 5% a 5,5%), mas acima da mediana de 5,3%.

O rendimento médio real dos trabalhadores subiu 0,1% em setembro ante agosto e 4,5% na comparação com setembro de 2011.

30 de outubro de 2012

Iconix vai comprar Umbro da Nike por US$225 milhões

O acordo deve ser concluído no final do ano.

A Iconix Brand Group anunciou no dia 24 de outubro acordo para comprar a marca Umbro da Nike por US$225 milhões.

A Nike, maior companhia de artigos esportivos do mundo, havia informado em maio que planejava vender a Umbro e a Cole Haan para melhorar seu foco nas marcas Nike, Jordan, Converse e Hurley.

O acordo deve ser concluído no final do ano.

29 de outubro de 2012

Dilma defende Inovar-Auto e prorroga IPI menor até fim do ano

"Nós queremos gerar tecnologia, porque o nosso país tem um desafio e chama-se o desafio da produção", disse a presidenta durante a abertura oficial do Salão do Automóvel de SP.

A presidenta Dilma Rousseff anunciou no dia 24 de outubro a prorrogação das alíquotas menores do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre automóveis até 31 de dezembro deste ano, ao encerrar seu discurso na cerimônia de abertura do Salão do Automóvel em São Paulo.

O anúncio da extensão do prazo com IPI reduzido sobre automóveis era esperada pela indústria. No início da semana, uma fonte da equipe econômica do governo adiantou à Reuters que a decisão final sobre a medida seria tomada nos próximos dias.

A redução do IPI para veículos foi anunciada em 21 de maio, com validade até o fim de agosto, prazo estendido até 31 de outubro, na primeira prorrogação da medida.

Dilma aproveitou o discurso para uma plateia repleta de representantes da indústria automobilística para fazer uma vigorosa defesa do novo regime automotivo, o Inovar-Auto.


"Nós queremos gerar tecnologia, porque o nosso país tem um desafio e chama-se o desafio da produção, e produzir vai significar para o nosso país ter uma imensa capacidade de inovar", disse a presidenta. "Não é possível que a gente ache que o nossos país não possa gerar conhecimento científico e tecnológico na indústria automobilística."

Dilma fez questão de dizer que o Inovar-Auto não pretende acabar com as importações de veículos --"nós vamos continuar importando, mas o que não vamos fazer é sobretudo importar"-- e ressaltou que o mercado brasileiro é atrativo o suficiente para gerar os investimentos necessários para o novo regime automotivo.

"O que fica claro é que nós somos um mercado extremamente atraente, temos que ter consciência disso", afirmou a presidenta. "É um mercado significativo, com uma imensa capacidade de gerar oportunidades para todos, por isso acredito que o Inovar-Auto combina várias coisas."

"Apesar de ser um país com grande capacidade de produção de commodities, tem que ser capaz de agregar valor e de produzir inovação na indústria", acrescentou.

28 de outubro de 2012

BC diz que BVA encerra onda de bancos com problemas

Sete instituições financeiras quebraram no Brasil nos últimos dois anos. A lista inclui Panamericano, Morada, Schahin, Prosper, e Cruzeiro do Sul.

Sete instituições financeiras quebraram no Brasil nos últimos dois anos. Nesta novela, que de ficção não tem nada, o primeiro protagonista foi o Panamericano, que acabou salvo após a ajuda do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) e a venda da participação de Silvio Santos para o BTG Pactual de André Esteves. O mais recente capítulo foi escrito sexta-feira, com a intervenção do Banco Central (BC) no pequeno BVA, que tinha apenas 0,17% dos ativos do sistema. 


Independentemente do porte do banco, problemas como esses aumentam a insegurança no sistema financeiro. Banqueiros de instituições menores relatam que as dificuldades para captar dinheiro, que já são grandes desde a eclosão da crise em 2008 e cresceram com o caso Panamericano, se aprofundam. 

Em meio a essa realidade difícil, as especulações de analistas e investidores sobre quem seria o próximo da lista não cessam - o que pode provocar aquilo que se chama no mercado de profecia autorrealizável. Ou seja, rumores frequentes sobre alguma entidade financeira podem acabar culminando com sua quebra. 


Normalmente avesso a fazer comentários públicos extensos a respeito desses temas, o Banco Central (BC), desta vez, não hesita: o evento BVA foi o último da safra iniciada com o estouro da crise internacional. "Todas as fragilidades identificadas (nos últimos anos) foram integralmente endereçadas", afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo o diretor de Fiscalização do BC, Anthero de Moraes Meirelles, em entrevista exclusiva. 

Pela primeira vez, Meirelles fala aberta e profundamente sobre o trabalho realizado pelo BC nos últimos anos, marcados por uma conjuntura desfavorável no qual se misturaram 1) a crise global; 2) as fraudes no Panamericano; e 3) o forte crescimento do crédito na economia brasileira, que saiu de 23% para mais de 50% do Produto Interno Bruto (PIB) de 2003 a 2012. 


"Foi um saneamento importante. É sempre bom tirar os problemas do sistema, que, assim, fica mais forte", disse ele, fazendo a ressalva de que o equilíbrio de qualquer sistema financeiro do mundo é instável e pode mudar a todo instante. "Jamais podemos dizer que o trabalho se concluiu." Para ilustrar, ele dá um exemplo hipotético: um banco pode tomar uma multa pesada da Receita Federal ou perder uma ação trabalhista enorme. 

O diretor de Fiscalização do BC garante que, assim como Avenida Brasil, a novela do sistema bancário brasileiro iniciada em 2010 com o caso Panamericano terminou no dia 19 de outubro. Mas, diferentemente do mundo fictício da TV, sem final feliz para vários dos personagens envolvidos.

27 de outubro de 2012

Volkswagen investe R$ 427 milhões na fábrica de Taubaté

Companhia alemã anunciou no dia 21 de outubro, durante evento em São Paulo, uma nova linha de pintura na fábrica do grupo localizada no município paulista, que receberá 70 robôs.

A Volkswagen do Brasil anunciou no dia 21 de outubro durante evento em São Paulo, investimento de R$ 427,8 milhões (125 milhões de euros) em uma nova linha de pintura na fábrica do grupo em Taubaté (SP), que receberá 70 robôs. Com isso, a capacidade produtiva da unidade será ampliada de 1.000 para 1.300 unidades ao dia, ajudando a empresa a eliminar um gargalo nesse setor. O aporte está incluído no plano já anunciado pelo grupo de R$ 8,7 bilhões (cerca de 3,4 bilhões de euros) que serão aplicados no Brasil no período de 2011 a 2016. 


Segundo Michael Macht, membro do Conselho de Direção mundial da Volkswagen e responsável pela área de produção, "a nova instalação de pintura em Taubaté é uma das mais modernas em nossa rede mundial de produção." O executivo informou ainda que essa linha "maximiza a eficiência na utilização de recursos e utiliza até 30% menos energia e 20% menos água." 

A fábrica de Taubaté produz atualmente os modelos Gol e Voyage e emprega 4,8 mil funcionários.

26 de outubro de 2012

Ibama autoriza início da operação da hidrelétrica Jirau

Órgão ambiental, porém, estabelece 32 condicionantes. Reservatório da usina terá 518 quilômetros quadrados e cota máxima de operação de 90 metros.

O Ibama emitiu a licença que permite o início da operação comercial da usina hidrelétrica Jirau, no rio Madeira, mas estabeleceu 32 condicionantes, segundo informações no site do órgão. 


A hidrelétrica, que terá 3.750 megawatts (MW) de potência quando estiver concluída e está sendo construída em Rondônia, teve a licença assinada pelo presidente do Ibama, Volney Zanardi Junior, no dia 19 de outubro. O reservatório da usina terá 518 quilômetros quadrados e cota máxima de operação em 90 metros. 

Entre as condicionantes para que a usina possa iniciar a operação estão a manutenção dos programas ambientais direcionados à etapa construtiva e programas relativos à fase de operação.

Jirau é controlada pela Energia Sustentável do Brasil, da qual fazem parte a GDF Suez, a Eletrosul e a Chesf. A previsão da entrada em operação é janeiro de 2013.

25 de outubro de 2012

Surge uma nova classe média global

Um total de quase 3 bilhões de pessoas, ou 40% da população mundial, ascenderá à classe média até 2050, e elas virão quase exclusivamente dos atuais mercados emergentes.

Um total de quase 3 bilhões de pessoas, ou 40% da população mundial, ascenderá à classe média até 2050, e elas virão quase exclusivamente dos atuais mercados emergentes. Dessa forma, o consumo dos países emergentes pode saltar de um terço do consumo global para dois terços até 2050. A classe média no estudo é definida como famílias com ganhos anuais entre US$ 3 mil e US$ 15 mil, com US$ 5 mil sendo o divisor entre as classes médias baixa e alta. 


Essas projeções estão no relatório "Consumidor em 2050/A alta da classe média dos mercados emergentes", um minucioso estudo sobre os padrões de consumo das massas que estão enriquecendo em países como China, Índia, Filipinas, Peru e México realizado pelo departamento de pesquisa global do HSBC, e divulgado em outubro. O Brasil também aparece no relatório, mas com previsões que não são das mais brilhantes. 

Segundo o HSBC, à medida que a renda cresce, a comida e outros produtos básicos param de consumir a maior parte do salário e há mais dinheiro para as coisas "divertidas" da vida. O estudo mostra que as chamadas despesas discricionárias, que são as menos ligadas às necessidades básicas de sobrevivência, sobem de aproximadamente um terço para 60% do consumo total, quando os salários sobem de US$ 1 mil por ano para algo em torno de US$ 15 mil. 


O gasto com comida, que é de 43% para rendas anuais de até US$ 1 mil, caem para 10,6%, para ganhos por ano de US$ 15 mil ou mais. Já os restaurantes e hotéis, que respondem por apenas 2,9% na faixa de renda mais baixa, sobem para 8,3% na mais alta. 

Um dos países que deve ter um dos crescimentos mais fenomenais de consumo até 2050, pela combinação de expansão econômica, estrutura etária (população jovem) e crescimento populacional, são as Filipinas. Segundo o relatório, o crescimento em restaurantes, recreação e cuidados pessoais deve ser multiplicado por 25. 

Consumo 

Já a demanda por roupas, que hoje deriva em 65% dos mercados desenvolvidos, e 35% dos países emergentes, deve ter uma reviravolta, como em muitos outros itens de consumo. Em 2050, segundo a previsão do HSBC, 57% da demanda por roupas virá dos mercados emergentes, e a parcela dos mercados ricos cairá para 43%. 


Em termos de aparelhos portáteis de alta tecnologia, os mercados emergentes respondem por apenas 24%, e os ricos, por 76%. Em 2050, 55% da demanda virá dos emergentes, e apenas 45% dos desenvolvidos. O padrão se repete com os serviços financeiros, até de forma mais extrema. A parcela dos ricos vai recuar de 82% para 44% entre 2010 e 2050, enquanto a dos emergentes subirá de 18% para 56%. 

A revolução de consumo dos emergentes atingirá as mais diversas áreas, como o turismo. Em 2011, 60 milhões de chineses viajaram ao exterior, número que deve subir para 130 milhões em 2015 e 200 milhões em 2020. Este último número é igual a três vezes o atual fluxo de turistas americanos para o exterior. 

O estudo mostra ainda o grande espaço para o crescimento do turismo ao exterior das nações emergentes. Enquanto 20% da população americana, 34% da francesa e 13% da japonesa viajam anualmente para fora, na China o porcentual corresponde a apenas 4,3%, e é ainda mais baixo em países como o Brasil, com 2,7%, e a Índia, com 1,2%. 

O trabalho mostra ainda que a renda dos trabalhadores emergentes vai crescer velozmente até 2050. No caso dos chineses, o salto será de sete vezes, com a renda individual anual per capita aumentando de US$ 2,5 mil para US$ 18 mil. Como nota o estudo, "com uma população de 1,4 bilhão de pessoas hoje, isto é muita gente se tornando mais rica". 

Já a renda da população da Índia (que atingirá 1,6 bilhão de pessoas em 2050) será seis vezes maior que a atual. As Filipinas, cuja população será o dobro da alemã em 2050, vão ter um aumento de renda de nove vezes. Entres os países latino-americanos, um dos maiores destaques do relatório é o Peru, que é considerado uma "estrela". O aumento médio da renda peruana projetado até 2050 é de quase 5% ao ano, comparado com menos de 3% para o Brasil. 

Renda 

O Brasil, aliás, não aparece muito bem no relatório. A previsão de renda per capita brasileira em 2050 é de US$ 13.547, inferior a de países como México (US$ 21.793), Turquia (US$ 22.630), Argentina (US$ 29 mil), Malásia (US$ 29.247), Chile (US$ 29.523) e até de países como Peru (US$ 18.940), Líbia (US$ 26.182), República Dominicana (US$ 16.406) e El Salvador (US$ 13.729). 

Na verdade, o que conta muito contra o Brasil, por ser um dado importante na metodologia do estudo, é a demografia. Segundo o relatório, entre todos os emergentes, o Brasil terá a pior deterioração demográfica entre 2010 e 2050, com uma alta da idade mediana de 29 para 45 anos. 

Segundo o trabalho, "os indivíduos tendem a fazer a maior parte do seu consumo durante seu tempo de vida entre as idades de 16 e 40 anos - o período quando os níveis de renda sobem, as casas e as famílias estão sendo construídas, e antes que os consumidores comecem realmente a poupar para a aposentadoria". 

As Filipinas, novamente, apresentam a melhor demografia. A idade mediana do país é de apenas 22 anos, e em 2050 será de 32. A pior demografia está no Japão. Em 2050, quase 25% dos japoneses terão mais de 75 anos. Segundo estimativa da fabricante Fujitsu, já neste ano o consumo de fraldas geriátricas no Japão deve ser maior que o de fraldas de bebês.

24 de outubro de 2012

Durante governo Dilma seis bancos pequenos e médios já tiveram problemas

A intervenção no BVA é o caso mais recente em uma lista que inclui Panamericano, Schahin, Morada, Prosper e Cruzeiro do Sul.
 
Com a intervenção do Banco Central (BC) no BVA , anunciada no dia 19 de outubro, o governo da presidente Dilma Rousseff acumula um histórico de enfrentamento de crises em seis bancos pequenos e médios. A lista incluí ainda Panamericano, Schahin, Morada, Prosper e Cruzeiro do Sul, a maior parte deles por problemas de má gestão e fraude.


O banco do apresentador e fundador da rede SBT de televisão Silvio Santos naufragou em meio a fraudes que deixaram um rombo de R$ 4 bilhões na instituição. Acabou resgatado com dinheiro do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) e foi adquirido pelo banco BTG, em janeiro de 2011.

O banco Schahin foi vendido para o BMG, em abril do mesmo ano. Como comprovado posteriormente, tinha um rombo de R$ 1,1 bilhão, causado por fraudes e outras irregularidades, como a concessão de crédito para empresas do mesmo grupo.


A negociação foi intermediada pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), entidade criada pelos bancos para garantir o dinheiro dos credores em caso de quebra de instituições financeiras. Na ocasião, o Schahin já estava descapitalizado e emprestava mais do que podia, comprometendo seu capital (baixo índice de Basiléia).

Sediado no Rio de Janeiro, o Banco Morada sofreu intervenção do BC na mesma época, depois que os donos não apresentaram um plano de recuperação considerado viável pelo BC. De pequeno porte, o Morada teve a decretada sua liquidação extrajudicial alguns meses depois, em outubro. O BC justificou a decisão alegando insolvência, passivos a descoberto e inviabilidade de normalização dos negócios da empresa.


Os dois casos mais recentes foram os do carioca Prosper e o do paulista Cruzeiro do Sul, que tiveram a liquidação extrajudicial decretada na mesma data (14/09/2012). Antes de fechar, o Prosper chegou a receber proposta de mudança de controle para o Cruzeiro do Sul, operação rejeitada pelo BC. Entre os motivos alegados para a liquidação foram elencados prejuízos sucessivos e o descumprimento de normas do sistema financeiro. O banco detinha 0,01% dos ativos do sistema bancário e 0,01% dos depósitos.

O caso do Cruzeiro do Sul teve desfecho rápido. Sua liquidação foi decretada pelo Banco Central depois de pouco mais de três meses sob intervenção do BC, em Regime de Administração Especial Temporária. O motivo da intervenção foi a suspeita de fraudes. A investigação revelou um rombo de mais de R$ 3 bilhões. Sediado em São Paulo, detinha 0,25% dos ativos do sistema bancário e 0,35% dos depósitos.

23 de outubro de 2012

Petrobras descarta demissões em programa de corte de custos


Companhia vê potencial preliminar de redução de gastos de até R$ 15 bilhões.
Petrobras identificou um total de R$ 63 bilhões em gastos de 2011 que poderiam ser reduzidos.

Não haverá corte de pessoal no programa de redução de custos anunciado nesta semana pela Petrobras, informou a estatal no dia 19 de outubro.

A companhia viu um potencial preliminar de redução de gastos de até R$ 15 bilhões, cortes esses que ocorreriam no âmbito do Programa de Otimização de Custos Operacionais (Procop), cujas metas finais serão divulgadas em dezembro.

A estatal disse ainda, em email respondendo a perguntas da Reuters, que os gastos com folha de pagamento compõem a base de custos gerenciáveis que foram mapeados e estão distribuídos por todas as atividades, sejam operacionais, de suporte ou de gestão, na proporção da alocação dos empregados em cada atividade.

Mas que não estão previstos cortes de pessoal no programa de otimização de custos.

A empresa identificou um total de R$ 63 bilhões em gastos realizados ao longo de 2011 que poderiam sofrer alguma otimização.

O Procop é um dos programas estruturantes do Plano de Negócios 2012-2016. A estatal não especificou em que período o corte de custos poderia ser feito, mas a redução de despesas está prevista para começar em 2013.

O programa para uma maior eficiência da companhia foi elaborado após a estatal ter registrado o primeiro prejuízo em mais de 13 anos no segundo trimestre e enquanto o governo --controlador da Petrobras-- adia planos de um aumento da gasolina na refinaria, o que melhoraria as margens da companhia.

22 de outubro de 2012

Ministério considera Caged positivo ante cenário mundial

Diretor do departamento de Emprego e Salário informa que o saldo de geração de vagas em setembro foi a pior para o mês desde 2001.

A criação de 150.334 vagas com carteira assinada em setembro, apesar de ser a mais baixa para o mês desde 2001, foi considerada positiva pelo diretor do departamento de Emprego e Salário do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Rodolfo Torelly. "Em relação ao cenário mundial, o resultado de setembro ainda foi positivo", comparou.

Segundo ele, todos os indicadores econômicos e expectativas para essas variáveis têm mostrado desaceleração. Como exemplo, ele citou o Produto Interno Bruto (PIB). "Todos os indicadores estão refletindo isso e o mercado de trabalho reflete a economia", considerou.

Torelly informou que o saldo de geração de vagas em setembro foi a pior para o mês desde 2001. Os dados apresentados no primeiro momento pela Pasta indicavam que o saldo era o pior para o mês desde 2003, mas Torelly atualizou a série histórica. Naquele ano, o resultado de setembro foi de 80.028. Em 2003, o saldo desse mês ficou em 167.312. Esses dados apresentados pelo MTE consideram os números sem ajuste, ou seja, sem incluir as informações do mercado de trabalho formal enviadas pelas empresas fora do prazo.

Destaques em setembro

O diretor do departamento de Emprego e Salário do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Rodolfo Torelly, afirmou que o destaque da geração de vagas em setembro foi da indústria. De acordo com dados do Caged, a indústria de transformação registrou um saldo líquido - já descontadas as demissões do período - de 66.191 postos.

Na segunda posição ficou o setor de serviços, com a geração de 55.221 vagas, seguido por comércio (35.919) e construção civil (10.175). Apenas a agricultura registrou maior quantidade de demissões do que de contratações. Segundo o Caged, o saldo ficou negativo em 19.014 postos em setembro. De acordo com Torelly, o resultado reflete a sazonalidade do setor. Ele destacou que, apesar de negativo, o saldo ficou menor do que o de setembro do ano passado, quando houve perdas de 20.874 vagas.

Projeções outubro

Para outubro, a projeção de Torelly é que a geração de vagas formais deva ficar próxima da média para o mês, de 140 mil postos de trabalho.

Apesar de não ter cravado uma estimativa para o saldo divulgado nesta quarta-feira, Torelly admitiu que estava mais otimista para a geração de empregos em setembro, que tem como média um saldo de 219 mil vagas. "Não houve surpresa este mês, apesar da nossa esperança", disse.

Na divulgação anterior, ele simplesmente havia projetado que o saldo ficaria maior do que o de agosto (100.938 postos), considerando que historicamente, o resultado de setembro é sempre maior do que o do mês anterior.

21 de outubro de 2012

Exxon vai comprar canadense Celtic em negócio de US$ 3,1 bilhões

A Exxon disse que pagará 24,50 dólares canadenses por ação, um ágio de 35% em relação ao preço de fechamento da Celtic no dia 16 de outubro.

A Exxon Mobil informou no dia 17 de outubro que vai adquirir a companhia de petróleo e gás canadense Celtic Exploration, em um negócio avaliado em cerca de 3,1 bilhões de dólares canadenses (US$3,1 bilhões), para expandir sua presença no Canadá.

A Exxon disse que pagará 24,50 dólares canadenses por ação, um ágio de 35% em relação ao preço de fechamento da Celtic na Bolsa de Valores de Toronto no dia 16 de outubro.

Os acionistas da Celtic também vão receber 0,5 de uma ação da nova empresa para cada ação ordinária que possuírem.

20 de outubro de 2012

Reajuste de combustível virá, afirma Graça Foster


Presidenta da petroleira afirma não ter data para o aumento dos preços e fala ainda que nova rodada de licitação de óleo e gás "é uma necessidade" para "oxigenar portfólio".
                                               Graça Foster, presidenta da Petrobras.

A presidenta da Petrobras, Graça Foster, falou no dia 16 de outubro sobre um novo reajuste de combustíveis como uma possibilidade concreta, porém ainda sem definição de data de vigência ou de porcentuais.

"O reajuste de combustíveis certamente virá, mas quando ainda não tem data", disse ela, em entrevista à saída de evento no qual foi homenageada, no Copacabana Palace.

Graça ressaltou que, além do reajuste nos produtos vendidos pela companhia, a estatal trabalha em um amplo programa de redução de custos com o objetivo de garantir maior eficiência e ao mesmo tempo aumentar as margens da empresa. "Trabalhamos para melhorar a rentabilidade", disse Graça Foster. "A discussão sobre o preço dos combustíveis é um exercício diário da Petrobras."

Licitação

Segundo a presidenta da Petrobras, a realização de novas rodadas de licitação de óleo e gás "é uma necessidade". Segundo ela, o grande valor das empresas petrolíferas não é o petróleo que produzem hoje, mas o petróleo que vão produzir amanhã. "É uma necessidade de todos nós (empresas que atuam no setor). Certamente, estamos precisando oxigenar nosso portfólio".

Ela defendeu que a Petrobras, o governo federal e as empresas privadas do setor petroquímico se unam para viabilizar nos próximos anos o desenvolvimento da petroquímica no Brasil.

De acordo com Graça, o crescimento nos de novas tecnologias para extração de shale gas (gás de xisto, fonte não convencional) baratearam o preço do gás internacionalmente nos Estados Unidos, o que está afetando a petroquímica brasileira.

"Shale gas é uma realidade nos Estados Unidos. Exerce uma força de atração muito grande sobre a petroquímica no Brasil", afirmou ela, para quem são necessárias soluções que devolvam competitividade à petroquímica nacional.

Venda de ativos

Graça Foster voltou a ressaltar que nenhum projeto prioritário será incluído integral ou parcialmente no plano de venda de cerca de US$ 14 bilhões em ativos. "Desinvestimento será apenas de ativos com pouca ou nenhuma sinergia", disse a Graça.

Refinaria de Manguinhos, no Rio

Segundo Graça Foster, a polêmica atual envolvendo a Refinaria de Manguinhos e o governo do Estado do Rio não atinge a companhia. Esta semana, o governador do Rio, Sergio Cabral, anunciou a desapropriação do local para a construção de habitações populares para a comunidade das vizinhas favelas de Manguinhos e Jacarezinho, ocupadas domingo por forças policiais.

"A Refinaria de Manguinhos não tem influência na rotina da Petrobras", declarou a executiva, dizendo estar acompanhando o assunto apenas pelo noticiário.

A refinaria, controlada pelo grupo Andrade Magro, não compra petróleo da Petrobras e não tem acordo operacional com a empresa. De acordo com o presidente da refinaria, Paulo Henrique Menezes, o único protocolo de intenções entre as duas empresas foi encerrado no ano passado.

Refinarias no Ceará e no Maranhão

Graça Foster também negou que esteja em estudos pela estatal a retirada definitiva dos projetos das refinarias Premium I e II, que serão sediadas no Ceará e no Maranhão.

Essa possibilidade foi levantada por fontes à Agência Estado, caso o governo não promovesse até o início de 2012 um novo reajuste de gasolina e diesel capaz de financiar os investimentos da companhia. "Isso não procede. Não vamos cortar. Não procede mesmo, até porque a Petrobras precisa das refinarias. Gostaríamos que elas já estivessem operando", afirmou a executiva, depois de participar de homenagem promovida pela Lide-Rio, no Copacabana Palace.

Graça admitiu a possibilidade de a Petrobras negociar parceiros da China e da Coreia do Sul para a construção das duas refinarias. Entretanto, ressaltou que uma associação não teria principal objetivo a redução do investimento direto da Petrobras, mas sim a tecnologia que o novo parceiro pudesse agregar ao projeto.

Ela citou como exemplo uma eventual participação de empresas chinesas com expertise neste segmento. "O Cosenza, já conversou com alguns", disse ela, referindo-se a reuniões feitas pelo diretor de Abastecimento, José Carlos Cosenza, com possíveis parceiros.

19 de outubro de 2012

Eike vence disputa milionária contra Rodolfo Landim


Ex-sócio teve negado o pedido de transferência de 1% da holding Centennial Asset Mining Fund, que controla grande parte das ações do bilionário nas empresas do grupo EBX.
Landim dizia que Eike havia lhe prometido fatia de 1% da holding em manuscrito feito durante viagem.

O bilionário Eike Batista teve mais uma vitória judicial contra o empresário Rodolfo Landim, seu antigo braço direito, no dia 16 de outubro em sessão da 19ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ).

Ex-executivo do grupo de Eike, Landim teve negado o pedido de transferência de 1% da holding Centennial Asset Mining Fund, que controla grande parte das ações do bilionário nas empresas do grupo EBX.

Defendido pelo advogado Sergio Tostes, Landim pleiteava as ações, cujo valor seria de R$ 493 milhões. Tostes revelou que agora analisará se tomará alguma ação.

Já o advogado Sérgio Bermudes, que defendeu Eike, disse que o valor poderia ultrapassar "muito" os R$ 500 milhões. Ele disse crer que a disputa não será levada a uma instância superior.

Landim pleiteava uma participação na holding de Eike alegando que o empresário havia lhe prometido uma fatia de 1% da holding em um manuscrito feito durante uma viagem de avião desde Londres.

A Justiça referendou em segunda instância decisão anterior, que não reconheceu no escrito valor jurídico que obrigasse Eike a fazer a transferência das ações.

18 de outubro de 2012

Sem alta de combustíveis, Petrobras pode cortar projetos


Empresa já comunicou seus controladores que não poderá executar projetos bilionários previstos em seu plano de negócios, caso não haja reajuste de preço dos combustíveis.

A Petrobras avisou seus controladores que começará a cortar projetos bilionários se não houver reajuste de combustíveis nos próximos meses, de acordo com o previsto em seu plano de negócios, segundo fontes da Agência Estado.
Graça Foster pode ter que cortar projetos, caso não haja reajuste do preço dos combustíveis.

A presidente da companhia, Maria das Graças Foster, apresentou no dia 28 ao ministro da Fazenda e presidente do conselho de administração da Petrobras, Guido Mantega, uma lista extensa de projetos que podem precisar ser suprimidos por falta de caixa.

Do ministro, Graça ouviu na ocasião que o conselho de administração da Petrobras não é o fórum adequado para decidir sobre reajustes.

Segundo as fontes, Mantega manteve a indicação de que haverá aumento, mas a data e o porcentual estão em aberto e dependem de uma complexa conjuntura inflacionária, em avaliação pelo governo. Não está confirmado ou descartado aumento ainda neste ano.

Segundo Graça, sem o reajuste de combustíveis previsto no plano de negócios da companhia para o período 2012-2016, não será possível arcar integralmente com os US$ 236,5 bilhões de investimentos programados. A Petrobras tem tido prejuízos bilionários por precisar importar combustível a preços altos no exterior e revendê-lo internamente a preços mais baixos.

Conforme revelou a Agência Estado em junho, o plano de negócios previa naquele mês, no ato de sua aprovação, um reajuste de 15% para diesel e gasolina como premissa para financiar os investimentos.

Desde então, o governo, controlador da companhia de capital misto, autorizou dois aumentos, mas abaixo do requerido. A gasolina foi reajustada nas refinarias em 7,83% em 25 de junho. O diesel recebeu dois reajustes, um de 3,94% (25 de junho) e outro de 6% (16 de julho).

17 de outubro de 2012

Recuperação econômica pode obrigar Brasil a elevar juros em 2013, diz FMI

Previsão do FMI é de que inflação fique acima da meta no Brasil em 2013, por conta da retomada do crescimento econômico.

CIDADE DO MÉXICO - O Brasil pode ter de elevar sua taxa de juros para conter as expectativas de inflação à medida que o crescimento econômico é retomado, disse o Fundo Monetário Internacional (FMI) no dia 12 de outubro.

O Banco Central cortou a Selic para a mínima histórica de 7,25% no dia 10 de outubro, e analistas e autoridades estão divididos sobre se será necessário elevá-la no ano que vem.

O FMI espera que o crescimento recupere-se em 2013 e atinja 4%, ao passo que prevê que a inflação ficará em 5,1% no ano que vem, acima do centro da meta, de 4,5%.

"À medida que se fortalece a recuperação, pode ser necessário descartar estímulos para reduzir mais firmemente expectativas de inflação em alguns países (por exemplo, Brasil e Uruguai)", disse o FMI em seu mais recente relatório regional sobre a América Latina.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que não há necessidade de aumentar os juros no ano que vem, mas uma autoridade do BC afirmou que não hesitaria em elevar as taxas caso a inflação superasse o teto da meta, de 6,5%.

A inflação foi de 5,28% em setembro e os preços de juros futuros sugerem que investidores esperam uma alta de 0,5 ponto percentual nos juros em julho de 2013. O Uruguai elevou sua taxa de juros para 9% no mês passado.

16 de outubro de 2012

Fazenda estuda mudanças em PIS/Cofins para 2014

"Todas as operações passarão a gerar crédito, que serão calculados com base no valor pago pelas empresas", disse o secretário Dyogo Henrique de Oliveira.

O Ministério da Fazenda está estudando mudanças para simplificar o PIS/Cofins e transformar a cobrança em um único tributo para entrara em vigor em 2014. As alterações, no entanto, acontecerão com a manutenção da alíquota atual, afirmou no dia 09 de outibro o secretário-executivo adjunto da pasta, Dyogo Henrique de Oliveira.

Segundo ele, o PIS/Cofins é um dos tributos mais complexos, sendo que apenas algumas despesas geram créditos, além de dar muito espaço para evasão fiscal. Na média entre as cobranças para cada setor, o PIS/Cofins chega atualmente a 9,25%.

"Pretendemos fazer uma reforma simplificadora com alteração nos créditos. Todas as operações passarão a gerar crédito, que serão calculados com base no valor pago pelas empresas", disse Oliveira em evento em São Paulo.

Ele explicou que o ministério deve apresentar a proposta para ser discutida com os setores industriais antes do final do ano, e o objetivo é que ela passe pelo Congresso no primeiro semestre de 2013.

15 de outubro de 2012

Governo quer finalizar edital de 1º leilão do trem-bala em novembro


Bernardo Figueiredo, presidente da nova estatal de logística, cita encontros com a francesa Alstom e a japonesa Mitsui, e menciona interesse dos grupos Siemens , Talgo e CAF.
                                             Bernardo Figueiredo, presidente da EPL.

O governo pretende concluir o edital da primeira etapa da licitação do trem-bala que ligará Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro no mês que vem , após ouvir os grupos interessados no certame, disse no dia 09 de outubro o presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo.

Segundo ele, nos próximos dias o governo vai receber representantes dos grupos interessados que apresentarão propostas para tornar o edital mais interessante à iniciativa privada.

"O Ministério dos Transportes está fazendo uma rodada com todos os investidores para o aperfeiçoamento do edital que queremos fechar ainda em novembro para fazer o leilão da primeira etapa em maio do ano que vem", disse Figueiredo a jornalistas em evento no Rio de Janeiro.

Ele citou encontros com a francesa Alstom e a japonesa Mitsui, e mencionou que além delas os grupos Siemens , Talgo, CAF e uma companhia coreana teriam interesse na primeira fase do trem-bala que definirá a tecnologia a ser adotada e o operador do sistema. "Temos ao menos seis grupos fortes interessados", destacou o presidente da estatal EPL.

Paralelamente, o governo vai contratar uma empresa para avaliar a engenharia do projeto, que vai definir o custo da obra. "Queremos contratar a obra até 2014 para concluir o projeto até 2018", afirmou Figueiredo.

14 de outubro de 2012

BNDES precisa de nova parcela de aporte do Tesouro


Tesouro Nacional autorizou um aporte de R$ 45 bilhões para funding do banco de fomento em abril. Desse valor, R$ 10 bilhões foram repassados em junho.
                                          O presidente do BNDES, Luciano Coutinho.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) precisará de mais uma parcela do aporte em empréstimos do Tesouro Nacional neste ano, afirmou no dia 08 de outubro o presidente da instituição, Luciano Coutinho. O Tesouro Nacional autorizou um aporte de R$ 45 bilhões para funding do banco de fomento em abril. Desse valor, R$ 10 bilhões foram repassados em junho.

"Precisamos de algum complemento para fechar o ano, mas ainda estamos vendo a necessidade", afirmou, após participar de cerimônia em memória dos 20 anos da morte do deputado Ulysses Guimarães, cerimônia promovida pelo jornal "O Globo", no Rio. "Não há nenhuma urgência urgentíssima", completou.

Coutinho não fixou prazo mais preciso para uma nova parcela ser liberada, nem informou quanto seria necessário ainda neste ano. Semana passada, a Agência Estado apurou que as negociações entre o BNDES e o Tesouro poderiam terminar nesta semana e que o mais provável é a nova parcela ser de R$ 20 bilhões.

De acordo com Coutinho, a perspectiva de liberar cerca de R$ 150 bilhões em empréstimos está mantida e segue em curso a recuperação da demanda por financiamento do BNDES. "Ela está firme, mas pode aumentar um pouco mais, ir além um pouco mais do que a gente esperava", afirmou, completando que o efeito da redução de juros no Programa de Sustentação dos Investimentos (PSI) já é sentido.

13 de outubro de 2012

Energia renovável atrai empresário conhecido como o “Eike do Sul”

Alexandre Azambuja decide abrir capital da ESX Solar e EOX Eólica, empresas em pré-operação.

O empresário gaúcho Alexandre Souza Azambuja, do Templars Trust, conhecido como o “Eike Batista do Sul”, realizou dois novos pedidos à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para as empresas do setor de energia, a SX Solar e a EOX Eólica. Segundo o executivo, que já realizou 18 pedidos à CVM de negócios dos mais diversos ramos, “o setor de energia está aquecido e com boas possibilidades para os pequenos projetos”.

Azambuja conta que o objetivo das empresas, que já existem desde 2010 e estão em fase pré-operacional, é diminuir a carência para os pequenos projetos, motivado pela falta de recursos. “As empresas foram criadas como um veículo de investimento. O mercado pode estar complicado para as grandes empresas do setor, mais existem grandes possibilidades para os pequenos”, destaca.

O empresário afirmou ao BRASIL ECONÔMICO que pretende listar as companhias no Bovespa Mais da BM&FBovespa, voltada para pequenas e médias empresas, para criar uma vitrine e assim atrair investidores.

Disposto a fazer suas empresas crescer tanto organicamente como através de aquisições, o executivo diz estudar quatro empreendimentos no Rio Grande do Sul no setor eólico.

Entre os projetos analisados pela empresa está a produção de um novo tipo de pá, criada por um brasileiro, que apresenta uma performance melhor do que equipamentos disponíveis no mercado. Já no segmento solar, o executivo gaúcho conta que a ESX Solar tem avaliado a compra de uma tecnologia de painéis fotovoltaicos, de um engenheiro japonês.

Setor

No mesmo caminho de Azambuja, a Light anunciou, recentemente, que o conselho de administração da empresa aprovou a proposta de abertura de capital da Light Energia. Por meio de comunicado a Light informou que “o pedido de registro é para a categoria B, para que desta forma, futuramente, seja possível emitir debêntures”.

No sentido oposto, a CPFL Renováveis comunicou na semana passada o cancelamento de sua oferta pública inicial de ações (IPO), motivado pelas condições adversas de mercado.

Segundo a empresa, além da crise econômica global, que vem gerando impactos negativos em diversos mercados, como os europeus e o americano, contribuiu para a decisão a recente medida do governo federal, que trata da renovação de concessões de empreendimentos de geração e transmissão.

“Embora a medida não gere impactos relevantes sobre os ativos da CPFL Renováveis, as perdas percebidas recentemente pelos investidores com as ações do setor e as incertezas dos agentes sobre os efeitos diretos e indiretos das medidas criaram um cenário de insegurança”, explica o presidente da companhia, Miguel Normando Abdalla Saad, em nota.

12 de outubro de 2012

Aumento de riscos de elétricas afeta financiamentos ao setor

Governo deve encerrar em fevereiro o processo de renovação das concessões que implicará em queda significativa na tarifa de geradoras de energia com usinas antigas e menor receita com linhas de transmissão.

A dificuldade de se calcular o valor de ativos de energia, diante do processo de renovação das concessões do setor, está afetando a habilidade de as empresas elétricas obterem recursos e aumentando os custos de financiamento.

As restrições acontecem principalmente nos bancos comerciais, segundo especialistas consultados pela Reuters, o que deve fazer com que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), importante fonte de capital para elétricas, seja mais acionado.

O governo deve encerrar apenas em fevereiro de 2013 o processo de renovação das concessões - que implicará em queda significativa na tarifa de geradoras de energia com usinas antigas e menor receita com linhas de transmissão de eletricidade. Por isso, analistas recomendam cautela redobrada das empresas do setor com suas finanças até lá.

"De outubro a fevereiro, não é pra fazer nada muito fora do dia a dia", afirmou o analista Márcio Loureiro, da Votorantim Corretora.

A CPFL Renováveis, controlada da CPFL Energia, desistiu de sua oferta inicial de ações (IPO) e atribuiu a decisão às indefinições do setor, além da crise econômica global.

A medida provisória 579, que trata da renovação das concessões, não tem impacto relevante sobre os ativos da CPFL Renováveis. Porém, a recente queda das ações de elétricas na Bovespa e "as incertezas dos agentes sobre os efeitos diretos e indiretos das medidas criaram um cenário de insegurança", segundo o presidente da empresa, Miguel Normando Abdalla Saad.

Outra recente medida provisória, a 577, regulamenta a intervenção do governo em concessionárias de energia com problemas financeiros e também tem pesado sobre o custo do capital para o setor.

O advogado José Roberto Oliva, sócio do Pinheiro Neto Advogados, disse ter sido consultado por bancos que estão analisando a saúde financeira de elétricas. "Estão fazendo análise e querem saber qual vai ser a margem de refinanciamento das empresas", disse.

Segundo Oliva, tanto as companhias como os credores não esperavam que fosse antecipada para 2013 a renovação das concessões que venceriam de 2015 a 2017, o que significa que a rentabilidade das elétricas cairá já no ano que vem.

Debêntures na berlinda

No caso das distribuidoras de energia, as maiores exigências para liberação de financiamento pelos bancos começaram após a divulgação, no fim de 2011, das regras do terceiro ciclo de revisão tarifária, que reduziu a receita das empresas do segmento. Agora, foram intensificadas pelas medidas provisórias relacionadas ao setor elétrico.

"Com a reprecificação do risco, a empresa começa a ter um dinheiro mais caro", disse um executivo do setor de distribuição de energia que preferiu não ser identificado.

A Eletropaulo, distribuidora de energia em São Paulo, elevou a remuneração máxima de R$750 milhões em debêntures que vai emitir, com prêmio sobre a variação dos Depósitos Interfinanceiros (DI) de até 1,25%, e não de até 1,09% como previa inicialmente.

"É importante olhar para as empresas que anunciaram (captações no mercado). Algumas delas já estavam se preparando para fazer isso e seguramente estão adiando", disse o presidente do Instituto Acende Brasil, Cláudio Sales.

Além da Eletropaulo, a Taesa, braço de transmissão de energia da mineira Cemig, e a estatal federal Eletrobras estão com oferta de debêntures em análise na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), de 1,6 bilhão e de 2 bilhões de reais, respectivamente.

BNDES é alternativa

Loureiro, da Votorantim Corretora, considera que as restrições de crédito tendem a ocorrer principalmente por parte dos bancos comerciais. Para novos investimentos, geralmente financiados pelo BNDES, a situação não deve mudar.

Recentemente, a chefe do Departamento de Energia Elétrica do BNDES, Márcia Leal, disse que as novas regras do setor elétrico não criariam risco de crédito para as companhias. "O setor elétrico tem um processo de financiamento bastante seguro... É importante destacar que a expansão da geração e da transmissão é feita com projetos novos", disse ela na ocasião.

Em setembro, a CPFL Energia anunciou a contratação de cerca de R$1,3 bilhão por algumas de suas subsidiárias com o BNDES. Também no mês passado, o banco de fomento aprovou financiamento suplementar de R$2,3 bilhões para a usina hidrelétrica Jirau (RO), controlada pela francesa GDF Suez.

11 de outubro de 2012

Boeing supera Airbus em encomendas no acumulado do ano

Novo modelo 737 MAX ajudou a companhia a acelerar em relação à rival, com pedidos subindo de 36 para 404 no terceiro trimestre.

A Airbus recebeu menos da metade das encomendas de aviões que a Boeing nos primeiros nove meses do ano, enquanto sua rival norte-americana se beneficiou de um crescimento na demanda por seu novo modelo mais eficiente em combustível.

A Airbus vendeu 437 aviões entre janeiro e setembro, em comparação com 962 da Boeing entre 1º de janeiro e 2 de outubro. Após cancelamentos, a Boeing vendeu 879 aviões, ante 382 da Airbus, com base nos dados mais recentes publicados pelas companhias.

A participação da Boeing no mercado caiu ao pior nível nos 40 anos de história de rivalidade com a Airbus em 2011, mas a chegada do novo modelo 737 MAX ajuda a companhia a acelerar em relação à rival, com pedidos subindo de 36 para 404 no terceiro trimestre.

10 de outubro de 2012

BHP negocia campos da Petrobras no Golfo do México, diz Wall Street Journal

Mineradora está entre as empresas que negociam fatia bilionária dos campos da estatal brasileira.

A mineradora anglo-australiana BHP Billiton está entre as empresas que negociam aquisição de fatia bilionária dos campos de petróleo da Petrobras no Golfo do México, segundo uma reportagem publicada no dia 03 de outubro no site do Wall Street Jounal, citando fontes com conhecimento do assunto.


A estatal, segundo a reportagem, precificou seus campos de petróleo off-shore em cerca de 8 bilhões de dólares. Outros potenciais compradores continuam na disputa e não há garantias de que outras empresas vão fechar o negócio, disseram as fontes da publicação.

A BHP tem fatias significativas em outros projetos em águas profundas, onde não é operadora, e já é uma das mais produtivas empresas no Golfo do México, com participação em alguns dos maiores campos da região.

A Petrobras disse, em email enviado à Reuters, que até o momento não foi concretizada qualquer operação de venda de ativos no Golfo do México e não há valores definidos.

Mas a empresa admitiu que são estimadas vendas de ativos, em especial no exterior, de cerca de 7 a 8 bilhões de dólares. Do valor total do plano de desinvestimento de 14,8 bilhões de dólares, "metade virá de operações de reestruturação de ativos e metade serão desinvestimentos", segundo a estatal.

A companhia disse ainda que caso sejam concluídas quaisquer negociações relevantes com seus ativos, ela informará ao mercado, em cumprimento à legislação vigente.

O processo de venda de blocos de exploração de petróleo que a Petrobras possui nos Estados Unidos vem despertanto interesse das maiores petrolíferas do mundo.

9 de outubro de 2012

Diretores financeiros do Brasil são os segundos mais bem pagos do mundo

País só perde para os Estados Unidos, segundo levantamento da Michael Page, que mostra que 41% dos CFOs brasileiros ganham mais de R$ 510 mil por ano.

Os diretores financeiros (CFOs) do Brasil são os segundos mais bem remunerados do mundo, perdendo apenas para os norte-americanos, segundo pesquisa global da Michael Page, consultoria líder em recrutamento executivo especializado em média e alta gerência. 


Enquanto nos Estados Unidos 49% dos diretores financeiros ganham mais de US$ 255 mil (cerca de R$ 510 mil) por ano, no Brasil 41% desses profissionais têm esta remuneração. 

Na Europa, por sua vez, apenas 13% dos CFOs ostentam salários dessa envergadura. Na América do Sul, o percentual é de 29%, o que coloca o Brasil em um patamar de remuneração bem acima da média do continente.

O que dá ao Brasil a segunda colocação, segundo a pesquisa, são os inúmeros investimentos estrangeiros, que necessitam um gestor financeiro a altura e da demanda ser maior que a oferta. Na opinião de Ricardo Guedes, diretor da Michael Page, o bom momento das remunerações no Brasil irá continuar, pois os negócios continuam ocorrendo em grande escala.

8 de outubro de 2012

Os segredos dos empresários sem diploma, mas com sucesso


Universidade foi dispensada por Eike Batista, Silvio Santos, Bill Gates e Mark Zuckerberg que tinham ideias geniais, talento desproporcional, dom e empenho para correr atrás delas.
                                     Eike Batista começou a carreira negociando ouro.

Imagine um jovem de 21 anos que larga a faculdade e começa um novo negócio. Quais seriam as chances de ter sucesso? A resposta mais tradicional seria “poucas”, afinal ele não tem um diploma universitário e os conhecimentos que a faculdade proporciona. Mas saiba que esta é parte da história de Eike Batista, presidente do Grupo EBX, com seis empresas listadas na bolsa de valores. “Cursei dois anos e meio de engenharia e decidi que estava pronto. Comecei a negociar ouro — movimentei R$ 60 milhões e ganhei R$ 6 milhões”, contou em evento público, sobre o início da carreira.


Eike Batista faz parte do grupo de executivos considerados ‘fora da curva’, que se deram ao luxo de deixar uma faculdade para seguir uma ideia, um talento, empreender, fazer história no mundo profissional e que acabaram sendo reconhecidos internacionalmente. Na seleta turma, estão os americanos Steve Jobs, Bill Gates e Mark Zuckerberg, gênios da tecnologia, além dos brasileiros Silvio Santos e Raul Randon.

“Eles não tiveram graduação, mas tiveram sorte, talento, tino comercial ou foram perseverantes”, destaca o gerente de transição de carreira da Thomas Case & Associados, Renato Waberski. “Hoje o que conta bastante em relação ao mercado de trabalho também é a trajetória da pessoa”, diz.


No caso de Eike Batista, o grande segredo é que ele já começou a carreira com dinheiro no bolso e com uma vivência internacional avançada. Ele passou a infância no Brasil e, na adolescência, morou na Suíça, Alemanha e Bélgica, acompanhando a carreira de seu pai, Eliezer Batista da Silva, ex-presidente da Vale e ex-ministro das Minas e Energia. “Ele já nasceu rico”, afirma Waberski, sem descartar a competência de manter o grande negócio, o que é possível cercando-se de técnicos.

A especialista em coaching corporativo, Caroline Calaça, diz que ensino superior nunca foi garantia de sucesso, mas que a característica de ser um bom empreendedor ajuda bastante. “E empreendedorismo nem todo mundo tem no sangue.”


O tino para os negócios é a característica, por exemplo, de Silvio Santos. Filho de pai grego e mãe turca, ele nasceu na Lapa, no Rio de Janeiro e, aos 14 anos, era camelô. Sua voz, no entanto, fez dele um ótimo radialista. Mudou-se para São Paulo, começou na TV e hoje é proprietário do SBT e de outras marcas.

Além do espírito empreendedor, outro segredo desses executivos de destaque é ter um sonho. “Não considero em hipótese alguma que a formação de uma pessoa seja importantíssima para o sucesso. Há quem faça doutorado e não tenha sucesso. É preciso ter um sonho, paixão e se entregar”, afirma José Luis Lopez, da Actioncoach. Como exemplo, ele cita o fato de Silvio Santos ter tido um banco, o Panamericano, mas de esta não ter sido a paixão dele, por isso ter levado ao caminho que levou: o banco foi protagonista de escândalos e o executivo se desfez de sua participação.


No entanto, o exemplo desses executivos não deve servir para quem está começando no mercado de trabalho, que hoje exige um diploma universitário como item básico em um currículo. “Para quem está ‘dentro da curva’, é importante investir o quanto mais em formação”, aponta Waberski. Ainda mais se a carreira escolhida estiver mais relacionada com a lógica do que com a criatividade.

7 de outubro de 2012

O mais caro e o mais barato da São Paulo Boat Show


Fabricantes atraem clientes dispostos a pagar o preço de um carro popular ou até o luxo e a exclusividade de uma mansão, como no caso de Luciano Huck e Mano Menezes.

Possuir um barco sempre foi um símbolo de riqueza, um luxo que só os endinheirados poderiam se dar. Até o mercado náutico perceber que milhares de reais podem ser tão interessantes quanto milhões. Na São Paulo Boat Show, uma das maiores feiras do setor na América Latina que está acontecendo a partir do dia 28 de setembro, algumas embarcações podem custar o mesmo que um carro popular.

O modelo V160 Confort, da Ventura Marine, é o barco mais barato da feira. Com capacidade para cinco pessoas e 4,8 metros de comprimento (ou 16 pés), ele custa apenas R$ 27 mil. O modelo foi lançado em maio deste ano, começou a ser comercializado no Brasil a partir de agosto e nos primeiros dois dias de lançamento, 100 unidades foram vendidas.

A manutenção anual da embarcação fica em torno de R$ 3,5 mil, “mais barato do que a de um carro”, diz Marco Garcia, gerente comercial da fabricante. Devido ao tamanho reduzido, o V160 pode ser guardado em garagens comuns e rebocado por carros populares. “Isso diminui muito os custos do comprador”, diz Garcia.

Segundo o gerente, a categoria busca alcançar a nova classe média brasileira. “A classe C é bem remunerada e nos últimos anos aqueceu nosso mercado”, diz. Com o novo modelo, a Ventura espera obter um crescimento de 10% no faturamento anual.
              Ventura Marine V160 Confort é o modelo "popular" da São Paulo Boat Show.

Apesar das opções mais em conta, o setor ainda depende das grandes vendas. Barcos que mais parecem casas - com mais de dois quartos, cozinha, churrasqueira e piscina – são a principal fonte de faturamento dos estaleiros.

Líder no mercado brasileiro, a Schaefer Yatchs é uma das que apresenta os modelos mais caros da feira. Seu menor barco tem 7,8 metros de comprimento (ou 26 pés) e custa R$ 150 mil, já o maior tem 24 metros de comprimento (ou 80 pés) e custa no mínimo R$ 12 milhões. O superiate Schaefer 800 tem capacidade para 23 pessoas, possui teto solar, quatro suítes e praticamente qualquer configuração que o cliente quiser.

No Brasil, a primeira unidade foi vendida para o apresentador Luciano Huck. “A encomenda foi feita há um ano e meio, mas ele só vai receber o barco no fim deste ano”, diz um dos vendedores da marca. O segundo maior modelo da fabricante, com 18,6 metros de comprimento (ou 62 pés), também já tem dono brasileiro, o técnico da seleção, Mano Menezes. Para adquirir o mimo, Mano pagou no mínimo R$ 5,6 milhões.
Luxo do Schaefer 800 atrai clientes como o apresentador Luciano Huck e o técnico Mano Menezes.

Em 2011, a Schaefer vendeu 250 barcos no Brasil, neste ano espera vender 300 unidades, o que representa um faturamento de R$ 200 milhões. A feira São Paulo Boat Show é a principal data de vendas para todo o setor náutico, neste ano a expectativa é gerar R$ 250 milhões em negócios, 15% a mais do que no ano passado. Em 2011, o setor movimentou cerca de R$ 1,6 bilhão e estimativa é de 5% de crescimento neste ano.