31 de maio de 2013

IBGE: diploma de nível superior eleva salário em 219,4%

         Funcionários com curso superior tiveram salário médio de R$ 4.135,06 em 2011.

Pesquisa divulgada no dia 24 de maio pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) demonstra que cresceu o interesse das empresas no país por funcionários com curso superior. A fatia representada por esses profissionais no mercado cresceu 8,5% em 2011 em relação ao ano anterior. Já a dos trabalhadores sem diploma, subiu 4,4%. Ainda segundo a pesquisa, a diferença salarial média entre os trabalhadores com e sem diploma era de 219,4% em 2011. O primeiro grupo recebia salário médio de 4.135,06 reais naquele ano, contra 1.294,70 reais dos demais.


Gênero e formação — O levantamento mostrou, ainda, que um trabalhador assalariado homem ganha 25,7% mais, na média, do que uma mulher assalariada. Em 2009, homens ganhavam 24,1% mais.

O salário médio do trabalhador homem em 2011 foi de 1.962,97 reais, enquanto as mulheres tiveram remuneração de 1.561,12 reais. Do total de assalariados, 57,7% são homens e 42,3%, mulheres.

Maiores salários — A administração pública segue pagando os melhores salários do país. O salário médio no setor público em 2011 foi de 2.478,21 reais, contra 1.592,19 reais em entidades empresariais e 1.691,09 reais em entidades sem fins lucrativos. Pelos dados do Cadastro Central de Empresas (Cempre), a média salarial de 2011 ficou em 1.792,61 reais.

Pela ótica dos setores da economia, as empresas de eletricidade e gás pagam os melhores salários. Em 2011, esse setor pagou salário médio de 5.567,73 reais. Em segundo lugar vem o sistema financeiro (4.213,65 reais), seguido dos organismos internacionais, que pagaram, na média, salário 3.725,85 reais em 2011.

Os piores salários estão em hotéis e restaurantes, em atividades administrativas e na agricultura. Quem paga pior é o setor de alojamento e alimentação, com média de 858,92 reais em 2011. Empresas que atuam em atividades administrativas e serviços complementares pagaram 1.110,16 reais em 2011, enquanto a agricultura tinha salário médio de 1.129,84 reais.

Pelos dados do IBGE, o Brasil tem 5,129 milhões de empresas e outras organizações formais ativas. Desse total, 89,9% são empresas - classificadas como "entidades empresariais" -, 9,7% são entidades sem fins lucrativos e apenas 0,4% são da administração pública.

Total pago - A remuneração total do pessoal ocupado nas empresas e outras organizações formais, incluindo tanto assalariados quanto sócios e proprietários, passou de 1 trilhão de reais em 2011. A renda da população ocupada atingiu 1,041 trilhão de reais no ano, alta de 8% em relação a 2010. O salário médio de 2011 foi de 1.792,61 reais, alta de 2,4% em relação a 2010.

Segundo dados do Cempre, em 2011 o Brasil tinha 5,129 milhões de empresas e outras organizações formais ativas. Essas entidades mantinham ocupadas 52,173 milhões de pessoas, sendo 45,184 milhões assalariados. De 2010 para 2011, o número de empresas permaneceu estável, enquanto o pessoal ocupado cresceu 4,9%. O crescimento dos trabalhadores assalariados foi maior (5,1%) do que o de sócios e proprietários (3,8%).

30 de maio de 2013

Ministério vai tirar concessão da Arteris

Borges se encontrou com prefeitos de SC, que pediram a suspensão do contrato de concessão da Arteris.

O ministro dos Transportes, César Borges, está prestes a anunciar a decisão de tirar das mãos da Arteris (antiga OHL) uma de suas concessões federais. Além disso, vai denunciar a empresa por descumprimento de outros quatro contratos federais de concessão.

Borges vai suspender o contrato da Autopista Litoral Sul. O motivo é o descumprimento de contratos que previam a realização de uma série de obras. A Arteris detém nove concessionárias, entre estaduais e federais. A Autopista Litoral Sul abrange 20 municípios em sua malha viária e liga Curitiba a Florianópolis (BR-116/PR/SC e BR-101/SC).

Em seu site, a Arteris informa que o trecho administrado pela Autopista Litoral Sul é de 382,3 quilômetros e a previsão é que os investimentos sejam de R$ 1,4 bilhão. Uma das obras de melhoria prevista no contrato deveria ter sido iniciada há cinco anos e tinha previsão de entrega para o final de 2012, mas até agora nem sequer começou.

No dia 20 de maio, Borges se encontrou com um grupo de prefeitos de Santa Catarina e prometeu cobrar explicações da empresa. A Associação dos Municípios da Grande Florianópolis pediu em um documento entregue ao ministro a suspensão dos direitos de concessão da Autopista Litoral Sul.

No mês passado, o Tribunal de Contas da União (TCU) iniciou um processo, ainda em fase de auditoria, contra a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) por conta dos problemas relacionados à BR-116 (administrada pela concessionária Autopista Litoral Sul). O Tribunal vai analisar se a ANTT tem cumprido o papel de agência fiscalizadora de forma correta no caso desse trecho rodoviário ou se tem sido negligente, como acusaram alguns prefeitos catarinenses no encontro com Borges. 

A empresa foi a vencedora no leilão, realizado em 2007, de cinco trechos de rodovias federais. Na época, a OHL foi considerada agressiva nos lances feitos, já que ofereceu deságio de até 65% sobre o preço máximo definido pelo governo para o pedágio. Analistas de mercado comentaram na ocasião que a estratégia da empresa foi arriscada, já que teria de fazer grandes investimentos nas rodovias, em péssimo estado de conservação.

A Arteris detém cinco concessões de rodovias federais (Autopista Litoral Sul, Autopista Planalto Sul, Autopista Fluminense, Autopista Fernão Dias e Autopista Regis Bittencourt) e quatro estaduais (Autovias, Centrovias, Intervias e Vianorte).

29 de maio de 2013

Governo avalia distribuir royalties da mineração a não produtor, diz Lobão


O governo analisa a possibilidade de distribuir a Estados não produtores de minérios uma "pequena parcela" dos royalties arrecadados com o setor, disse no dia 24 de maio o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão.

A medida pode ser incluída no novo código de mineração, que deve ser encaminhado ao Congresso Nacional no mês que vem, por projeto de lei, e não por medida provisória, como já se cogitou.


"É uma possibilidade. É uma reivindicação dos Estados que nós estamos examinando", disse Lobão.

O governo vem tentando há alguns anos concluir proposta para um novo marco regulatório da mineração, para modernizar o atual, da década de 60. E agora o ministro acredita que há boa vontade para finalmente mudar a legislação.
Lobão: "O Congresso está ansioso por uma solução a esse respeito. Interessa a todos os Estados".

"O Congresso está ansioso por uma solução a esse respeito. Interessa a todos os Estados", acrescentou.

Ele não comentou sobre eventuais dificuldades para aprovação do código no Congresso, por conta da possível inclusão de uma nova distribuição de royalties entre Estados.

Uma divisão dos royalties do setor de mineração para todos os Estados brasileiros poderia representar uma espécie de virada de jogo em relação à briga federativa dos últimos anos em torno dos royalties do petróleo.

Se no caso do dinheiro do petróleo, Estados como Rio de Janeiro e Espírito Santo foram isolados e acabarão tendo de dividir parte de suas receitas, conforme a lei aprovada, com o novo código da mineração, Estados que ganharão novos recursos com a redistribuição do dinheiro do petróleo, como Minas Gerais e Pará, por exemplo, que são fortes produtores de minério, podem acabar tendo de dividir com os outros (inclusive Rio e Espírito Santo) parte do dinheiro que recebem com a mineração.

Lobão reafirmou que o projeto prevê, entre outras medidas, dobrar a cobrança dos royalties do setor.

"Vai de 2% para 4% (para minério de ferro) e será cobrado sobre o bruto, e não sobre o líquido", disse Lobão.

O ministro confirmou ainda que o governo desistiu da ideia de cobrar participação especial do setor de mineração. Esse tributo é cobrado atualmente do setor petrolífero, dos campos mais produtivos, e o governo chegou, anteriormente, a cogitar a ideia de estender a cobrança à mineração.

28 de maio de 2013

Justiça favorece bancos e suspende 285 mil ações sobre tarifas de crédito

Feirão da Casa Própria, da Caixa: juízes seguiam condenando bancos, mas STJ brecou processos.

A ministra Isabel Gallotti, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), determinou no dia 23 de maio a suspensão imediata de todos os processos relativos a tarifas de abertura de crédito (TAC) e de emissão de carnês (TEC), em qualquer instância, fase e juízo. A medida afeta cerca de 285 mil ações em todo o País, nas quais se discutem valores estimados em R$ 533 milhões.

O tribunal já havia se posicionado anteriormente e definido que as tarifas, cobradas por bancos na concessão de crédito, são legais, desde que previstas em contrato e de acordo com as regras do Banco Central. Pela nova decisão, toda ação em que se discuta a legitimidade dessas taxas deve ser paralisada até que um recurso de controvérsia, em trâmite no STJ, seja julgado.

A ministra afirma que, apesar da deliberação anterior da corte, o número de processos sobre o tema crescia continuamente. “Prevenir decisões conflitantes favorece a economia processual e impede a desnecessária e dispendiosa movimentação presente e futura do aparelho judiciário brasileiro”, justifica a relatora, em nota publicada pelo STJ.

A medida atende a requerimento da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), que não foi parte no processo, mas atuou como interessada na decisão. Segundo a entidade, apesar do posicionamento do STJ, tribunais e juízes de instâncias inferiores seguiam condenando instituições bancárias, com determinações de restituição em dobro dos valores cobrados e condenações por danos morais.

O SJT afirma que a decisão de paralisar os processos de todo o País está prevista no artigo 328 do regimento do Supremo Tribunal Federal e já havia sido usada anteriormente pela corte. O argumento é que, diante de controvérsia entre diferentes instâncias, o órgão pode "estabelecer linha decisória harmônica e minorar e insegurança jurídica", diz texto da relatora. 

Procurada, a Febraban enviou nota na qual afirma que "a determinação evita que haja outras decisões contrárias à legalidade das tarifas, como vinha ocorrendo. Vale lembrar que, em outubro do ano passado, o STJ considerou legítima a cobrança dessas tarifas. A decisão foi uma importante orientação no entendimento da questão, dando segurança jurídica aos contratos firmados".

Mariana Alves Tornero, advogada do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), aponta que a decisão é baseada em uma mudança do Código de Processo Civil em 2008, cujo objetivo era agilizar que outros tribunais repliquem as decisões do STJ. 

"Ao identificar vários recursos sobre o mesmo tema, o tribunal escolhe dois ou três para decidir de maneira repetitiva. Posteriormente, suspende todos os recursos para tomá-los como exemplo. A decisão que valer para eles, vale para todos".

A esperança, conta Mariana, é que o STJ mude sua decisão, que considera "contrária ao consumidor", o que, segundo ela, tomando como base decisões anteriores, "não deve acontecer". Ela lembra que o Banco Central proíbe a cobrança da taxa.

"Ao prever que a taxa seja legal desde que prevista em contrato, o tribunal não considera que em um contrato de financiamento o consumidor talvez não tenha ciência do que seja a taxa, mesmo porque alguns bancos dão outro nome para ela, como taxa de cadastro".

Na visão do Idec, a taxa é abusiva. "O consumidor já paga juros pelo financiamento, por quê deveria pagar uma taxa administrativa?", diz a advogada.

27 de maio de 2013

Bitcoins vendidos no Brasil já valem mais de R$ 10 milhões

Mike Caldwell, que cunhou moedas de bitcoin: Banco Central pode passar a regular transações.

Mais de 42 mil bitcoins, moeda virtual que pode ser usada para comprar bens e serviços reais, já foram vendidos no Brasil desde que a novidade chegou por aqui, em julho de 2011 . Na atual cotação da moeda, que teve alta de 941% no período e custa R$ 250 a unidade, esse total equivale a pouco mais de R$ 10 milhões. "É mais do que eu calculava quando iniciei o projeto", diz Leandro César, criador do site Mercado Bitcoin, primeiro serviço de câmbio do tipo no País.


É impossível, no entanto, dizer que parcela desse "dinheiro" digital circula no Brasil, ou quem o possui. O bitcoin oferece anonimato – e ausência quase total de taxação – aos usuários. "Muita gente usa para enviar dinheiro a outros países e escapar das taxas e impostos”, afirmou Leandro, na estreia do serviço. 

No dia 20 de maio, o governo publicou nota no diário oficial atribuindo responsabilidade sobre meios de pagamentos digitais – o que, para especialistas, pode incluir o bitcoin – ao Banco Central, que passou a ter 180 dias para definir como irá reger a questão. "Para nós, é uma boa notícia. Indica que o Brasil não vai proibir a moeda, vai regular", diz Leandro.

Apesar da expressiva valorização nesses últimos dois anos, o bitcoin chegou a valer mais que o dobro da atual cotação. Há cerca de um mês, a moeda atingiu um pico histórico de US$ 266 a unidade, contra os US$ 122 atuais (ou R$ 250). Mas um ataque hacker, que congestionou e tornou indisponível o sistema de câmbio, provocou nervosismo e fez a cotação despencar a US$ 0,01. 


A moeda tem variado de forma brusca e imprevisível. No Brasil, estreou valendo R$ 24, mas a cotação já flutuou amplamente, num intervalo que foi de R$ 8 a R$ 350. "Quem comprou no início visando o longo prazo se deu bem", afirma Leandro.

Uma forte alta ocorreu no final do ano passado, quando o sistema de "mineração", que cria novos bitcoins, passou a pagar metade do valor anterior aos "mineradores", ou seja, reduziu pela metade o ritmo de entrada de moeda no mercado – e menos bitcoins implicam bitcoins mais caros. Além disso, a "mineração" é finita. A moeda será criada, em ritmo cada vez menor, até 2030, quando a quantidade se estabilizará em pouco menos de 21 milhões de bitcoins. "Isso também faz a cotação subir, porque ele vai se tornar cada vez mais raro", diz Leandro.

Entenda o bitcoin

O bitcoin foi inventado por um programador – ou grupo de programadores, ninguém sabe ao certo – identificado pelo pseudônimo Satoshi Nakamoto, em 2009. Ao contrário de outras moedas eletrônicas, que só eram úteis no universo virtual (como o Linden Dollar, do Second Life, que só comprava "bens" virtuais do jogo), o bitcoin é usado para comprar bens e serviços reais.

Apesar de ser chamado “primeira moeda digital descentralizada” e receber a abreviação comercial BTC, o bitcoin não é exatamente uma moeda. Ele não existe de forma palpável – com exceção de algumas unidades cunhadas por um entusiasta americano chamado Mike Caldwell, que levam códigos alfanuméricos escondidos. Normalmente cada transação é somente um código desse tipo, trocado entre quem vende e compra algo. 

Além disso, não existem bancos ou governos que regulem o bitcoin. Dessa forma, expressões como "commodity digital" ou "ouro digital" são frequentemente usadas para explicar seu funcionamento. Como não há insituições centralizando as operações, elas são praticamente impossíveis de serem rastreadas. Alguns especialistas, contudo, afirmam que uma negociação de grande valor poderia ser identificada através da triangulação de informações.

A segurança é garantida por um sistema engenhoso. Para que mais dinheiro seja criado, é preciso que “pepitas” de bitcoins sejam “mineradas” por garimpeiros virtuais. Em vez de picaretas, eles usam a capacidade de processamento de suas máquinas. A sacada está no fato de que esses cálculos ajudam a melhorar a criptografia do sistema, evitando trapaças financeiras. Diversos especialistas enaltecem a suposta genialidade dos códigos.

Atualmente, ela pode ser usada para comprar desde roupas feitas com lã de alpaca a serviços como criação de logotipos ou assistência jurídica. A maior parte dos serviços que aceitam bitcoin está ligada ao universo digital, como programação de sites ou assistências tecnológicas. 

Leandro afirma que, mesmo antes da regulação, comprar e vender bitcoins no Brasil é uma operação considerada legal. "Não é entendida como câmbio, porque o bitcoin não é formalmente uma moeda", explica. "É como comprar um produto qualquer".

26 de maio de 2013

Bill Gates volta ao posto do homem mais rico do mundo na lista da Forbes

Bill Gates, fundador da Microsoft, voltou ao posto da pessoa mais rica do mundo, ultrapassando o milionário mexicano Carlos Slim, dono da operadora de telecomunicações mexicana America Movil, que estava no posto há quatro anos. As informações são da revista Forbes, que publica o ranking.
                                            Americano volta ao topo após quatro anos.

Entre outros motivos para a ascensão de Gates está o movimento das ações de ambas as empresas, dos quais são fundadores, nesta semana.

No dia 20 de maio, as ações da America Movil caíram 0,24% com relação ao fechamento anterior, o que diminuiu a fortuna do empresário mexicano, que detém ações da companhia. Enquanto isso, os papéis da Microsoft subiram 0,6% e aumentaram a fortuna de Gates. 


No dia 21 de maio, o movimento continuou. As ações da America Movil caiu mais 1,55%, enquanto os papéis da Microsoft tiveram ligeira queda, de 0,6%. 

De acordo com a Forbes, a fortuna de Gates atingia, no dia 21 de maio, US$ 69,9 bilhões, enquanto a de Slim, US$ 69,4 bilhões, uma diferença de US$ 504 milhões. 

No dia 20 de maio, o ranking de bilionários da Bloomberg já havia dado a notícia.

25 de maio de 2013

IBGE incluirá animais de estimação na PNAD de 2014

                             Animais domésticos farão parte do levantamento do IBGE.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) passará a incluir os animais de estimação em seus levantamentos. Os dados farão parte da Pesquisa Nacional de Saúde (a PNS, encomendada pelo Ministério da Saúde), que integrará a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2014. Atualmente, não há dados oficiais sobre quantos são os cães, gatos, pássaros, roedores, peixes e répteis domésticos no Brasil. A indústria tem apenas uma estimativa com base em informações sobre a venda de rações, por exemplo.

A Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet) fez a articulação para que o IBGE incluísse o universo pet em suas pesquisas. Levantamentos como o que o IBGE vai fazer podem servir, por exemplo, para que o governo defina políticas mais específicas para a saúde animal, como campanhas de combate à raiva. 

O presidente da Abinpet, José Edson Galvão de França, e o coordenador de inteligência de mercado da associação, André Ferreira, aproveitaram a aproximação com o instituto para convidar a gerente da PNAD, Maria Lucia França Vieira, a integrar a Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Animais de Estimação (CSPet), foro vinculado ao Ministério Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Maria Lucia fará uma apresentação sobre a pesquisa PNS na reunião da Câmara em setembro.

24 de maio de 2013

Giraffas acerta na receita nos EUA e prevê faturamento de US$ 18 milhões

  Ricardo Guerra, diretor de marketing da rede de franquias que conquistou americanos.

A rede de franquias de alimentação rápida Giraffas espera faturar US$ 18 milhões este ano com a operação de cinco restaurantes na Flórida, nos Estados Unidos. Com isso, vai adiantar em um ano a previsão inicial. A última unidade foi aberta na semana passada, em Orlando. O restante fica em Miami.

“Metade dos nossos clientes são americanos sem ascendência latina. Eles foram atraídos pelo atendimento atencioso, característico do Brasil, e os quatro acompanhamentos que compõem o prato. Eles estavam acostumados com apenas uma opção”, conta Ricardo Guerra, diretor de marketing da rede e um dos filhos do fundador Carlos Alexandre, que deixou no ano passado o comando da operação. 

Para atingir a meta de 50 unidades no Estados Unidos nos próximos cinco anos, o grupo constituiu um fundo com aportes de franqueados brasileiros que soma US$ 50 milhões. O capital do fundo será responsável pelos investimentos na operação internacional a partir de agora.

Ao aplicar no fundo, os franqueados recebem os dividendos da operação, proporcionais ao montante aplicado. Ainda não há previsão de novas rodadas e, caso um novo investidor queira participar dos resultados, deve comprar as cotas dos franqueados atuais.

A lição dos Estados Unidos, onde as lojas têm o conceito de "rápido e casual", está sendo replicada, com algumas adaptações, no Brasil. 

Diante do aumento da concorrência, e da exigência de investidores, cujo número aumentou entre os franqueados, uma nova equipe, que inclui profissionais com experiência em franquias como Spoletto e em redes como McDonald´s, tem como missão reposicionar a marca ao introduzir o conceito no país por meio de unidades de rua.
                     Um dos restaurantes da rede em Miami: design e serviço de mesa.

As principais características dos novos restaurantes é a disponibilização de refil de refrigerante aos clientes, música ambiente, rede Wi-Fi, serviço de mesa, espaço infantil e ambientes mais reservados, similares ao modelo de restaurantes da rede em Miami.

A rede de franquias já tem duas novas unidades com o conceito, localizadas em Valparaíso, Goiás, e no bairro de Guará, em Brasília. A próxima será aberta em Teresina, em junho, e o número deve chegar a 20 no final do ano.

Posteriormente, unidades com o conceito devem chegar à Paraíba e nas cidades de Maceió, Manaus, Rio de Janeiro e Brasília, tanto por meio de lojas que devem passar por reformas quanto abertura de novas unidades. 

“Aprendemos nos Estados Unidos a criar um ambiente e serviço mais adequado. Queremos servir tanto o consumidor que quer uma comida rápida durante a semana quanto aquele que vem com a família no final de semana e quer um prato diferenciado”, conclui Guerra.

Novos grupos

Outra missão da rede é se profissionalizar, o que inclui um cuidado maior na escolha de pontos, a introdução de oito fases no processo de seleção de franqueados e treinamento dos franqueados atuais. Isso é importante para permitir que eles possam adquirir mais lojas.
       Novo conceito de loja no Brasil já está em operação na cidade de Valparaíso, Goiás.

Hoje, além de um grupo de investidores, que detém 75 das 400 lojas da rede no País, alguns franqueados já são donos, em média, cinco lojas. “Eles estão mais capitalizados”, diz Guerra. “É um caminho natural. Nos Estados Unidos, grandes redes de franquias são dominadas por grupos com, no mínimo, 50 lojas”, completa.

Atualmente, a nova equipe faz um tour por diversas cidades do País para explicar as mudanças para os franqueados, principalmente os mais antigos. A rede já tem 30 anos de existência.

Caminho do crescimento

No Brasil, a Giraffas planeja inaugurar 70 unidades este ano, mais que o dobro das aberturas registradas no ano passado.

A expansão agora deve caminhar para as cidades do interior do Brasil. Palmas, em Tocantins; Vitória, no Espírito Santo; Itabuna, Feira de Santana e Juazeiro, na Bahia; bem como Petrolina, em Pernambuco, são algumas que chamam a atenção da rede.

“São cidades com setores econômicos fortes, como mineração, pecuária e até call center. Estes trabalhadores, com maior renda, não têm hoje onde gastar dinheiro”, diz Guerra. A região Norte responde pela maior média de faturamento do grupo no País.

Apesar de ter introduzido no cardápio opções mais caras, de até R$ 22, a rede mantém a linha de pratos por R$ 10,90. Guerra aponta que a rede promoveu reajustes de preços ‘abaixo da inflação’ nos últimos anos. “O salário mínimo cresceu mais do que os preços praticados nos restaurantes”, diz Guerra.

23 de maio de 2013

Produção industrial em abril cai em relação a março, segundo CNI


A produção da indústria em abril teve leve queda em relação a março, quando ficou em 52,9 pontos, de acordo com a Sondagem Industrial divulgada no dia 20 de maio pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em abril, o índice registrou 52,8 pontos.


A utilização da capacidade instalada ficou em 46 pontos em abril, o que representa um aumento na comparação com março, quando o índice fechou em 44,4 pontos.

Os indicadores da pesquisa variam de zero a cem. Aqueles acima de 50 indicam crescimento na produção, estoque maior do que o planejado e utilização da capacidade instalada superior à usual.
Os estoques da indústria voltaram a crescer, segundo a pesquisa, após sete meses de estabilidade.

Os estoques da indústria voltaram a crescer, segundo a pesquisa, após sete meses de estabilidade. Em abril, o nível de estoques ficou acima do planejado, com índice de 51,2 pontos. O acúmulo foi ainda mais forte para as grandes empresas, com índice de 54,2 pontos —que é, conforme a CNI, o maior desde julho de 2012.

A CNI aponta que "o excesso de estoques pode ser um obstáculo à continuidade da retomada da atividade industrial nos próximos meses, embora, em abril, a atividade do setor tenha subido na comparação com março".

Expectativa

As expectativas dos empresários brasileiros para os próximos meses, em relação à demanda, tiveram pequenos recuos em maio na comparação com abril, mostra a sondagem industrial. A perspectiva sobre demanda chegou a 59,6 pontos em maio, ante 60,1 em abril.

O índice de expectativas de compras de matéria-prima também teve leve queda: passou de 57,9 em abril para 57,4 em maio. O número de empregados registrou 52,9 pontos em maio. Em abril, foi de 53 pontos.

Para as exportações, a expectativa dos empresários para os próximos seis meses apontaram otimismo, após estabilidade em abril. O índice de expectativas de quantidade exportada passou de 50,1 pontos em abril para 52,5 pontos neste mês. O levantamento foi feito entre o dia 02 de maio ao dia 14 de maio, com 1.874 empresas de todo o País, conforme a a CNI.

Número de empregados

O número de empregados na indústria brasileira em abril teve leve queda na comparação com o mês anterior. O índice passou de 50,5 em março para 50,2 em abril. O maior índice relativo ao número de empregados foi na Região Centro-Oeste (55 pontos), seguida pelo Sul (52,4 pontos). Nas demais regiões, o índice ficou abaixo de 50.

O menor deles foi no Norte, com 46,1 pontos. Em relação ao porte das empresas, as maiores registraram maior índice, de 52,2 pontos. As médias ficaram com 49 pontos e as pequenas, com 46,5 pontos.

22 de maio de 2013

Falta de planejamento pode estragar sonho da casa própria


Nunca os brasileiros tiveram acesso a tanto crédito e facilidades para adquirir a casa própria. Mas, na empolgação de assinar o contrato, muitos consumidores esquecem detalhes que podem virar dor de cabeça no futuro e até forçar a devolução do imóvel.

Os compradores devem estar cientes, por exemplo, do risco de a instituição bancária não liberar o financiamento que possibilitará honrar a dívida com a construtora ou de o valor sofrer alteração e ficar acima de sua capacidade de pagamento.

Além disso, precisam levar em conta que terão gastos consideráveis com taxas cartoriais e bancárias, além de itens como mudança e mobília. Entidades de defesa do consumidor alertam para a necessidade de o comprador estar atento, já que, interessados em fechar negócio, muitas vezes os corretores e construtoras falham em fornecer informações a respeito.

“Estamos tendo muita reclamação, pois acontece de os imóveis valorizarem e não se encaixarem mais no limite de crédito que o comprador se propôs a tomar”, explica o advogado Geraldo Tardin, presidente do Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo (Ibedec).
É preciso considerar gastos com taxas cartoriais e bancárias, além de itens como mudança e mobília.

Segundo ele, um caso típico tem sido o imóvel ter valorização superior a R$ 170 mil, limite financiado pelo Programa Minha Casa, Minha Vida nas capitais brasileiras. Nesse caso, o consumidor não tem mais acesso aos juros reduzidos do programa e as prestações sobem. De acordo com Tardin, em ocorrências do tipo, o comprador pode buscar na Justiça uma rescisão do contrato e tentar receber de volta os valores desembolsados.

“Há ainda a possibilidade de mover uma ação de obrigação de fazer contra a Caixa [Econômica Federal, agente financeiro do Minha Casa, Minha Vida]. Se o mercado valorizou, o consumidor não tem culpa”, avalia.

Para a advogada Maria Inês Dolci, coordenadora da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste), é necessário haver pressão sobre as empresas envolvidas para que haja mais clareza nas negociações e no texto do contrato. "O consumidor tem de estar muito ciente do risco e tem de estar previsto o que ocorrerá e quais valores serão devolvidos no caso de o financiamento não ser liberado", explica.

Segundo a advogada, a promessa de compra e venda entre consumidor e construtora precisa informar ainda o custo efetivo total envolvido na operação. "Todos os encargos, tudo que incide de ônus deve estar discriminado. Se o consumidor perceber que não tem, pode questionar, procurar os Procons ou a Justiça", informa.

Passada a primeira fase e liberado o financiamento, o comprador precisa se preparar para as taxas cartoriais e bancárias. Os custos de cartório não chegam a ser informados no contrato, porque são calculados posteriormente pelo Poder Público municipal e estadual.

Quem financiou o bem precisa arcar com o Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis Intervivos (ITBI) e o registro do imóvel. Nesses casos, o contrato com o banco já equivale a uma escritura. Quem pagou à vista, no entanto, deve arcar ainda com a taxa para confecção de uma escritura pública.

Somadas, essas tarifas, que têm por base o valor do bem e cujo cálculo varia segundo a localidade do país, podem atingir de 3% a 5% do custo da casa própria. Além disso, dependendo do banco que fará o financiamento, podem ser cobradas taxas de cadastro e de abertura de crédito, entre outras.

O educador e terapeuta financeiro Reinaldo Domingos, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), destaca que esses custos podem abalar um orçamento contigenciado e que, por isso, o ideal é planejar com antecedência e construir uma reserva.

"Vale lembrar que o imóvel na planta não tem armários e outras benfeitorias. O nosso sistema não é como na Inglaterra, em que se financia 100% do valor e ainda se tem crédito para mobiliar. Também tem que prever os gastos com mudança, condomínio, IPTU [Imposto Predial e Territorial Urbano]. Tudo isso tem que ser objeto de análise muito antes [da compra]. Não só o que se gastará no começo, mas também o dia a dia da nova casa. Se não, o risco é entrar em desequilíbrio financeiro ou até devolver o imóvel", comenta.

Segundo Domingos, a dica para poupar é fazer uma estimativa dos gastos totais, avaliar quanto falta para atingir o montante e diagnosticar quanto pode ser posto de lado por mês para fazer face às despesas. "Tem que começar a buscar uma redução de gastos e excessos. Reunir todos da família e melhorar o desempenho do orçamento familiar", sugere.

Um direito que muitos brasileiros não sabem que existe e que pode aliviar os pesados desembolsos que envolvem a aquisição de um imóvel, é o desconto de 50% no registro cartorial para quem está adquirindo sua primeira casa pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH). O benefício é previsto na Lei 6.015, de 1973, e vale para o território nacional.

Para receber o abatimento, basta estar declarado no contrato de aquisição que se trata do primeiro imóvel. A compra de imóveis dentro do Programa Minha Casa, Minha Vida também dá direito a custos reduzidos. O Sistema Financeiro Imobiliário (SFI), no entanto, regido por uma lei diferente da que regula o SFH - o sistema permite financiar imóveis acima de R$ 500 mil e não prevê uso do FGTS, entre outras diferenças - não dá direito a abatimento.

Segundo a Associação dos Notários e Registradores do Brasil (Anoreg), caso o cartório se recuse a conceder o desconto devido, o cliente pode registrar queixa junto à Corregedoria do Tribunal de Justiça da Região.

21 de maio de 2013

Brasil e México vão aproximar petroleiras estatais Petrobras e Pemex


O chanceler do México, José Antonio Meade, foi recebido no dia 17 de maio pelo ministro de Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota. Na reunião, os dois decidiram retomar os trabalhos da comissão binacional, que não se reúne desde 2008.

Pretende-se promover uma agenda de eventos bilaterais que irá incluir encontros de empresários dos dois países e uma nova reunião dos dois chanceleres, desta vez no México, no 3º trimestre deste ano.


Os dois países têm grande interesse, segundo Patriota, em compartilhar ações no campo energético e devem promover a aproximação das petroleiras estatais Petrobras e Pemex.

“Desde o 1º encontro do presidente [Enrique] Peña Nieto com a presidenta Dilma ele indicou interesse [na aproximação das duas empresas]. A Petrobras e a Pemex têm muito o que compartilhar sobre as áreas em que elas se especializaram e, claro, têm muitas oportunidades de trabalho conjunto”, disse Patriota.
O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota (à dir.), e o chanceler do México, José Antonio Meade.

Os dois chanceleres declararam que há interesse em dinamizar as relações comerciais entre Brasil e México, que atualmente movimentam US$ 10 bilhões por ano. Meade disse que os encontros empresariais que serão promovidos visam a identificar áreas de oportunidades que sejam de interesse dos dois países.

Entre essas áreas está a de comércio automotivo, sobre a qual já existe um acordo de importação e exportação em vigência. Questionado se há interesse do México em ampliar o acordo, Meade disse que isso será analisado a partir dos encontros de empresários do setor e se houver interesse dos dois países. Os encontros também devem buscar oportunidades de cooperação nas áreas de ciência e tecnologia e educação.

O chanceler do México disse que ficou feliz em estar no grupo dos primeiros mexicanos que entraram no Brasil sem necessitar de visto. Desde ontem foi retomado um acordo entre os dois países para que o visto de entrada seja dispensado em casos de viagens curtas. Patriota também demonstrou satisfação com o fato de a visita do mexicano coincidir com o momento da suspensão da exigência do visto.

OMC 

Os dois chanceleres comentaram a vitória do brasileiro Roberto Azevêdo para a presidência da Organização Mundial do Comércio (OMC). Patriota disse que a visita de Meade logo após o embate entre Brasil e México pelo cargo na OMC mostra a “relação fraterna” que as duas nações têm. Meade disse que o México está feliz por ver um latino-americano retomar o espaço perdido na organização internacional.

“Quando o México decidiu participar do processo [eleitoral], nós achávamos que era importante que a América Latina presidisse a OMC. Hoje nós achamos que esse objetivo foi alcançado”, disse o chanceler mexicano.

20 de maio de 2013

Número de pequenos negócios no País diminuiu, segundo Ipea


Estudo apresentado no dia 15 de maio no 25º Fórum Nacional, no Rio de Janeiro, pelo ministro interino de Assuntos Estratégicos e presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Marcelo Neri, mostra uma redução do número de pequenos empreendimentos no Brasil em dez anos.

A taxa de empreendedorismo era 26,29%, em 2000, e caiu para 23,05%, em 2010. Para Marcelo Neri, apesar da diminuição, o saldo é positivo. “O que cai, realmente, são os negócios de subsistência, enquanto crescem o emprego formal e os negócios com potencial de acumulação e crescimento”, avaliou o ministro.

No período de dez anos compreendido entre 2003 e 2013, aumentam de 27% para 35% os negócios com probabilidades de maior lucro, enquanto os empreendimentos com menores oportunidades caem de 26,65% para 14,15%. “Ou seja, é um sinal de prosperidade, oportunidade e menor vulnerabilidade”, disse, em entrevista à Agência Brasil.
"O que cai, realmente, são os negócios de subsistência", diz Marcelo Neri, presidente do Ipea.

O ministro ressaltou que ao mesmo tempo há um processo de redução das desigualdades nesse setor heterogêneo. Tomando por base o índice de Gini (cálculo usado para medir a desigualdade social, desenvolvido pelo estatístico italiano Conrado Gini, em 1912), verifica-se uma queda de 10 pontos percentuais dos lucros, revelando negócios mais homogêneos. “E o que sobe são negócios comandados por mulheres, por negros, pessoas da periferia, cidades nordestinas. Ou negócios menores, abertos há mais tempo, sem cooperativa, sem curso técnico”.

O lucro cresceu mais em todos os empreendimentos associados a um lucro menor, observou Neri. “Parece um espetáculo de crescimento a preços populares, onde a primeira fila é ocupada por pessoas que você não esperava, como negros, mulheres, [pessoas] da periferia, por exemplo”.

O estudo mostra, por outro lado, que a maior parte dos pequenos negócios no Brasil não é feita por pessoas com maior nível de escolaridade. O ministro avaliou, entretanto, que houve uma evolução também nesse campo. O percentual de escolaridade média saiu de 6,5% para 7,8% em dez anos. Acrescentou que o lucro dos empresários sem instrução é 74% menor que os daqueles com curso superior incompleto. Apesar disso, o lucro dos empreendedores analfabetos cresceu 29,7% mais no período. Isso significa que quem lucra menos cresceu mais.

“A base da pirâmide, ou seja, os 5% mais pobres com menores negócios em termos de lucro, aumentou 46%. Os 5% mais altos aumentaram também, mas o aumento foi 24%”. A consequência é a redução do empreendedorismo de subsistência e o aumento do negócio por opção, ressaltou o ministro.

Marcelo Neri disse que esse tema o preocupava até algum tempo atrás. Com a criação agora da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, aliada ao Crescer, que é um programa de microcrédito nacional, além de outras ferramentas que diminuem a burocracia e o custo para a formalização dos negócios no país, analisou que há um conjunto de políticas pensando o setor que permite ser mais otimista em relação ao futuro nessa área. “Acho que os dez anos que a gente analisou mostram uma redução da quantidade (de pequenos negócios) mas, em troca de uma qualidade. Acho que é uma boa troca”.

Embora seja difícil prever o futuro, Neri admitiu que as boas políticas que estão sendo implementadas permitem antever que a tendência é manter esse cenário de menor número de pequenos negócios, mas com maior qualidade. “Embora o Brasil sempre surpreenda. Então, projeções são sempre difíceis”.

De acordo com o estudo, o lucro das mulheres, por exemplo, cresceu 7,7% entre 2003 e 2013 em comparação ao lucro dos homens e o dos negros foi 10,7% maior que o de brancos.

19 de maio de 2013

Sistema brasileiro de R$ 599 salva bebês esquecidos por pais dentro do carro

 Sistema envia SMS aos pais se carro estiver desligado e "peso" permanecer na cadeira.

Pais que costumam "esquecer" o filho pequeno dentro do carro podem agora combater a distração com um produto direcionado para eles: o Lembra Bebê, um dos lançamentos da Feira Internacional de Segurança (Exposec), realizada no dia 15 de maio em São Paulo.

Um chip com localizador GPS é colocado sob a cadeirinha da criança, e envia mensagens SMS ao celular do pai ou mãe toda vez que a ignição do carro for desligada e for detectado peso no assento, após cinco minutos.

Se nenhuma providência for tomada, explica Cristian Vieira, diretor da Lifthec – empresa gaúcha que desenvolveu a tecnologia –, outra mensagem é enviada após 10 minutos. "Aos quinze, o sistema abre os vidros traseiros automaticamente, destrava as portas e aciona um alarme sonoro com um choro de bebê".

O mesmo acontece se a temperatura interna do carro atingir 40 graus, protegendo o bebê de sufocamento e hipertermia. "Há pesquisas que apontam cerca de 42 mortes de crianças em veículos por ano no Brasil, em decorrência do esquecimento dos pais", aponta o diretor de marketing da empresa, Filipe Lazaro.

Mercado

A empresa espera vender ao menos 200 unidades do produto por mês, e há planos de exportar para países como EUA e Japão, onde as ocorrências de esquecimento dos pais são expressivas, segundo Vieira.

O produto terá preço sugerido de R$ 599 no mercado e será comercializado por distribuidores e lojas virtuais no Brasil. O consumidor precisará desembolsar o custo da instalação em autoelétricas, de cerca de R$ 70, além da necessidade de colocar créditos no chip, para validar o envio das mensagens.
                           Fechadura da Madis, que funciona com reconhecimento facial.

Controle de acesso

Outra novidade apresentada na Exposec inclui uma tecnologia que permite abrir fechaduras pelo reconhecimento facial. Neste caso, uma câmera grava o rosto da pessoa com permissão de acesso e o reconhece de imediato, abrindo a porta.

"Ela só não reconhece pessoas que sorriem ou fotografias", alerta Glauce Romano, consultor da Madis, que desenvolveu a tecnologia, durante a demonstração do produto no evento.

Números

O mercado de segurança privada no País movimentou mais de US$1,96 bilhão em 2012, um crescimento de 9% ante o mês anterior. Este valor deve chegar a 11% em 2013, segundo estimativas da ABESE (Associação Brasileira das empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança).

"Toda a cadeia de sistemas de segurança faturou R$ 4 bilhões no ano passado, desde a indústria até os distribuidores ao consumidor final", conta a presidente da entidade, Celma Migliori.

Dentro deste mercado, 90,9% dos produtos são direcionados a empresas e instituições, e o restante a imóveis residenciais.

Participação de mercado das principais tecnologias de segurança:

Vídeo e vigilância - 39%

Controle de acesso - 20,8%

Sensores - 19,2%

Detecção contra incêndios - 10,4%

Outros artigos eletrônicos - 10%

18 de maio de 2013

Juntas, Vale e OGX, de Eike Batista, perderam R$ 50,8 bi em valor de mercado

A OGX, de Eike batista, vale R$ 8,8 bilhões menos do que valia em 31 de dezembro de 2012.

Segundo levantamento feito pela consultoria Economática, empresa com maior queda nominal em reais na BM&FBovespa é a Vale, que em 10 de maio passado valia menos R$ 42,0 bilhões menos do que valia em 31 de dezembro de 2012.

Em segundo lugar, mostra o estudo, está a OGX Petróleo, do empresário Eike Batista, com queda de R$ 8,8 bilhões no mesmo período. Juntas, Vale e OGX valem hoje R$ 50,8 bilhões a menos do que valiam em 31 de dezembro passado.

Percentualmente, a OGX lidera a lista da Economatica, com recuo de 62,79% de 31 de dezembro até 10 de maio. A empresa de Eike Batista valia naquela data R$ 14,2 bilhões e a Vale era cotada a R$ 215,11 bilhões. Agora, a petroleira tem valor de R$ 5,3 bilhões e a mineradora R$ 173 bilhões; baixa de 19,26%.

Já entre as maiores altas nominais estão dois bancos. O valor do Itaú subiu de R$ 145,7 bilhões para R$ 155,9 bilhões. Já o Bradesco passou de R$ 131,9 bilhões para R$ 141,8 bilhões no período. Em termos percentuais, a maior alta em valor de mercado foi a da Braskem, com 33,92%.

Na comparação entre setores, a maior alta foi no de eletroeletrônicos, com valorização de 22,13% do seu valor de mercado no ano de 2013, seguido pelo setor químico com 20,94%. No sentido oposto, com maior percentual de queda, está o setor de siderurgia e metalurgia com queda de -26,11%, seguido pelo setor de mineração com queda de -19,5%.

17 de maio de 2013

Saída de Nelson Barbosa foi acertada com Mantega há dois meses

                                        Barbosa deixa o governo depois de dez anos.

Há pelo menos dois meses o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, acertou com o ministro Guido Mantega que deixaria a equipe econômica. A ideia inicial definida entre os dois era que Barbosa permanecesse na função até concluir as negociações no Congresso para a votação do projeto de unificação do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).

No dia 13 de maio foi confirmado – depois do vazamento da informação – que o secretário-executivo deixará a função em junho. Foi Barbosa quem pediu para deixar o governo, onde está há dez anos. As negociações sobre o substituto do secretário-executivo da Fazenda devem ficar em torno de nomes de fora do governo. Até lá, o secretário-executivo adjunto Dyogo de Oliveira assumirá interinamente o cargo.

16 de maio de 2013

Manifestantes protestam contra aumento de impostos em Israel

                                  Israelenses protestam contra aumento de impostos.

Milhares de israelenses marcharam no dia 11 de maio, em protesto contra um orçamento de austeridade que deverá aumentar o imposto de renda e o IVA (imposto sobre o valor agregado), com o objetivo de reduzir os gastos do governo.

Cerca de 2 mil pessoas se reuniram no centro de Tel Aviv no início da manifestação, mas, horas depois, a mídia local informou que a multidão já reunia cerca de 10 mil pessoas. Os manifestantes concentraram os protestos contra ministro das Finanças do país, Yair Lapid.

15 de maio de 2013

Medidas contra inflação já surtem efeito, diz Tombini

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou no dia 10 de maio que as medidas tomadas pelo governo para conter a inflação já estão surtindo efeito e que o BC fará o que for necessário para consolidar a inflação mais baixa. "O Banco Central está agindo, está vigilante. Vai fazer o que for necessário para consolidar a inflação mais baixa", disse, em entrevista ao Jornal Nacional, da Rede Globo.

Tombini avaliou que já houve recuo na disseminação da inflação. "A disseminação de preços já caiu 10 pontos-base", afirmou. "Na medida em que os alimentos recuem, a disseminação de preços também cai." Na entrevista, Tombini afirmou que o combate à inflação está em linha com uma recuperação da economia brasileira. "Reduzindo a inflação, aumenta a confiança na economia tanto da dona de casa quanto do empresário", comentou, ressaltando que, na média, os preços irão subir menos de agora em diante e que a inflação será menor.

14 de maio de 2013

Eike vende parte da OGX à Petronas

A OGX Petróleo anunciou no dia 07 de maio que celebrou contrato com a Petronas, petroleira da Malásia. O acordo tem como objetivo a venda de participação de 40% de blocos da petrolífera do grupo EBX, do empresário Eike Batista.



Mesmo com a transação, a OGX permanece como operadora dos blocos BM-C-39 e BM-C-40, localizados no campo de Tubarão Martelo na Bacia de Campos. Pela operação, a petroleira da Malásia desembolsará R$ 850 milhões.

Os blocos estão localizados a aproximadamente 95 km da costa brasileira em lâmina d’água de cerca de 110 metros. A operação está sujeita à aprovação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

A Petronas também detém a opção de adquirir 5% do capital total da OGX a um preço de R$6,30 por papel da petrolífera. A companhia da Malásia pode exercer essa opção, que não envolverá emissão de novas ações e não implica na diluição da participação dos acionistas minoritários, até abril de 2015.



"A parceria celebrada com uma ‘major oil company’ como a Petronas reforça a qualidade de nossos ativos e o potencial do Campo de Tubarão Martelo, que tem início de produção previsto para o final deste ano. Com recursos recuperáveis superiores a 32 bilhões de barris e produção acima de 2 milhões de boe por dia, a Petronas adiciona a OGX sua expertise para continuar o desenvolvimento da produção de óleo nestas áreas", disse Luiz Carneiro, diretor presidente da OGX.

Confiança

A compra da participação pela Petronas ocorre depois que a alemã E.ON acertou um acordo no fim de março para aumentar sua participação na companhia elétrica MPX, também de Eike Batista, numa operação de R$ 2,1 bilhões, o que trouxe recursos para a empresa do empresário.

Os negócios com OGX e MPX foram acertados depois que Eike fez uma parceria estratégia com o banco BTG Pactual no início de março. Ela envolveu linhas de crédito e futuros investimentos de capital de longo prazo para projetos da EBX.

A compra da participação nos blocos e entrada de capital na OGX representa a estreia da Petronas na indústria petrolífera do país. Além disso, uma unidade da empresa malaia se qualificou para participar do leilão de blocos de exploração no Brasil que ocorre em 14 e 15 de maio.

"A Petronas vê a aquisição como uma oportunidade altamente atraente em termos de qualidade de ativos e para crescimento estratégico de qualidade no Brasil", informou a companhia estatal em comunicado.

O campo de Tubarão Martelo tem início de produção previsto para o final deste ano.

"O interesse demonstrado pela Petronas na opção de compra para adquirir 5% de nossa companhia, no futuro, evidencia a qualidade de nosso time de executivos e nossas oportunidades de crescimento", afirmou o presidente da OGX, Luiz Carneiro.

O acordo foi anunciado após semanas de negociações. Em abril, representantes do grupo de Eike Batista e da estatal malaia estiveram juntos na sede da ANP, no Rio de Janeiro.

O negócio também ocorre em um momento em que a OGX sofre com problemas operacionais no campo marítimo de Tubarão Azul, na bacia de Campos, onde a empresa já tem produção comercial.

A petrolífera informou ontem que sua produção em abril somou 13,9 mil barris de óleo equivalente por dia, em média, o que representa uma queda de 7,9% na comparação com o volume médio extraído em março.

13 de maio de 2013

Dados comerciais da China superam expectativas apesar do ceticismo

As exportações da China subiram 14,7% em abril, enquanto as importações aumentaram 16,8%.

As exportações e importações da China cresceram mais do que o esperado em abril, oferecendo a possibilidade de uma perspectiva melhor para a segunda maior economia do mundo, mas os números não conseguiram acabar com o ceticismo de que manobras financeiras de exportadores e entradas de capital especulativo estariam mascarando uma fraqueza na demanda real.


As exportações da China subiram 14,7% em abril, enquanto as importações aumentaram 16,8%, deixando o país com um superávit comercial de US$ 18,16 bilhões para o mês, informou a Administração de Alfândega no dia 08 de maio.

A expectativa do mercado era de uma alta de 10,3% nas exportações, aumento de 13,9% nas importações e superávit comercial de US$ 15,1 bilhões. Em relação ao mês anterior, as exportações subiram 2,7%, enquanto as importações caíram 7,7%.

Os dados de exportações chineses nos últimos meses parecem sinalizar uma retomada gradual da demanda externa, embora alguns analistas suspeitem que os exportadores possam ter exagerado seus negócios para obter fundos e evitar restrições de capital.


"Eu não tenho uma convicção forte sobre se os dados refletem a realidade. Vamos focar nos dados de atividade da próxima segunda-feira", disse Zhiwei Zhang, economista-chefe do Nomura.

A Administração Estatal de Moeda Estrangeira divulgou no domingo novas regras para controlar a entrada de dinheiro especulativo disfarçado de pagamentos comerciais.

Uma estimativa da Reuters de entrada de dinheiro especulativo com base em dados oficiais indica que US$ 181 bilhões entraram na China no primeiro trimestre, alimentado em parte por uma política monetária frouxa da Europa e Estados Unidos.