31 de agosto de 2014

No embate entre Argentina e Alemanha, Adidas é a vencedora

Adidas patrocina, pela primeira vez desde 1990, os uniformes das duas finalistas (Alemanha e Argentina).

Patrocinadoras oficiais de times da Copa do Mundo, a alemã Adidas e a americana Nike são tradicionais rivais nos negócios. Embora a Adidas forneça a bola do Mundial desde 1970, pela primeira vez foi a Nike que vestiu mais equipes no torneio do Brasil – 10 de 32 seleções, incluindo o Brasil, comparados às nove da Adidas. Contudo, no jogo decisivo é a alemã, também patrocinadora da Fifa, que vai levar a melhor. Pela primeira vez desde 1990, a empresa é a fornecedora dos uniformes das duas finalistas (Alemanha e Argentina) e também das chuteiras de muitos de seus astros, além dos uniformes dos árbitros e da bola. A Adidas patrocina 15 jogadores que estarão em campo. "A Adidas será a marca mais visível na final da Copa do Mundo", disse o presidente da empresa, Herbert Hainer.

As duas empresas dominam a indústria de acessórios esportivos, que movimenta mais de 5 bilhões de dólares por ano, e dividem mais de 80% do mercado de produtos no setor. Contudo, no mais recente round da batalha pelo posto de maior marca do mundo do futebol, a Nike vem ameaçando a liderança da Adidas até mesmo na Europa, seu território por excelência.

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Competição – Só não está claro quanto tempo a predominância da Adidas durará. A empresa alemã espera vendas recordes de 2,7 bilhões de dólares em sua divisão de futebol em 2014, enquanto a Nike não informou sua projeção de vendas. Apenas anunciou faturamento de 2,3 bilhões de dólares em seu ano fiscal, concluído em maio. “Mais uma vez, estamos sublinhando nossa posição como maior marca mundial do futebol. Globalmente, a Adidas é a número um com folga no futebol”, acrescentou Hainer, da Adidas.

Apesar de nenhum time da Nike ter chegado à final, a empresa americana, que só se tornou uma potência no futebol depois da Copa de 1994 – sediada nos EUA –, já superou a Adidas nas vendas de chuteiras na maioria dos países. Ela ainda prevê mais um aumento de 21% nas vendas de produtos ligados ao futebol em seu atual ano fiscal. 

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Copa do Mundo – Até agora, a Adidas vendeu cerca de oito milhões de camisas de seleções no mundo e 14 milhões de unidades da Brazuca, a bola oficial da Copa, desde o lançamento dos produtos no fim do ano passado. Na Copa de 2010, a marca vendeu menos 1,5 milhão de unidades da bola oficial, Jabulani, na comparação com a bola da Copa no Brasil. O uniforme da seleção da Alemanha foi o mais vendido, com dois milhões de unidades. Argentina, Colômbia e México ficaram na casa de 1 milhão cada.

30 de agosto de 2014

Presidente do Peru espera que Bolívia se conecte a futuro gasoduto do país

                          Novo gasoduto no sul do Peru deve ficar pronto em 56 meses.

O presidente do Peru, Ollanta Humala, disse que a construção de um gasoduto de US$ 4 bilhões no sul do Peru abrirá a possibilidade de que a Bolívia conecte sua rede de gás e dê maior dimensão ao projeto.


O gasoduto, cuja concessão para construir e operar foi arrematado por consórcio entre a brasileira Odebrecht e a espanhola Enagás deverá estar pronto em 56 meses.

"Este é um projeto que transcende um governo", disse Humala no sábado, em entrevista à Reuters. Humala afirmou que deve conversar sobre o assunto com o governo boliviano de Evo Morales.

Entre os planos do Peru está o de se transformar em um exportador de energia elétrica a seus vizinhos da América do Sul.

29 de agosto de 2014

São Paulo é a cidade mais cara da América do Sul para profissionais estrangeiros

      São Paulo é a cidade mais cara para trabalhadores expatriados da América do Sul.

São Paulo é a cidade mais cara da América do Sul e a 49ª no mundo para profissionais estrangeiros viverem segundo estudo da Mercer, consultoria nas áreas de talentos, benefícios, pensões e investimentos. Logo em seguida, na região, está o Rio de Janeiro, que ocupa a 65ª posição no ranking global Custo de Vida 2014.


Vale ressaltar, porém, que ambas caíram trinta (antes São Paulo era a 19ª) e trinta e seis posições (Rio ocupava a 29ª posição), respectivamente, como resultado da desvalorização do real brasileiro contra o dólar americano, apesar dos aumentos nos preços de moradia.

Luanda, em Angola é a cidade mais cara do mundo pelo segundo ano consecutivo, seguida por N’Djamena, no Chade. Algumas cidades europeias e asiáticas continuam no top 10 do estudo Custo de Vida 2014, como é o caso de Hong Kong, a ocupar a terceira posição, e Cingapura, na quarta posição. Zurique saltou três lugares para assumir a quinta posição, com Genebra na sexta. Tóquio caiu quatro lugares estando, agora, na sétima posição.

Outras cidades mencionadas no top 10 das cidades mais caras para expatriados da Mercer são Berna, Moscou e Xangai. Karachi, que ocupa a 211ª posição, é a cidade menos dispendiosa do mundo para expatriados. O estudo revela que Luanda é três vezes mais dispendiosa do que Karachi.

Veja abaixo as dez cidades mais caras para profissionais estrangeiros:

1ª - Luanda, em Angola, é a cidade mais cara para profissionais estrangeiros.

2ª - N'Djamena, em Chade.

3ª - Hong Kong, na China.

4ª - Cingapura, Cingapura.

5ª - Zurique, Suíça.

6ª - Genebra, na Suíça.

7ª - Tóquio, Japão.

8ª - Berna, na Suíça.

9ª - Moscou, na Rússia.

10ª - Xangai, na China.

A pesquisa da Mercer tem como objetivo ajudar empresas, bem como governos e outras entidades, a determinarem subsídios de compensação para os seus colaboradores expatriados. Nova Iorque é utilizada como cidade-base, servindo de comparação para todas as outras cidades. Deste modo, os movimentos monetários são medidos em relação ao dólar americano.

O estudo abrange 211 cidades de cinco continentes diferentes, comparando os custos de mais de 200 bens em cada local, incluindo alojamento, transporte, comida, roupa, artigos domésticos e entretenimento. As flutuações monetárias e o impacto da inflação nos bens e serviços influenciaram o custo dos programas de expatriados, bem como os rankings das cidades.

“As classificações em muitas regiões foram afetadas por eventos mundiais recentes, como por exemplo flutuações cambiais, inflação dos custos ao nível dos bens e serviços e volatilidade nos preços de alojamento”, afirma Tiago Borges, responsável da área de estudos de Mercado da Mercer. “Enquanto Luanda e N’Djamena são cidades relativamente pouco dispendiosas para os locais, tornam-se muito caras para expatriados visto que os bens importados são de elevada qualidade. Por outro lado, encontrar alojamento seguro que vá ao encontro das expectativas dos expatriados pode ser uma tarefa desafiante e cara. É por esta razão que algumas cidades africanas aparecem no topo da classificação no nosso estudo“, explica o executivo.

28 de agosto de 2014

De boia-fria aos R$ 600 milhões: “Não tinha dinheiro para almoçar todos os dias”

Se soubesse a importância que o curso de datilografia teria na sua vida, talvez a trajetória de Aparecido Viana, empresário do ramo imobiliário, não tivesse sido tão bem-sucedida.

Onde vivia, não havia uma só máquina de escrever no começo da década de 1960, mas a mãe de Viana queria porque queria que o menino aprendesse a datilografar. Até hoje ele agradece. “Minha mãe era pobre, não tinha ensino, mas era visionária”, lembra.

Para aprender datilografia, Viana ia todos os dias para Mirassol (SP), fosse pendurado no trem ou com alguma carona conquistada na beira da estrada. O destino era a cidade grande mais próxima à pequena Bálsamo, que tinha oito mil habitantes e 150 quilômetros quadrados. Experimente perguntar a Viana onde fica seu município de origem: “Bálsamo é a capital da grande Microrregião de São José do Rio Preto”, brinca.

Viana era o segundo de seis irmãos – eles e seus pais trabalhavam na roça. No interior de São Paulo, eram todos boias-frias. A nomenclatura não incomoda nada o empresário. “Trabalhamos em tudo que é lida que você possa imaginar, menos cana-de-açúcar. Subia no caminhão de madrugada e ia para a roça antes de amanhecer”, conta. Aos quatro anos já estava na labuta com a família. “Fazia as coisas que dava para criança fazer na lida, como limpar o pé de café ou levar o caldeirão para os pais e irmãos na lida na hora do almoço”, conta.

Aos 14 anos, a datilografia levou o empresário à São Caetano do Sul (Grande São Paulo), onde iniciou sua jornada na cidade grande. Começou numa metalúrgica e logo passou para o primeiro cartório de notas da cidade, onde começou a ter contato com o ramo imobiliário. “Não tinha dinheiro para almoçar todos os dias, então acabava ficando muitas horas lá no cartório, trabalhando e sempre disponível”, conta.

Esse, até hoje, é o segredo dos negócios de Viana. “Estar sempre disponível e atender com carinho é o que eu faço de melhor”, diz. Quando completou 18 anos, foi dispensado pelo cartório que se recusava a aumentar o seu salário. No mesmo dia, um dos donos da IAS Imobiliária foi buscá-lo em casa para começar no novo emprego.

Ao lado de Alarico Suhadolnik, teve sua primeira “grande experiência”. “Ele é meu chefe até hoje", diz. “Ensinou sobre filosofia, deu conselhos. Até hoje sou muito grato a tudo que recebi de toda a família dele.”

A primeira fase na IAS durou dois anos. Depois de sete anos de intervalo, ele voltou para a imobiliária a convite do próprio Suhadolnik – e com salário quatro vezes maior. “Fiquei sete anos fora, mas nunca deixei de visitá-los e de procurar por eles”, lembra.

A pausa foi providencial. De volta à imobiliária – e já casado –, caiu no departamento de vendas por acaso. “Era só para eu aprender a mexer com os papeis”, conta. Mas em dez dias fechou dez contratos de venda. Bastaram três meses para que ele tivesse dinheiro suficiente para dar entrada na casa própria.

Foram sete anos “e uns quebrados” como corretor. Na década de 1980, nasceu a Aparecido Viana Imóveis. De lá para cá, Viana acumula histórias de todos os tipos: cômicas, tristes, bem-sucedidas e outras nem tanto. Já pensou até em escrever um livro, mas o projeto está em suspenso.
                             Aparecido Viana não pretende deixar de trabalhar tão cedo.

38 anos no mercado sem nenhum processo

A proximidade com o cliente e o atendimento cuidadoso são as qualidades das quais Viana se gaba sem nenhuma falsa modéstia. “Eu ia pessoalmente na casa dos meus clientes, conversava, perguntava da vida, ia no aniversário dos filhos e até em velório se fosse necessário”, conta. “Tem gente que há 38 anos só compra comigo. Você nunca pode esquecer quem está com você desde o começo.”

Um dos maiores orgulhos de Viana é estar há 38 anos no mercado imobiliário e nunca ter enfrentado nenhum processo. Pelo contrário, sua popularidade já cruzou as sete cidades do Grande ABC. “Para chegar até o fundo de um restaurante, é 30 ou 40 abraços por aqui”, brinca. “Esse carinho ninguém paga, não.”

No auge do mercado imobiliário, menos de dez anos atrás, a Viana Negócios Imobiliários chegou a ter 700 funcionários. Entre eles, seus filhos, nora e quem mais da família estivesse apto a assumir uma posição. “Eu queria ter eles por perto para poder descansar”, comenta o executivo.


De fato, ele descansa. Passeia a cavalo, curte a lua cheia, viaja para o interior e não dispensa suas partidas de frescobol. “Continuo desafiando todo mundo no frescobol. Estou com 65, mas ainda estou bem espírito de porco”, ri.

Em 2013, a empresa faturou cerca de R$ 600 milhões. “Já tive proposta para vender minha empresa, mas nunca quis.”Com grande atuação no Grande ABC, a empresa já trabalha em outras regiões do interior de São Paulo e Viana acumula histórias.

Do passado, ficaram lembranças e lições

De Bálsamo, Viana ainda tem as memórias e o sotaque típico do interior, nada mais. Não sobraram parentes na região – os irmãos que ainda estão vivos também foram para a cidade grande. O mais velho chegou a trabalhar com o empresário, mas hoje, aos 77 anos, está aposentado. “Acho que me sobressaí porque eu gostava muito de estudar”, diz.

Quando vai para a região, geralmente fica em Tanabi, com os filhos de seus contemporâneos. “Quem tem a minha idade não tem meu pique”, comenta com o bom humor característico. A cada visita, dezenas de pessoas dão uma passada para cumprimentar o executivo.

Nunca esperou ver nos filhos a energia que tinha na juventude. “São outras situações. Eu precisava trabalhar porque tinha de comer. Se não tivesse serviço, não tinha nem uma bala para por na boca”, diz. “Sempre sonhei em crescer, mas não mirava nada. Eu sabia que ia vencer e quando pensava no futuro, só vinha coisa boa.”


A única coisa que sempre imaginou foi a cidade grande. “Eu sempre imaginei muito como era São Paulo e quando conheci a cidade fiquei espantado, porque era tudinho que eu tinha na cabeça”, lembra. “Quando era criança, a gente morava em um sítio, entre duas cidades. Eu ia para cidade uma vez por ano, comprava uma botina e chegava em casa com o pé cheio de bolhas.”

27 de agosto de 2014

Terceiro homem mais rico do Brasil compra apartamento em NY por R$ 66 milhões

                          Marcel Herrmann Telles: fortuna avaliada em US$ 11 bilhões.

O Brasil sofreu uma derrota vexatória para a Alemanha na semifinal da Copa de 2014, mas nem todos os brasileiros parecem estar sofrendo com a eliminação por 7 x 1.


Segundo noticiou o jornal americano NY Daily News, o bilionário Marcel Herrmann Telles, terceiro homem mais rico do País, pagou US$ 30 milhões (cerca de R$ 66 milhões) por um apartamento de três dormitórios no condomínio mais exclusivo de Manhattan, o 15 Central Park West.

A vista panorâmica do 33º andar, adquirido por Telles, dá de cara com o Central Park e o rio Hudson, com janelas que vão do chão ao teto e pé direito de 3,35 metros de altura. O prédio já abrigou celebridades do peso de Denzel Washington e o cantor Sting, além de possuir uma academia gigante com uma piscina de 22 metros, uma livraria e um restaurante privativo. 

Telles, dono da 3G Capital ao lado de Carlos Alberto Sicupira, comanda um império cervejeiro e de fast food liderado por marcas de renome internacional como Burger King, Heinz, Brahma, Skol, Antarctica e Budweiser. Sua fortuna é avaliada atualmente em US$ 11 bilhões.

26 de agosto de 2014

Concurso premia monografias sobre o tema Defesa da Concorrência

As inscrições para a 5ª edição do Prêmio Ibrac-TIM, que elegerá os melhores projetos do Concurso de Monografias sobre o tema Defesa da Concorrência, já estão abertas. Estudantes de graduação e pós-graduação de universidades brasileiras e estrangeiras, além de profissionais que atuem na área, poderão inscrever seus trabalhos gratuitamente. A iniciativa é promovida pelo Instituto Brasileiro de Estudos de Concorrência, Consumo e Comércio Internacional (Ibrac) e conta com patrocínio da TIM.

O primeiro colocado na categoria Pós-graduação/Profissionais receberá R$ 15 mil e a inscrição gratuita para participar do 63rd Antitrust Law Spring Meeting, organizado pela American Bar Association, entre 15 e 17 de abril de 2015, em Washington, com hospedagem e passagem aérea pagas. Os segundo e terceiro lugares receberão R$ 10 mil e R$ 5 mil, respectivamente. Já na categoria Graduação, o autor do melhor projeto receberá R$ 5 mil e inscrições gratuitas em três eventos organizados exclusivamente pelo Ibrac em 2015.

O prazo para entrega dos trabalhos é até 1º de setembro. A cerimônia de premiação será realizada durante o 20º Seminário Internacional de Defesa da Concorrência, nos dias 30 e 31 de outubro, em São Paulo.

As inscrições devem ser feitas no site www.ibrac.org.br.

25 de agosto de 2014

Avianca reclama da distribuição de slots de Congonhas

Avianca está de olho nas oportunidades no aeroporto de Congonhas, um dos mais cobiçados.

A empresa aérea Avianca afirmou no dia 10 de julho que será prejudicada pela resolução da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) sobre a distribuição de slots do aeroporto paulistano de Congonhas, afirmou o presidente da companhia, José Efromovich.

O executivo afirmou que a resolução publicada no dia 10 de julho considera entre suas fórmulas a participação de mercado das empresas, e que, embora na primeira distribuição apenas Azul e Avianca possam participar, a primeira receberá mais slots por ter maior fatia de mercado.

Efromovich acrescentou ainda que, em uma segunda distribuição, Avianca e Azul não seriam mais consideradas como "entrantes" e terão de disputar slots com Gol e TAM, líderes de mercado. Com isso, na avaliação do executivo, a Avianca será ainda mais desfavorecida.

O executivo, porém, não soube afirmar de imediato como a Avianca vai reagir ao sistema adotado pela Anac.

24 de agosto de 2014

Samsung investiga alegação de trabalho infantil em fornecedor chinês

                  Samsung investiga alegação de trabalho infantil em fornecedor chinês.

A Samsung Electronics disse no dia 10 de julho que está investigando uma alegação de que um fornecedor no sul da China usou trabalho infantil.

O grupo de ativistas dos Estados Unidos China Labor Watch divulgou um relatório nesta quinta-feira alegando que a Dongguan Shinyang Electronic, uma fornecedora de capas e peças para telefones móveis, empregou trabalho infantil em suas linhas de montagem.

"Estamos investigando com urgência as mais recentes alegações e tomaremos as medidas apropriadas de acordo com nossas políticas de prevenção de quaisquer casos de trabalho infantil em nossos fornecedores", disse a Samsung em um comunicado enviado por email.

Várias ligações à companhia chinesa ficaram sem resposta.

A alegação do grupo baseado em Nova York surge depois que a Samsung disse em um relatório anual de sustentabilidade, em 30 de junho, que uma auditoria externa de 100 fornecedores na China não encontrou casos de trabalho infantil.


No dia 10 de julho, a Samsung disse ter conduzido uma "auditoria minuciosa" da Dongguan Shinyang em março de 2013, seguida de uma inspeção de terceiros em agosto e outra no mês passado.

"Nenhum caso de trabalho infantil foi encontrado durante estas auditorias", disse a empresa sul-coreana no comunicado.

O China Labor Watch, no entanto, disse ter encontrado "ao menos cinco crianças trabalhando" sem contratos no fornecedor em questão.

23 de agosto de 2014

Gear Fit, SmartBand e mais: conheça pulseiras inteligentes atualmente no mercado

As pulseiras inteligentes já existem há alguns anos, mas até recentemente eram produzidas apenas por empresas ligadas à indústria de artigos esportivos e bem-estar, como Nike e Fitbit. Neste ano, a situação mudou. Empresas de tecnologia vêm apostando nas pulseiras inteligentes e empresas como Sony, LG e Samsung lançaram recentemente seus produtos. Outras empresas, como Apple e Microsoft, também devem ter produtos nessa categoria até o fim do ano.

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Pulseiras inteligentes têm sensores que medem atividades físicas, como passos dados ao longo do dia e consumo de calorias, e também monitoram o sono. Por meio de aplicativos, essas pulseiras passam os dados para os smartphones. Os celulares então são usados para ver e contextualizar as informações colhidas pelas pulseiras.

Gear Fit - Fabricada pela Samsung, a Gear Fit se destaca das rivais por possuir uma tela. Com excelente brilho, ela exibe notificações do smartphone. No Brasil, custa R$ 699 e funciona apenas com alguns aparelhos mais sofisticados da Samsung.

SmartBand - Pulseira da Sony, a SmartBand é uma pulseira de borracha com um módulo central, chamado Core. É nesse módulo que ficam todos os componentes eletrônicos da pulseira. É vendida no Brasil por R$ 399 e funciona com aparelhos Android com versão 4.4. 

Lifeband Touch - De modo similar à pulseira da Samsung, a pulseira da LG tem uma tela OLED para exibir notificações do celular. Mas, diferentemente da concorrente, funciona com celulares Android de várias marcas e até mesmo com o iPhone. É vendida nos EUA por US$ 149.

Nike FuelBand - Uma das primeiras pulseiras inteligentes do mercado, a FuelBand é uma das favoritas entre quem pratica esportes. Por muito tempo foi compatível apenas com iPhone, mas recentemente passou a funcionar também com celulares Android. Nos Estados Unidos é vendida por US$ 100.

Fitbit Flex - Uma das pulseiras mais conhecidas, a Flex é à prova d´água e é compatível com iPhone e vários celulares Android. Os dados coletados podem ser consultados a partir de notebooks e PCs, além do aplicativo para smartphones. Nos EUA custa US$ 100. No Brasil, pode ser encontrada em algumas lojas especializadas por cerca de R$ 500.

Jawbone UP24 - Uma das pulseiras mais conhecidas do mercado, a UP monitora atividades físicas, sono e, por meio de um aplicativo, também gerencia as calorias de alimentos consumidos pelo usuário. É vendida nos EUA por cerca de US$ 150. No Brasil, pode ser encontrada em algumas lojas de produtos importados por cerca de R$ 600.

Vivofit - A tradicional fabricante de equipamentos de GPS Garmin lançou neste ano sua primeira pulseira inteligente. A Vívofit possui contador de passos, apresenta as calorias queimadas, distância percorrida, hora do dia, além de monitorar as estatísticas de sono para análises posteriores online. O produto é à prova d’água e custa cerca de R$ 600. 

Nabu - Conhecida por seus teclados e mouses para games, a Razer entrou no mercado de pulseiras inteligentes com a Nabu. Um diferencial da pulseira é ter uma arquitetura de sofware aberta, o que permite que qualquer desenvolvedor crie apps para ela. A pulseira ainda não está no mercado. Há apenas uma edição de testes, disponível para desenvolvedores.

22 de agosto de 2014

Emirates conclui acordo de US$ 56 bilhões com Boeing para comprar 150 aviões

        Emirates conclui acordo de US$ 56 bilhões com Boeing para comprar 150 aviões.

A companhia aérea Emirates concluiu no dia 09 de julho uma ordem de US$ 56 bilhões para comprar 150 jatos 777X da Boeing, firmando um compromisso assumido no ano passado, apenas algumas semanas após desistir de uma ordem junto à fabricante de aviões Airbus.

O acordo inclui direito de compra adicional de 50 aviões, o qual, se exercido, pode aumentar o valor do negócio para US$ 75 bilhões, disse a Boeing em um comunicado.


"Com a ordem para 150 777Xs, a Emirates agora tem 208 aviões 777 pendentes de entrega, criando empregos em toda a cadeia de abastecimento", disse o presidente Emirates, Tim Clark.

O acordo vem dias antes da Farnborough International Airshow, evento que tradicionalmente movimenta bilhões de dólares em novas encomendas de aviões.

O anúncio segue-se ao cancelamento em junho de uma ordem pela Emirates avaliada em US$ 16 bilhões para comprar 70 aeronaves A350 da Airbus, o que golpeou as ações da fabricante de aviões europeia.

21 de agosto de 2014

Crise? Vendas de Rolls-Royce disparam

Eles são símbolos móveis de riqueza e ostentação, os mais baratos custam US$ 263 mil (R$ 581 mil) cada um, e a maioria dos seus compradores escolhem modelos customizados, com opções que podem facilmente dobrar o preço. E estão cada vez mais populares.

No dia 08 de julho a Rolls-Royce informou um aumento expressivo na demanda por seus distintivos carros.

Os veículos britânicos, atualizados para refletir o conhecimento técnico e a força de marketing da BMW, dona da marca Rolls-Royce, tornaram-se artigo obrigatório para a nova elite global. Esse grupo está crescendo numericamente mesmo no momento em que o mundo luta para ultrapassar uma era de baixo crescimento, baixa expectativa e alto desemprego.


A companhia informou ter vendido 1.968 carros no primeiro semestre de 2014, ante 1.475 no mesmo período do ano passado.

A alta de 33% é explicada não só pelos luxuosos assentos de couro e pela pintura brilhante – típicas da marca, que antes tinha como públic- alvo a aristocracia britânica – mas também pelo aumento do número de bilionários no mundo.

Uma pesquisa da Forbes indica que há 1.645 bilionários no mundo, 219 a mais do que no ano passado.

"Se você olhar para o número de indivíduos com patrimônio líquido ultra-alto, esse número está claramente crescendo", diz o porta-voz da Rolls-Royce, Andrew Ball. "O mercado de luxo está crescendo no topo da pirâmide e nós estamos muito contentes de ser parte disso."

70% são clientes novos

O fenômeno ajuda a explicar as fortes vendas de mega-iates, joias raras e complexos relógios suíços manufaturados. Há mais gente com mais dinheiro em busca de se diferenciar da multidão – e, nesse contexto, um Rolls-Royce se torna uma declaração muito notável.

Ball diz que 70% dos compradores de Rolls-Royce são novos na marca, e aproximadamente a metade escolhe customizar seus carros com toques pessoais. O custo de um Rolls-Royce "bespoke" – o termo britânico para terno sob medida – do que um "da prateleira" pode fazer muitos orçamentos domésticos parecerem miúdos.

"Pode ser algo simples, como costurar as iniciais no encosto de cabeça ou esculpi-las no console de madeira", diz Ball. "Os clientes se sentem bem. Faz parte de um processo emocional."
                                                     Rolls-Royce, modelo Phantom.

Geladeira customizada ao preço de um ano de estudos

Pode ser também algo que reflete um grau de consumismo tão alto como o arranha-céu Shard, de Londres: uma geladeira dentro do veículo pode ser customizado para acomodar a forma e o tamanho da bebida favorita do dono – a um custo equivalente ao de um ano de faculdade nos Estados Unidos.

A companhia vai abrir a primeira loja no Camboja. Mas se mantém essencialmente um produto britânico, muito apreciado pela Rainha Elizabeth II e que evoca a opulência da era da aristocracia britânica exibida na série Downtown Abbey.

Na Rolls-Royce Motor Cars de Londres, que ficanuma área particularmente luxuosa da Mayfair [área nobre de Londres], os visitantes se deparam com um brilhante Phantom preto – preço inicial: US$ 600 mil (R$ 1,3 milhão) – e um Wraith, pela pechincha de US$ 400 mil (R$ 884 mil) se você não quiser nenhum opcional. 

O fundo da concessionária lembra uma loja de móveis, com diferentes amostras de maderia e peles. 

Aos 20, chinês compra o segundo

Já se foram os dias em que os tradicionalistas do Rolls-Royce ironizavam o beatle John Lennon por colocar uma pintura psicodélica em seu Phantom V. Quando um homem entrou na concessionária do Mayfair carregando o batom rosa favorito de sua esposa e perguntando por um Rolls-Royce da mesma tonalidade, a compania estava preparada para atender o pedido, diz o vendedor Stephen Foulds.

Foulds diz que a base de consumidores está ficando mais jovem, com um chinês de seus 20 anos recentemente comprando o segundo Rolls-Royce com uma pintura branca pouco usual. Outro trocou sua Lamborghini quando formou família porque precisava de um carro com banco traseiro.

O editor-assistente da revista Octane, Mark Dixon, disse que a Rolls-Royce também conseguiu se livrar da imagem de veículos quadradões. Dixon adorou os toques que tornam o Rolls-Royce único, como o forro do teto solar opcional da versão cupê do Phantom.

"Há centenas de pequenas luzes de led no forro do teto. Parece um céu noturno quando você está dirigindo à noite", diz. "A compra dessa grande marca britânica pelos alemães causou algum desconforto, mas a maioria das pessoas agora concorda que foi uma boa decisão."


Dixon diz que a BMW introduziu elementos de topo de linha no Rolls-Royce, como um câmbio orientado por satélite que consegue perceber uma curva fechada antes do motorista e ajustar a marcha – e deu vigor aos novos modelos.

"Você pode descrever o Ghost como um foguete. É um carro muito rápido", diz. "Tem um motor turbo V-12 twin que arranca como um gato escaldado. Anda muito mais do que você esperaria."

20 de agosto de 2014

Telexfree: sócio tenta ser candidato a deputado federal

Investigado civil e criminalmente no escândalo Telexfree, Carlos Roberto Costa registrou candidatura a deputado federal pelo Partido Republicano Progressista (PRP) no Espírito Santo. A Justiça Eleitoral ainda precisa aprovar o pleito.

A Telexfree é acusada de ser a maior pirâmide financeira da História do Brasil, com mais de 1 milhão de membros, montada sob disfarce de marketing multinível. Em todo o mundo, o negócio teria movimentado cerca de R$ 2,7 bilhões, segundo uma investigação norte-americana. 


Caso eleito, Costa – que é um dos donos da Ympactus, braço brasileiro da Telexfree – passa a ter direito a foro privilegiado, o que o levaria a ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

O empresário também poderia, caso a Corte receba algum processo contra ele, renunciar ao mandato para ser julgado como cidadão comum – o que retardaria o andamento do caso.

"No momento em que ele é empossado, passa a ter direito a foro privilegiado, da mesma forma em que, se perde ou deixa o cargo, perde direito ao foro", diz o advogado Euro Bento Maciel Filho.

Atualmente, Costa é alvo de investigação criminal da Polícia Federal no Espírito Santo e réu na ação civil pública em que o Ministério Público local (MP-AC) pede a extinção da Telexfree no Brasil, acusando-a de ser maior pirâmide financeira brasileira, e a devolução dos recursos aos divulgadores, como são chamados os que investiram dinheiro no negócio.

Costa teve bens congelados a pedido do MP-AC, mas recebeu R$ 6,6 milhões após esse bloqueio, segundo depoimento dos fundadores da empresa à Secretaria de Estado de Massachussetts, onde fica a sede do grupo.

À Justiça eleitoral, Costa declarou ter R$ 13 milhões, sendo R$ 300 mil pela parcela que detém na Ympactus no Brasil.

"Não tem nem processo contra eles", diz Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, advogado de Costa e de Carlos Nataniel Wanzeler, um dos fundadores da Telexfree. "Existe um inquérito, não existe uma denúncia formal."

Empresário foi o responsável por trazer a Telexfree para o Brasil

Costa foi fundamental para que a Telexfree, criada nos Estados Unidos em 2002 por Wanzeler e pelo americano James Matthew Merrill, deslanchasse, segundo a Securities and Exchange Comission (SEC, a Comissão de Valores Mobiliários americana). 

Amigo de longa data de Wanzeler, Costa participou da criação do site www.telexfree.com – por onde os divulgadores aderiam ao negócio e movimentavam suas contas – e foi quem deu a ideia de usar anúncios na internet para recrutar consumidores, de acordo com a SEC.
Carlos Costa, um dos investigados no caso Telexfree, registra candidatura de deputado federal.

Foi só depois do sucesso no Brasil que a empresa começou a operar nos Estados Unidos, onde também é acusada de ser uma pirâmide financeira. Wanzeler é considerado foragido da Justiça americana.

Além de deter uma fatia do braço brasileiro da Telexfree, Costa ocupa o cargo de diretor de marketing da empresa, o que lhe deu grande projeção de imagem.

É Costa quem surge no "Plantão Telexfree", como são batizadas as dezenas de vídeos regularmente publicados na página da empresa numa rede social. 

Num desses vídeios, Costa garantiu aos divulgadores, dias depois de a empresa ter as contas bloqueadas, que o negócio seria assegurado pela gigante Mapfre – uma informação desmentida em seguida pela própria seguradora.

Nos Estados Unidos, Costa chegou a deter uma parcela da Telexfree, LLC., uma das empresas do grupo, mas se desfez dela no final de 2013 por "razões legais", segundo um depoimento de Merrill. 

A Telexfree sempre negou irregularidades.

19 de agosto de 2014

Brasileiros são os que mais falam sobre problemas familiares no trabalho

Segundo pesquisa realizada pela rede social profissional LinkedIn, o brasileiro é o que mais conversa sobre questões familiares com colegas de trabalho, com 60% de mais de 1 mil entrevistados afirmando fazer isso. O estudo, feito com 11.572 pessoas de 14 países, também aponta que quase metade dos brasileiros (48,6%) falam com os seus colegas sobre conselhos de relacionamento – na Holanda, este número cai para apenas 20%.
35,8% dos brasileiros afirmam que a amizade com colegas de trabalho os tornam mais motivados e produtivos.

“O brasileiro é muito familiar, pela nossa herança católica. Família é uma coisa muito mais presente no nosso dia a dia do que na Europa nórdica”, aponta Fernanda Brunsizian, porta voz do LinkedIn. Apesar disso, os três principais temas de conversa dos brasileiros com os seus colegas de trabalho são atualidades e política (77,6%), questões de saúde (72,7%) e comida e alimentação (67,9%).


A cultura mais afetiva dos brasileiros também fica clara quando perguntados se eles têm colegas que cuidam ou olham por eles no escritório como um pai/mãe – quase um terço (32,50%) disse que sim. E para 35,8% dos entrevistados, a amizade com colegas de trabalho os tornam mais motivados e produtivos. Apenas 9,70% acredita que este tipo de relação no escritório os torna mais distraídos.

De acordo com Fernanda, o resultado da pesquisa aponta para a importância de cada vez mais as empresas contratarem funcionários baseados na sua cultura e não apenas em qualificações. “Se está fazendo tanta diferença na produtividade estar em um ambiente em que você consiga ter amigos, é super importante na contratação você observar que a cultura daquela pessoa combina ou não com a da empresa”, diz. “As empresas brasileiras estão sim notando que isso é importante, porque a maioria das pessoas que não dão certo não é por causa da qualificação da pessoa, é porque ela não está combinando com o que a empresa valoriza.”

Amizade no trabalho deixou de ser tabu

No entanto, essa correlação entre amizade no ambiente de trabalho e produtividade não é exclusividade do Brasil. Segundo Fernanda, essa característica está cada vez mais visível em todos os países, pela maior presença da geração Y (jovens de até 24 anos) no mercado de trabalho.
Fernanda Brunsizian: As empresas brasileiras estão notando que é importante contratar alguém alinhado à cultura do lugar.

Fernanda lembra que a geração passada raramente misturava as informações pessoais com a sua vida no trabalho. Já para a nova geração, que cresce juntamente com as redes sociais, essa relação mudou. “Da mesma forma que eu não vejo problema em colocar uma foto minha em um momento de lazer na internet e compartilhar com colegas de trabalho, eu não vejo problema em conversar sobre o meu namorado com o meu colega do lado. Isso não é mais um tabu”, comenta ela.

E não é apenas com colegas do mesmo nível hierárquico que isso está acontecendo. De acordo com a pesquisa, mais da metade (51,60%) dos entrevistados no Brasil adicionam o seu gerente nas redes sociais e, dentre todos os países pesquisados, os brasileiros são os mais suscetíveis a ter um relacionamento de longo prazo com o seu chefe, representando mais de um terço (36,80%) dos consultados.

“De maneira geral, está sendo quebrado esse distanciamento entre equipe e liderança. Isso é muito importante, pois tem de ser uma relação mais próxima mesmo”, vê Fernanda. Para a especialista, quando o chefe passa a entender um pouco mais da vida pessoal da pessoa que ele coordena, ele também consegue orientar o trabalho da pessoa de maneira a não prejudicá-la fora do ambiente do trabalho.


Por exemplo, se o seu subordinado precisa levar o filho para a escola toda a manhã e ele não está conseguindo, pelo horário do expediente, o gestor pode mudar o horário desta pessoa e criar um ambiente mais agradável e, consequentemente, mais produtivo para aquela pessoa.

Brasileiros são mais leais as colegas de trabalho

Segundo o estudo, mais da metade dos brasileiros (53,6%) disseram que não estariam dispostos a sacrificar uma amizade com um colega, mesmo que isso significasse receber uma promoção. Já em Hong Kong, mais da metade (51,90%) disseram que considerariam, se isso resultasse em uma promoção.

No entanto, Fernanda lembra que é preciso haver um limite nas amizades de trabalho, para não resultar em um atraso na vida profissional da pessoa. Muitas pessoas não conseguem manter o profissionalismo quando um amigo do escritório é promovido e ele se torna seu chefe. “O que tem que ser analisado é que, se as duas pessoas não estiverem de acordo com essa nova relação de trabalho [de pares para líder e liderado], eles não vão trabalhar bem e eu quero uma equipe que funcione”, comenta.

18 de agosto de 2014

Disputa bilionária na família Bradesco chega ao fim

                          Lia Aguiar terá de arcar com os custos do processo bilionário.

Herdeira do fundador do Bradesco, Amador Aguiar, e integrante da 8ª família mais rica do Brasil, Lia Aguiar desistiu da disputa bilionária que remonta à década de 1970 por uma parcela das ações do banco. 

Após três derrotas no Superior Tribunal de Justiça (STJ), os advogados da herdeira desistiram de apresentar um novo recurso que possivelmente levaria o caso para o Superior Tribunal Federal (STF).

Com isso, na semana passada o processo transitou em julgado – jargão jurídico para uma situação em que é praticamente impossível alterar a decisão.

Lia e a irmã, Lina, tentaram recuperar cerca de 4% das ações do banco – cerca de R$ 3 bilhões em valores atuais – que lhes haviam sido doadas há cerca de 40 anos pelos pais e posteriormente, vendidas à Fundação Bradesco, que detêm 8,5% do banco.

Um dos argumentos de Lia é que o pai não tinha procuração específica da mãe, Elisa Maria, para vender os papéis.

Lina já havia desistido do processo, mas Lia levou o caso até o STJ em 2012, após ser derrotada na primeira instância do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).

Os ministros do STJ impuseram três derrotas a Lia. Em setembro de 2013 e em fevereiro de 2014, a Corte Especial – órgão máximo do Tribunal – rejeitaram os pedidos feitos pelos advogados da herdeira. 

No início de junho, os advogados de Lia tentaram argumentar que o STJ havia decidido diferentemente em casos semelhantes. O ministro Antônio Carlos Ferreira, entretanto, afirmou que essa diferença não existia.

Procuramos um dos advogados de Lia no processo e a Fundação Lia Aguiar, mas não obteve retorno até a conclusão dessa edição.

"Acho que o judiciário deu uma resposta à pretensão dela de forma muito contundente. A tentativa de reaver essas ações não tem nenhum fundamento", diz o advogado José Diogo Bastos, que representou a Fundação Bradesco. "Beirou uma aventura judicial."

Com a derrota, Lia terá de pagar os advogados da Fundação Bradesco.

17 de agosto de 2014

App do dia: TripAdvisor permite consultar mapas sem conexão à internet

TripAdvisor traz informações de viagem, voos e hotéis. Grátis para Android e iPhone/iPad.

Um dos mais conhecidos serviços de informação de viagem da web, o TripAdvisor renovou seu aplicativo para Android e iPhone. A principal novidade é que vários recursos do app, incluindo fotos e mapas, agora podem ser consultados sem conexão à internet.

Assim, quem vai viajar poderá baixar os mapas para o aparelho e consultá-los em qualquer lugar, sem a necessidade do 3G. A nova função oferece mais de 300 mapas de destinos ao redor do mundo.

Os usuários podem adicionar e remover mapas de cidades, conforme necessário, com base no local onde estiverem. Também é possível baixar a última versão do mapa de um destino para sincronizar o conteúdo com os comentários e opiniões mais recentes publicadas no TripAdvisor. O TripAdvisor é grátis para Android e iPhone/iPad.

16 de agosto de 2014

Agente alemão é detido por suspeita de trabalhar para a NSA

            Prisão de agente pode abalar ainda mais as relações entre Obama e Merkel.

Um funcionário do Serviço de Inteligência Federal da Alemanha (BND, na sigla em alemão) foi detido por suspeita de espionar para os EUA. A prisão ocorreu no dia 02 de julho, mas só foi divulgada no dia 04 de julho. Segundo o jornal Süddeutsche Zeitung, que citou fontes de serviços de segurança, o homem estaria atuando há dois anos como agente duplo para Agência Nacional de Segurança dos EUA (NSA) em troca de dinheiro.

O episódio deve causar ainda mais fissuras na relação entre Washington e Berlim, já abalada pelo vazamento de informações sobre o alcance da espionagem americana, que atingiu até mesmo líderes aliados dos EUA, como a chanceler Angela Merkel, que teve o celular grampeado. Depois que a notícia sobre a prisão do funcionário alemão foi divulgada, o embaixador americano em Berlim foi convocado para prestar esclarecimentos. 

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O agente, de 31 anos, foi detido justamente sob suspeita de coletar e repassar aos EUA documentos produzidos por uma comissão parlamentar que investiga a atuação da NSA na Alemanha. A revista Der Spiegel afirmou que o homem já confessou que vendia seus serviços a Washington e recebia instruções sobre como proceder através da embaixada americana em Berlim. Em troca, ele teria percebido 25.000 euros (75.000 reais) da NSA, quantia entregue em um encontro na Áustria.

O Süddeutsche Zeitung afirma que o suspeito também tentou entrar em contato com agências de inteligência da Rússia para oferecer seus serviços. Inicialmente, o agente começou a ser investigado por causa dessa suspeita, mas logo os investigadores começaram a suspeitar que ele, na realidade, trabalhava para os americanos. Ainda não se sabe se os contatos com os russos resultaram em algum acerto.

Um porta-voz disse que Merkel foi informada sobre o caso no dia 03 de julho, mesmo dia em que manteve conversa telefônica com Barack Obama – em janeiro, o presidente americano havia se comprometido a acabar com a espionagem contra países aliados. O porta-voz alemão considerou o caso “muito grave”. A Casa Branca não comentou o caso.

Rusgas – Na semana passada, o governo alemão já havia demonstrado que ainda não recuperou a confiança nos americanos. O Ministério do Interior anunciou o cancelamento de um contrato com uma operadora americana de telefonia que presta serviços para vários órgãos do governo por temor que seus sistemas fossem usados pela NSA. 

A prisão tem potencial de piorar ainda mais a relação. O caso provocou indignação entre os membros do Parlamento alemão, especialmente entre os membros do comitê que investiga as atividades da NSA. A deputada Martina Renner disse que caso a suspeita seja confirmada oficialmente, "não bastará apenas uma resposta legal, será necessária uma resposta política".

15 de agosto de 2014

Cancelar serviços de telefonia ficará mais fácil

Dificuldade para encerrar contratos com operadoras é uma das principais reclamações à Anatel.

A partir do dia 08 de julho, o consumidor pode cancelar automaticamente serviços de telefonia fixa, móvel, TV por assinatura e internet, sem falar com nenhum atendente. Esse é um dos benefícios do novo regulamento da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que finalmente entrará em vigor.

A dificuldade para encerrar contratos com empresas de telecomunicações era uma das principais reclamações que os clientes faziam à central de atendimento da Anatel. Agora, ao telefonar para o call center das empresas, o cancelamento será uma das opções a serem digitadas no menu principal. Na internet, o procedimento será semelhante: bastará ao cliente se identificar por meio de um cadastro com nome de usuário e senha para solicitar a interrupção do serviço.

Já no momento do pedido, o usuário será informado se deverá pagar multa ou fatura com valor proporcional aos dias de serviço prestado. A operadora terá dois dias para entrar em contato e tentar convencê-lo a mudar de ideia.

O regulamento estabelece também normas mais rígidas sobre a validade dos créditos dos celulares pré-pagos. A partir do dia 8, qualquer crédito adquirido terá validade de, no mínimo, 30 dias. Nas lojas próprias e pontos de venda, exceto bancas de jornal, será obrigatório ofertar crédito com validade de 90 e 180 dias.


Promoções – Também foi estabelecido que o cliente antigo deve ter direito às mesmas promoções que são ofertadas ao novo assinante. O regulamento também afirma que o período máximo para contratos de fidelização é de 12 meses.

Informações – Ao contratar um serviço por telefone, as empresas deverão passar todas as informações sobre o plano. O cliente saberá, por exemplo, se recebeu uma oferta temporária e para quanto a fatura vai subir ao término desse prazo e valores de multa de rescisão, reajuste e franquia do serviço. Os dados deverão ser encaminhadas por correio ou e-mail.

Faturas – Se o assinante questionar o valor ou o motivo de uma cobrança, a operadora terá 30 dias para responder à reclamação. Caso isso não seja feito, a empresa será obrigada a corrigir automaticamente o valor da fatura, se ela ainda não tiver sido paga, ou devolver o valor em dobro, caso já tenha sido feito o pagamento. O cliente poderá questionar faturas emitidas nos últimos três anos.

Para o presidente da Anatel, João Rezende, as novas regras fortalecem o poder de negociação do consumidor.

14 de agosto de 2014

Papa defende fim do trabalho aos domingos

O Papa Francisco lamentou o abandondo da tradicional prática cristã de não trabalhar aos domingos, dizendo que isso tem um impacto negativo na família e nas amizades.


O pontífice viajou no dia 05 de julho pawra Molise, uma região rural no coração do sul da Itália onde o desemprego alto é crônico. Ao dizer que os pobres precisam de trabalho para poder ter dignidade, Francisco sustentou que a abertura de lojas e outros negócios aos domingos como uma forma de criar vagas de trabalho, entretanto, não é benéfica para a sociedade.

Francisco disse que a prioridade deveria ser "não econômica, mas humana", e que o foco tem de ser colocado nas relações familiares e de amizade, e não nas comerciais. 

"Talvez seja hora de nos perguntarmos se trabalhar aos domingos é liberdade verdadeira", afirmou.

O Papa argumentou ainda que passar os domingos com a família e os amigos é um "código ético" tanto para fiéis como para os que não creem.

Francisco, 77 anos, parecia recuperado de uma série de doenças que o levou a cancelar diversos compromissos recentemente. Ele viajou a Molise de helicóptero para um dia repleto de atividades, incluindo um almoço com pobres e uma visita a uma prisão.

O pontífice demonstrava estar cheio de energia e sorria ao cumprimentar o público. O Vaticano descreveu os problemas de saúde como "moderados" e não deu mais detalhes.

Numa fala de improviso, o Papa encorajou os pais a passarem mais tempo com seus filhos. 

"Desperdicem tempo com as crianças", afirmou, acrescentando que gostaria de perguntar aos pais se eles "brincam com seus filhos".

13 de agosto de 2014

Dupla transforma lanchonete em negócio de R$ 110 milhões nos EUA

Era uma típica manhã quarta-feira no Zingerman's Roadhouse, um restaurante em Ann Arbor, Michigan, que oferece nove variedades de macarrão com queijo e defuma sua própria carne de porco para fazer um típico desfiado. Mas nesta manhã em particular, num colorido salão de jantar, eram as finanças que estavam no cardápio.

Reunidos para o encontro semanal estavam cerca de 50 funcionários do restaurante, todos estudando um largo quadro branco preenchido com números escritos à mão. Alex Young, um chef que ganhou o prêmio James Beard e que dirige o restaurante desde a abertura, em 2013, notou uma cifra em particular: US$ 165.256 (R$ 365.216), as vendas da última semana.

Aquele número estava cerca de US$ 13 mil (R$ 28,7 mil) acima do que eles haviam previsto para esta terceira semana de abril e era quase US$ 5 mil (R$ 11 mil) maior que prognóstico feito apenas sete dias antes. 

Sorrisos se abriram nos rostos de todos, desde os auxiliares aos garçons, passando pelos chefs de partida [auxiliares do chef]. Eles haviam servido 300 refeições a mais do que o previsto.

"Eu acho que conseguimos levar o número a US$ 180 mil (R$ 398 mil) na próxima semana com o começo das cerimônias de graduação", disse Young, referindo-se às festividades na Universidade Michigan. "Como vocês acham que conseguimos atingir esse objetivo?"

Os funcionários começaram a oferecer sugestões, incluindo a divulgação de produtos feitos noutro negócio do restaurante: os bolos de graduação da Zingerman's Bakehouse, por exemplo, ou o "Zingerman's Guide to Good Leading" [Guia Zingerman para a Boa Liderança, em tradução livre], um livro de negócios dividido em três partes que é vendido pela Zingerman's Press.

"Boas ideias", disse o autor do livro, Ari Weinzweig, que estava sentado em uma prateleira, vestido com seu uniforme tradicional composto de jeans cinza, sapato de borracha e camiseta presta. 

O livro explica como Weinzweig e seu cofundador, Paul Saginaw, transformaram a Zingerman's Delicatessen, uma pequena lanchonete próxima à universidade, num grupo de nove negócios que, três décadas depois, tem 650 empregados, 18 parceiros e vendas anuais totais de US$ 50 milhões (R$ 110 milhões).

Engajamento de empregados cresce junto com os negócios

Fundada em 1982, a Zingerman's Deli é agora conhecida internacionalmente por seus sanduíches imensos e criativos. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, comeu por lá recentemente. ("O Reuben é matador", disse ele a uma plateia de estudantes). 

Mas a sua mais importante criação pode ser o seu modelo de negócios muito pouco usual – e que produziu crescimento impressionante ao mesmo tempo em que tornava engajados os empregados, que apreciaram a oportunidade de ajudar a dirigir o negócio e mesmo começar outros novos.


A Zingerman's também criou um braço com o intuito de partilhar suas filosofias com outros donos de empresas que vêm de outros locais do país e mesmo mundo para aprender como criar ambientes de trabalho em que empregados pensam como proprietários.

Logo após a reunião no Roadhouse, Weizweig recebeu um e-mail de um chef de partida, Leo Chen, que indicou que quatro dos coquetéis preparados no bar do restaurante levavam claras de ovo. Chen estimou que 30 gemas de ovo estavam sendo jogadas fora por semana e poderiam "ser usadas para café da manhã, pudim etc.". Weinzweig o encorajou a preparar um plano de coleta das gemas no bar e de transferência delas para a cozinha. Plano esse que poderia ser apresentado na próxima reunião.

Empresários trocam expansão por diversificação

Em 1994, os dois fundadores escreveram uma declaração de visão para o que iria se tornar a Zingerman's Community Businesses [Comunidade Zingerman de Negócios], ou ZCoB (pronunciado Zicob). Em vez de construir lanchonetes no maior número de lugares que conseguissem, os empresários previram cerca de uma dúzia de negócios locais e diferenciados, todos em operação até 2009.

Cada um desses negócios seria fundado e dirigido por um parceiro apaixonado que iria conhecer a cultura e os valores da Zingerman's, tendo passado por um treinamento interno extensivo, o que eles chamam agora de "o caminho para a parceria".

Esses parceiros iriam investir seu próprio dinheiro, geralmente 10% a 15% do investimento inicial, e assim teriam uma compromisso do sucesso do negócio. Saginaw e Weinzweig, que também contribuiriam com capital, esperavam que, ao oferecer aos funcionários uma oportunidade para subir na empresa, iriam recapturar o espírito de início de um empreendimento que eles tiveram no começo da lanchonete.

Nem todo mundo gostou da nova visão. Em três anos, 80% dos gerentes haviam desistido. Com a oportunidade crescente vem a responsabilidade crescente, e muito dos empregados se acostumaram com o ambiente relaxado da lanchonete, sem buscar reconquistar aquele espírito – ou aquela carga de trabalho – de início de um empreendimento. Desapontados com as saídas, os fundadores começaram a procurar pessoas que partilhassem de sua visão.

Eles, então, começaram a tocar um novo negócio: uma padaria que havia sido criada para fornecer pão para a lanchonete se tornou a Zingerman's Bakehouse. Um negócio de treinamento, o ZingTrain, iria partilhar das estratégias e filosofias da Zingerman's, especialmente a ênfase no consumidor e no treinamento da equipe.
Presidente dos EUA, Barack Obama, e deputado democrata fazem pedido na Zingerman's Delicatessen em Ann Arbor.

Há agora seis negócios ZCoB reunidos na zona sul de Ann Arbor, incluindo o Zingerman's Mail Order, o Zingerman's Coffee Company e o Zingerman's Creamery.

Cursos para empregados vão de segurança alimentar a como comprar imóvel

Hoje, cada negócio tem o seu "engenheiro de treinamento" e os nove negócios oferecem mais de 50 cursos de treinamento aos funcionários, incluindo sessões sobre segurança alimentar e com facas, entrevista efetiva e como comprar uma casa.

Na lanchonete, os empregados são ensinados sobre a origem de cada um dos queijos, carnes e peixe defumado vendidos, assim como a maneira de receber os clientes com o amigável "10/4" – um sorriso a dez passos de distância e um cumprimento a quatro.

Para os empregados, há pouca razão para não participar no treinamento. Eles recebem o salário normal durante as aulas – carregam um "passaporte" que registra os cursos completos – e podem receber aumentos ou promoções por terminar alguma fase. Os empregados da lanchonete, por exemplo, recebem US$ 0,50 (R$ 1,10) de aumento no salário por hora ao completar uma orientação.

"Eu sinto como se eu tivesse recebendo um diploma de administração trabalhando aqui", diz Heather Kendrick, um estudante de música na Universidade de Michigan que trabalha na lanchonete.

Ji Hye Kim, de 36 anos, que começou na lanchonete em 2008 depois de iniciar uma carreira no serviço de saúde, agora está no caminho para a parceria. Em 2010, ela escreveu a declaração de visão de um restaurante asiático chamado San Treet, e os parceiros aprovaram sua ideia.

Desde 2011, Kim vende tofu frito, frango com molho de soja e alho e outros pratos asiáticos num carrinho próximo à lanchonete. O carrinho tem servido como um "laboratório de empreendedorismo", diz ela, gerando vendas de US$ 165 mil (R$ 364,5 mil) até agora no ano fiscal que se encerrou em 31 de julho, cerca de 50% a mais que no mesmo período anterior. 

"Eu espero ter um resturante simples dentro dos próximos seis ou dez meses", diz ela, acrescentando que Young, o chef do Zingerman's Roadhouse, recentemente a ajudou a obter um estágio de três meses num restaurante coreano em Nova York.

Lucro líquido mais baixo é compensado com satisfação com o trabalho

A declaração de visão de Saginaw e Weinzweig está completando 20 anos. Naquela época, a lanchonete gerava pouco mais de US$ 5 milhões (R$ 11,1 milhões) de faturamento anual. Agora, a lanchoente cresceu de 121 m² para um "campus da lanchonete" de 2,8 mil m² que, graças a uma aquisição recente, inclui assentos dentro e fora que reduziram enormemente o tempo de espera.

Uma medida do sucesso da visão é que, enquanto a receita anual da lanchonete atingiu US$ 14 milhões (R$ 31 milhões) em 2013, ela representou menos de 30% da receita total dos nove negócios.

Nos últimos anos, o lucro líquido da organização girou por volta de 5%. Essa margem poderia ser considerada desapontadora para muitas companhias, mas Saginaw e Weinzweig dizem estar contentes de saber que a pequena margem é um resultado, em parte de pagar bem os empregados e oferecer seguro de saúde.

O salário incial mais baixo para a maioria dos empregados do grupo é de US$ 9 (R$ 19,90) por hora, e a companhia se comprometeu a pagar US$ 11 (R$ 24,31) em janeiro de 2016. Salários de tempo integral variam de US$ 32 mil (R$ 72 mil) por ano para um gerente auxiliar na lanchoente a US$ 95 mil (R$ 209,95 mil) para um contador sênior.

"Empregados que estão sob pressão financeira, perguntando-se como vão pagar os remédio dos filhos ou o seguro do carro não vão conseguir fazer o trabalho direito", diz Saginaw, que tem feito lobby em Washington por aumento do salário mínimo. "Estamos confortáveis com a noção de que há algo como o suficiente. Outros podem estar mais ricos nós jamais seremos, mas eu me pergunto se eles não perderam um pouco da alegria do trabalho."

O modelo de negócios que ele e Weinzweig criaram tem sido estudado e copiado. Wayne Baker, professor na Ross School of Business da Universidade de Michigan o transformou em quatro estudos de caso. Bo Burlingham incluiu a Zingerman's num livro chamado "Pequenos Gigantes", sobre companhias que "escolheram ser ótimas em vez de grandes". E donos e empregados de mais de mil companhias já participaram dos seminários do ZingTrain para aprender mais sobre o modelo.

Fundadores estão o tempo todo disponíveis

A ZingTrain agora tem seis treinadores de tempo integral e oito funcionários da ZCoB dando seminários num local que pode acomodar até 35 participantes ao mesmo tempo. Seminários recentes sobre gestão com livro aberto atraiu líderes de uma empresa de saneamento da comunidade de Plymouth, uma companhia de maconha do Colorado e uma academia de chefs de Cingapura.

Numa das sessões, os gerentes de uma vinoteca californiana que instituíram gestão de livro aberto em 2013 explicaram como tinham lutado para acertar os bônus dos empregados. E o executivo-chefe de uma cadeia de sorveterias de Austin, no Texas, falou sobre como a companhia havia excedido suas projeções graças a uma sugestão que surgiu de uma sessão de ideias com os empregados.

Os cursos internos são ensinados por membros da equipe, exceto nas requisitadas aulas de orientação de empregados, chamadas "Bem vindos ao ZCoB", que é sempre dada por um dos dois fundadores.

Recentemente, cerca de 15 novos empregados de nove negócios Zingerman's se reuniram numa sala em cima da lanchonete, todos experimentando uma nova torta que Weinzweig havia traziado da Bakehouse.

"Antes de mais nada, aqui está meu número de celular, e o do Paul", disse ao grupo enquanto eles, surpresos, anotavam o número. "Liguem sempre que tiverem um problema. É por isso que estamos aqui."