30 de março de 2012

Classes D e E pouparam mais que classe C no final de 2011

Pesquisa mostra que brasileiros de renda mais baixa aplicaram R$ 703 em um mês na poupança ou em outros investimentos, acima dos R$ 486 da classe média.
Classe média poupou R$ 486 em novembro do ano passado, contra R$ 703 das classes D e E.

A classe média brasileira poupou menos em 2011 do que em 2010. Em média, a classe C brasileira poupou R$ 486 no mês, R$ 98 a menos do que os R$ 584 de 2010. Além disso, o valor que a classe C afirmou ter destinado para a poupança ou outros investimentos foi inferior declarado pelas classes D e E. 

É o que mostra a pesquisa "O Observador Brasil 2012", elaborada pela Cetelem BGN, empresa do grupo BNP Paribas, que teve por base o mês de novembro do ano passado. 

Enquanto a classe C poupou R$ 486 no mês, a população das classes D e E elevou sua poupança a R$ 703 ao mês, R$ 447 acima do valor do ano anterior, segundo a pesquisa. 

A redução da poupança da classe C tem entre suas razões o aumento do gasto, já que os indivíduos de classe média declararam gastos maiores em 2011, com relação ao ano anterior, segundo a Cetelem BGN. 

Considerando todas as classes sociais, houve um aumento no valor poupado mensalmente pelos brasileiros no ano passado, para R$ 636, contra uma média de R$ 528 em 2010. 

Assim como os indivíduos das classes D e E, os pertencentes às classes A e B também passaram a poupar ou investir mais no ano passado. No total, o valor aplicado subiu R$ 207, para R$ 735 ao mês, de acordo com a pesquisa, que foi feita em dezembro do ano passado. 

Apesar do valor médio poupado no país ter aumentado no ano passado, o número de pessoas que declararam terem destinado uma parcela de seu dinheiro à poupança ou a outros investimentos caiu de 8% para 6%, segundo a pesquisa. 

A queda foi observada em todas as classes sociais, sendo que a classe C teve a maior perda em pontos percentuais. Em 2010, 7% dos entrevistados da classe média declararam terem poupado. No ano passado, o número baixou para 4%. 

Sobrou dinheiro? 

Em média, sobrou R$ 246,83 no bolso dos brasileiros ao final do mês, segundo a pesquisa. O valor é superior ao declarado pelos entrevistados no ano anterior, R$ 200,64. 

As classes A e B foram as que terminaram o mês com maior sobra de dinheiro, R$ 470, enquanto os indivíduos de classe C que ficaram no azul declararam ter sobrado R$ 217. Nas classes D e E, o valor foi R$ 133. 

Dívidas 

Os brasileiros que tiveram que atrasar o pagamento de contas de água, luz ou outros itens básicos em novembro do ano passado - mês de referência no levantamento da Cetelem BGN - foram 5% do total. Apesar de o percentual ser superior ao de 2010 (3%), é menos da metade do apurado em 2005 (11%). 

A pesquisa mostra ainda que 6% dos brasileiros declararam terem pagado uma prestação que estava em atraso em novembro do ano passado, contra 5% no ano anterior. Também foi 6% o percentual de indivíduos que afirmaram terem adquirido uma nova prestação no mês.

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