31 de agosto de 2012

Samsung planeja recorrer de decisão favorável à Apple nos EUA


Justiça decidiu que sul-coreana deve pagar US$ 1 bi por supostamente copiar iPhone e iPad.

A sul-coreana Samsung informou neste sábado que planeja recorrer da decisão de um tribunal dos Estados Unidos que a condenou a pagar US$ 1 bilhão por supostamente ter plagiado a tecnologia da Apple em alguns de seus aparelhos. A maior fabricante de telefones celulares do mundo acrescentou que se não tiver sucesso em seu recurso levará o caso ao Tribunal de Apelação, informou a agência local "Yonhap".
       Apple iPhone 4S e Samsung Galaxy S III colocados lado a lado: parecidos demais? 

A decisão da Samsung acontece um dia depois de o júri de uma corte federal em San José, na Califórnia, determinar que a empresa violou "intencionalmente" nos EUA seis patentes de tecnologia e design da Apple, enquanto rejeitou as denúncias da companhia sul-coreana contra a americana.

Sobre essas infrações, a Samsung avaliou que "é uma pena que a lei de patentes possa ser manipulada para conceder a uma companhia o monopólio sobre a tecnologia que é melhorada dia a dia pela Samsung e por outras companhias". Após conhecer a decisão do júri, a empresa sul-coreana assinalou que o veredicto não deve ser visto "como um triunfo da Apple", mas como um problema para o consumidor dos Estados Unidos, que terá "um menor número de opções, menos inovação e preços potencialmente mais altos".

Além disso, a sul-coreana avisou que o veredicto "não é a última palavra" na guerra de patentes aberta entre as duas gigantes da tecnologia em quatro continentes.

A companhia fundada por Steve Jobs havia pedido originalmente uma indenização à Samsung de US$ 2,5 bilhões, além da proibição da venda nos EUA dos aparelhos que violassem suas patentes. Já a Samsung queria que a Apple fosse multada em mais de US$ 600 milhões por supostamente ter plagiado sua tecnologia de telecomunicações 3G e sua câmera fotográfica para telefones. 

Entenda o caso

A luta começou no ano passado, quando a Apple processou a Samsung em vários países, acusando a empresa sul-coreana de copiar deliberadamente o iPhone e iPad. A Samsung rebateu. A Apple tinha pedido a indenização de US$ 2,5 bilhões da Samsung, que contestou esse número.

As empresas são rivais, mas também têm uma relação de fornecimento de componentes de mais de US$ 5 bilhões. A Apple é a maior cliente da Samsung para microprocessadores e outras peças centrais para seus dispositivos.

O júri

O júri nos EUA acontece em um tribunal de San Jose – localizado a poucos quilômetros da sede da Apple, em Cupertino – que passou a maior parte de agosto lotado para depoimentos , análise de provas, e explanação de advogados de ambos os lados sobre sete patentes da Apple, cinco patentes Samsung, e pedidos de indenizações.

Os jurados receberam 100 páginas de instruções do juiz Lucy Koh antes de ouvir os argumentos finais dos advogados.

Acusação x Defesa

Advogados de ambas as gigantes de tecnologia usaram 25 horas para apresentar e-mails internos, depoimento de designers e peritos, além de demonstrar o funcionamento de cada um dos produtos e seus respectivos protótipos para convencer o júri.

Às vezes, as perguntas dos jurados iam além da esfera corporativa, tais como a participação de mercado do iPhone e números de vendas da Samsung nos Estados Unidos.

Desde o início, a tática da Apple foi apresentar o que ela considerava uma evidência cronológica de que a Samsung copiava seu telefone.

Ao justapor imagens de modelos de ambas as empresas e ainda e-mails internos da Samsung que especificamente analisavam as características do iPhone, advogados da Apple acusavam a Samsung de tomar atalhos após perceber que não poderiam competir.

Os advogados da Samsung, por outro lado, diziam que a Apple não tinha o direito exclusivo de desenhos geométricos, como cantos com cantos quadrados ou arredondados. Eles classificaram o pedido de indenização da Apple de "ridículo", e alertaram o júri que um veredicto em favor da Apple poderia sufocar a concorrência e reduzir as opções dos consumidores.

30 de agosto de 2012

Trem-bala dará lucro de R$ 241 bilhões em 40 anos

Valor será obtido pelo operador que vencer licitação programada para maio de 2013. Trecho Rio-São Paulo terá tarifa mínima de R$ 0,49 por quilômetro rodado e Campinas-SP será livre.

A circulação do trem de alta velocidade (TAV), o trem-bala, entre as cidades do Rio de Janeiro e São Paulo renderá lucro de R$ 241 bilhões para o operador que vencer leilão programado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para 29 de maio de 2013 .

Leia também: Governo muda edital do trem-bala para atrair investimentos R$ 9 bilhões


O superintendente-executivo da agência, Helio Mauro França, diz que o valor é a previsão do governo para operação apenas no trecho de 412 quilômetros com o valor-teto de R$ 0,49 por quilômetro percorrido entre as duas principais cidades atendidas pelo TAV.

“A operação inicial do trem de alta velocidade será em setembro de 2018 e ele deverá operar 100% a partir de 2020”, disse França, durante apresentação detalhada da minuta de licitação publicada no dia 23 de agosto no Diário Oficial da União.

Para outros trechos, como Campinas-São Paulo, a tarifa não obedecerá ao teto de R$ 0,49. A previsão de lucro consta no detalhamento do projeto executado pela ANTT. A agência prevê que cada composição do trem-bala tenha pelo menos 200 metros de cumprimento distribuídos em oito vagões.

O número de passageiros por composição vai depender da formatação de cada trem. “Se o trem foi modelado somente para a classe econômica, ele pode chegar a 600 lugares”, diz França.

A ANTT estima que somente o trecho Rio-São Paulo tenha três trens circulando a cada 60 minutos no horário de pico e um locomotiva a cada 40 minutos nos demais horários. A expectativa é de que 42 milhões de passageiros utilizem os trens anualmente a partir de 2020.

A agência também prevê a construção de plataformas com 500 metros de extensão, o que permitirá a parada de composições com mais vagões. O estudo elaborado pela ANTT, contudo, não contempla trens com piso duplo – aqueles com dois ambiente para assentos.

A correção da tarifa será feita anualmente tomando como base de cálculo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal medido da inflação. “A regra que está prevista é a atualização da tarifa pelo IPCA [vigente] até o mês anterior ao início da operação”, afirma França.

29 de agosto de 2012

Abilio vende ações ao Casino, que assume Pão de Açúcar

Com a operação, o Casino agora detém 52,5% do capital votante e 70,4% do capital total da Wilkes, empresa que controla a maior rede varejista brasileira, informou o grupo francês.

O Casino assumiu oficialmente no dia 22 de agosto o controle do grupo Pão de Açúcar, após a família Diniz exercer a uma opção de venda de um milhão de ações com direito a voto da Wilkes, empresa que controla a maior rede varejista brasileira, informou o grupo francês no dia 23 de agosto, em comunicado.


Com a operação, o "Casino agora detém 52,5% do capital votante e 70,4% do capital total da Wilkes", afirma trecho do documento.


O empresário Abilio Diniz anunciou no começo do mês que venderia 2,4% do capital acionário da Wilkes ao Casino. O valor da operação foi avaliado em US$ 10,5 milhões.

28 de agosto de 2012

Recuperação econômica vem no curto prazo, diz Tombini


Presidente do Banco Central diz em congresso da Fenabrave que vê fundamentos macroeconômicos sólidos, com sistema financeiro capitalizado e alta liquidez.
Para Tombini, indústria automobilística representa uma cadeia que fomenta outros setores.

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou que a economia brasileira está em pleno processo de recuperação, o que vai se manifestar no curto prazo . "O crescimento irá se acelerar nos próximos trimestres", comentou em palestra durante congresso da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) nesta sexta-feira, em São Paulo.

Tombini ressaltou que o País tem fundamentos macroeconômicos sólidos, com sistema financeiro capitalizado e alta liquidez, o que são condições naturais para a continuidade da geração elevada de empregos e aumento da renda da população.

Em breve relato sobre a cenário econômico brasileiro e internacional e suas perspectivas, o presidente do BC falou que a indústria automobilística representa uma grande cadeia produtiva da economia brasileira que, indiretamente, é importante porque acaba por fomentar outros setores.

De acordo com Tombini, por suas implicações para a conjuntura macroeconômica, o governo tem prestado atenção neste setor e no que significa para a economia das famílias e do Brasil como um todo.

Resposta tempestiva

A desaceleração da economia no segundo semestre do ano passado, atingida com força pelos efeitos da crise internacional, fez com que o País registrasse uma redução expressiva do nível de atividade no primeiro semestre deste ano. "O BC adotou resposta tempestiva aos efeitos da crise sobre a economia", disse, referindo-se em especial à decisão de política monetária em 31 de agosto, quando iniciou um processo de corte de juros, que cortou nesse período a taxa básica de juros, a Selic, de 12,5% para 8,0% ao ano.

27 de agosto de 2012

Bancos privados precisam 'ousar' mais e ampliar crédito, diz Mantega


'Privados precisam de metas mais ousadas ou então vão comer poeira dos bancos públicos, como aconteceu em 2009', disse o ministro.
                                    Mantega volta a criticar juros cobrados por bancos.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, reforçou no dia 17 de agosto a ideia de que é preciso expandir o mercado de crédito no país para que o Brasil tenha condições de crescer mais no 2º semestre.


“Ainda estamos deficientes na área de crédito”, disse, após se reunir com superintendentes regionais do Banco do Brasil, em São Paulo.

Para o ministro, os bancos públicos desempenharam papel melhor que os privados na tarefa de conceder crédito no primeiro semestre e concentram hoje 45% do crédito.

Mantega reforçou que o Banco do Brasil “reagiu bem no segundo trimestre”, quando emprestou R$ 35 bilhões em novas operações. A Caixa Econômica Federal também foi importante para aumentar o total de crédito disponível na economia, segundo ele.

Para Mantega, se os bancos privados tivessem baixado os juros e os spreads e aumentado o crédito, o resultado no crescimento do crédito na economia teria sido melhor no primeiro semestre. “Os bancos privados precisam de metas mais ousadas ou então vão comer poeira dos bancos públicos, como aconteceu em 2009”, disse.

Segundo o ministro, a inadimplência está caindo e os índices de aumento que foram vistos nos últimos balanços são decorrentes de empréstimos feitos ao longo do segundo semestre de 2011. “Os bancos privados não acordaram”, afirmou.

Ainda de acordo com o ministro, a meta da Caixa é chegar a liberar R$ 100 bilhões em crédito até o fim do ano. No primeiro semestre, o banco estatal concedeu empréstimos na metade desse valor.

“Não faltará capital para que a Caixa continue expandindo seu crédito como está”, afirmou, garantindo que, caso seja necessário o BNDES pode aportar recursos no banco estatal. “Não estão faltando recursos para o BNDES”, disse, após participar de reunião com superintendentes do Banco do Brasil, em São Paulo.

26 de agosto de 2012

Ações da Apple batem recorde com rumores sobre iPhone 5


Valor de mercado da empresa atinge US$ 605 bilhões com os papéis cotados a US$ 645,48.
                                                      Tim Cook, presidente da Apple.

As ações da Apple atingiram novas máximas no dia 17 de agosto, impulsionadas por rumores sobre os novos iPhone e iPad.

Os papéis da empresa alcançaram US$ 645,48 e depois cederam um pouco, para US$ 645,02. O valor representava uma alta de US$ 8,68, ou 1,4%, na relação com o fechamento de quinta-feira

O pico anterior, atingido em 10 de abril, era de US$ 644.

Com a valorização que aconteceu no dia 17 de agosto, a Apple atinge um valor de mercado de US$ 605 bilhões (R$ 1,219 trilhão), valor quase 50% maior que a vice-líder, a petroleira Exxon Mobil, que é avaliada a US$ 408 bilhões (R$ 802 bilhões).


O analista do banco de investimentos americano Jefferies Peter Misek afirmou que a nova versão do iPhone poderá ser lançada em meados de setembro, de acordo com o The Wall Street Journal.

Misek aumentou o preço-alvo do papel da Apple para US$ 900, de US$ 800, e previu que o iPhone 5 poderá "ser o maior lançamento de celular da história". As ações da Apple subiram mais de 12% desde o fim de julho, quando a companhia divulgou seu balanço mais recente. Os resultados ficaram abaixo das previsões dos analistas, que desencadearam um onda de vendas e elevaram temores sobre a taxa de crescimento da Apple.

Mas essas preocupações desapareceram rapidamente, enquanto os investidores centram foco agora em novos produtos potenciais. Misek disse que canais de verificações com produtores asiáticos de componentes sugerem que a Apple poder estar perto de lançar o tão falado iPad Mini.

O analista também prevê que um novo produto de TV da Apple "está em plena produção". No início da semana, o ESJ disse que a Apple estava em conversações com algumas operadoras de TV a cabo sobre fazer grandes movimentos no mercado de TV.

25 de agosto de 2012

Petrobras anuncia verba recorde para patrocínios culturais


Oitava edição do Petrobras Cultural conta com R$ 67 milhões; prêmios não são para sustentar, e sim "ajudinha", diz a ministra Ana de Hollanda.
Leandra Leal e Cauã Reymond em "Estamos Juntos", produção patrocinada pela Petrobras.

A Petrobras abriu no dia 17 de agosto as inscrições de projetos para seleção pública do programa Petrobras Cultural, que conta com a verba recorde de R$ 67 milhões em patrocínios.

A oitava edição do programa vai contemplar projetos em 11 áreas, com destaque para a produção de longas metragens (para a qual serão destinados R$ 23 milhões) e para o apoio a companhias teatrais (R$ 10,5 milhões). A expectativa é de que cerca de quatro mil projetos sejam inscritos; destes, de 150 a 200 serão contemplados.

Durante a cerimônia, que foi apresentada pelas atrizes Andrea Beltrão e Leandra Leal e teve grande adesão da classe artística, o diretor de comunicação da Petrobras, Wilson Santarosa, defendeu a estatal de acusações de direcionamento politico. "Vira e mexe alguém nos acusa, mas 60% das pessoas que participam das comissões [de seleção] são de fora da empresa."

Neste ano, a Petrobras dispensou empresas terceirizadas do processo de seleção dos projetos. A avaliação das propostas será feita por comissões criadas especificamente para isso, com 81 pessoas.

De acordo com a Petrobras, mais de 60% dos projetos inscritos vêm da região centro-sul. Para combater a concentração de projetos no eixo Rio-São Paulo, serão realizadas caravanas de divulgação do programa em capitais e cidades do interior de todo o país.

A ministra da Cultura, Ana de Hollanda, defendeu a política de patrocínio cultural da empresa. “Não dá para atender a todos nem é a intenção do ministério ou da Petrobras adotar toda a produção cultural do país porque ela tem que ter independência”, afirmou. “Esses prêmios não são para sustentar, são uma ‘ajudinha’”, disse a ministra sobre o programa, que é o destaque da política de patrocínios culturais da empresa.

Também foi anunciada no evento a Ação Extraordinária Petrobras, em parceria com o Ministério da Cultura (MinC). Com o valor total de R$ 23 milhões, a ação vai apoiar 15 projetos culturais já selecionados.

As inscrições para o Programa Petrobras Cultural ficarão abertas até 1º de novembro de 2012, com prazos distintos para cada uma das 11 áreas contempladas. Com isso, o programa só terá impacto nas contas da Petrobras no ano que vem. A seleção pública da última edição do programa ocorreu em 2010. A inscrição de projetos já pode ser feita no site.

24 de agosto de 2012

Aéreas deverão comprovar que reduziram taxas sob pena de multa


Decisão de 2011 determinou a redução das tarifas para no máximo 10% quando usuário precisar remarcar ou cancelar a passagem.
        Movimentação no aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim, no Rio de Janeiro.

As companhias aéreas TAM, Gol, Cruiser, TAF e Total terão que comprovar o cumprimento de uma decisão de 2011 que determinou a redução das taxas cobradas para remarcação ou cancelamento das passagens. A decisão foi publicada no dia 13 de agosto pela Justiça Federal. As empresas têm 15 dias para atender à decisão, sob pena de multa de R$ 100 mil.

A sentença anterior, publicada em maio de 2011, determinou que, se os pedidos de cancelamento ou de remarcação das passagens aéreas forem feitos em até 15 dias antes da data da viagem, a taxa máxima permitida é 5% sobre o valor da passagem.

Se a solicitação for feita nos 15 dias que antecedem a data do voo, a tarifa máxima só pode chegar a 10%. As empresas terão que devolver aos consumidores os valores cobrados além desses limites.

O pedido de execução da sentença de 2011 foi feito em março deste ano pelo Ministério Público Federal (MPF) no Pará. O procurador da República Bruno Araújo Soares Valente informou à Justiça que as empresas vinham ignorando a determinação judicial, baseado em informações encaminhadas por clientes das companhias aéreas.

"Mesmo depois de quase um ano da publicação da sentença e, mesmo não tendo sido concedido, acertadamente, efeito suspensivo às apelações interpostas, as demandadas [as companhias aéreas] comportam-se como se nada tivesse ocorrido, ignorando a existência, no mundo jurídico, da ordem judicial para que interrompam as cobranças abusivas", disse o procurador.

23 de agosto de 2012

Santander e Hyundai criam financeira no Brasil


A Hyundai Financiamentos dará crédito tanto para as concessionárias estocarem o novo carro produzido no Brasil, o HB20, como o cliente final.
                                               Teaser do compacto HB20 da Hyundai.

A Hyundai confirmou no dia 13 de agosto a criação da financeira constituída com o Santander para financiar o carro compacto que será produzido comercialmente a partir de setembro em Piracicaba (SP): o HB20.

As partes já haviam firmado em abril a carta de intenções para a constituição da Hyundai Financiamentos, que vai financiar tanto o estoque do novo carro na rede de concessionárias como o cliente final do produto.

No acordo, o banco tem exclusividade no financiamento dos carros produzidos pela Hyundai no Brasil, na fábrica de Piracicaba, interior de São Paulo.

Em nota, o presidente do Santander no Brasil, Marcial Portela, diz que o acordo aproxima o banco de novos clientes da cadeia automotiva.

Já o presidente da Hyundai no país, Chang Kyun Han, destaca que a financeira vai facilitar o crédito e reduzir o custo de financiamento aos consumidores interessados em adquirir o HB20.

"Nosso plano é desenvolver, continuamente, produtos de financiamento diferenciados do que é praticado no mercado hoje, com vantagens e facilidades específicas", diz Han, na nota.

Em Piracicaba, a Hyundai terá capacidade de produzir 150 mil carros por ano, com planos de alcançar uma participação de mercado de 10% -- atualmente, a fatia nas vendas é de 2,6%.

Além da produção no interior paulista, a meta considera importações de aproximadamente 100 mil unidades e a montagem de 50 mil carros -- entre o utilitário Tucson e a caminhonete HR -- na fábrica em Anápolis (GO), do grupo brasileiro Caoa, que tem o licenciamento da marca no país.

22 de agosto de 2012

Coca-Cola terá que indenizar comerciante que ficou cego com tampa de garrafa


Empresa terá que pagar R$ 60 mil a comerciante que perdeu a visão do olho direito após a explosão acidental da tampa de uma garrafa do refrigerante.
                          Tampa metálica de Coca-Cola cegou comerciante de Bauru.

O Tribunal de Justiça de São Paulo obrigou a Spaipa S/A Indústria Brasileira de Bebidas, distribuidora da Coca-Cola, a indenizar em R$ 60 mil o comerciante de Bauru Francisco Geraldo Giacomini, que perdeu a visão do olho direito após a explosão acidental da tampa metálica de uma garrafa de Coca-Cola.


Um laudo pericial realizado após o acidente constatou que o comerciante teve perfuração ocular "em decorrência de um acidente com garrafa de coca cola”. A empresa havia entrado com recurso de apelação da decisão da comarca de Bauru do tribunal, afirmando não haver provas cabais sobre a real causa do acidente ou de sua culpa no destampamento involuntário da garrafa de refrigerante.


De acordo com o tribunal, não há dúvidas de que "só uma enorme pressão do líquido dentro da garrafa poderia ter ocasionado o estouro e danos como os tais, com hemorragia intensa". Ainda segundo a decisão judicial, as empresas devem "garantir ao consumidor o ressarcimento pelos prejuízos sofridos em razão do produto com vício/defeito colocado no mercado, independente de serlhes imputado negligência, imperícia ou imprudência."

21 de agosto de 2012

Forbes critica preço do Jeep Grand Cherokee no Brasil


Publicação norte-americana diz que é possível comprar três carros nos EUA pelo mesmo valor cobrado no Brasil. "Você está definitivamente sendo roubado," diz reportagem.
Preço cobrado no Brasil por um Jeep Grand Cherokee daria para comprar três em Miami, diz Forbes.

O preço Jeep Grand Cherokee à venda no Brasil foi criticado em uma reportagem publicada na versão online da revista norte-americana Forbes no dia 13 de agosto. O texto diz que os R$ 179 mil cobrados pelo veículo são absurdos ("ridiculous") e que, ao contrário do que os compradores podem pensar, comprar um carro deste não significa status.


O repórter Kenneth Rapoza compara o preço do veículo no Brasil, R$ 179 mil (US$ 89,5 mil), com o valor cobrado nos EUA, US$ 28 mil (R$ 54 mil). "Com os R$ 179 mil que paga por um Grand Cherokee, um brasileiro poderia comprar três, se vivesse em Miami." 

"Alguém pode pensar que pagar US$ 80 mil por um Jeep Grand Cherokee significa que ele vem equipado com rodas folheadas a ouro e asas. Mas no Brasil, ele vem básico,” diz o repórter logo no início do texo.



A reportagem também menciona os altos impostos cobrados no País e chama os brasileiros de ingênuos. “Não há outra razão a não ser a tributação maciça de mais de 50% e ingenuidade do consumidor que pensa que pagar o preço de um BMW X5 tem o mesmo valor que comprar um Cherokee. Desculpe, Brazukas ...não há status em comprar um Toyota Corolla, Honda Civic, Jeep Grand ou Dodge Durango. Não se deixe enganar pelo preço. Você está definitivamente sendo roubado,” diz a Forbes.

O preço do modelo não é o único modelo da Chrysler criticado pela Forbes, que também acrescenta que o Dodge Durango, deverá custar R$ 190 mil (US$ 95 mil). O modelo ainda não está à venda e deve ser apresentado no Salão do Automóvel, em outubro.

“Nos Estados Unidos, ele sai por US$ 28,5 mil [R$ 57 mil],” diz a reportagem. “Um professor do ensino fundamental de escola pública do Bronx [bairro de baixa renda em Nova York] pode comprar um,” acrescenta Rapoza.

20 de agosto de 2012

Petrobras fecha contrato com Odebrecht e Etesco para navios-sonda

Afretamento será feito pela Sete Brasil. Unidades serão entregues em 2016 e serão destinadas, principalmente, à perfuração de poços no pré-sal.
                                   Navio-plataforma FPSO BW Cidade de São Vicente.

A Petrobras informou no dia 10 de agosto que fechou contrato com a Odebrecht e a Etesco para operação de nove navios-sonda de perfuração. O afretamento das sondas será feito pela Sete Brasil e, com mais esse contrato, a estatal conclui o processo de afretamento de 21 sondas por meio da companhia.

Dos seis navios-sonda que estão sendo construídos no Estaleiro Enseada Paraguaçu, em Maragogipe, na Bahia, quatro serão operados pela Odebrecht e dois pela Etesco. Essa última companhia operará ainda outros três navios-sonda que serão construídos no Estaleiro Rio Grande, no Rio Grande do Sul.

Os navios estão sendo construídos no Brasil, com percentuais de conteúdo local que variam de 55% e 65%, e, após a construção, serão afretados a Petrobras por um período de 15 anos.

No comunicado, a estatal informa que as nove unidades serão entregues em 2016 e serão destinadas, principalmente, à perfuração de poços no pré-sal da Bacia de Santos, incluídas na área de cessão onerosa do pré-sal. As sondas têm capacidade para operar em águas com profundidade em até 3 mil metros e podem perfurar poços de até 10 mil metros de comprimento.

19 de agosto de 2012

BTG Pactual tem lucro de R$ 822 milhões no segundo trimestre

Resultado, que superou estimativas de analistas, representa crescimento de 161,15% frente ao ganho obtido no mesmo período do ano passado.

O grupo BTG Pactual obteve lucro líquido de R$ 822 milhões no segundo trimestre. O resultado, que superou estimativas de analistas, representa crescimento de 161,15% frente ao ganho obtido no mesmo período do ano passado. Os dados incluem o Banco BTG Pactual e a BTG Pactual Participations. O lucro foi impulsionado por um crescimento de 118,56% na receita líquida, que totalizou R$ 1,637 bilhão entre abril e junho deste exercício.

Veja:
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Já estão deduzidos desse número os custos de financiamento e operação. A corretora e os investimentos em participações do BTG foram os segmentos de negócios que mais contribuíram para o aumento da receita. No segmento de corretagem, a receita aumentou 127% e totalizou R$ 337 milhões.

De acordo com o BTG, os volumes negociados subiram e também houve impacto positivo da queda dos juros locais sobre o estoque de ativos do grupo. A receita proveniente da área de principal investments, que abrange os investimentos proprietários do grupo em outras empresas, teve alta de 2.963%, ficando em R$ 687 milhões.

Também:
BTG Pactual investe R$ 150 milhões para entrar no mercado de seguros

A alta foi puxada pela negociação de ativos no mercado de renda fixa, no mercado hipotecário americano, na mesa de resseguros e aos ganhos de equivalência patrimonial oriundos da BR Properties. Também se destacaram o aumento de 54% na receita de tesouraria, para R$ 232 milhões, e a queda de 3% na receita de banco de investimentos, que ficou em R$ 129 milhões diante do cenário difícil para operações no mercado de capitais no período.

18 de agosto de 2012

Prejuízo líquido do Panamericano cresce dez vezes no 2º trimestre

Banco teve prejuízo de R$ 262,5 milhões no período, contra perdas de R$ 25,5 milhões no 2º trimestre de 2011; nos primeiros três meses do ano, Panamericano lucrou R$ 2,9 milhões.

O Banco Panamericano teve prejuízo líquido de R$ 262,5 milhões no segundo trimestre deste ano, mais de dez vezes superior ao prejuízo líquido do mesmo período do ano passado (R$ 25,5 milhões). No primeiro trimestre deste ano, a instituição havia registrado um lucro líquido de R$ 2,9 milhões. Os números foram divulgados no dia 08 de agosto e constam da demonstração de resultados consolidados.

As receitas de intermediação financeira do Panamericano no segundo trimestre deste ano foram de R$ 809,5 milhões, alta de 56,2% sobre o segundo trimestre de 2011, quando registrou R$ 518,2 milhões, e baixa de 7,1% sobre o primeiro trimestre deste ano (R$ 871,7 milhões). As rendas de operações de crédito sofreram queda de 7,5%, passando de R$ 485,4 milhões no segundo trimestre de 2011 para R$ 449,2 milhões no segundo trimestre deste ano.

Veja:
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Na comparação com o primeiro trimestre de 2012, quando foram registradas rendas de R$ 802,8 milhões, a queda foi de 44% no segundo trimestre deste ano. O resultado de operações com títulos e valores mobiliários do Panamericano rendeu R$ 78,5 milhões no segundo trimestre deste ano, redução de 14% sobre os R$ 91,3 milhões apurados no mesmo trimestre do ano passado. Ante o primeiro trimestre deste ano, quando o resultado foi de R$ 60,4 milhões, houve alta de 30%.

A provisão para créditos de liquidação duvidosa sofreu alta de 94,8%, passando de R$ 226,6 milhões no segundo trimestre de 2011 para R$ 441,4 milhões no segundo trimestre de 2012. A provisão no segundo trimestre deste ano subiu 29,4% sobre o primeiro trimestre, quando havia sido de R$ 341,1 milhões.

Também:
Panamericano bancava bônus de executivos do Grupo Silvio Santos

O resultado operacional do Panamericano no segundo trimestre deste ano ficou negativo em R$ 413,4 milhões, quase quatro vezes superior ao resultado negativo de R$ 104,3 milhões do segundo trimestre de 2011, e quase 20 vezes superior ao prejuízo de R$ 21,6 milhões do primeiro trimestre deste ano. O índice de Basileia do Panamericano no segundo trimestre deste ano avançou para 20,13%. No segundo trimestre do ano passado estava em 12,44% e, no primeiro trimestre deste ano, em 14,13%.

17 de agosto de 2012

Brasil afirma que "paga" pela energia de Itaipu e que Paraguai não a "cede"

Após o presidente paraguaio afirmar que "não continuará cedendo" energia, embaixador brasileiro responde que são pagos US$ 360 milhões ao ano ao país vizinho.

O embaixador Tovar Nunes, porta-voz da Chancelaria do Brasil, afirmou no dia 09 de agosto que seu país "paga" pela energia da represa de Itaipu e que o Paraguai "não a cede", como
disse no dia 08 de agosto o presidente do país, Federico Franco.

"Não existe cessão de energia, ela é comprada. Essa energia, o Brasil não tem de graça", declarou o porta-voz, citado pela Agência Brasil (oficial), em alusão à eletricidade gerada pela represa binacional de Itaipu.

Veja também:
Paraguai não vai continuar a 'ceder' energia ao Brasil, diz presidente Franco

As declarações do presidente Franco tiveram uma grande repercussão no Brasil, sobretudo por sua afirmação de que o Paraguai decidiu de forma "clara" que seu país "não continuará cedendo" energia.

"Notem que usei a palavra 'ceder', porque o que estamos fazendo é dar energia para o Brasil e a Argentina, pois não a estamos vendendo", disse Franco segundo versões publicadas pela imprensa brasileira.

Tovar lembrou que tudo relacionado à represa de Itaipu está regulado por um tratado, segundo o qual Brasil e Paraguai têm direito, cada um, a 50% da eletricidade gerada, que estabelece claramente que a energia não utilizada deve ser vendida ao outro sócio.

Como o Paraguai satisfaz sua demanda com apenas 5% da eletricidade de Itaipu, o restante acaba no Brasil, que desde 2011 paga por essa energia cerca de US$ 360 milhões (R$ 729,612 milhões) ao ano.

O preço foi triplicado neste ano, após longas negociações lideradas pelo então presidente Fernando Lugo, que já tinha feito desse aumento uma bandeira desde a campanha eleitoral que o levou ao poder em 2008.

O porta-voz disse ainda que o Brasil "Não há conhecimento de que se pretenda fazer ajustes" e que não recebeu "nenhuma comunicação oficial" sobre a suposta "decisão" de Franco, que de ser formalizada deveria ser "negociada" por ambos os países.

O Brasil mantém praticamente congeladas suas relações com o Paraguai desde a destituição de Lugo, em junho passado, e promoveu a suspensão temporária desse país do Mercosul, bloco que também é integrado por Argentina e Uruguai.

16 de agosto de 2012

PIB agrícola do 2º trimestre surpreenderá, diz ministro

Mendes Ribeiro afirmou que números do primeiro trimestre sempre são ruins no que diz respeito à agricultura pois refletem o início do ano, quando as coisas começam a acontecer.
           Segundo ministro da agricultura, Brasil alcançou a maior safra de sua história.

O ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, mostrou-se confiante com relação ao desempenho do setor no segundo trimestre deste ano. Após deixar reunião com a presidente Dilma Rousseff nesta quinta-feira, o ministro disse que, tradicionalmente, os números do primeiro trimestre sempre são ruins no que diz respeito à agricultura porque refletem o início do ano, quando as coisas começam a acontecer.

Vídeo:
Ministro informa que Brasil alcançou a maior safra da história

"Se vocês forem nos anos anteriores e olharem o PIB (Produto Interno Bruto) da agricultura no primeiro trimestre, vocês sempre terão um número aquém. Ao ministro (esse número) não surpreendeu. Surpreenderá a todos o número do segundo (trimestre), que virá a acontecer agora", disse. No primeiro trimestre do ano, o PIB da agropecuária apresentou uma queda de 8,5% ante igual período de 2011, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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O ministro destacou que o Brasil é um país agrícola e que a agricultura continuará sendo a mola propulsora do desenvolvimento. "O Brasil tem na agricultura um grande fator de desenvolvimento. A mola propulsora do desenvolvimento brasileiro sempre tem sido a agricultura e não vai deixar de ser, e não vai deixar de dar a sua contribuição para o momento difícil que o País possa estar - de uma forma ou de outra - enfrentando diante das crises mundiais", afirmou.

Safra recorde

De acordo com o ministro, o País alcançou a maior safra da história. "Alcançamos 165,92 milhões de toneladas na produção brasileira, com uma área plantada referente a 50,81 milhões de hectares e, se repararmos o número que chegamos, isso pode nos levar a uma situação que talvez tenhamos de revisar a nossa projeção da safra que nós fizemos quando lançamos o Plano Safra", disse o ministro. Os números oficiais, segundo levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) serão divulgados na tarde desta quinta-feira pelo ministro.

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Segundo Ribeiro, ele informou os números à presidente e ela ficou "enormemente feliz". "Talvez venhamos a atingir os 170 milhões de toneladas ainda neste ano. Isso é uma notícia extremamente boa, notícia que fortalece ainda mais o produtor brasileiro, fortalece aqueles que trabalham no campo, que produzem, e mostra que o Brasil está cada vez mais caminhando para uma política agrícola com resultados objetivos para a produção", disse.

O ministro lembrou que o País ainda passou por uma seca muito grande no Sul e no Nordeste. "Tivemos crises de vários setores e vencemos todas elas com muita luta e utilizando todos os instrumentos da política agrícola brasileira. Essa política agrícola mostra, com esses números, a sua eficiência e tenho certeza que no ano que vem isso ficará mais claro e será mais significativo nos números, porque teremos um seguro, um número de crédito maior, vamos ter um volume de recursos mais significativo ao médio produtor, vamos ter o plano nacional de armazenamento já funcionando com várias situações acontecendo, a regionalização atuando de forma decisiva", completou.

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Questionado se havia algum destaque da safra, o ministro disse que, sem dúvida, o milho. "A safrinha do milho se tornou um safrão. Nós tivemos uma capacidade de produzir muito grande e aquilo que poderia ser uma safrinha como eu disse, foi surpreendente".

15 de agosto de 2012

Caixa lucra R$ 2,8 bilhões no primeiro semestre, alta de 25%

Carteira de crédito total do banco atingiu R$ 298 bilhões nos seis primeiros meses de 2012, expansão de 44,6% em 12 meses.

A Caixa Econômica Federal apresentou lucro líquido de R$ 2,8 bilhões no primeiro semestre de 2012, alta de 25,2% na comparação com o mesmo intervalo de 2011. O retorno sobre o patrimônio líquido médio ficou em 29,7%. Os ativos totais do banco somaram R$ 1,1 trilhão em junho último, avanço de 29,8% ante os seis primeiros meses do ano passado.

O patrimônio líquido consolidado ficou em R$ 21,4 bilhões no primeiro semestre deste ano, cifra 17,6% maior do que no primeiro semestre de 2011. Já a carteira de crédito total do banco estatal atingiu R$ 298 bilhões ao final dos primeiros seis meses 2012, expansão de 44,6% em 12 meses. De janeiro a junho, o banco emprestou R$ 137 bilhões em novos contratos.

Já o índice de inadimplência se manteve estabilizado, em 2,04%. O índice de Basileia da Caixa ficou em 12,91%, um pouco acima do mínimo exigido pelo Banco Central, de 11%.

No segundo semestre, o lucro da Caixa foi de R$ 1,682 bilhão, e as despesas para perdas com inadimplência somaram R$ 1,954 bilhão no período.

Mais empréstimos

O banco estatal elevou de 33% para 42% sua previsão de crescimento da carteira de financiamento em 2012.

"Nossa estratégia está dando certo e vamos continuar nela", disse o presidente da Caixa, Jorge Hereda, em coletiva de imprensa.

14 de agosto de 2012

Produção industrial avança em 7 de 14 locais em junho, diz IBGE

Amazonas registrou o melhor desempenho, com alta de 5,2% em junho na comparação com maio, seguido por Espírito Santo, com crescimento de 2,3%; Goiás teve o pior desempenho.

A produção industrial cresceu em junho ante maio em sete dos 14 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), descontados os efeitos sazonais, de acordo com a Pesquisa Industrial Mensal Produção Física - Regional, divulgada no dia 07 de agosto. Na série com ajustes sazonais, o Estado do Amazonas registrou o melhor
desempenho, com alta de 5,2% em junho na comparação com maio, seguido por Espírito Santo, com crescimento de 2,3%, e Pernambuco, com avanço de 2,2%, no mesmo período.

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Por outro lado, o Estado de Goiás teve o pior desempenho, com baixa de 6% na passagem de maio para junho, já descontados os efeitos sazonais. Na mesma base de comparação, quedas representativas também ocorreram nas produções de Rio de Janeiro, com baixa de 4,3%, e Pará, com recuou de 4,2%.

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Em São Paulo, a produção subiu 1% em junho sobre maio e teve retração de 7,2% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Com o resultado, a indústria nacional subiu 0,2% entre maio e junho.

13 de agosto de 2012

Receita liberou no dia 08 de agosto consultas ao 3º lote de restituição de IR do ano

No total, serão depositados R$ 2,2 bilhões em restituições referentes aos anos 2008 a 2012; mais de 2,3 milhões de pessoas serão beneficiadas pela restituição deste lote.

A Receita Federal liberou no dia 08 de agosto a consulta ao terceiro lote de restituição do Imposto de Renda (IR) de pessoa física. No total, serão depositados R$ 2,2 bilhões em restituições referentes aos anos 2008 a 2012.

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Mais de 2,3 milhões de pessoas serão beneficiadas pela restituição deste lote que será creditado aos contribuintes na quarta-feira, dia 15 de agosto, informou, em nota, o Fisco. A maior parte das restituições é referente ao IR deste ano. Para o exercício 2012, a receita vai liberar R$ 2,13 bilhões para 2,28 milhões de contribuintes. A consulta ao lote de restituição pode ser feita no site da Receita Federal.

12 de agosto de 2012

PIB da Itália contrai 0,7% no 2º trimestre

Comparação é com os três primeiros meses do ano; contração amplia dificuldades para o governo tecnocrata de Mario Monti diante de uma crise que ameaça toda a zona do euro.

A economia italiana prolongou sua recessão no segundo trimestre do ano, com uma contração de 0,7% de
seu Produto Interno Bruto (PIB) em relação ao trimestre anterior, segundo a primeira estimativa divulgada nesta terça-feira pelo instituto de estatísticas Istat. O dado coincide com a previsão média dos analistas feita pela agência Dow Jones Newswires. A contração amplia as dificuldades para o governo tecnocrata de Mario Monti diante de uma crise de dívida que ameaça toda a zona do euro.

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Em comparação com o mesmo período de 2011, o PIB da Itália contraiu 1,9%. A terceira maior economia da zona do euro, atingida pela crise da dívida e por uma série de planos de austeridade destinados a tranquilizar os mercados, entrou em recessão no quarto trimestre de 2011, quando seu PIB já havia caído 0,7%. O resultado do segundo trimestre (-0,7%) é um décimo melhor em relação ao do primeiro (-0,8%).

O banco da Itália revisou no mês passado em baixa suas projeções e prevê agora um retrocesso de 2% do PIB em 2012 (contra -1,5% em sua projeção anterior). Também piorou sua estimativa
para 2013, quando prevê uma queda do PIB de 0,2% (contra +0,8% em sua estimativa anterior). A Comissão Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI) esperam, por sua vez, uma queda do PIB italiano de 1,9% neste ano e de 2% em 2013.

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A queda de 0,7% no Produto Interno Bruto foi a quarta consecutiva para uma economia atolada em recessão desde meados do ano passado, após declínio de 0,8% no primeiro trimestre.

Os dados foram ligeiramente piores do que as expectativas. A mediana das estimativas em uma pesquisa da Reuters com analistas indicava uma queda de 0,6%.

A agência oficial de estatísticas Istat reportou que o PIB recuou 2,5% na comparação com o mesmo período do ano passado, após uma queda de 1,4% no primeiro trimestre, apresentando o recuo mais forte desde o fim de 2009.

A Itália tem sido a economia mais lenta da zona do euro há mais de uma década, alimentando as preocupações dos investidores sobre a capacidade do país de reduzir a dívida pública, de cerca de 123% da produção.

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A recessão enfraquece as receitas tributárias e afeta os empregos e o consumo em um círculo vicioso que atrapalha Monti, que busca reduzir o déficit orçamentário para 0,1% do PIB em 2014.

Com os rendimentos dos títulos italianos ainda perto de 6%, Monti vem alertando aos parceiros europeus que, a menos que mostrem flexibilidade em relação às finanças públicas da Itália, o país pode em breve ser comandado por um governo cético em relação ao euro e pouco comprometido com a consolidação fiscal.

Monti prometeu renunciar na próxima primavera (do Hemisfério Norte), quando devem acontecer
novas eleições.

A Istat disse que a atividade teve contração em agricultura, indústria e serviços, mas não deu detalhes numéricos dos componentes do PIB.

11 de agosto de 2012

Preços dos seguros desabam 30% no Brasil

Dados são de um estudo da Marsh. Corretores dizem, porém, que as quedas têm sido compensadas pelo aumento do valor das franquias.

Os preços do seguro de responsabilidade civil, que arca com danos a terceiros, despencaram no Brasil nos últimos anos, mas chegaram ao limite da queda. Estudo da corretora Marsh disponibilizado com exclusividade ao BRASIL ECONÔMICO revela que a taxa do seguro — fator que se aplica sobre o valor do bem a ser assegurado, que determina os preços — caiu até 30% apenas no segundo trimestre deste ano.

A queda ocorreu pelo aumento no número de competidores no mercado, ou seja, aumentou a oferta. “Há cinco anos, havia seis operadores e hoje, mais de 20”, diz Eduardo Marques, diretor técnico da corretora Marsh Brasil.

A queda nos preços vem acompanhada da elevação da
franquia, parcela que o segurado paga na indenização, segundo uma fonte que preferiu não ser identificada.
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A tendência, de acordo com Marques, é de manutenção do patamar atual das taxas, por acomodação da concorrência. “A nossa expectativa é de que a queda deixe de ser acentuada a partir de agora e comece a apresentar estabilização”, diz.

Kátia Luz, vice-presidente da Odebrecht Corretora de Seguros, diz que a redução dos negócios na Europa e EUA atraiu mais players ao Brasil. “Acredito que agora chegamos a um patamar em que é difícil as taxas recuarem mais.”

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Quando analisado todo o mundo, o movimento que prevalece é de estabilidade na taxa do seguro de responsabilidade civil na maioria dos países, salvo exceções como a Índia, onde as taxas caíram entre 10% e 20% no segundo trimestre do ano. Marques comenta que muitas seguradoras têm voltado suas capacidades para oferecer proteção para outras modalidades que estão sendo mais afetadas por sinistros, como as apólices de propriedades.

Em relação a esta modalidade, chamada de seguro de risco patrimonial — que cobre os ativos do segurado prejudicado por
eventos como vendaval, incêndio e alagamento, por exemplo — houve aumento de até 30%, em média, nas taxas no segundo trimestre deste ano em todo o mundo, em decorrência de desastres naturais que ocorreram no ano passado. No Brasil, no entanto, as apólices se mantiveram estáveis.

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No Japão, essas taxas subiram até 30% somente no segundo trimestre deste ano, enquanto nos Estados Unidos a elevação foi de até 20%, assim como na Índia e na Itália. “O que impactou o mercado internacional foram as catástrofes do ano passado, como terremotos e tsunamis no Japão e alagamentos na Indonésia”, explica Marques. Com as seguradoras tendo de indenizar muitos sinistros, a capacidade financeira diminui, o que significa que há menos condições de oferecer proteção.

Em países sujeitos a catástrofes naturais, as taxas têm aumentado desde o ano passado e a tendência é de que elas se mantenham elevadas no segundo semestre do ano. “A maioria das catástrofes aconteceu no meio do ano e algumas renovações de contratos de seguros devem ser feitas agora no segundo semestre.” Quanto ao Brasil, Marques afirma que as seguradoras estão mais seletivas e fazendo diferenciação entre as empresas mais expostas a sinistros e que as taxas devem se manter estáveis até o fim do ano.

10 de agosto de 2012

Governo pode privatizar 5,7 mil km de estradas

Ministério dos Transportes autoriza empresa de engenharia a avaliar rodovias em oito estados. Concessão pode entrar em novo pacote de infraestrutura para iniciativa privada.

O
pacote de bondades do governo para minimizar os efeitos negativos de imagem que o julgamento do Mensalão pode gerar sobre o Palácio do Planalto ganhou reforço do Ministério dos Transportes no dia 06 de agosto. O ministério autorizou a Estruturadora Brasileira de Projetos (EBP) a realizar estudos de engenharia em sete rodovias federais que cortam oito estados, totalizando 5.739 quilômetros na malha envolvendo a BR-050, BR-060, BR-101, BR-153, BR-163, BR-262 e BR-267.

A EBP terá 150 dias para apresentar estudo técnico de engenharia, operação, meio ambiente, demanda, elaboração de minutas de documentos e modelagem econômico-financeira. A empresa foi criada em 2009, tendo o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) como principal parceiro – além dos sócios Banco do Brasil, Banco Espírito Santo, Bradesco, Citibank, Itaú, Santander, Unibanco e Banco Votorantim.

A EBP é uma empresa mista, ou seja, opera com capital público e privado. A empresa faz estudos técnicos para obras de infraestrutura cujo investimento varie entre R$ 500 milhões e R$ 2 bilhões.

A decisão do governo de autorizar os estudos ganha contorno pouco mais de uma semana depois de o ministro Paulo Passos (Transportes) afirmar, durante apresentação de balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC2), que o governo tem dificuldades em desenvolver projetos de infraestrutura.

Concessões em estudo

A expectativa agora é de que o governo opte por repassar para a iniciativa privada rodovias que cortam Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do
Sul e Tocantins.

A expectativa é de que o Planalto autorize a realização das primeiras Parcerias Público-Privadas (PPP) do governo federal – até agora, a modalidade foi utilizada apenas por estados como São Paulo e Bahia.

Em nota, o Ministério dos Transportes diz que as concessões somente “ocorrerão caso o governo entenda que a transferência dos trechos à iniciativa privada atenda ao interesse público, em especial quanto à modicidade tarifária e investimentos nas vias”.

9 de agosto de 2012

Idosos espanhóis pagam a conta da recessão

País tem a taxa de desemprego mais alta da zona do euro e, em alguns casos, as famílias estão removendo os parentes de asilos para poder embolsar as aposentadorias.

Dolores Fernandez Mora, 76 anos, e o marido, Mariano Blesa Julve, 75 anos, chegaram a pensar que terminariam seus dias com conforto relativo, a casa quitada e uma pensão sólida de aproximadamente US$ 1.645 por mês. Talvez até viajassem.

Em vez disso, estão sustentando a filha desempregada de 48 anos e dois de seus netos adultos desempregados que agora moram com eles numa minúscula casa de dois quartos aqui no norte da Espanha. Eles assumiram as dívidas da filha. Às vezes o dinheiro mal dá para a comida.

"Enquanto ela não trabalhar, não boto dentadura nova e ponto final", afirmou Fernandez recentemente, em sua sala de estar, enquanto mostrava as falhas no sorriso.
Carmen Blesa, à esquerda, com seu pai, Mariano Blesa Julve, mãe, Dolores Fernandez Mora, e um de seus filhos em casa, onde a única renda é proveniente da pensão dos idosos. Zaragoza, Espanha.

À medida que os efeitos de anos de recessão se acumulam aqui, mais e mais famílias espanholas – com o seguro-desemprego terminando e presos a hipotecas que não podem saldar – estão dependendo dos parentes mais idosos. E há pouco alívio à vista.

A última rodada de medidas de austeridade parece ter ajudado pouco a restaurar a confiança do investidor. As novas estatísticas do emprego divulgadas no final de julho mostraram que o índice de desemprego bateu um recorde, chegando a 25%.

As aposentadorias dos idosos estão entre os poucos benefícios que não foram cortados, embora estejam congeladas desde o ano passado. Segundo especialistas, os espanhóis são conhecidos pelos fortes laços familiares e a maioria dos avós está disposta a ajudar, sem querer admitir a estranhos o que está acontecendo.

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Contudo, quem trabalha com idosos afirma que não está sendo fácil. Muitos agora lutam para alimentar três gerações, com as casas superlotadas e as tensões da situação por vezes transformando suas vidas num inferno.

Em alguns casos, as famílias estão removendo os parentes de asilos para poder embolsar as aposentadorias. É uma tendência que leva defensores dos idosos a se preocuparem com o fato de as gerações mais jovens talvez estarem indo longe demais, mesmo com a concordância dos avós em se mudar ou doentes demais para perceber.

"A crise espanhola está afetando os idosos de uma maneira muito especial", disse o reverendo Angel Garcia, que comanda um grupo sem fins lucrativos voltado a crianças e idosos. "Muitos avós querem dar o que podem e dão. Porém, infelizmente, às vezes o que acontece é que a geração mais nova está explorando a mais velha. Estão tirando tudo que eles têm."
Mariano Blesa Julve com sua mulher, Dolores Fernandez Mora, em sua casa em Zaragoza.

Uma pesquisa recente da Simple Logica, sócia da Gallup na Espanha, constatou um salto no número de idosos sustentando familiares. Numa pesquisa telefônica realizada em fevereiro de 2010, 15% dos adultos com mais de 65 anos afirmaram sustentar pelo menos um parente mais jovem. No estudo de fevereiro de 2012, o número subiu para 40%.

Dados coletados por uma associação de clínicas de repouso privadas, inforesidencias.com, revelaram que, em 2009, 76% das afiliadas tinham vagas. Ano passado, 98% delas ofereciam vagas.

Para especialistas, tais números refletem o desespero crescente na Espanha, que tem a taxa de desemprego mais alta da zona do euro. Segundo cifras recentes do governo, praticamente uma em cada dez famílias não contava com um adulto trabalhando.

De acordo com especialistas, os aposentados, ao dividir as aposentadorias e sacar as economias, têm sido os heróis silenciosos da crise econômica e que sem eles, a Espanha veria um clamor social muito maior. Em muitos casos, eles estão a meio caminho entre os filhos de meia-idade e os sem-teto.

"Por que não existem mais pessoas protestando por comida nas ruas?", questionou Gustavo Garcia, diretor da Casa Amparo, o asilo municipal de Zaragoza. "A resposta são os idosos."

Sem dúvida, foi esse o caso de Petri Oliver, 53 anos, e o marido, Pedro Grande, 53 anos, os quais revelaram que somente sobreviviam até pouco tempo atrás porque estavam cuidando da mãe de 80 anos de Oliver em casa em vez de colocá-la numa clínica de repouso. A mãe, portadora do mal de Alzheimer, teve três derrames no ano passado, ficando em estado vegetativo.

Enquanto a mãe de Oliver estava viva, ela permaneceu num leito de hospital na abafada sala de estar do casal, cercada por pilhas de suprimentos médicos, como as refeições líquidas. O pai de Oliver recebia 300 euros mensais do Estado para cuidar da esposa, dinheiro repassado à filha.

"Se ela for para um asilo, não teremos o que comer", Oliver afirmou em julho. Contudo, uma semana mais tarde, a mãe faleceu.

Até dois anos atrás, o marido de Oliver trabalhava na construção, apesar de um acidente de trabalho ter lhe custado a visão de um olho. Agora, a única renda do casal são os cerca de US$ 1.200 mensais da pensão por invalidez. Porém, a hipoteca é de quase US$ 1 mil. Eles não podem visitar a filha, que mora a duas horas de viagem de Barcelona, porque não podem pagar a gasolina. A filha também está desempregada.

"Não sabemos o que vamos fazer agora", disse Oliver.

Nos subúrbios de Barcelona, Mari Angeles Ramiro Trenado ganhava apenas US$ 150 mensais e pagava aluguel de US$ 615 quando ela e o irmão decidiram tirar a mãe da clínica de repouso neste ano. Numa tarde recente, Ramiro, que também tem um filho adulto deficiente mental em casa, afirmou que cuidar da mãe a deixava exausta e deprimida.

Porém, apesar de todo o esforço, a mãe, frágil a ponto de não poder sair de casa e sofrendo de lapsos mentais, exigia ser levada de volta à clínica. Ramiro, faxineira em meio período num banco no povoado de Ripollet, contou que ela e o irmão acatariam a decisão, embora a mãe levasse junto uma pensão de US$ 740 mensais.

"Quero que ela fique. Tenho de admitir que me ajudaria bastante."

Segundo especialistas, os idosos espanhóis têm de lidar com os aspectos financeiros da crise e também sofrem ao observar o colapso das vidas dos filhos. Antonio Martin afirmou ter perdido a visão do olho direito depois que a filha Antonia, 41 anos, e a neta foram morar com ele, que adquiriu problemas sérios de pressão.

Antonio se diz feliz por ajudar Antonia, que perdeu o emprego quando a construtora na qual trabalhava faliu. "Eu falei para ela vir. É uma reação normal."

Entretanto, o que realmente o incomodou foi perceber tudo que a filha perdeu. "Ela tinha emprego e casa e, agora, não tem nada. Por isso é tão duro."

Poucos encaram facilmente a dependência dos pais idosos. Na meia-idade, eles se veem de volta aos papeis abandonados décadas atrás. Antonia Martin mora no quarto minúsculo no qual cresceu, com os pertences empilhados até o teto. O berço da filha fica no quarto dos avós por falta de espaço. Ela tem de pedir dinheiro para comida e roupas da filha.

"Às vezes levo bronca como se tivesse 12 anos", Antonia contou, gargalhando. "Porém, pelo menos tenho os meus pais. Existe gente que não tem nem isso."

Durante algum tempo, Dolores Fernandez e o marido tentaram sustentar a clínica de aromaterapia e massagem da filha, mas o negócio fechou.

Agora, eles pagam a hipoteca do apartamento da filha – cerca de US$ 245 mensais –, embora, para economizar os gastos com eletricidade e água, ela não resida mais no local. Todavia, para pagar o financiamento, abriram mão do seguro contra incêndio e roubo da própria casa, além de muitas outras pequenas despesas.

Fernandez não vai mais ao cabeleireiro e deixa o cabelo crescer; para ela, os netos precisam cortar o cabelo mais do que a avó. "Já sou bonita que chega", ela brinca.

Contudo, a fachada de coragem some de tempos em tempos. Ela se preocupa em particular com o que acontecerá se o marido morrer antes dela, reduzindo a pensão da família para um terço. "O que então será de nós", ela perguntou, com os olhos rasos de lágrimas.

8 de agosto de 2012

Coca-Cola lança embalagens com nome dos consumidores no rótulo

Serão escolhidos os 150 nomes mais comuns entre jovens e adultos brasileiros, as latas e garrafas personalizadas serão vendidas a partir do mês de agosto.
A campanha já aconteceu na Austrália para reforçar a presença da marca entre jovens adultos.

A partir de agosto, os 150 nomes mais comuns entre jovens adultos brasileiros vão estar estampados nas embalagens de Coca-Cola Zero. As versões estarão presentes em mais de 500 mil pontos de venda do Brasil e poderão ser encontradas nos formatos lata, 600 mililitros e 2 litros.

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Quem não estiver entre os 150 pode tentar emplacar seu nome através de uma votação na fan page da marca. Segundo a Coca-Cola, mais 50 nomes serão escolhidos com a ajuda dos consumidores. Ainda nas redes sociais, um aplicativo permitirá a personalização de uma lata virtual.

A edição de embalagens customizadas faz parte da campanha “Descubra a Sua Coca-Cola Zero”. Em 2011, a empresa promoveu a mesma ação na Austrália. Com o mote “Share a Coke”, a marca também produziu garrafas e latas com os 150 nomes mais populares do país. A ideia foi uma reação ao fato de que 50% dos adolescentes e jovens adultos não tinham consumido a bebida naquele mês.

7 de agosto de 2012

Desenvolva a habilidade de aguardar o momento do potencial cliente declarar o que ele precisa e aí você entra com a sua técnica

A recomendação é do consultor de empresas e professor de marketing Gilberto Cavicchioli, autor do livro "O Efeito Jabuticaba - o dia em que aprendi a atender pessoas".

Grandes empresas brasileiras oferecem quase duas mil vagas para trainees

Salários para recém formados escolhidos para serem futuros líderes das companhias variam de R$ 3 mil a R$ 5 mil; em média, cada vaga é disputada por cerca de dois mil candidatos.
A média de inscrições nos programas mais concorridos é de 2 mil candidatos por vaga.

As principais empresas brasileiras deram início à temporada de caça a jovens talentos que acabaram de sair das universidades e estão em busca do primeiro emprego. Cerca de 1,8 mil vagas, com salários variando entre R$ 3 mil e R$ 5 mil, já foram abertas por companhias de grande porte e a tendência é de que até setembro outras centenas de posições sejam incluídas nos programas de trainees espalhados por todo o Brasil.

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Vistos como a principal porta de entrada para profissionais que pretendem fazer uma carreira executiva de longo prazo, esses programas têm se tornado cada vez mais populares no Brasil. Nesse momento, companhias como Shell, Itaú Unibanco, Souza Cruz, Ambev, Odebrecht, General Eletric, Unilever, Brasil Foods, Boticário, Telefônica, Monsanto, Ernst & Young Terco e Deloitte já deram início a um também cada vez mais disputado processo de seleção.

Segundo levantamento da Cia de Talentos, consultoria em Recursos Humanos, a quantidade de vagas e de candidatos inscritos em cada programa varia muito, mas a média de inscrições nos programas mais concorridos é de cerca de 2 mil candidatos por vaga. Em 2011, a Ambev, por exemplo, recebeu 74 mil inscrições para 20 vagas, ou seja, cerca de 3,7 mil pessoas disputavam entre si para conquistar uma vaga.

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Os programas de trainee são uma tradição no exterior, mas se popularizaram no Brasil há pouco mais de 20 anos. Em geral, são adaptações de modelos já aplicados por multinacionais em outros países e vem ganhando cada vez mais espaço no Brasil por conta de uma crescente escassez de mão de obra qualificada. “O primeiro programa de trainee que fizemos aconteceu em 1990, para a Unilever, então Gessy Lever”, diz Cristiani Furlani, gerente da Cia de Talentos.

Nessas últimas duas décadas, muita coisa mudou nos programas. Desde o formato, passando pelo processo de seleção, até à características mais buscadas pelas empresas. Nesse momento, os programas de trainee vêm passando por um curioso processo de expansão e contração concomitante. Embora o número de vagas disponíveis em cada empresa venha diminuindo, o número de companhias que oferecem os programas vem crescendo quase na mesma proporção.
    Em 2011, mais de 70 mil candidatos disputaram as 20 vagas oferecidas pela Ambev.

Para Furlani, da Cia de Talentos, a principal razão para isso é a crise que tem abalado as multinacionais em seus mercados sede. “Desde 2009, essa tendência se acentuou, muitas empresas sofreram retração com a crise e decidiram cortar custos”. Ao mesmo tempo, mais empresas estão adotando essa forma de recrutamento, “Uma série de companhias, inclusive de menor porte, que nem imaginavam fazer esse tipo de coisa, começaram a fazer”, diz Jorge Matos, presidente E-talent, consultoria de recrutamento.

Outra mudança no cenário de trainees é a colocação do funcionário ao final do programa. “Antes, o trainee seria necessariamente um líder, agora é apenas uma forma de acelerar a carreira, mas não significa que ele vai assumir uma posição de chefia de forma imediata”, diz Cristiani.

No Itaú Unibanco são 70 vagas abertas e o banco pretende treinar por 18 meses jovens que podem não terminar o programa em cargos de liderança, mas terão essa possibilidade acelerada. “Muitos dos nossos executivos foram trainees, o programa também cria a liderança da organização”, diz Marcele Correia, superintendente de seleção do Itaú.

Na Shell, o trainee pode ficar de 3 a 5 anos em treinamento “Depende da experiência que ele já tem”, explica Raquel Nascimento, gerente de recrutamento da companhia. Na petrolífera, os trainees recebem uma remuneração maior do que a de um analista comum, “eles ganham mais e andam mais rápido”, diz. Esse ano, são 14 vagas em 6 áreas de atuação,e os candidatos serão “ a longo prazo, líderes da Shell, não necessariamente no Brasil, mas no mundo”, diz Raquel.

“As empresas procuram trainees para dar uma oxigenada, são pessoas alinhadas com o mercado, o que tem de melhor em formação e experiência”, diz Matos, da e-Talent. “A remuneração desses funcionários é superior à média, esses jovens estão ganhando para estudar”, diz. “Um trainee pode custar à empresa de R$ 10mil a R$ 20 mil por mês”.

Segundo a Cia de Talentos, o salário médio dos trainees no Brasil gira em torno de R$ 3 mil a R$ 5 mil por mês, incluindo benefícios. Já o investimento médio das companhias para atração, seleção, plano de desenvolvimento e remuneração anual pode variar entre R$ 140 mil e R$ 220 mil por ano. “Se bem gerido, este valor retorna em pouco tempo para a organização”, diz Cristiani.