30 de agosto de 2012

Trem-bala dará lucro de R$ 241 bilhões em 40 anos

Valor será obtido pelo operador que vencer licitação programada para maio de 2013. Trecho Rio-São Paulo terá tarifa mínima de R$ 0,49 por quilômetro rodado e Campinas-SP será livre.

A circulação do trem de alta velocidade (TAV), o trem-bala, entre as cidades do Rio de Janeiro e São Paulo renderá lucro de R$ 241 bilhões para o operador que vencer leilão programado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para 29 de maio de 2013 .

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O superintendente-executivo da agência, Helio Mauro França, diz que o valor é a previsão do governo para operação apenas no trecho de 412 quilômetros com o valor-teto de R$ 0,49 por quilômetro percorrido entre as duas principais cidades atendidas pelo TAV.

“A operação inicial do trem de alta velocidade será em setembro de 2018 e ele deverá operar 100% a partir de 2020”, disse França, durante apresentação detalhada da minuta de licitação publicada no dia 23 de agosto no Diário Oficial da União.

Para outros trechos, como Campinas-São Paulo, a tarifa não obedecerá ao teto de R$ 0,49. A previsão de lucro consta no detalhamento do projeto executado pela ANTT. A agência prevê que cada composição do trem-bala tenha pelo menos 200 metros de cumprimento distribuídos em oito vagões.

O número de passageiros por composição vai depender da formatação de cada trem. “Se o trem foi modelado somente para a classe econômica, ele pode chegar a 600 lugares”, diz França.

A ANTT estima que somente o trecho Rio-São Paulo tenha três trens circulando a cada 60 minutos no horário de pico e um locomotiva a cada 40 minutos nos demais horários. A expectativa é de que 42 milhões de passageiros utilizem os trens anualmente a partir de 2020.

A agência também prevê a construção de plataformas com 500 metros de extensão, o que permitirá a parada de composições com mais vagões. O estudo elaborado pela ANTT, contudo, não contempla trens com piso duplo – aqueles com dois ambiente para assentos.

A correção da tarifa será feita anualmente tomando como base de cálculo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal medido da inflação. “A regra que está prevista é a atualização da tarifa pelo IPCA [vigente] até o mês anterior ao início da operação”, afirma França.

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