29 de fevereiro de 2012

Bovespa segue Europa e sobe 1,1%

Nos EUA, Dow Jones passa dos 13 mil pontos pela primeira vez desde maio de 2008.

A Bolsa de Valores de São Paulo seguiu o bom humor das principais bolsas europeias e fechou o pregão em alta nesta terça-feira. O Ibovespa, principal índice da praça paulista, encerrou o dia com elevação de 1,1%, chegando aos 65.958 pontos – durante boa parte do pregão, a Bovespa operou acima da marca de 66 mil pontos. O volume de negócios foi superior a R$ 6,8 bilhões. 



Na Europa, os mercados ajustaram posições antes da operação de amanhã do Banco Central Europeu (BCE), que deve oferecer cerca de 500 bilhões de euros em financiamento de longo prazo para os bancos. 

Nos EUA, o índice Dow Jones Industrial da Bolsa de Valores de Nova York fechou nesta terça-feira em alta de 0,18%, aos 13.005,12 pontos. O índice superou a barreira dos 13 mil pontos pela primeira vez desde maio de 2008. Já o indicador seletivo S&P 500 subiu 0,34% e o índice composto do mercado Nasdaq avançou 0,69%. 

A maior alta foi anotada pelas ações da Gol, que fecharam o pregão cotados a R$ 15,25, com valorização de 6,2%. Os papéis da Marfrig tiveram alta pelo segundo dia consecutivo, fechando o pregão com valorização de 2,53%. Ontem, as ações ordinárias da empresa tiveram alta de 7,15%, após o anunciou de uma nova unidade operacional e da realização de ajustes estruturais na holding do grupo. As ações da companhia valem agora R$ 10,14, maior preço desde 5 de agosto passado.

Na ponta de baixo, destaque para o desempenho negativo da Embraer. Após o anúncio de que ocontrato de fornecimento de Super Tucanos para os EUA foi cancelado, os papéis da empresa fecharam o pregão em queda de 1,18%.

28 de fevereiro de 2012

Parlamento alemão aprova por grande maioria resgate à Grécia

Impulsionado por Merkel, legislativo aprovou contribuição alemã de 36 bilhões de euros a acordo de resgate da dívida grega.

O Parlamento alemão (Bundestag) aprovou nesta segunda-feira o segundo resgate à Grécia por folgada maioria, após debate no qual a chanceler Angela Merkel advertiu que o pacote de ajuda pode não ser a solução definitiva. Por 496 votos a favor, 90 contrários e cinco abstenções, o legislativo autorizou a contribuição alemã nesse novo pacote de ajuda - 36 bilhões de euros, do total de 130 bilhões de euros. 

A proposta obteve apoio tanto na maioria dos deputados da coalizão governamental - integrada pela União Democrata-Cristã (CDU) de Merkel, a União Social-Cristã da Baviera (CSU) e o Partido Liberal (FDP) -, quanto dos opositores social-democratas e verdes. Antes da votação, Merkel defendeu o segundo pacote à Grécia com o argumento de que as "oportunidades" que este abre para superar a crise superam os "riscos" de ajuda, mas ela reconheceu que essa pode não ser a solução definitiva.

"Ninguém pode dar uma garantia de êxito 100%", afirmou Merkel, que falou em longo caminho e "não isento de perigos" para a estabilização da economia helena. "A solidez, o crescimento e a solidariedade são as bases deste novo pacote de resgate", afirmou a chanceler, quem lembrou o compromisso da Grécia de reduzir sua dívida pública até 120% do Produto Interno Bruto (PIB) para 2020. 

Da solução da crise depende não só Grécia, argumentou Merkel, mas a Alemanha e sua economia, assim como os outros países resgatados - Irlanda e Portugal -, além dos outros com problemas - e citou à Itália e Espanha - e o conjunto da União Europeia (UE). Merkel anunciou que a Alemanha vai "acelerar" suas contribuições ao mecanismo europeu de estabilização (MEDE), para que sua contribuição financeira de 22 bilhões de euros esteja disponível em dois anos (até 2013) e não em cinco, como previsto.

27 de fevereiro de 2012

Brasil condiciona ajuda à Europa a mais poder no FMI

Ministro Guido Mantega afirma que países em desenvolvimento poderiam dar mais recursos, mas querem mais poder no FMI.

O ministro da Fazenda do Brasil, Guido Mantega, afirmou que os países em desenvolvimento poderiam prover mais recursos para ajudar os países da zona do euro em dificuldades, mas desde que ganhem como contrapartida mais poder dentro do FMI (Fundo Monetário Internacional). 

Os comentários de Mantega foram feitos durante um encontro de ministros das Finanças do G20 na Cidade do México. 

O ministro brasileiro também pediu que os países da própria zona do euro contribuam mais com seus próprios fundos para a ajuda. 

"Os países emergentes somente ajudarão sob duas condições: primeiro que eles (os países da zona do euro) reforcem sua rede de proteção (o fundo europeu de ajuda aos países em dificuldades) e segundo, que a reforma do FMI seja implementada", afirmou. 

"Eu vejo a maioria dos países compartilhando opiniões semelhantes de que os europeus têm que fortalecer seu fundo de proteção", disse. 

Outros ministros presentes no encontro no México também manifestaram o desejo de que as nações europeias destinem mais fundos para o Fundo Europeu de Estabilização Financeira, o fundo criado no ano passado para ajudar os países da região com dificuldades para pagar suas dívidas. 

"Cor do dinheiro" 

O ministro das Finanças da Alemanha, Wolfgang Schaeuble, afirmou que as nações da zona do euro avaliarão no mês que vem a possibilidade de aumentar o tamanho do fundo. 

George Osbourne, ministro das Finanças da Grã-Bretanha, país que não faz parte da zona do euro, fez cobranças parecidas às de Mantega. 

"Estamos preparados a considerar (aumentar) os recursos do FMI, mas apenas depois de vermos a cor do dinheiro da zona do euro, que ainda não vimos", afirmou. 

"Apesar de haver muitas coisas a discutir nesta conferência do G20, não acho que veremos nenhum recurso a mais prometido aqui, porque os próprios países da zona do euro não se comprometeram com recursos adicionais. Esse problema vai ser claramente estabelecido aqui no México", afirmou.

26 de fevereiro de 2012

Moody's revisa notas de bancos do Brasil e México

Bradesco, Itaú Unibanco, Banco do Brasil, Votorantim e Safra estão entre as instituições analisadas.

A agência de classificação Moody's colocou em revisão para possível rebaixamento alguns ratings de dívida e de depósito, de curto e longo prazos, de 15 grupos de bancos e de seguros do México e do Brasil, informou a instituição nesta sexta-feira. 

Segundo a agência, o anúncio de vários bancos na Europa e nos Estados Unidos, em 15 de fevereiro de 2012, bem como a avaliação global da Moody's sobre as conexões entre bancos e risco de crédito soberano motivaram esta ação. 

No Brasil, Banco Bradesco, Itaú Unibanco, Banco do Brasil, Votorantim e Safra foram listados pela Moody's, sendo estas instiuições classificadas com ratings acima da classificação de risco soberano. Também fazem parte da lista Santander Brasil, Citibank, BES e HSBC Brasil. 

No México, a Moody's cita Deutsche Bank México, Bank of America México, Banco Credit Suisse México e Barclays Bank México, além do BBVA Bancomer e Banco Nacional de México, estas acima do rating soberano. 

"A Moody's avaliará os efeitos de quaisquer quedas sustentadas na capacidade dos grupos controladores fornecerem suporte às subsidiárias estrangeiras", informou. 

A agência afirma que também avaliará mudanças na disposição dos grupos controladores proverem suporte necessário, além de observar preocupações sobre como a pressão nos grupos controladores podem afetar os perfis de crédito autônomo das subsidiárias.

25 de fevereiro de 2012

Receita Federal libera programa do Imposto de Renda 2012

A Receita Federal liberou na manhã desta sexta-feira o programa para os contribuintes elaborarem a declaração do Imposto de Renda pela internet. O programa está disponível para os sistemas Windows, Macintosh e Linux. 





Além do IRPF 2012, o contribuinte que pretende fazer a declaração pela interntet deve baixar outro programa, o ReceitaNet, responsável por transmitir o documento para os servidores da central de processamento da Receita Federal. 

A Receita Federal espera que 25 milhões de contribuintes entreguem a declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) de 2012, ano base 2011. No ano passado, 24,3 milhões de pessoas prestaram contas à Receita. 

O contribuinte deverá entregar a declaração entre 1º de março e 30 de abril pela internet ou em disquete nas agências do Banco do Brasil ou da Caixa Econômica Federal. 

A partir deste ano, os formulários de papel não serão mais utilizados para a prestação de contas ao Fisco. 


A pessoa física que teve rendimentos tributáveis com valor superior a R$ 23.499,15 em 2011 está obrigada a apresentar a declaração. Aqueles que receberam rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma foi superior a R$ 40 mil, também devem prestar contas ao leão. 

A declaração também é obrigatória para quem obteve, em qualquer mês de 2011, ganho de capital na alienação de bens ou direitos, sujeito à incidência do imposto, ou realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas. 


Quem tiver a posse ou a propriedade, em 31 de dezembro de 2011, de bens ou direitos, de valor total superior a R$ 300 mil, também deve declarar IR neste ano. 

O contribuinte que perder o prazo para entregar a declaração à Receita estará sujeito a uma multa mínima de R$ 165,74 e máxima de 20% do total do imposto devido. 

O saldo do imposto poderá ser pago em até oito quotas mensais com valor mínimo de R$ 50. A primeira parcela ou parcela única vence no dia 30 de abril.

24 de fevereiro de 2012

Déficit em conta corrente em janeiro é o maior em 65 anos

No mês passado, País registrou déficit de US$ 7,086 bi; gastos com juros somaram US$ 1,627 bi e contribuíram com resultado ruim.

O Brasil registrou déficit de US$ 7,086 bilhões em janeiro na conta corrente, uma das mais importantes contas do balanço de pagamentos, informou nesta quinta-feira o Banco Central (BC). O resultado negativo é o maior de toda a série histórica, iniciada em 1947. O déficit ficou dentro da estimativa de analistas que esperavam resultado negativo entre US$ 6,2 bilhões e US$ 7,8 bilhões. O rombo foi maior do que a mediana das projeções, de déficit de US$ 6,9 bilhões.

A balança comercial apresentou resultado negativo de US$ 1,292 bilhão no mês. A conta de serviços registrou déficit de US$ 3,397 bilhões e as remessas de rendas somaram US$ 2,575 bilhões.

Os gastos com juros somaram US$ 1,627 bilhão em janeiro e contribuíram para o déficit recorde nas transações correntes no mês passado. Pesaram ainda remessas de lucros e dividendos no valor de US$ 981 milhões e gastos com viagens internacionais de US$ 1,335 bilhão no mês passado.

A dívida externa total estimada pelo BC passou de US$ 297,349 bilhões em dezembro para US$ 300,285 bilhões em janeiro. Se for descontado da dívida o valor das reservas internacionais e de créditos do Brasil, além dos haveres de bancos no exterior, o País continua credor internacional, no valor de US$ 79,282 bilhões.

23 de fevereiro de 2012

Shell faz proposta de R$ 2,67 bilhões pela Cove Energy

Companhia de petróleo e gás detém reservas significativas em Moçambique que seriam estratégicas para a expansão da Shell na África.

A Royal Dutch Shell, por meio de sua subsidiária Shell Bidco, lançou uma proposta de compra da 992,4 milhões de libras (US$ 1,56 bilhão, cerca de R$ 2,67 bilhões) pela Cove Energy, companhia de petróleo e gás que detém reservas significativas em Moçambique. 

O valor proposto por ação embute prêmio, conforme a Shell, de 73,3% em relação ao preço de fechamento em 4 de janeiro, último dia antes da oficialização da intenção de venda da Cove. 

Em comunicado, a Shell informa ainda que o conselho da Cove aprovou o negócio. Contudo, a transação deve ser submetida à apreciação do Ministério de Recursos Minerais de Moçambique. 

A compra da Cove, explica a companhia, está alinhada à estratégia de abertura de novas fronteiras de exploração. "A África Oriental representa grande potencial de exploração de hidrocarbonetos, com significativo aumento de atividade nos últimos anos", informa a Shell, que já detém ativos na Tanzânia. 

"A aquisição da Cove iria marcar a entrada da Shell em províncias no Quênia e Moçambique, que têm potencial significativo na área de gás natural liquefeito (GNL) a partir de recentes descobertas."

22 de fevereiro de 2012

Grécia eliminará valor recorde de 107 bilhões de euros da dívida

Recurso corresponde ao maior perdão de dívida da história financeira mundial.

Após o acordo realizado na reunião de ministros das Finanças da Eurozona, consolidado na madrugada desta terça-feira em Bruxelas, a Grécia eliminará 107 bilhões de euros dos mais de 350 bilhões referentes a sua dívida pública, consolidando o maior perdão da história financeira mundial. 

O recorde anterior era ostentado pela Argentina, cuja dívida chegou a 82 bilhões de dólares (73 bilhões de euros na época) quando declarou a moratória, em janeiro de 2002.No caso da Grécia, no entanto, não se trata de uma suspensão de pagamentos, mas sim de um complexo plano de resgate, acordado pelos credores públicos e privados do país. 

Qual o montante total perdoado pelos credores privados? Os bancos, asseguradoras, fundos de investimento e fundos de pensão perderão ao todo 107 dos 200 bilhões de euros em dívida grega que possuem. Concretamente, eles receberão, em troca dos títulos que possuem atualmente, obrigações novas cujo valor se reduzirá a menos de 53,5% do anterior.Com isso, 15% do valor inicial desses papeis se converterá em obrigações emitidas pelo fundo de resgate europeu (FEEF) e 31,5% em obrigações gregas a 30 anos. Os 53,5% restantes serão condenados. 

Por que os credores privados perderão na realidade mais de 107 bilhões?As novas obrigações propostas pelos credores privados vencerão em 30 anos, ou seja, mais tarde que os títulos que possuem atualmente.O fato de mobilizar o dinheiro por mais tempo que o previsto tem um custo para os credores, o que se traduzirá em perda."Quando te propõem um reembolso em dez anos ou em trinta, você sempre escolherá o de dez", explica Xavier Paper, fundador e sócio do escritório Paper Audit and Conseil.Além disso, os juros das novas obrigações serão de 3,65%, muito inferior ao dos títulos que os credores privados têm agora. 

Esse rendimento menor implicará igualmente em uma perda.Ao todo, os credores terão perdido cerca de 70% do valor de suas carteiras atuais da dívida grega.O que acontecerá com os credores privados que não participarem do perdão da dívida?Teoricamente, o perdão é voluntário. Os credores que preferirem não participar deverão depois ser reembolsados de acordo com as condições prévias ao acordo. Contudo, na prática, eles ficarão expostos a um grande risco de não receberem nada. 

O perdão da dívida desencadeará o pagamento de CDS (seguro contra risco)?As três grandes agências de classificação financeira disseram em julho que a operação de troca de obrigações será assimilada a uma suspensão de pagamentos parcial, porque implica em um perdão da dívida. Uma vez que a operação seja realizada, as agências deveriam elevar a nota da Grécia para um patamar superior ao que estava em vigor antes da troca de títulos. 

Já para a International Swaps and Derivatives Association (ISDA), entidade de referência consultada regularmente para questões sobre os CDS (Credit Defaut Swap, os seguros que os investidores pagam para se proteger do risco de suspensão de pagamentos), continua estimando que a operação é voluntária. Portanto, ela não constitui em um evento de crédito, que gerariam o pagamento de CDS. Cerca de 3,2 bilhões de dólares em CDS estavam um curso sobre a Grécia em 10 de fevereiro.

21 de fevereiro de 2012

Carnaval movimenta R$ 2,7 bilhões e gera mais renda que muitas empresas

“Não há como negar a relevância do Carnaval para a economia”, diz o ex-presidente do BNDES, Carlos Lessa.

O Carnaval é um grande negócio e movimenta bilhões de reais pelo Brasil todo, para desespero dos puristas e desgosto das pessoas que (ainda) tratam os dias de folia como desperdício de capacidade produtiva. O valor exato de quanto a festa movimenta de dinheiro em todo o país é incerto, pois jamais foi realizado um estudo confiável a respeito. 

Mas os números dos quatro principais centros carnavalescos do País (Rio de Janeiro, Salvador, Recife e São Paulo) demonstram que uma vibrante cadeia produtiva pulsa sob os tamborins: juntas, as quatro cidades esperam girar R$ 2,7 bilhões de reais durante os quatro dias do reinado de Momo, de acordo com os organizadores de suas respectivas festas. 

“Não há como negar a relevância do Carnaval para a economia”, disse o economista e ex-presidente do BNDES, Carlos Lessa, no seminário “Samba como economia da cultura”, realizado no fim do ano passado no Rio de Janeiro. “Só as escolas do grupo especial do Rio geram mais empregos e renda do que muita empresa.” 

Lessa compara a linha de produção das escolas do Rio, hoje concentrada em um conjunto de galpões conhecido como Cidade do Samba, ao regime de trabalho das grandes corporações. “A Cidade do Samba é o lugar onde uma estrutura quase empresarial planeja e implementa uma sequência de tarefas complexas e encadeadas”, afirma Lessa. 

Cada uma das 13 escolas do grupo especial do Carnaval carioca prevê investir entre R$ 5 milhões e R$ 7 milhões para percorrer, em pouco mais de uma hora, os 700 metros da Marquês de Sapucaí, a chamada passarela do samba. 

Esse dinheiro movimenta uma cadeia que começa nos fornecedores de matérias-primas básicas para a confecção de adereços e fantasias e se multiplica inúmeras vezes quando o desfile se materializa e vira um produto de mídia assistido por milhões de pessoas no país e no mundo. 

“Trata-se da fabricação, forçando a analogia, de um entretenimento”, escreveu o pesquisador Luiz Carlos Prestes Filho no estudo “Cadeia Produtiva do Carnaval”, publicado em 2009. “Emoção e encantamento são, de fato, o produto final procurado pelo consumidor.” O trabalho de Prestes Filho calculou em R$ 700 milhões, à época, o valor movimentado pelo Carnaval no Rio. A Riotur, organizadora do Carnaval, estima em US$ 628 milhões (cerca de R$ 1,1 bilhão) o giro financeiro da festa na cidade em 2012. 

Para produzir emoção e encantamento é preciso envolver, no mínimo, 60 setores produtivos. A economia gira quando uma escola compra isopor e tinta para construir um carro alegórico, quando um turista deixa sua cidade e se hospeda em um hotel para acompanhar os desfiles ou participar dos blocos, quando um vendedor ambulante reforça seu estoque para suportar a elevação na demanda, quando grandes empresas montam camarotes na avenida para receber seus convidados ou quando uma empresa de cronometragem é contratada para aferir o tempo exato dos desfiles. 

Nos cálculos de Prestes Filho, a mão de obra de pelo menos 500 mil pessoas é utilizada em cada Carnaval apenas no Rio de Janeiro. 

A importância do Carnaval para a economia de Salvador é ainda maior, relativamente. “Salvador é uma cidade pobre que tem no turismo sua principal atividade econômica”, diz o diretor da Salvador Turismo (Saltur), a estatal responsável pela organização da festa local. 

“Se não fosse o Carnaval e as outras festas populares que atraem turistas, teríamos dificuldade em atender às nossas necessidades diárias. O Carnaval é uma questão de sobrevivência para a cidade.” 

A Saltur estima que a festa vai girar R$ 1 bilhão em 2012. Cerca de 500 mil turistas são esperados na capital baiana. Para atender a essa multidão, pelo menos 17 mil pessoas trabalham diretamente na organização da festa. 

No Recife, a expectativa é a de atrair 700 mil pessoas e de girar R$ 500 milhões nos quatro dias de festa. Além do dinheiro deixado pelos turistas na capital pernambucana, há um outro benefício indireto trazido pelo Carnaval que não pode ser desprezado. 

“Há a projeção da imagem de Recife durante o Carnaval como uma das capitais culturais do país, o que é extremamente positivo para a cidade”, diz Renato Lins, secretário de cultura da prefeitura, responsável pela organização da folia local. Em São Paulo, a expectativa é de um giro financeiro superior a R$ 100 milhões durante os quatro dias de folia.

20 de fevereiro de 2012

DNIT não tem condições de executar PAC, diz diretor

Principal problema é falta de pessoal. Órgão tem sete auditores para 1,2 mil projetos e um terço dos funcionários à beira da aposentadoria.

Como diretor executivo do Dnit, o auditor concluiu em dezembro estudo que evidencia a impossibilidade de atingir as pretensões de eficiência do programa na área de Transportes. O Dnit tem hoje 2.695 servidores de carreira - menos funcionários, segundo o diretor, que o Departamento de Estradas de Rodagem de São Paulo (DER-SP), com 3,8 mil. Mais da metade do pessoal passou dos 51 anos de idade e um terço já tem ou terá, até 2016, condições de se aposentar. Para levar adiante 1.196 contratos, a maior parte integrante do PAC, seriam necessários 6,8 mil funcionários. 

"Como é que eu vou ter um bom ambiente de controle num órgão que gere R$ 15 bilhões e tem uma auditoria interna com 7 auditores?", questiona o diretor executivo. Nas palavras do estudo, o Dnit leva "incríveis 300 dias" para pagar a uma empreiteira pela medição de um serviço. 

Em vários Estados, obras importantes do PAC, prometidas pela presidente Dilma Rousseff, permanecem no papel ou atrasadas. É o caso da duplicação da BR-381, entre Belo Horizonte e Governador Valadares, e da reforma do Anel Rodoviário da capital mineira. Há anos, os dois empreendimentos não saem da fase de projeto. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

19 de fevereiro de 2012

Conheça os vilões do bolso e os drible no carnaval

Excesso de alegria, somado à bebida e à sensação de que tudo acabará na terça-feira, podem resultar em prejuízo para o resto do ano; saiba se prevenir e nos conte sua história.

Nada contra rasgar a fantasia. O problema é quando o folião exagera na dose da euforia e gasta além da conta. “As pessoas devem respeitar seu padrão de vida para curtir a festa sem provocar prejuízos”, diz o educador financeiro Reinado Domingos. “É importante ter noção de quanto se vai gastar e se as despesas estão dentro dos seus limites, para evitar ficar com uma herança maldita da festa.” 

Para quem gosta de pular carnaval, a tentação de abrir o cofre para ter um feriado inesquecível é enorme. Mas lembre-se que a festa dura apenas quatro dias e que não é nada agradável passar o resto do ano pagando a fatura do cartão de crédito com os gastos excessivos feitos no auge da alegria. “Escolha um local de acordo com suas condições financeiras. Não adianta querer esbanjar em um evento fora de sua realidade”, diz Domingos. 

O professor de finanças Ricardo Rocha, da Fundação Vanzolini, diz que existem estudos que comprovam que pessoas alegres e otimistas costumam se preocupar menos em poupar. “É importante que a pessoa não se deixe contaminar pela euforia da festa”, diz Rocha. 

Por isso, dizem os especialistas, é melhor separar determinada quantia para a folia e manter-se no orçamento, para não cair em tentação. Deixe os cartões de crédito e o talão de cheques a salvo. “O sujeito pode se empolgar e decidir pagar tudo para os amigos no cartão de crédito. Vai ser uma conta indigesta”, diz Rocha. 

Também é preciso estar preparado para eventuais emergências – seja um gasto médico, um retorno de última hora para casa ou o prejuízo provocado por qualquer tipo de acidente. A recomendação dos especialistas em finanças é deixar 20% do orçamento destinado para o carnaval reservado para cobrir esse tipo de despesa, assim o susto com o desembolso não programado fica menor. 

Para evitar prejuízos, carregue apenas o absolutamente essencial. Evite levar bolsas, mochilas, carteiras volumosas e outros pertences de valor para os locais de aglomeração pública. O risco é duplo: o folião pode se esquecer dos objetos ou ser roubado ou furtado na empolgação da folia. O Serviço Central de Proteção ao Crédito de São Paulo (SCPC) registra uma elevação de 15% nos registros de documentos extraviados após o carnaval.

18 de fevereiro de 2012

Margem recorde do Pão de Açúcar anima investidores e ações sobem

Varejista registrou uma margem operacional histórica de 9% na divisão de alimentos, que a coloca entre as mais eficientes do mundo.

A margem de lucro operacional recorde obtida pelo Grupo Pão de Açúcar em sua divisão de alimentos, negócio que responde por metade das vendas da varejista, agradou investidores. As ações da companhia, controlada pelo empresário Abilio Diniz e pela rede francesa Casino, lideraram as maiores altas do índice Ibovespa na sexta-feira, com uma valorização de 5,6%. 

No quarto trimestre, os supermercados e hipermercados do grupo registraram o melhor desempenho operacional desde que a companhia abriu o capital, em 1995, com índices de rentabilidade invejáveis para seus pares na América Latina e até mesmo no mundo. 

Os gestores do Grupo Pão de Açúcar acertaram em várias frentes: nas negociações com os fornecedores, no mix de produtos, nos formatos dos supermercados, que foram convertidos para a bandeira Extra Super, e nas campanhas de marketing, como a Black Friday, tradicional megaliquidação americana que foi realizada pela primeira vez no Brasil pelo Extra, no fim de novembro. 

No quarto trimestre, a geração de caixa da divisão alimentar do Grupo Pão de Açúcar foi de R$ 650 milhões quando medida pelo Ebitda (lucro operacional antes de consideradas as depesas com o pagamento de juros e impostos, depreciação de ativos e amortização). O valor foi 23,5% superior ao Ebitda obtido em igual trimestre de 2010 e representou uma margem recorde de 9% sobre as vendas líquidas, que totalizaram R$ 7,2 bilhões no período. 

A divisão de alimentos da companhia inclui os supermercados e hipermercados (Pão de Açúcar e Extra), bem como as lojas de atacado (Assai). Ficam de fora a Casas Bahia e o Ponto Frio, também controlados pelo grupo. 

A margem Ebtida de 9% coloca o Grupo Pão de Açúcar entre as varejistas de alimentos mais eficientes do mundo. “E é preciso levar em conta que a nossa participação de mercado no Brasil é de apenas 10%, bem inferior à participação de mercado do Walmart no México, por exemplo, onde o grupo controla 65% do mercado”, afirmou Bethlem. 

Se excluídas as lojas do Assaí, a margem Ebtida obtida pelos supermercados e hipermercados da companhia atingiu a marca de 9,7%, o que representou um avanço de 0,8 ponto percentual sobre o quatro trimestre de 2010. 

Segundo Hugo Bethlem, a sazonalidade do quarto trimestre, quando as vendas de Natal aquecem todo o consumo, contribuiu para a margem recorde . Mas é possível, segundo ele, que as margens de lucro sejam mantidas ao longo do ano em patamares entre 8% e 9%, refletindo os ganhos de efeiciência.

17 de fevereiro de 2012

Economia brasileira cresceu 2,72% em 2011, indica prévia do BC

Aumento acabou sendo menor à elevação projetada pela autoridade monetária em relação ao PIB.

O índice calculado e usado pelo Banco Central para antecipar a tendência do Produto Interno Bruto (PIB) indica que a economia brasileira cresceu 2,72% em 2011. Na versão dessazonalizada, o IBC-BR aponta elevação de 2,79% no nível de atividade econômica. 

Em dezembro especificamente, o índice subiu 0,57% na versão com ajuste sazonal, considerada a mais relevante no caso de variações mensais. Sem a exclusão de fatores sazonais, o índice apresentou queda de 0,77% no último mês de 2011. 

No ano, o aumento acabou sendo menor à elevação projetada pela autoridade monetária em relação ao PIB, cujo crescimento no ano fechado de 2011 ainda foi divulgado pelo IBGE. No último Relatório de Inflação, o BC previu que o PIB avançaria 3% no ano passado. Já o mercado acredita que a apuração do IBGE apontará crescimento econômico de 2,87%, se considerada a mediana das projeções colhidas pelo BC na primeira semana de 2012. 

Em 2010, o IBC-BR mostrou boa aderência ao PIB. O produto cresceu 7,5%, ao passo que o índice do Banco Central registrou elevação de 7,78% na versão sem ajuste sazonal e de 7,81% com o ajuste. 

A metodologia de cálculo do IBC-BR segue a mesma divisão de setores da economia considerada pelo IBGE na apuração das Contas Nacionais. O índice leva em conta as atividades da indústria, agropecuária e do setor de serviços (aí dentro o comércio).

16 de fevereiro de 2012

BB ofusca concorrentes com resultado do quarto trimestre

Instituição foi a única dentre as quatro maiores do país a conseguir superar a previsão de lucro e manter a qualidade da carteira.

A combinação de avanço maior do crédito, inadimplência menor e lucro acima das expectativas fez o Banco do Brasil ofuscar seus principais concorrentes no último trimestre de 2011. E o plano do maior banco brasileiro por ativos é usar mais da receita que tem implementado desde 2009 -foco em linhas de crédito com menos margens, porém mais seguras- para seguir a ter desempenho acima da média este ano. 

"Trabalhamos com um cenário de induzir queda dos spreads (bancários), com mais ênfase em linhas como o consignado", disse à Reuters o presidente-executivo da instituição, Aldemir Bendine, nesta terça-feira. Mais cedo, o BB anunciara ter fechado o quarto trimestre com lucro líquido de R$ 2,97 bilhões, uma queda de 25,7% na comparação anual, devido a efeitos não recorrentes que inflaram os resultados no final de 2010. 

Em bases recorrentes, o lucro foi de R$ 3,025 bilhões no período, resultado 18,3% menor, devido entre outros fatores à performance do Banco Votorantim, do qual detém 49% e que teve prejuízo líquido de R$ 656 milhões.

De todo modo, o resultado ficou acima da expectativa média de analistas consultados pela Reuters, de lucro recorrente de R$ 2,73 bilhões. Foi, aliás, o único dentre os quatro maiores bancos do país a conseguir ao mesmo tempo superar a previsão de lucro e manter a qualidade da carteira.

No fim de 2011, o total de empréstimos do BB era de R$ 390,5 bilhões, uma expansão de 15,6% sobre um ano antes. O índice de inadimplência, medido pelo saldo de operações vencidas há mais de 90 dias, ficou em 2,1%, igual ao trimestre anterior a abaixo dos 2,3% de um ano antes. 

Nas últimas duas semanas, os principais concorrentes do BB listados na bolsa Bradesco, Itaú Unibanco e Santander Brasil divulgaram resultados abaixo das previsões de analistas, em meio à combinação de maiores custos, crescimento da inadimplência e desaceleração do crédito. 

"O índice de inadimplência do BB surpreendeu positivamente, pois caiu ano contra ano, ao contrário do que vimos nos números do sistema financeiro", observaram os analistas Leonardo Zanfelício e Karina Freitas, da corretora Concórdia, em relatório. 

De todo modo, as despesas do BB com provisões para perdas esperadas com calotes subiu 35,2% no quarto trimestre, na comparação anual, para R$ 2,89 bilhões. O movimento foi atribuído pelo banco a uma política mais cautelosa. Devido à queda no lucro, a rentabilidade sobre patrimônio também encolheu 4,6 pontos percentuais de outubro a dezembro, para 22,4%. Em outra frente, porém, o índice de eficiência do banco melhorou 0,5 ponto na comparação anual, a 42,1%.

14 de fevereiro de 2012

Salários da área de Administração têm aumento médio de 17,31% em um ano

Apesar dos acréscimos consideráveis, setor não figura na lista das cinco que mais registraram aumentos entre fevereiro de 2011 e 2012.
Os salários dos profissionais da área de administração subiram até 17,31% entre fevereiro deste ano e do ano passado, segundo revelam dados da 38ª edição da Pesquisa Salarial e de Benefícios da Catho Online.

De acordo com o levantamento, o aumento médio de 17,31% no período foi verificado para quem trabalha na área de planejamento empresarial, sendo que os profissionais que ocupam o cargo de diretor de planejamento empresarial tiveram um aumento médio de 25,47%.

Ainda no que diz respeito à área de administração, os setores de segurança patrimonial (7,73%), secretaria (4,48%) e diretoria/ gerência (2,32%) também registraram acréscimos no intervalo analisado. No segmento, a exceção ficou com o setor administrativo, que registrou recuo de 2,47%.

Maiores aumentos


Apesar dos acréscimos consideráveis na área de administração, ela não figura na lista das cinco que mais registraram aumentos entre fevereiro de 2011 e 2012.



Neste sentido, o profissional de edição de fotografia foi o que recebeu o maior aumento, de 25,14%. Em segundo lugar, está a área de direito empresarial, com 22,44% de aumento. Em seguida estão direito ambiental (22,15%), psicologia (21,68%) e engenharia de petróleo, óleo e gás (21,52%).

Por cargo, os destaques de cada área são, nesta ordem, os seguintes: fotógrafo (32,35%), gerente de direito empresarial (34,60%), coordenador, supervisor ou chefe de direito ambiental (26,79%), estagiário de psicologia (37,98%) e engenheiro de petróleo pleno (23,21%).

Fonte:
www.administradores.com.br

13 de fevereiro de 2012

Revista Você S/A - Edição 164 - Fevereiro/2012.

Clique na imagem e acesse o sumário da edição

O Portal Administração em Foco indica da Edição de Fevereiro/2012 
da Revista Você S/A.

NOME

12 de fevereiro de 2012

Como vai sua comunicação?

Este teste foi elaborado com o objetivo de permitir que você reflita sobre os aspectos mais relevantes da comunicação. Não encare o resultado como definitivo e único, apenas aproveite para ponderar como você está se saindo. Avalie as questões da maneira mais abrangente que puder. Para fazer um bom diagnóstico responda de maneira sincera, como você realmente se comporta e não como acha que deveria se comportar.

11 de fevereiro de 2012

Ações da Apple aproximam-se da marca histórica de US$ 500

Papéis já são negociados a US$ 492 nos EUA com os rumores de que a empresa lançará a iTV neste ano e o iPad 3 em março.

Com os rumores de que a Apple lançará a iTV neste ano e de que o i Pad3 chegará em março às lojas, as ações da empresa subiram e já estão bem próximas da marca de US$ 500. Na sexta-feira, os papéis da companhia eram negociados no fim do dia pelo valor recorde de US$ 492,16. Neste ano, os papéis da empresa já subiram 20%.

O valor de mercado da Apple está atualmente em US$ 460 milhões e há grandes expectativas no mercado de que a companhia alcance a marca histórica de US$ 500 bilhões. Esse valor só foi obtido até hoje pela Exxon Mobil, em 2007, quando os preços do petróleo alcançaram patamares recordes, segundo a CNBC. Para que a Apple atinja esse valor de mercado, suas ações precisarão ser negociadas por US$ 537 cada. 

Há ainda o sonho de que Apple seja a primeira empresa do planeta a valer US$ 1 trilhão. Mas, para atingir a marca de 13 dígitos, suas ações precisariam custar US$ 1.073, se considerado o número de papéis em circulação no mercado, de 932 milhões de ações, informa a CNBC.

10 de fevereiro de 2012

Lucro da Petrobras cai 5,3% em 2011

Queda se dá na comparação anual; resultado do 4º trimestre é 52% inferior ao do mesmo período de 2010.

A Petrobras anunciou hoje que registrou um lucro líquido de R$ 5,049 bilhões no quarto trimestre de 2011. O resultado é 52% inferior ao apresentado pela estatal no quarto trimestre de 2010. No ano de 2011, o lucro somou R$ 33,313 bilhões, que representam uma queda de 5,3% sobre 2010.

A receita líquida anual foi de R$ 244,176 bilhões, alta de 15,26% na mesma base comparativa. O Ebitda no ano passado atingiu R$ 62,246 bilhões, com alta de 4,81% em relação a 2010. Já a receita líquida da companhia entre outubro e dezembro alcançou R$ 65,257 bilhões, alta de 20,34% em igual comparação, ocasionada principalmente pelo efeito do câmbio nas exportações e pelo reajuste de 10% no preço da gasolina e de 2% no valor do diesel, em vigor desde 1º de novembro. 

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortizações) trimestral somou R$ 14,054 bilhões, com retração de 2% na mesma base comparativa. O resultado financeiro líquido foi positivo em R$ 400 milhões, ante R$ 1,880 bilhão positivo no mesmo período de 2010. 

O atual presidente da empresa, José Sergio Gabrielli, será substituído a partir do próximo dia 13 por Maria das Graças Foster, ex-diretora da área de Gás e Energia. Ela assume a presidência da Petrobras com o desafio de intensificar o ritmo de produção da companhia. No ano passado, a estatal fracassou pelo segundo ano consecutivo na tentativa de alcançar a marca de 2,1 milhões de barris de petróleo produzidos em território nacional. 

A produção em 2011 atingiu 2,021 milhões de barris diários, novo recorde da empresa, mas ainda aquém do esperado pela diretoria da Petrobras. Para acelerar o ritmo da produção da companhia, Graça Foster, como é chamada a futura presidente da estatal do petróleo, terá à disposição um plano de negócios que prevê investimentos de US$ 224,7 bilhões entre 2011 e 2015. 

Em comunicado divulgado ao mercado, a empresa informou ainda que investirá R$ 87,5 bilhões em 2012, de acordo com comunicado divulgado ao mercado. Os investimentos em 2011 totalizaram R$ 73 bilhões. 

A área de Exploração e Produção receberá R$ 41,8 bilhões, enquanto a de Abastecimento receberá R$ 33 bilhões neste ano.

9 de fevereiro de 2012

Prefeita olímpica quer Galeão privatizado

Para Maria Silvia Bastos, situação do Galeão precisa ser resolvida com urgência.

“Esperamos que o Galeão seja o próximo da fila no processo de privatização de aeroportos”, afirmou a presidente da Empresa Olímpica Municipal (EOM), Maria Sílvia Bastos, nesta quarta-feira , em evento realizado no Rio de Janeiro. Segundo Maria Sílvia, é publica e notória a necessidade de investir na infraestrutura e na melhoria da qualidade de prestação de serviços no Aeroporto Internacional Antonio Carlos Jobim, o Galeão.

“Isso é discutido há anos e precisa ser resolvido com urgência. Sabemos que vamos precisar, tanto para a Copa do Mundo, como para as Olimpíadas, de novas estruturas e de serviços no Galeão e no Santos Dumont”, diz. 

Para a prefeita olímpica - apelido dado à Maria Sílvia pelo prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes - o sucesso da privatização dos aeroportos de Brasília, Viracopos e Guarulhos pode agilizar o processo de privatização do Galeão. “Essa primeira leva de leilões, que foi bem-sucedida , pode abrir caminho para o Rio de Janeiro”.

Em entrevista ao iG, ela reconheceu também a urgência da necessidade de formar pessoas qualificadas para trabalhar na Copa do Mundo e nas Olimpíadas. Mas, admitiu que ainda há muito a ser feito antes de focar no treinamento de profissionais. “Temos pela frente um cronograma de atividades enorme e, nesse momento, precisamos atacar a questão da infraestrutura física dos jogos. À medida que essas obras começarem a andar, teremos fôlego para cuidar do que vai permear tudo isso, que é o ser humano”.

Durante o evento, a presidente da EOM afirmou ainda que a abertura dos envelopes para licitação do Parque Olímpico, que será o principal palco dos Jogos de 2016, segue prevista para o dia 5 de março, a despeito das duas
liminares que tentam suspender o processo.

8 de fevereiro de 2012

Para vencedoras do leilão, retorno sobre o investimento é garantido

Em Guarulhos, construção do terminal 3 dobrará número de passageiros e, em Campinas, movimento pode ser multiplicado por dez.

O ágio elevado pago no leilão dos aeroportos de Cumbica (373%), Viracopos (159%) e JK / Brasília (675%), realizado nesta segunda-feira, deixou intrigado o mercado. Quem estimou mal, o governo ou as empresas? Politicamente, as empresas dizem que nem um, nem outro. E asseguram que estão certas do retorno de suas apostas.

Responsável pelo maior lance do leilão, o consórcio Invepar-ACSA terá que desembolsar ao longo de 20 anos de concessão R$ 16,213 bilhões, além dos investimentos previstos no período, de R$ 4,8 bilhões. Foi uma oferta R$ 4 bilhões acima da apresentada pelo segundo colocado. No entanto, Gustavo Rocha, presidente da Invepar, diz que acredita que será possível bancar tudo isso e ainda lucrar alto. 

A aposta é baseada principalmente na possibilidade de ganhos maiores com receitas não-tarifárias, vindas de lojas e restaurantes. E, naturalmente, do aumento do fluxo de passageiros. Uma das obras prioritárias, por conta da Copa de 2014, é a construção do Terminal 3, que deverá dobrar a capacidade do aeroporto, por onde circulam hoje cerca de 26 milhões de pessoas por ano. 

O volume representa cerca de 30% de todos os passageiros que passam por terminais da Infraero. Um movimento que já levou alguns analistas a definirem Cumbica como "mina de ouro mal explorada" e "vaca leiteira". Mas, até 2020, o consórcio estima que o fluxo será bem maior: 50 milhões de passageiros por ano. 

Para Rocha, a Infraero só não aproveita todo potencial de receitas não tarifárias disponível porque está limitada pelas amarras a qual estão sujeitas as estatais. "Temos uma flexibilidade para buscar financiamentos e operar que a Infraero não tem", afirma. 

Pólo aéreo 

Brasília, por sua vez, é o aeroporto que exigirá proporcionalmente menos investimentos ao longo dos 25 anos de concessão, R$ 2,8 bilhões. Com isso, os consórcios puderam dar lances mais altos. 

Para garantir o rápido retorno do investimento, o grupo argentino Corporación América, integrante do consórcio vencedor responsável pela gestão, pretende transformar o aeroporto de Brasília em um entroncamento internacional do transporte aéreo. E também deverá explorar com maior intensidade receitas não-tarifárias, um campo no qual a Infraero apenas engatinha. 

Longo prazo 

O preço mais equilibrado entre expectativa e propostas em Viracopos (ágio de 159%), na avaliação de Wagner Bittencourt, ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil, não significa que o aeroporto seja um mau negócio. Foi apenas um indicativo de que é uma aposta com retorno no longo prazo, que exige investimento alto no curto prazo. O Consórcio Aeroportos Brasil, formado por Triunfo, UTC e Egis, terá que realizar obras orçadas em R$ 873,05 milhões até 2014, mesmo sem ser sede de jogos da Copa. 

A aposta se justificaria devido ao potencial de faturamento na região de Campinas. “Viracopos está inserido na área mais rica do país. Nos próximos anos, a região deve se transformar de uma área baseada no setor secundário [indústrias] para o setor terciário [serviços], que gera maior demanda de voos”, afirma Mário Luiz de Mello Santos, presidente da consultoria Aeroservice, que trabalhou para o consórcio. “O fluxo do aeroporto deve ficar cada vez mais independente de São Paulo”, acredita. 

“Estamos seguros com relação ao retorno que o aeroporto pode dar. Viracopos era o melhor negócio [entre os três leiloados], sempre foi nosso foco nesse leilão”, afirma Santos. 

Para o analista, o potencial de Viracopos também se baseia na possibilidade da ampliação da área do aeroporto, o que seria mais difícil em Guarulhos e Brasília. “A demanda atual de Viracopos, que é de 7 milhões de passageiros, pode ser de até 70 milhões, porque existe área disponível para essa ampliação”, afirma. 

Por fim, Santos acredita em ganhos vindos de uma maior eficiência na gestão. “Em qualquer lugar do mundo, aeroportos são excelentes negócios, quando bem operados”, afirma. “A Infraero [a atual administradora] tem todos os vícios e problemas estruturais de uma empresa estatal, enquanto nosso foco será na eficiência”, completa. 

Em breve será possível saber quem fez a conta certa.

7 de fevereiro de 2012

Privatização de aeroportos rende R$ 24,5 bilhões ao governo

Guarulhos foi arrematado por R$ 16,2 bilhões pela Invepar, Brasília por R$ 4,51 bilhões pelo InfrAmérica e Viracopos por R$ 3,82 bilhões pelo Aeroportos Brasil.

O governo federal arrecadou R$ 24,535 bilhões no leilão de privatização dos aeroportos de Guarulhos (SP), Viracopos (SP) e Brasília (DF) nesta segunda-feira, o que representou ágio de 347,9% sobre os valores mínimos estipulados. O maior lance foi dado pelo consórcio Invepar ACSA, que levou o aeroporto de Guarulhos por R$ 16,213 bilhões, ágio de 373%.

O aeroporto de Viracopos será administrado pelos próximos 30 anos pelo Consórcio Aeroportos Brasil, parceria entre os grupos Triunfo Participações, UTC Participações e a operadora de aeroportos Egis.

O grupo aceitou pagar R$ 3,821 bilhões pelo aeroporto da cidade de Campinas, distante 100 km de São Paulo, ágio de 159%.

O consórcio InfraAmérica, composto pelas empresas Infrazix Participações e Corporación América, ficou com o Aeroporto de Brasília. O grupo vai desembolsar R$ 4,51 bilhões para administrar o aeroporto pelos próximos 30 anos. O terminal da capital federal registrou o maior ágio do leilão: 673%.

Ficaram de fora da disputa grandes empresas como Odebrecht, Queiroz Galvão e Ecorodovias. Ao todo 11 consórcios participaram da disputa.

A sistemática do leilão foi complexa. Os consórcios poderiam apresentar propostas para os três leilões, que acontecem simultaneamente, mas só poderiam vencer um. De início, valeram as propostas entregues na última quinta-feira, dia 2, que atingiram ao menos 90% do valor da maior proposta. Em seguida, foi aberta uma rodada de ofertas viva voz. Nessa fase, só o aeroporto de Brasília recebeu novas propostas.

A primeira proposta aberta foi para o aeroporto de Campinas. O consórcio Aeroportos Brasil ofereceu R$ 3,82 bilhões, mais que o dobro da proposta inicial. A segunda foi do consórcio Operadora Brasileira de Aeroportos, entregue pela Votorantim Corretora, no valor de R$ 12 bilhões, pelo aeroporto de Guarulhos. A terceira proposta foi apresentada também para Guarulhos, pela corretora Bradesco, representanto a Advent Assur, no valor de R$ 8,53 bilhões.

A proposta do consórcio Invepar por Guarulhos arrancou dos presente um sonoro óooo. Foi de R$ 16,213 bilhões, superando com folga os R$ 12 bilhões do consórcio rival mais próximo.

6 de fevereiro de 2012

Leilão de aeroportos é chance para desafogar infraestrutura

Para especialistas, ajuda da iniciativa privada pode acelerar obras fundamentais para o crescimento da economia.

O leilão dos aeroportos de Guarulhos (SP), Viracopos (SP) e Brasília (DF) nesta segunda-feira (7), na sede da BM&FBovespa, no centro de São Paulo, pode ser um marco no País e destravar de vez as amarras que impedem a ampliação do setor de infraestrutura. Para alguns especialistas, esse setor pode, com a ajuda dos investimentos da inciativa privada, ganhar a musculatura necessária para suportar as demandas geradas pelo ciclo de crescimento da economia.

Na avaliação do ex-diretor de Política Monetária do Banco Central, o economista Luís Eduardo Assis, o leilão dos aeroportos rompe com o preconceito que o governo tinha de associar as privatizações ao programa de governo do PSDB. "É um triunfo da necessidade sobre a ideologia", disse. "Pelo número de propostas dá para perceber que o interesse do setor privado pelos investimentos em infraestrutura é muito grande", acrescentou.

Para o leilão de amanhã, foram apresentadas onze propostas. Entre os consórcios que se identificaram estão: Fidens Engenharia e ADC&Has (Estados Unidos), Ecorodovias e Fraport (Alemanha); Triunfo e Egis (França); OHL Brasil e Aena (Espanha); Odebrecht e Changi (Cingapura); Engevix e Corporación América (Argentina); Queiroz Galvão e BAA/Ferrovial (Reino Unido); e um grupo liderado pela OAS. Outros três consórcios não se identificaram.

Para Assis, um fato importante é que o governo percebeu que simplesmente não existe outra alterrnativa diante das necessidades imediatas do País. Segundo o economista, o mecanismo de leilão garante que tudo seja precificado da melhor maneira possível. "Se for vender uma jóia da coroa, vai sair caro para o interessado em comprá-la. O importante é garantir estabilidade de regras para que o setor privado tenha confiança e possa, desta forma, oferecer o máximo possivel."

Copa e Olimpíadas

A transferência dos principais terminais aéreos para a iniciativa privada é a principal aposta do governo para garantir os investimentos necessários nos aeroportos antes da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016.

Para o aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, o lance mínimo estipulado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) é de R$ 3,4 bilhões. Para Viracopos, em Campinas, o piso será de R$ 1,47 bilhão, enquanto para Brasília o edital da licitação estipula R$ 582 milhões.

Os três aeroportos deverão receber em conjunto investimentos de R$ 2,9 bilhões até 2014, sendo R$ 1,38 bilhão para Cumbica, R$ 873 milhões para Viracopos e R$ 626 milhões para Brasília.

No caso dos aeroportos, destaca Assis, claramente o interesse é voltado para ampliação da parte comercial e de serviços. "Provavelmente será desses segmentos que virá a maior parte das receitas dos concessionários", disse o economista. "Qualquer grande aeroporto no mundo tem uma estrutura comercial semelhante a um grande shopping center", acrescentou o ex-diretor do BC.

Recuperação da infraestrutura

Para o líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), o que o governo vem fazendo é uma recuperação de anos sem investimento em infraestrutura em transportes. “O PAC está aí para isto. O governo vem investindo pesado em ferrovias, hidrovias e em portos”, conta.

O líder alfineta e diz que, durante os oito anos de governo Fernando Henrique Cardoso, não houve investimentos em ferrovias. “O aporte de dinheiro para estas áreas foi retomado no governo Lula e a presidenta Dilma está dando continuidade”, explica. Contudo, Vaccarezza adianta que os resultados não serão imediatos. “Só vai ser possível sentir o que está sendo feito agora a médio e a longo prazo”, acrescenta. 

Vaccarezza acredita que as licitações dos aeroportos não sofrerão grandes entraves no Congresso. Segundo ele, é consenso entre os parlamentares de que os investimentos são urgentes. Posição também defendida pelo deputado Luciano Castro (PR-RR), vice-lider do governo na Câmara e nome cotado pelo PR para assumir o ministério dos Transportes. 

Prioridade no Congresso

Castro defende que todos estes investimentos da iniciativa privada em infraestrutura devam ser tratados como prioritários no Congresso. Para ele, o Brasil está crescendo economicamente e é preciso aumentar a capacidade de produção e escoamento da produção para dar continuidade a este crescimento. “Acho que no Congresso isso deve ser uma prioridade este ano. Há uma boa aceitação do tema até mesmo por parte da oposição”, afirma. 

Castro é defensor dos investimentos oriundos da iniciativa privada na infraestrutura brasileira. “O governo precisa agora de ter uma carteira de investimentos para infraestrutura. Como o governo não tem dinheiro para financiar tudo em aeroportos, a privatização é uma boa saída”, justifica. 

Quanto ao escoamento da produção brasileira, o parlamentar quer que o governo faça grandes investimentos em portos, ferrovias e também em hidrovias. “Quando se fala de portos se fala de ferrovias e hidrovias. Dentro dessa área de transportes se tem os canais hidroviários. Uma alternativa de transporte extremamente barato para escoar a produção. Eficiente e ambientalmente limpo. Neste conjunto está a questão das hidrovias, que deve ser tratada com prioridade", diz. 

O parlamentar reconhece que o setor rodoviário foi prejudicado com a crise no ministério dos Transportes no ano passado. “Com a crise no ministério dos Transportes no ano passado, os investimentos no setor congelaram por alguns meses, mas devem ser retomados com força este ano”. E vai além, “seria importante o governo buscar também a privatização das rodovias", diz.

4 de fevereiro de 2012

Ibovespa sobe 0,97% no dia e atinge ganho de 14,9% no ano

Números acima do esperado na economia dos Estados Unidos animaram os mercados de ações em todo o mundo.

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) subiu 0,97% nesta sexta-feira, com o Ibovespa, principal índice da praça paulista - fechando em 65.217 pontos. Com esse ganho, a Bolsa sobe 3,67% na semana e acumula ganho de 14,9% no ano. O patamar é o maior desde 2 de maio de 2011, há oito meses, quando fechou em 65.462 pontos.

A valorização acompanhou ganhos tanto na Europa quanto nos Estados Unidos. Às 17h55, Dow Jones subia 1,16% e S&P500 avançava 1,36%. O bom humor da sessão é respaldado pelos dados de emprego na economia americana. De acordo com o Departamento de Trabalho, foram abertas 243 mil novas vagas no mês passado. Foi o maior aumento desde abril de 2011 e superou em larga medida a previsão de geração de 125 mil postos. A taxa de desemprego também surpreendeu, ao cair para 8,3% no mês passado, a mais baixa desde fevereiro de 2009. Analistas previam estabilidade nos 8,5% apresentados em dezembro. 

Além do payroll, os investidores também souberam hoje que o setor de serviços dos Estados Unidos cresceu em janeiro no ritmo mais rápido em quase um ano, revelando significativo vigor de uma parte relevante da economia. Segundo o Instituto para Gestão de Oferta (ISM), o índice de atividade do setor subiu para 56,8 em janeiro, marcando o 25º mês seguido de expansão, de 53,0 em dezembro. 

O resultado ficou bem acima das expectativas dos analistas, que era de uma melhora marginal para 53,1. Leituras acima de 50 sinalizam expansão da atividade. As encomendas à indústria dos EUA aumentaram 1,1% em dezembro, para US$ 466,22 bilhões; o avanço de novembro foi revisado de 1,8% para 2,2%. 

Na Europa, a Bolsa de Londres fechou em alta de 1,81% e a de Paris, 1,52%. Milão e Madri subiram 1%, enquanto o índice DAX 30, principal da Bolsa de Valores de Frankfurt, fechou nesta sexta-feira em alta de 1,7%, aos 6.767 pontos. 

Dólar 

Os vendedores não se intimidaram com o leilão de compra de dólares a termo feito pelo Banco Central (BC) e voltaram a colocar o preço do dólar para baixo. Na semana, a moeda perdeu 1,24% e acumula queda de 8,1% em 2012. Dados preliminares apontam que o dólar comercial fechou com queda de 0,27%, negociado a R$ 1,717 na venda. Menor preço desde 31 de outubro, quando o dólar fechou a R$ 1,704. Na quinta-feira, a divisa caiu 0,69%, a R$ 1,722.

3 de fevereiro de 2012

Leilão de aeroportos recebe onze propostas

Dentre os consórcios identificados estão um formado pela Fidens Engenharia e ADC&Has e outro composto pela Ecorodovias e Fraport.

O leilão dos aeroportos de Guarulhos (SP), Viracopos (SP) e Brasília (DF) recebeu onze propostas. Dentre os consórcios que se identificaram estão: Fidens Engenharia e ADC&Has (Estados Unidos), Ecorodovias e Fraport (Alemanha); Triunfo e Egis (França); OHL Brasil e Aena (Espanha); Odebrecht e Changi (Cingapura); Engevix e Corporación América (Argentina); Queiroz Galvão e BAA/Ferrovial (Reino Unido); e um grupo liderado pela OAS. Outros três consórcios não se identificaram.

O prazo para a entrega de propostas na sede da BM&FBovespa, no centro de São Paulo, terminou às 16 horas desta quinta-feira e o leilão está marcado para segunda-feira, dia 6. Os consórcios podem apresentar ofertas para todos os aeroportos, mas só poderão ganhar a concessão de um deles. Nenhuma dos inscritos para o leilão, no entanto, informou que concessões pretende disputar. 

A transferência dos terminais para a iniciativa privada é aposta do governo para garantir os investimentos necessários nos aeroportos antes da Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. 

Para o aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, o lance mínimo estipulado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) é de R$ 3,4 bilhões. Para Viracopos, em Campinas, o piso será de R$ 1,47 bilhão, enquanto para Brasília o edital da licitação estipula R$ 582 milhões. 

Os três aeroportos deverão receber em conjunto investimentos de R$ 2,9 bilhões até 2014, sendo R$ 1,38 bilhão para Cumbica, R$ 873 milhões para Viracopos e R$ 626 milhões para Brasília. 

Ontem, o Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou, por unanimidade, o edital do leilão dos aeroportos. O aval do TCU era o que faltava entre as esferas do governo, depois que a Anac rejeitou, na terça-feira, os pedidos de impugnação do edital e de adiamento do leilão.

2 de fevereiro de 2012

Facebook faz registro para vender ações na bolsa

Rede social de Mark Zuckerberg pretende fazer um IPO de R$ 8,7 bilhões.

O Facebook entrou nesta quarta-feira com um pedido à SEC (Comissão de Segurança do Mercado, equivalente à CVM brasileira) para fazer uma oferta inicial de ações, conhecida pela sigla IPO, na bolsa americana. A empresa, presidida e criada por Mark Zuckerberg, pretende levantar US$ 5 bilhões (R$ 8,7 bilhões) com a operação.

Se operação sair como o esperado pela a empresa, será a maior abertura de capital do mercado de empresas de internet. As operações deverão começar no segundo semestre e podem superar o IPO feito pelo Google em 2004, que foi de US$ 1,7 bilhão. 

Definição de valores ainda pode levar tempo. Feito o pedido de autorização para IPO na SEC, o Facebook aguardará autorização do órgão regulador americano para dar sequência ao processo. 

Conforme os dados do prospecto emvoado ao SEC, o Facebook teve receita de US$ 3,711 bilhões em 2011, crescimento de 88% sobre 2010, quando foi de R$ 1,974 bilhão. Do total da receita de 2011, 12% se referem a um acordo que o Facebook possui com a Zynga, que vende jogos on-line por meio da rede social. O lucro líquido no ano passado foi de US$ 1 bilhão, ante US$ 606 milhões no exercício anterior. 

Mesmo depois da abertura de capital, é bem provável que companhia permaneça nas mãos de Mark Zuckerberg, que, segundo o jornal Financial Times, poderá ter um poder de voto de 10 para 1. Empresa criada em 2004 apenas para estudantes de Harvard estava sendo pressionada para abrir o capital desde 2010 e Zuckerberg vem adiando operação desde então. 

As ações serão vendidas sob o símbolo 'FB' e empresa ainda não divulgou quantas serão emitidas. O principal coodenador do IPO será o banco Morgan Stanley, mas outras instituições trabalham na operação, como JP Morgan Goldman Sachs, Merril Lynch e Barclays.