19 de fevereiro de 2012

Conheça os vilões do bolso e os drible no carnaval

Excesso de alegria, somado à bebida e à sensação de que tudo acabará na terça-feira, podem resultar em prejuízo para o resto do ano; saiba se prevenir e nos conte sua história.

Nada contra rasgar a fantasia. O problema é quando o folião exagera na dose da euforia e gasta além da conta. “As pessoas devem respeitar seu padrão de vida para curtir a festa sem provocar prejuízos”, diz o educador financeiro Reinado Domingos. “É importante ter noção de quanto se vai gastar e se as despesas estão dentro dos seus limites, para evitar ficar com uma herança maldita da festa.” 

Para quem gosta de pular carnaval, a tentação de abrir o cofre para ter um feriado inesquecível é enorme. Mas lembre-se que a festa dura apenas quatro dias e que não é nada agradável passar o resto do ano pagando a fatura do cartão de crédito com os gastos excessivos feitos no auge da alegria. “Escolha um local de acordo com suas condições financeiras. Não adianta querer esbanjar em um evento fora de sua realidade”, diz Domingos. 

O professor de finanças Ricardo Rocha, da Fundação Vanzolini, diz que existem estudos que comprovam que pessoas alegres e otimistas costumam se preocupar menos em poupar. “É importante que a pessoa não se deixe contaminar pela euforia da festa”, diz Rocha. 

Por isso, dizem os especialistas, é melhor separar determinada quantia para a folia e manter-se no orçamento, para não cair em tentação. Deixe os cartões de crédito e o talão de cheques a salvo. “O sujeito pode se empolgar e decidir pagar tudo para os amigos no cartão de crédito. Vai ser uma conta indigesta”, diz Rocha. 

Também é preciso estar preparado para eventuais emergências – seja um gasto médico, um retorno de última hora para casa ou o prejuízo provocado por qualquer tipo de acidente. A recomendação dos especialistas em finanças é deixar 20% do orçamento destinado para o carnaval reservado para cobrir esse tipo de despesa, assim o susto com o desembolso não programado fica menor. 

Para evitar prejuízos, carregue apenas o absolutamente essencial. Evite levar bolsas, mochilas, carteiras volumosas e outros pertences de valor para os locais de aglomeração pública. O risco é duplo: o folião pode se esquecer dos objetos ou ser roubado ou furtado na empolgação da folia. O Serviço Central de Proteção ao Crédito de São Paulo (SCPC) registra uma elevação de 15% nos registros de documentos extraviados após o carnaval.

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