18 de fevereiro de 2012

Margem recorde do Pão de Açúcar anima investidores e ações sobem

Varejista registrou uma margem operacional histórica de 9% na divisão de alimentos, que a coloca entre as mais eficientes do mundo.

A margem de lucro operacional recorde obtida pelo Grupo Pão de Açúcar em sua divisão de alimentos, negócio que responde por metade das vendas da varejista, agradou investidores. As ações da companhia, controlada pelo empresário Abilio Diniz e pela rede francesa Casino, lideraram as maiores altas do índice Ibovespa na sexta-feira, com uma valorização de 5,6%. 

No quarto trimestre, os supermercados e hipermercados do grupo registraram o melhor desempenho operacional desde que a companhia abriu o capital, em 1995, com índices de rentabilidade invejáveis para seus pares na América Latina e até mesmo no mundo. 

Os gestores do Grupo Pão de Açúcar acertaram em várias frentes: nas negociações com os fornecedores, no mix de produtos, nos formatos dos supermercados, que foram convertidos para a bandeira Extra Super, e nas campanhas de marketing, como a Black Friday, tradicional megaliquidação americana que foi realizada pela primeira vez no Brasil pelo Extra, no fim de novembro. 

No quarto trimestre, a geração de caixa da divisão alimentar do Grupo Pão de Açúcar foi de R$ 650 milhões quando medida pelo Ebitda (lucro operacional antes de consideradas as depesas com o pagamento de juros e impostos, depreciação de ativos e amortização). O valor foi 23,5% superior ao Ebitda obtido em igual trimestre de 2010 e representou uma margem recorde de 9% sobre as vendas líquidas, que totalizaram R$ 7,2 bilhões no período. 

A divisão de alimentos da companhia inclui os supermercados e hipermercados (Pão de Açúcar e Extra), bem como as lojas de atacado (Assai). Ficam de fora a Casas Bahia e o Ponto Frio, também controlados pelo grupo. 

A margem Ebtida de 9% coloca o Grupo Pão de Açúcar entre as varejistas de alimentos mais eficientes do mundo. “E é preciso levar em conta que a nossa participação de mercado no Brasil é de apenas 10%, bem inferior à participação de mercado do Walmart no México, por exemplo, onde o grupo controla 65% do mercado”, afirmou Bethlem. 

Se excluídas as lojas do Assaí, a margem Ebtida obtida pelos supermercados e hipermercados da companhia atingiu a marca de 9,7%, o que representou um avanço de 0,8 ponto percentual sobre o quatro trimestre de 2010. 

Segundo Hugo Bethlem, a sazonalidade do quarto trimestre, quando as vendas de Natal aquecem todo o consumo, contribuiu para a margem recorde . Mas é possível, segundo ele, que as margens de lucro sejam mantidas ao longo do ano em patamares entre 8% e 9%, refletindo os ganhos de efeiciência.

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