28 de fevereiro de 2012

Parlamento alemão aprova por grande maioria resgate à Grécia

Impulsionado por Merkel, legislativo aprovou contribuição alemã de 36 bilhões de euros a acordo de resgate da dívida grega.

O Parlamento alemão (Bundestag) aprovou nesta segunda-feira o segundo resgate à Grécia por folgada maioria, após debate no qual a chanceler Angela Merkel advertiu que o pacote de ajuda pode não ser a solução definitiva. Por 496 votos a favor, 90 contrários e cinco abstenções, o legislativo autorizou a contribuição alemã nesse novo pacote de ajuda - 36 bilhões de euros, do total de 130 bilhões de euros. 

A proposta obteve apoio tanto na maioria dos deputados da coalizão governamental - integrada pela União Democrata-Cristã (CDU) de Merkel, a União Social-Cristã da Baviera (CSU) e o Partido Liberal (FDP) -, quanto dos opositores social-democratas e verdes. Antes da votação, Merkel defendeu o segundo pacote à Grécia com o argumento de que as "oportunidades" que este abre para superar a crise superam os "riscos" de ajuda, mas ela reconheceu que essa pode não ser a solução definitiva.

"Ninguém pode dar uma garantia de êxito 100%", afirmou Merkel, que falou em longo caminho e "não isento de perigos" para a estabilização da economia helena. "A solidez, o crescimento e a solidariedade são as bases deste novo pacote de resgate", afirmou a chanceler, quem lembrou o compromisso da Grécia de reduzir sua dívida pública até 120% do Produto Interno Bruto (PIB) para 2020. 

Da solução da crise depende não só Grécia, argumentou Merkel, mas a Alemanha e sua economia, assim como os outros países resgatados - Irlanda e Portugal -, além dos outros com problemas - e citou à Itália e Espanha - e o conjunto da União Europeia (UE). Merkel anunciou que a Alemanha vai "acelerar" suas contribuições ao mecanismo europeu de estabilização (MEDE), para que sua contribuição financeira de 22 bilhões de euros esteja disponível em dois anos (até 2013) e não em cinco, como previsto.

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