30 de abril de 2013

Dilma evita se comprometer com etanol mais barato após desoneração


As medidas anunciadas pelo governo para estimular o setor sucroalcooleiro pretendem "reforçar o etanol" e não há compromisso de redução imediata no preço do combustível para o consumidor, informa a presidente Dilma Rousseff.


"Não creio que seja uma decisão que eu possa tomar aqui. Eu chego e digo aqui para vocês: 'Olha, o preço vai ser assim ou assado'. Tem de ver como está o mercado. Eu não tenho como adiantar para vocês", afirmou a presidente, em entrevista no Planalto, no dia 23 de abril ao ser questionada se o preço do etanol cairia com as medidas.


Dilma citou que o governo vai aumentar o porcentual de mistura de álcool anidro à gasolina, de 20% para 25%, lembrando que isso é possível porque a produção de etanol aumentou. "Esse é um mecanismo muito tranquilo de regulação. Quando aumenta a produção, você consome mais."Esse é um mecanismo muito tranquilo de regulação. Quando aumenta a produção, você consome mais."
Dilma: "Esse é um mecanismo tranquilo de regulação. Quando aumenta a produção, você consome mais".

De acordo com a presidente, o que importa é o consumidor ter a opção de encher o tanque do seu carro com gasolina ou etanol. Diante da insistência dos jornalistas se haveria redução de preço na bomba, a presidente respondeu: "Às vezes, o preço compensa e às vezes não compensa. O fato de ser flexível é que justifica, hoje, nós termos dado um passo na direção da estabilidade desse setor".

Dilma mencionou ainda que, nos anos 1980, se usava mais o carro a álcool e hoje, prosseguiu, através de uma tecnologia, que é o uso do carro flex fuel, a pessoa escolhe o que quer e pode botar no seu veículo o que quiser de cada um dos combustíveis.

"É isso que faz a diferença. Por isso que o Brasil tem hoje a possibilidade de ter, e eu acredito que teremos cada vez mais, um setor de etanol que vai ter dupla função: produzir para o mercado doméstico, mas tem todas as condições também de exportar."

Ao defender o etanol, a presidente falou da produtividade da nossa agricultura. "Quando se trata de cana-de-açúcar que vai virar etanol, ela é extremamente elevada se comparada com outras fontes. E também as nossas usinas, nós temos usinas modernas que são extremamente eficientes. Então, esse setor é um setor que veio para ficar e que nós sempre temos de, volta e meia, revisitar para ver o que pode ser feito para dar suporte para os nossos produtores."

29 de abril de 2013

Setor de seguros fatura R$ 93,4 bilhões e cresce 14% em 2012

O mercado de seguros brasileiro encerrou o ano passado com faturamento de R$ 93,4 bilhões, cifra 14,2% superior à de 2011, segundo dados compilados pelo Sindicato dos Corretores de Seguros no Estado de São Paulo (Sincor-SP).

Os números não consideram os planos de previdência na modalidade VGBL (para quem declara Imposto de Renda no formato simplificado), mas levam em conta os prêmios de seguro saúde.


"Historicamente, o setor de seguros vem mantendo taxas de crescimento anuais em torno dos 15%", afirmou o responsável pelo levantamento, o economista Francisco Galiza em nota, destacando que o setor não foi afetado pelo baixo crescimento econômico no ano passado.

O segmento de seguro automóvel foi um dos destaques em 2012 ao crescer 16% ante expansão de 6% vista em 2011. Isso garantiu às seguradoras que atuam em automóvel um faturamento de R$ 24,8 bilhões, sem considerar o seguro obrigatório, o chamado DPVAT.

A liderança no seguro de automóveis permaneceu nas mãos da Porto Seguro, que detém participação de 26% do mercado, correspondente a R$ 6,4 bilhões de faturamento em 2012. Já no ramo de Pessoas (sem VGBL), o faturamento foi de R$ 21,9 bilhões em 2012, aumento de 14% em relação ao ano anterior.

No segmento Patrimonial, o faturamento total em 2012 foi de R$ 9,9 bilhões, 7% superior a 2011. No setor de saúde suplementar as seguradoras faturaram R$ 20 bilhões no ano passado, aumento de 19% ante 2011.

Ranking

Conforme dados do Sincor-SP a Bradesco Seguros seguiu na liderança do setor com participação de 20,2% do total. Em seguida, vieram BBMapfre, com 12,7%, SulAmérica, cuja fatia ficou em 12,2%, Porto Seguro (10,52%) e Itaú Unibanco (7,47%).

28 de abril de 2013

Imposto de Renda: indenização deve ser informada à Receita

Isenção do Imposto de Renda não desobriga que o contribuinte informe o rendimento ao Fisco.

Embora seja isento de tributos, o dinheiro recebido de indenizações – seja o prêmio de seguros ou de ações judiciais – deve ser informado à Receita na declaração de ajuste anual do Imposto de Renda .

A gestora da Árbor Contábil e parceira da Investmania, Meire Poza, discorda de afirmações como a do diretor-presidente da Seguradora Líder DPVAT, administradora desta modalidade de seguro no Brasil, de que o valor recebido, por ser uma verba indenizatória, não precisa ser declarado.

O pagamento do DPVAT, o seguro do trânsito, é de R$ 13.500 em caso de morte ou invalidez permanente e de R$ 2.700 para cobrir despesas médicas ou hospitalares decorrentes de um acidente.


“Considerando que a declaração do IR nada mais é do que um demonstrativo do que ganhamos e fizemos com este dinheiro durante o ano, qualquer valor deixado de fora pode dar diferença em algum momento e indicar que o contribuinte faltou com a verdade”, explica a especialista.

Vagner Jaime Rodrigues , especializado em finanças pela FAAP e mestre pela FECAP, compartilha da opinião e acrescenta que os valores das indenizações devem ser declarados na linha 24 (Outros) da ficha “Rendimentos Isentos e Não Tributáveis”, especificando o valor do rendimento recebido e sua origem.

27 de abril de 2013

Reajustes na gasolina e no diesel não foram pouco, diz presidente da Petrobras

                                  Graça: 'Precisamos do poder de consumo de vocês'.

A presidente da Petrobras, Graça Foster, considerou que os reajustes acumulados de 21,9% no preço do diesel e de 14,9% no da gasolina, nos últimos dez meses, não foram pouco. A executiva admitiu ainda que as altas nos preços dos combustíveis pressionam a inflação e podem impactar na demanda.

"Não podemos considerar [a possibilidade de] a inflação destruir o poder de consumo de vocês. Precisamos do poder de consumo de vocês", disse Graça Foster, em palestra na Fundação Getúlio Vargas (FGV), em São Paulo, no dia 20 de abril.

Ao ser questionada, sobre a interferência do governo, maior acionista da companhia, nos preços dos combustíveis como forma de controle da alta da inflação, a presidente da Petrobras lembrou de debates sobre as altas nos preços do combustível no conselho de administração da companhia, citou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, presidente do órgão, e arrematou: "Não considero que o governo faça qualquer mal a Petrobras".

Graça voltou a afirmar que a refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, saiu da carteira de desinvestimento da Petrobras, que a planta será "revitalizada do ponto de vista comercial" e que "não faremos investimentos na produção" na unidade.

Ao sair do evento, a executiva não quis detalhar quais os planos operacionais para a refinaria. Ainda sobre Pasadena, a presidente da Petrobras admitiu que o negócio, feito entre 2005 e 2006, hoje não seria um bom ativo se os padrões do acordo fossem iguais.

"Compramos Pasadena, antes da grande crise, quando a margem de refino chegou a bater US$ 25 dólares o barril e hoje não é mais que US$ 8 e US$ 9. Naquele momento foi um bom negócio e hoje, quando olhamos para trás, dizemos que não, porque tivemos a grande quebra na economia mundial em 2008".

Como tem feito eventualmente quando indagada sobre etanol, a presidente da Petrobras elogiou o combustível de cana de açúcar e lembrou que as novas refinarias da estatal terão a capacidade de produção voltada para o diesel em detrimento da gasolina. "Por isso eu gosto muito mais de etanol do que de gasolina", disse Graça.

Ela avaliou ainda que o retorno da mistura de etanol anidro à gasolina de 20% para 25%, em 1º de maio, marcará a revitalização do setor, do qual a estatal participa com a Petrobras Biocombustível. "Temos certeza que a volta do etanol será gloriosa e que os usineiros ficarão felizes com a volta aos 25%. O etanol tem tudo a ver com o Brasil", concluiu.

26 de abril de 2013

Apenas 11% dos usuários estão insatisfeitos com telefonia fixa, diz Anatel


Enquanto os serviços de telefonia e internet móvel estão entres os líderes de reclamações por parte dos usuários, o uso de internet e telefone fixo no País tem deixado apenas uma minoria da população insatisfeita.


Isso é o que aponta os primeiros resultados da Pesquisa Nacional de Satisfação dos Usuários dos Serviços de Telecomunicações, divulgados no dia 19 de abril pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

A pesquisa foi feita com base em quase 200 mil entrevistas em todos os Estados brasileiros nos dois últimos anos. No dia 19 de abril, o órgão regulador apresentou os dados de satisfação em relação à telefonia e internet fixas. Os resultados de satisfação com os serviços móveis e sobre TV por assinatura serão divulgados na próxima semana.
A pesquisa mostrou que 43,5% dos entrevistados estão satisfeitos com o serviço residencial de telefonia fixa.

Na média de todas as variáveis pesquisadas —atendimento, tarifas e preços, qualidade das ligações ou da velocidade de internet, serviços de manutenção, informações, conta e outros serviços—, o índice geral de satisfação com os serviços fixos residenciais foi de 58,9%. "Não se trata de uma avaliação da qualidade da rede, mas é uma visão da percepção do usuário", afirmou o Superintendente de Serviços Públicos, Roberto Pinto Martins.

A pesquisa mostrou que 43,5% dos entrevistados estão satisfeitos com o serviço residencial de telefonia fixa e 2,9% estão totalmente satisfeitos. Uma fatia considerável de 40,7% se mostrou indiferente à qualidade do serviço fixo e apenas 11% disseram estar insatisfeitos. O outro 1,8% considerou estar totalmente insatisfeito.

Já em relação à banda larga fixa residencial, 32,5% dos entrevistados disseram estar satisfeitos com o serviço e 19,8% afirmaram ter satisfação plena com a internet fixa. A quantidade de insatisfeitos ficou em 14% e a total insatisfação atingiu 7,9% dos usuários que responderam aos questionários. Restaram ainda 25,9% de entrevistados indiferentes à qualidade da banda larga fixa.

25 de abril de 2013

Lei norueguesa estimula presença feminina em diretorias


Quando Anne-Sofie Risasen começou a trabalhar na empresa de tecnologia norueguesa Evry, no ano passado, ela já contava com um currículo impressionante. Formada em ciências da computação e dominando diversos idiomas, Risasen trabalhou durante anos na consultoria francesa Capgemini antes de assumir uma posição sênior na Microsoft daqui, onde administrou mais de 150 funcionários de toda a Noruega.

Porém, Risasen desejava aumentar sua capacitação.

Assim, em setembro passado, Risasen, 43 anos, se matriculou num centro de treinamento para executivos. Nos últimos sete meses, ela teve aulas de liderança na escola de negócios local, participou de eventos para formação de contatos e fez uma bateria de testes de aptidão para medir os pontos fortes e fracos.
Tove Selnes, à esquerda, executiva vice-presidente da Opera Software, e uma participante do Female Future.

"Para mim, foi uma decisão tática", disse Risasen na sede da Evry, num estacionamento coberto de neve situado nos arredores da capital norueguesa. "O principal motivo para participar foi integrar a diretoria."

Fundado em 2003, o centro de treinamento, Female Future, tem como objetivo treinar a próxima geração de diretoras do país.

O programa de 16 dias, ao longo de mais de dez meses, é parte escola de negócios e parte orientação de carreira. Nas oficinas com duração de um dia inteiro, as mulheres participam de cursos rápidos sobre virar diretora, incluindo treinamento em governança e liderança corporativas. Treinadores externos também tentam estimular a confiança convencendo as mulheres a contar histórias de suas carreiras, para perceberem as semelhanças de suas experiências.

Desde a fundação, o programa Female Future ajudou quase dois terços das 1.300 participantes a assegurar posições na alta administração ou na diretoria. Em dezembro, Risasen foi promovida e passou a comandar a unidade de setor público da Evry, supervisionando 500 empregados. Ela também espera que o treinamento a prepare para ingressar nas diretorias das subsidiárias da companhia quando terminar o curso, em junho.

"Agora, a alta administração da Evry sabe que tenho essa capacitação", ela disse.

O programa desempenha um papel central nas iniciativas voltadas à diversidade do país.

Em 2003, os políticos noruegueses aprovaram uma lei exigindo que 40 por cento das diretorias das empresas de capital aberto fossem compostos por mulheres. A Noruega tem um dos níveis mais elevados do mundo de participação feminina em diretorias, somando aproximadamente 36 por cento das empresas estatais e de capital aberto. Em comparação, esse número é de apenas 14 por cento nas maiores companhias dos Estados Unidos, segundo o instituto de pesquisa GMI Ratings.

"Para mudar os hábitos das pessoas, é necessário fazer algo radical", disse Tove Selnes, 43 anos, vice-presidente executiva da Opera Software, empresa norueguesa responsável pelo navegador de mesmo nome, que completou o programa da Female Future em 2007 e agora participa de dois conselhos de administração. "Levar mulheres às diretorias é bom para os negócios, acrescentando uma perspectiva diferente a respeito de como as decisões são tomadas."

Agora, o resto da Europa está seguindo o exemplo norueguês. Países como França e Itália aprovaram leis similares para aumentar o número de diretoras. A União Europeia anunciou planos em novembro estabelecendo metas para que todas as empresas de capital aberto negociadas na bolsa façam o mesmo até o fim da década, embora Alemanha e Grã-Bretanha tenham manifestado oposição à lei.

A criação de leis voltadas à diversidade pode ter seus limites.

Se por um lado a lei norueguesa abriu as diretorias para mais mulheres, por outro, a Noruega ainda está atrás de outros países ocidentais na promoção de mulheres a cargos na alta administração. As mulheres ocupam cerca de 20 por cento dos principais postos corporativos no país, em comparação com 31 por cento na Alemanha, segundo pesquisa da empresa de contabilidade Grant Thornton.

Os pesquisadores também questionaram se acrescentar mulheres aos conselhos de administração leva a um melhor desempenho financeiro. Outros manifestaram a preocupação de que um pequeno número de norueguesas – apelidadas de forma jocosa de "saias douradas" porque agora ganham a vida unicamente da participação em diretorias – abocanhou a maioria dos novos lugares nos conselhos, zerando as chances de muitas mulheres qualificadas encontrarem cargos de diretoras.

"As saias douradas substituíram a rede de contatos do 'clube do Bolinha'", disse Morten Huse, professor da BI Norwegian Business School, em Oslo. Ainda segundo ele, o número de mulheres ocupando postos em mais de três diretorias é o triplo do número de homens.

O programa Female Future conta com um apoiador improvável.

Quando a lei foi proposta, a Confederação das Empresas Norueguesas era um dos principais opositores à lei de cotas. O grupo fez lobby contra a proposta, argumentando que as empresas – e não o governo – têm o direito de escolher seus diretores.

A Confederação ainda se opõe à lei, mas reconhece que a iniciativa aumentou o número de diretoras.

O grupo pede para os membros corporativos indicarem candidatas para o Female Future com potencial de liderança. O curso atrai profissionais de empresas públicas e privadas, principalmente de Oslo. A Confederação paga 60 por cento dos US$ 8.500 de cada mulher matriculada. As empresas participantes e o governo norueguês bancam o resto dos custos.

"Nós não acreditamos no sistema de cotas, mas queremos ajudar mulheres qualificadas a encontrar funções nas diretorias", disse Kristina Jullum Hagen, consultora de igualdade e diversidade da Confederação das Empresas Norueguesas, que comanda o Female Future e participa do programa atual.

Como parte do centro de treinamento para a diretoria deste ano, Risasen, da Evry, e outras 25 participantes se reúnem regularmente para compartilhar histórias cotidianas ligadas ao trabalho. Os assuntos variam desde como formar uma rede de contatos comerciais adequada até a melhor forma de pedir uma promoção. No fim do curso, as participantes precisam ser aprovadas num exame com três dias de duração no papel de diretoras de governança corporativa.

Apesar da carreira bem-sucedida em recursos humanos, Selnes, da Opera Software, não possuía um grande número de contatos na comunidade de negócios norueguesa. Após terminar o curso, Selnes consultou alunas do Female Future em busca de possíveis candidatas para cargos em sua empresa e terminou no conselho de administração da filial de Oslo da Confederação das Empresas Norueguesas.

"A questão não é a amizade, mas a rede de contatos", disse Selnes, acrescentando que ainda se encontra com frequência com as colegas do Female Future.

O programa também incentivou ambições antes desconhecidas.

Quando Torhild Barlaup ingressou no Female Future, em 2008, não pensava ter a capacidade para ser diretora. Embora fosse gerente graduada numa importadora de veículos norueguesa, Barlaup, 44 anos, disse não ter a confiança para falar com os superiores a respeito de tais oportunidades.

Logo após terminar o curso, ela disse aos gerentes que estava pronta para assumir uma posição na diretoria. Embora a princípio os chefes tenham ficado surpresos, eles rapidamente encontraram papéis para ela em subsidiárias que enfrentavam problemas similares aos que Barlaup administrara em sua divisão.

"Antes, eu nunca teria feito aquele pedido", contou Barlaup, agora a principal executiva da divisão norueguesa da Meca, fabricante de autopeças escandinava. "O programa criou em mim um interesse que eu não sabia que tinha."

24 de abril de 2013

Gastos das empresas brasileiras com TI triplicaram em 18 anos, diz FGV

             Previsão é que os gastos cheguem a 8% do faturamento em até cinco anos.

Em 2012, as empresas brasileiras gastaram 7,2% de suas receitas com tecnologia da informação, segundo levantamento anual feito pelo Centro de Tecnologia Aplicada da Escola de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas (FGV). O percentual representa que o investimento em TI triplicou em 18 anos. A previsão do estudo é que os gastos cheguem a 8% do faturamento em até cinco anos, de acordo com o professor Fernando Meirelles, responsável pela pesquisa.

O percentual é bem parecido ao apontado em 2011: 7%, mas “a tendência é de aumento anual”, diz o professor. A pesquisa, que teve como base em 2,2 mil entrevistas dentro de 5 mil empresas, também aponta que o custo anual por usuário é de R$ 24,2 mil.

Neste cenário, a Microsoft continua dominando as estações de trabalho das empresas com Windows, Office, Explorer, com mais de 90% do uso. Quando o assunto é navegador de internet, “Safari, da Apple, e Chrome, do Google, ainda não chegam nas empresa”, afirma Meirelles.

Na área de software de gestão (ERP), Totvs, SAP e Oracle têm, juntas, 81% do mercado. A Totvs é líder entre as companhias de menor porte (até 16 teclados), com 52% de participação. Por outro lado, a alemã SAP lidera o uso em grandes companhias (acima de 600 teclados), com 51% do mercado. No total, a brasileira Totvs caiu perdeu participação e passou de 38% para 37%.

Inteligência analítica

Pela primeira vez, a pesquisa englobou também o crescente mercado brasileiro de inteligência analítica, que engloba sistemas de apoio à decisão, como CRM (software para gerenciamento de relacionamento com clientes). De acordo com o estudo, quem lidera este mercado é a SAP, seguida pela Oracle, Totvs, Microsoft e IBM. “Nesta área, a IBM sofre por não ter um software de gestão, já que muitas empresas utilizam os módulos deste sistema para inteligência analítica”, afirma.

Segundo a FGV, continua chamando a atenção a maturidade do processo de informatização e a estabilidade dos principais indicadores. Neste cenário, a previsão é ter, em três anos, um computador por habitante no Brasil.

23 de abril de 2013

Com sócio francês, vendas de marcas próprias disparam no Pão de Açúcar

Nos últimos anos, a venda de marcas próprias do Pão de Açúcar – como Taeq, Qualitá, Club des Sommeliers e Casino – registraram alta anual na casa dos dois dígitos. Desde 2007, quando tiveram início, as vendas de produtos Casino (sócio francês que se tornou controlador da rede no ano passado) cresceram entre 30% e 40% a cada ano. A receita com as outras marcas citadas, embora menos, também subiram – entre 15% e 18% anualmente. Hoje, a venda de itens do tipo responde por cerca de 8% do total do grupo, que não divulga os números exatos.
Consumidora em bancada da Casino: vendas cresceram mais de 30% ao ano desde 2007.

Esse percentual de importância no faturamento tem se mantido constante nas grandes varejistas nos últimos anos – nas redes menores, fica em torno de 5%. Mas o faturamento total das marcas próprias no País subiu, saltando de R$ 1,34 bilhão em 2006 para R$ 2,87 bilhões em 2012. 

Embora o Pão de Açúcar afirme que isso estava nos planos e não tem a ver com a mudança no controle, a invasão dos docinhos e geleias Casino dá um ar bastante francês aos negócios. Marcas próprias são tradicionais na Europa. Têm participação expressiva em mercados como Suíça (45%), Reino Unido (42%) e Espanha (39%), segundo dados da Nielsen.

No total, as marcas próprias significam 39% do volume de vendas e 32,8% em valor no mercado europeu. Os primeiros produtos Casino foram criados em 1901 – e olha que nem foram os primeiros do continente, surgidos na Inglaterra. Na França, onde as marcas próprias respondem por 28% das vendas das redes, a gama de mercadorias Casino inclui 20 "submarcas" e mais de 12 mil itens, que vão de cadeiras para relaxar a cartuchos de impressora.


"Por saber do potencial que isso tem na Europa, o Casino enxerga uma chance de crescimento de marcas próprias aqui no Pão de Açúcar no médio prazo", diz Eduardo Finelli, gerente de marketing de marcas próprias da rede brasileira, que passou dois anos na França trabalhando com o Casino. 

As marcas próprias, que têm uma imagem de "baixo preço" no Brasil, mas proporcionam margens maiores de lucro para as varejistas, ganharam novos consumidores nos últimos anos. Em 2006, 33% dos lares haviam comprado produtos do tipo, segundo a Nielsen. Em 2011, o número saltou para 65%, e deve passar de 70% no dado ainda não divulgado de 2012. Entre fevereiro de 2010 e janeiro de 2011, nada menos que 5 milhões de domicílios brasileiros compraram marcas próprias pela primeira vez. "O grande desafio é fidelizá-los", explica Finelli.


A Qualitá é a maior marca própria no Pão de Açúcar em volume de vendas. Está no TOP 3 da Nielsen entre as marcas de maior faturamento do País – a consultoria só divulga o ranking para clientes. Tem desde alimentos a produtos de higiene, com apelo "qualidade e economia" – não é posicionada como marca premium. A Taeq, que possui uma linha de 600 produtos, é a marca "saudável" da varejista. Já o Casino é vendido como "produto importado", "gourmet", e o Club des Sommeliers é uma linha de vinhos da varejista francesa que o Pão de Açúcar passou a vender no Brasil.

Esse rol tende a aumentar. O Pão de Açúcar planeja lançar uma marca própria de cosméticos, provavelmente em 2014. "São necessários muitos estudos, porque é um segmento no qual o consumidor dá muita importância para a credibilidade da marca", diz Finelli.


Além disso, é possível que logo esses produtos façam o caminho inverso, ou seja, saiam do Brasil para serem vendidas pelo Casino na França. "Vamos para lá em maio e levaremos ideias de produtos brasileiro. É um sonho ainda, mas digamos que a gente está a meio caminho de torná-lo realidade", afirma Finelli. "No médio prazo, as marcas próprias são consideradas pelo Pão de Açúcar como um dos grandes pilares estratégicos do grupo, até porque o Casino sabe do potencial delas", conclui.

22 de abril de 2013

Governo propõe salário mínimo de R$ 719 em 2014

O salário mínimo deverá passar para R$ 719,48 no próximo ano. O valor consta no Projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2014, enviado no dia 15 de abril pelo Executivo ao Congresso Nacional. Pela proposta, o mínimo terá reajuste de 6,12% no ano que vem.

O projeto também prevê crescimento de 4,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2014 e inflação oficial também de 4,5% pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Apesar da perspectiva de que o Banco Central volte a reajustar os juros básicos da economia na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o documento indica manutenção da taxa Selic em 7,25% ao ano pelos próximos três anos, até o fim de 2016.

O projeto também fixou em R$ 167,4 bilhões a meta de superávit primário do setor público consolidado no período, que poderá ser abatida em até R$ 67 bilhões, informaram os ministérios da Fazenda e do Planejamento no dia 15 de abril.

21 de abril de 2013

Após forte queda no ano, OGX vale na bolsa 65% do patrimônio da empresa

Plataforma da OGX na Bacia de Campos: ações caíram 86,3 desde a estreia na bolsa, em 2008.

As ações da OGX acumulam queda de 64,6% desde o início do ano, o que faz a petrolífera de Eike Batista ter valor de mercado igual a 65% de seu patrimônio líquido. O Ibovespa, índice de referência da bolsa paulistana, caiu 9,8% no período. O levantamento foi feito por Einar Rivero, da consultoria Economatica. 

Na atual cotação dos papéis, que fecharam a semana passada valendo R$ 1,55, a OGX estaria avaliada em R$ 5,01 bilhões – no último pregão de 2012, valia R$ 14,1 bilhões. Ao mesmo tempo, o patrimônio da companhia, de acordo com o último balanço divulgado, é de R$ 7,69 bilhões.

“O mercado trabalha com previsão de cenários, não olha para o que a empresa vale agora, mas para o quanto deverá valer no futuro, para precificar a ação”, explicam Bruno Piagentini e Marco Aurélio Barbosa, analistas do setor de óleo e gás na corretora Coinvalores.


A OGX lançou ações na BM&F Bovespa antes mesmo de ser uma companhia operacional, ou seja, de extrair e vender petróleo. Eike Batista divulgava, então, previsões sobre qual seria a produção dos próximos anos – e o mercado levava em conta esses dados para avaliar o preço dos papéis.

No segundo trimestre do ano passado, a petrolífera passou a produzir petróleo, mas os dados desapontaram os analistas. A receita total da empresa em 2012 foi de R$ 325 milhões, considerada pequena para o setor, fazendo a OGX fechar o ano com prejuízo de R$ 1,17 bilhão.

A companhia estreou na bolsa em 12 de junho de 2008, na maior oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) brasileira até aquele momento, e captou R$ 6,7 bilhões com a emissão. Desde então, os papéis da empresa já caíram 86,3%.

Além do resultado fraco, recentes notícias sobre o endividamento elevado da companhia lançaram dúvidas sobre a capacidade de Eike Batista manter os planos de investimento que viabilizariam uma extração mais robusta no futuro. Em dezembro de 2011, a dívida bruta da empresa era igual a 53,8% de seu patrimônio, relação que saltou para 104% um ano depois.

“A OGX atua num setor capital intensivo, ou seja, que requer muito dinheiro para operar. Ela precisa ter escala na produção, para diluir os custos fixos, que são muito grandes – e não tem conseguido entregar os resultados que prometeu na época do IPO”, afirmam os analistas da Coinvalores.


As previsões não parecem ser de melhora no cenário. Na semana passada, o Deutsche Bank publicou um relatório no qual afirma que o preço das ações ainda pode cair pela metade. “Acreditamos que as chances de encontrar valor significativo [ de petróleo ] fora de [ regiões como ] Campos e Parnaíba são escassas. Desta forma, com o aumento da dívida líquida, a tendência é de que a nossa avaliação caia ainda mais”, diz o texto.

“Toda hora sai uma notícia ruim, e o medo do mercado é que o Eike não consiga aguentar o endividamento da companhia, não possa financiar seus projetos de longo prazo”, afirma Pedro Galdi, analista da corretora SLW.

Sobre o endividamento, a empresa afirmou, em comunicado enviado à Bovespa, que “as obrigações financeiras com vencimento em 2013 (...) levam em consideração a posição de caixa atual da companhia, que poderá ser reforçada no curto prazo através de estratégias de capitalização, bem como de desinvestimentos [ vendas ] em ativos fixos, além da realização de importantes parcerias”.

Ajuda da concorrente

Mas boas notícias recentes vieram do governo. A Petrobras sinaliza que deverá usar o Porto de Açu , que pertence ao grupo de Eike, para escoar a produção da região norte do estado do Rio de Janeiro. Na tarde de sexta-feira, Edison Lobão, ministro de Minas e Energia, declarou que daria aval para a eventual “ajuda” da Petrobras.


Foi suficiente para fazer os papéis da OGX encerrarem o pregão com alta de 6,84%, a maior do dia, cotados a R$ 1,55. “O governo tem grande exposição às empresas de Eike, por ter feito diversos empréstimos através do BNDES e financiado vários projetos do empresário”, diz Galdi. Ou seja, uma eventual quebra de Eike seria péssima para os cofres públicos. “Existe um risco sistêmico nisso”, diz.


Os analistas consultados não acreditam que as contas da empresa possam se tornar inviáveis. “Quebrar ela não vai, mas vai ter que mostrar que terá fôlego”, afirma Galdi. “É cedo para falar, mas acreditamos que não vai quebrar, não”, dizem Piagentini e Barbosa. “Mas quem comprar ações da OGX agora, mesmo elas estando ‘baratas’, ainda está comprando um projeto”, afirmam.

A Petrobras, que também acumula queda nas ações após ter divulgado lucros abaixo do esperado, também tem valor de mercado equivalente a 65% do patrimônio líquido da empresa. “Isso tem acontecido com algumas companhias, de diferentes setores, porque no geral o atual momento da bolsa também não ajuda”, dizem Piagentini e Barbosa.

20 de abril de 2013

Porto de Eike Batista no Rio não consegue atrair empresas

      Superporto do Açu, em São João da Barra (RJ): dificuldade em atrair investimentos.

Previsto para ser um empreendimento industrial de porte inédito no Brasil, o Superporto do Açu (município de São João da Barra, no litoral norte do Estado do Rio), passados cinco anos e meio do início da construção, limita-se até agora às obras de um píer e um estaleiro e a canteiros de três empresas em fases diversas de implantação de unidades.

O polo siderúrgico que reuniria no entorno do porto dois gigantes internacionais do setor está ameaçado. A chinesa Wuhan abandonou o projeto. A argentina Ternium esbarrou em obstáculos judiciais relacionados às licenças ambientais e teme os efeitos da crise global na siderurgia. Sua saída do empreendimento, embora ainda não anunciada, é considerada certa tanto pela EBX, holding do grupo controlado pelo empresário Eike Batista, quanto pelo governo do Rio.

O mineroduto de 525 quilômetros de extensão que ligará o Açu às jazidas de ferro da mineradora Anglo American, em Minas Gerais, está longe de terminar. A Anglo e a LLX, empresa de logística do grupo EBX responsável pelo porto, estimam o início das operações para o segundo semestre de 2014, um atraso de dois anos em relação ao planejamento original.

O porto foi projetado para funcionar como um complexo portuário privativo de uso misto, adjacente a um distrito industrial moderno marcado pela presença de algumas das mais importantes empresas do planeta. O desenho do empreendimento inclui dois terminais de embarque e desembarque de cargas variadas, em um trecho do litoral fluminense afastado 150 km dos principais campos petrolíferos da Bacia de Campos.

Haverá, conforme o projeto, 7 km de atracadouros capacitados para receber embarcações de grande tonelagem, como petroleiros e navios empregados no comércio internacional de minério de ferro e aço.

A principal questão a afetar o projeto não é nem o atraso, já que o empreendimento emprega, no momento, cerca de 8 mil profissionais e as obras avançam dia a dia. O píer que entra 3 km mar adentro - um mar violento, o que dificulta o desenvolvimento da obra-, o gigantismo do enrocamento de 2.250 metros de proteção contra as ondas e a construção do megaestaleiro dão a quem visita o Açu a noção de que os serviços estão se desenvolvendo em ritmo acelerado.

Empresários

O problema que parece ser mais grave é a hesitação do empresariado-alvo (grandes indústrias vinculadas aos setores de óleo e gás, mineração, siderurgia, fabricação de componentes pesados e serviços). Afugenta os empresários não só a crise mundial, que atinge com rigor as empresas de Eike. A logística do Açu ainda é bastante complicada.

O porto está sendo construído em uma área abandonada por séculos. Terras ermas que não foram ocupadas por contingentes populacionais numerosos por causa da violência do mar. As cidades mais próximas cresceram no interior. É o caso de Campos, principal município do norte Fluminense, a 40 km do oceano.

A região foi esquecida pelo poder público. Ela é cortada por estradas de chão só há pouco niveladas, faltam rodovias de grande porte, sem falar nas ferrovias que poderiam trazer e levar dali as mercadorias exportadas e importadas. O abastecimento de água encanada inexiste e o de energia só agora começa a chegar nas dimensões apropriadas a um projeto como o do distrito industrial.

Atrapalha a implantação do complexo a questão fundiária, pois as desapropriações demoraram a acontecer, já que os donos da terra (famílias de baixa renda estabelecidas há décadas) não conseguem comprovar a propriedade por meio de documentos. Sem as escrituras, os terrenos não podem ser desapropriados. Grupos políticos locais atuaram, também, para dificultar o progresso nas negociações.

A solução encontrada pelo secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Júlio Bueno, foi a de o governo estadual intermediar a negociação entre posseiros e representantes da EBX. Assim, o dono vende a terra para a empresa, que mais adiante buscará regularizá-la.

Em uma primeira fase, foram mapeadas 151 propriedades rurais, numa área de 23 km². Havia, segundo o governo estadual, apenas 16 famílias residentes, que aderiram integralmente ao programa de reassentamento em vilas erguidas para abrigá-las na mesma região. Dos 151 lotes, 93 foram adquiridos pela EBX.

O plano de se construir no Açu uma grande cidade, projetada pelo escritório do arquiteto brasileiro Jaime Lerner, está muito longe de ser implementado. Idealizada por Eike, a chamada Cidade X tem como objetivo receber, com condições adequadas de moradia e lazer, as cerca de 50 mil pessoas que o empresário calcula que serão atraídas para a região pelo complexo industrial. São João da Barra, a cidade mais próxima, tem cerca de 30 mil habitantes.

19 de abril de 2013

Telefônica diz que 4G chegará mesmo com falta de antenas

O presidente da Telefônica/Vivo, Antonio Carlos Valente, é taxativo ao afirmar que a tecnologia de quarta geração (4G) das telecomunicações começa a operar no Brasil a partir do próximo dia 30 nas cidades-sede da Copa das Confederações (Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Salvador, Fortaleza e Recife).

Em entrevista ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, ele disse que o início do serviço se dará mesmo com o problema da "falta de antenas". Por enquanto, o executivo não deu sinais de investimento em novas frequências. Na conversa, Valente falou do primeiro ano da integração entre as operações da Telefônica com as da Vivo. A seguir, os principais trechos da entrevista:

Qual nível de serviço 4G o consumidor vai encontrar no Brasil?

A experiência de navegação vai ser muito positiva, pelo aumento da velocidade (em relação ao 3G). Uma rede sem muito tráfego vai contribuir para que essa experiência, num primeiro momento, seja muito bem percebida. Vamos ter dificuldade pelos poucos aparelhos 4G, com preços elevados. Teremos modem para colocar no mercado, mas os smartphones virão aos poucos. O 3G ainda vai ser a solução de acesso à internet móvel do País e, gradativamente, vai ser complementada pela 4G.

Quais são as expectativas para o início do 4G?

Não temos dúvida que o 4G entra em funcionamento no dia 30 de abril, nas cidades da Copa das Confederações. Mas vai começar com essa problemática da falta de antenas. Vamos usar intensamente as antenas já disponíveis e na frequência de 2,5 Giga-hertz (GHz) que, por característica, é deficiente em ambientes indoor (interiores).

Como estão as negociações para instalação dos serviços de telecomunicações nos estádios da Copa do Mundo?

Foram praticamente finalizadas, mas as obras ainda não iniciaram. Os estádios, agora, estão sendo colocados à disposição das empresas. O que posso dizer é que vai ser um desafio, pelos prazos. E temos de colocar, em estádios praticamente novos, como o Maracanã, as redes 2G, 3G e 4G. Há o problema do entorno dos estádios, por onde chega a fibra, a colocação dos equipamentos nas salas internas e a instalação das antenas no alto dos estádios.

A empresa já faz cálculos sobre os custos para aquisição de novas licenças de 4G no leilão da frequência de 700 MHz previsto para o início de 2014?

Nossa realidade é criar uma rede de 4G em 2,5 GHz. E é nisso que vamos trabalhar agora. Nesse momento, não podemos perder o foco. Temos obrigações e desafios enormes para cumprir. (Primeiro virá) o leilão de 700 (MHz), depois veremos.

Como o senhor avalia a acusação dos EUA de protecionismo do Brasil no 4G?

Todos os países com mercados relevantes procuram criar mecanismos para desenvolver seus parques industriais. Isso não é para proteger o mercado, mas sim para desenvolver.

Qual sua avaliação sobre o cerco à qualidade feito pela Anatel?

Nenhuma empresa gosta de perder clientes, que é um dos maiores custos da operação. Temos o desafio do crescimento explosivo dos dados e isso tem a ver com a essência dos serviços de telecomunicações. Hoje, uma parcela dos dispositivos móveis é vendida no grande varejo. Ou seja, fora do alcance das teles. Muitas vezes, o crescimento do tráfego está alheio à nossa vontade, mas é uma aspiração legitima dos clientes. E isso gera desafios especialmente pela legislação defasada para instalação de antenas. Sem colocar novas antenas é difícil atender a essa demanda de tráfego de dados.

Sem a aprovação da lei federal das antenas e com o estímulo à venda de smartphones pela desoneração de tributos, como atender esse crescimento do serviço de dados?

Em algumas cidades houve avanço (na legislação), como Brasília e Rio de Janeiro. Esperamos que a lei federal seja aprovada nos próximos dias. O governo e a Anatel têm feito críticas às operadoras, mas também reconhecem que muitos dos problemas não podem ser resolvidos pelas teles.

Como está o processo de integração da Telefônica com a Vivo após um ano?

Houve o benefício ao cliente de ter uma marca única. Isso facilita a divulgação de novos serviços e o atendimento. E, pouco a pouco, o cliente vai percebendo. Ainda falta ampliar a integração dos sistemas de informação. Esse processo vai seguir, além da união das culturas.

A queda do negócio de telefonia fixa é inevitável?

Estamos trabalhando na redução do impacto, com a integração dos serviços entre a telefonia fixa, banda larga e móvel. Mas a tendência mundial é de redução do negócio fixo.

A empresa vem "limpando" sua base pré-paga de usuários. Por quê?

Estamos trabalhando para ter uma base saudável, priorizando o cliente pós-pago e de dados (internet). Na base pré-paga, se o cliente não gera tráfego, vamos tirar. Nosso desafio é aumentar o tempo médio de utilização, em meio à queda dos preços. Por isso, focamos em mercados de maior valor.

18 de abril de 2013

Preços dos alimentos sobem 1% pelo mundo, diz FAO

Os preços internacionais dos alimentos subiram 1% em março ante fevereiro, informou a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) no dia 11 de abril. Segundo a entidade, a elevação ocorreu por causa da disparada dos valores de laticínios.
Aumento do preços dos alimentos pelo mundo foi impulsionado principalmente por um crescimento de 11% no valor dos laticínios.

O índice de preços de alimentos da FAO, que mede a variação mensal dos preços globais de uma cesta de commodities alimentícias, marcou 212 pontos em março. O indicador está agora 1,7% menor do que em março do ano passado e quase 11% abaixo do pico atingido em fevereiro de 2011.

Conforme a organização, o aumento do preços dos alimentos pelo mundo foi impulsionado principalmente por um crescimento de 11% no valor dos laticínios, produtos que têm peso de 17% no cálculo do indicador. O índice de preços de laticínios saltou 22 pontos no mês passado, para 225 pontos, devido ao clima seco e quente na Oceania, que levou à queda acentuada da produção de leite e à diminuição do volume de laticínios processados na região.

Os valores de laticínios usados no índice dependem principalmente dos preços de venda externa da Nova Zelândia, maior exportador de laticínios do mundo, que representa cerca de 1/3 do comércio global do setor. Os preços de exportação de laticínios também subiram em outros importantes exportadores, como a União Europeia e os Estados Unidos, mas não na mesma medida, destacou a FAO.

"O aumento excepcional é, em parte, um reflexo da incerteza do mercado, com compradores buscando fontes alternativas de fornecimento", acrescentou a entidade. "Além disso, a produção de leite da Europa ainda não está a pleno vapor depois de um inverno particularmente frio, que atrasou o crescimento das pastagens para alimentar os animais leiteiros."

A FAO disse ainda que a maioria dos outros preços de commodities importantes ficou estável em março. Segundo a organização, o Índice de Preços dos Cereais se manteve inalterado no mês passado, em 244 pontos. Enquanto os preços do milho subiram devido a uma queda na oferta disponível para exportação dos EUA, os valores mais baixos do trigo em virtude de perspectivas de uma safra global volumosa compensaram esses aumentos, disse a FAO. Já os preços internacionais do arroz ficaram estáveis.

17 de abril de 2013

Windows 8 "sai pela culatra" e venda de PCs tem maior queda em quase 20 anos


Os fabricantes de PCs apostavam no Windows 8 , lançado em outubro do ano passado, para reaquecer as vendas de computadores e notebooks. Mas, de acordo com o último relatório trimestral do instituto de pesquisas IDC, a estratégia não deu certo.

Leia também: 

O relatório referente ao primeiro trimestre deste ano mostrou queda de 13,9% no número de unidades produzidas, em relação ao mesmo período de 2012.
 Formatos diferentes de notebooks com Windows 8 não ajudaram a revigorar o mercado.

Segundo o instituto, foram fabricados 33 milhões de computadores e notebooks no primeiro trimestre de 2013, contra 36,7 milhões no mesmo período do ano passado. A queda é a maior desde 1994, quando o IDC começou a monitorar o mercado de PCs.

Maior fabricante de PCs do mundo, a HP teve uma queda de 23,7% em volume de PCs fabricados (11,9 milhões em 2013 contra 15,7 milhões em 2012).

Segunda colocada no ranking de fabricantes, a Lenovo foi a única que se manteve estável. Completando o ranking das cinco maiores fabricantes, Dell, Acer e Asus também tiveram quedas (de 11%, 31% e 9%, respectivamente).

Tablets e smartphones

Segundo o IDC, a popularização de smartphones e tablets é uma das razões da queda da venda de PCs. Smartphones e tablets custam menos do que um PC, são mais práticos de usar e funcionam bem em tarefas mais simples, como navegação na web e em redes sociais.


A queda de preços principalmente dos tablets (nos países desenvolvidos, modelos com boa qualidade começam a surgir com preços na casa de US$ 200) indica que esses produtos devem continuar concorrendo com PCs pelos próximos anos.

Windows 8 "sai pela culatra"

Diferentemente de lançamentos anteriores do Windows, o Windows 8 não foi suficiente para aquecer o mercado de PCs. Pior, parece ter tido o efeito contrário, segundo o IDC. "Podemos dizer, infelizmente, que atualmente está claro que o Windows 8 não só falhou em reaquecer o mercado, mas aparentemente parece tê-lo esfriado ainda mais", diz o analista Bob O´Donnell, do IDC. 

Para O´Donnell, as mudanças radicais de interface prejudicaram as vendas do sistema. "Alguns consumidores apreciam os novos formatos de computadores e o recurso de tela com toque do Windows 8. Mas a mudança radical da interface, a remoção do tradicional botão Start e o custo maior dos produtos, devido às telas com toque, fizeram com que os PCs ficassem menos atraentes em relação a tablets e smartphones. A Microsoft terá que tomar decisões difíceis se quiser ajudar o mercado de PCs a crescer novamente", concluiu o analista.

16 de abril de 2013

Banco Sudameris Brasil é condenado por prática antissindical

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) condenou o Banco Sudameris Brasil a pagar indenização de R$ 500 mil por prática de atos antissindicais.

Segundo o Ministério Público do Trabalho da Paraíba, a condenação é resultado da discriminação do banco contra funcionário que assumiu cargo na diretoria do sindicato.

Para o relator do caso, ministro Walmir Oliveira da Costa, houve prática de atos antissindicais pelo fato de o banco ter determinado o estorno do empréstimo feito pelo empregado junto ao setor de pagamento.

O ministro também ressaltou que o funcionário não pôde alcançar uma posição melhor na agência por pertencer à diretoria sindical, apesar de ter um bom desempenho profissional.

15 de abril de 2013

Ex-detentos abrem empresa e faturam cerca de R$ 1 milhão ao ano


Preso por roubo de carro e uso de entorpecentes, Fernando Figueredo trabalhou durante dois anos dentro do presídio costurando bola para uma ONG – uma atividade profissional comum nas penitenciárias brasileiras. O salário mensal era de R$ 100.

Foi com essa remuneração que sustentou sua mulher e três filhos. Na tentativa de buscar uma renda maior, ele participou de todas as oficinas oferecidas na prisão. Apesar do conhecimento acumulado, Figueiredo teve dificuldades para encontrar um espaço no mercado de trabalho. A solução foi partir para o próprio negócio, que se transformou anos depois em uma cooperativa de reciclagem em Brasília. Hoje Figueiredo fatura cerca de R$ 1 milhão ao ano.
Fernando Figueredo, criador da cooperativa "Sonho de Liberdade", com os móveis produzidos pela sua equipe.

Figueiredo passou seis anos e seis meses preso e conta que se surpreendeu com a dificuldade para conseguir emprego após cumprir a pena, há sete anos. “Não imaginava que o preconceito era tão grande lá fora. Pedia a Deus todos os dias para mudar minha história e não voltar ao crime”, relata Figueredo.

Sem emprego, ele se juntou a dois colegas e montou uma pequena marcenaria para reciclar madeira velha e transformá-la em móveis. Também costurava bola para empresas. Eram esses os primeiros passos da cooperativa “Sonho de Liberdade”.

“Eu e alguns colegas já tínhamos discutido a possibilidade de abrir uma empresa caso o mercado fechasse as portas para a gente. Só tínhamos três caminhos: conseguir emprego, abrir uma empresa ou voltar ao crime. Ficamos com a segunda opção”, explica ele.

Hoje com 80 pessoas – a maioria delas ex-presidiários e detentos em regime semi-aberto –, a cooperativa produz móveis, fabrica bolas e tritura madeira para transformá-la em combustível. Na lista de clientes da empresa, está a multinacional Bunge e grandes empresas de tijolos, destaca Figueredo.

Para começar o negócio não foi necessário um grande aporte. Tudo foi tirado do lixo e comprado com a reserva financeira dos cooperativados da empresa. “A gente pegava a madeira na rua, transformava em móvel e vendia.”

Com o crescimento do negócio, a cooperativa passou a receber aporte de grandes companhias interessadas na reabilitação de detentos e egressos, como o Banco do Brasil, que, no final de 2012, financiou a construção da fábrica a partir de um capital de R$ 70 mil.

“Não damos oportunidade para quem tem currículo bom e está com ficha-limpa. Oferecemos vagas para quem precisa mudar de vida como eu precisei. Não estamos investindo em banco, estamos investindo em vidas”, reforça Figueiredo.

Nova startup 

Conseguir um emprego após ser preso não foi dificuldade para o pequeno empresário Rogimar Rios, 35 anos, dono da startup (jovens empresas do ramo tecnológico) Xlion. No entanto, ser empregado não estava nos planos do empreendedor.
O empresário Rogimar Rios desenhando o layout da sua startup Xlion, de monitoramento de vendas.

Após ficar preso durante dois anos por tentar assaltar um executivo, Rios vendeu temperos com o seu pai na rua, trabalhou como plantonista em eventos imobiliários, vendeu portões elétricos e, por último, atuou em uma empresa de imóveis planejados.

Foram nesses dois anos e meio trabalhando que ele juntou dinheiro para abrir sua primeira loja de móveis, de apenas 270 metros quadrados na capital paulista. Com o sucesso do empreendimento, abriu uma loja maior de móveis planejados, desta vez sob a bandeira de uma rede conhecida.

Em dois anos e meio, o negócio valia R$ 3 milhões, conta Rios. A surpresa, contudo, veio quando o empresário apareceu na mídia contando sua história de superação como empreendedor e ex-presidiário.

“A empresa me chamou e me proibiu de vincular a marca ao meu nome. Não sofri preconceito no mercado de trabalho e me surpreendi ao ter passado por isso no ramo dos negócios”, recorda ele, que fechou a loja no ano passado devido à crise financeira da rede.

Rios não desistiu da ideia de ser dono da própria empresa e se prepara para lançar em agosto próximo a startup X Lion, plataforma social de avaliação de funcionários e monitoramento de vendas. “Durante os anos que tive minhas lojas, descobri que as informações passadas aos clientes eram muito pulverizadas e os gestores nem sempre promoviam os vendedores certos”, explica ele, que afirma já receber propostas de aporte financeiro.

Com a experiência na prisão, o empreendedor afirma ter aprendido não só a observar melhor o ser humano, mas também a ser um empresário melhor. Sua história, afirma, não foi à toa. “Dentro do presídio revesti uma caixa de madeira com isopor para vender sanduíches aos detentos que voltavam do trabalho. Nunca deixei de ganhar dinheiro trabalhando. Não sou um criminoso, apenas cometi um erro.”.

Incubadora de egressos 

Casos como os de Figueredo e Rios, que sofreram preconceito no mercado de trabalho e no ambiente empresarial, não são raros. E para dar apoio educacional e emocional aos que desejam trilhar o caminho do empreendedorismo, o ex-detento Ronaldo Monteiro criou a Incubadora de Empreendimentos para Egressos, em São Gonçalo, no Rio de Janeiro.

Como uma incubadora tradicional, o núcleo capacita ex-detentos que desejam abrir uma empresa e os ajuda a desenvolver um plano de negócio sólido e viável ao mercado.

“Fiz uma pesquisa com detentos aqui do Rio de Janeiro e descobri que conseguir um emprego era a coisa mais importante para eles. Decidi ajudá-los a gerar renda licitamente de outra maneira”, conta ele, que abriu a incubadora há seis anos.

De acordo com o idealizador do projeto, já passaram pela incubadora cerca de 10 mil egressos, sendo que 400 mantiveram a empresa aberta. Além de oficinas, a incubadora também oferece aporte e trabalha com microcrédito para os empreendedores.

Entre os patrocinadores do projeto está a Petrobras, a Fundação Getulio Vargas (FGV) e a Artemisia, de negócios sociais.

“Imagina um ex-detento que nunca frequentou uma faculdade ter aulas com profissionais da FGV? Eles nunca nem imaginavam entrar nessa instituição”, brinca Monteiro, que foi preso por extorsão e seqüestro e cumpriu pena durante 13 anos.


14 de abril de 2013

Abilio Diniz vira presidente do conselho da BRF e descarta deixar Pão de Açúcar

Diniz: agora, empresário lidera conselho do Pão de Açúcar e de uma de suas principais fornecedoras.

O empresário Abilio Diniz acaba de ser eleito presidente do conselho de administração da BRF, empresa resultante da fusão entre Sadia e Perdigão, em reunião de acionistas realizada na tarde do dia 09 de abril. 


Indicado pela gestora de recursos Tarpon e pelo Previ (fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil), ambos acionistas da BRF, Abilio foi eleito com aproximadamente 62,3% do capital votante, sendo que 81,2% do capital esteve presente à assembleia. Houve 6,1% de votos contrários e 12,8% de abstenções.

Abilio também ocupa o cargo de presidente do conselho do Grupo Pão de Açúcar. O eventual acúmulo das duas funções era apontado como incompatível pelo Casino, sócio francês que no ano passado se tornou controlador da varejista.

Para o Casino, "parece incompatível que, ao mesmo tempo, o Sr. Abilio Diniz se torne relevante investidor e membro do Conselho de Administração (e talvez seu Presidente) de um dos maiores fornecedores da CBD [ o Pão de Açúcar ]. (...) A BRF é também é um dos maiores fornecedores (e dominante em alguns casos) dos principais concorrentes de CBD". O texto é parte de um voto do presidente do grupo francês, Jean-Charles Naouri, lido na última reunião do conselho da varejista.

Procurado após a eleição de Abilio na BRF, a assessoria de imprensa do Casino afirma que não haverá uma reação imediata ao apontamento do empresário e que "a posição do grupo francês já foi exposta diversas vezes e continua a mesma", ou seja, favorável à renúncia de Abilio à presidência do conselho do Pão de Açúcar.

O empresário, no entanto, nega haver incompatibilidade entre as duas funções. Na última vez em que se manifestou sobre o assunto, Abilio disse ter direito de permanecer na presidência do conselho de administração do Pão de Açúcar "enquanto tiver saúde" para tal, conforme preveria o acordo de acionistas.

Para Abílio, não existe conflito de interesses na questão. "A eventual eleição de Abilio Diniz pelos acionistas da BRF para o cargo de Presidente do Conselho de Administração da referida companhia, não trará nenhum impacto para o GPA, pois não há qualquer impedimento legal ou ético ao exercício de ambos os cargos", afirma nota enviada recentemente à imprensa.

O analista William Castro Alves, da XP Investimentos, disse que, embora a questão do conflito de interesse não seja infundada, existem casos no mundo corporativo no exterior similares, com uma mesma pessoa presente em conselhos de empresas com relações comerciais.

O analista não espera alterações drásticas na estratégia da BRF, mas ressaltou que Abilio poderá trazer vantagens à empresa no que diz respeito à atuação no varejo.

"Abilio tem um conhecimento indiscutível em varejo, esse é o primeiro ponto que ele acrescenta à empresa. Ele conhece bem o setor, mas particularmente acho limitada a capacidade dele de exercitar grandes mudanças", afirmou.

LEILÃO DE AÇÕES

Abilio tem uma relação difícil com o Casino desde meados de 2011, quando ele tentou unir as operações do Carrefour no Brasil ao Pão de Açúcar. O grupo francês acusou o empresário de tentar minar o acordo de acionistas na Wilkes – holding de controle da varejista brasileira.

Horas antes da assembleia da BRF que apontou Abilio como chairman, o empresário promoveu um leilão para venda de parte das ações preferenciais do Pão de Açúcar de seu portfólio, levantando cerca de R$ 853 milhões.

Na operação feita na Bovespa no fim da manhã, Abilio vendeu, por meio do fundo Santa Rita, quase 8 milhões de ações preferenciais da varejista.

Foi o terceiro leilão de venda de ações do Pão de Açúcar por Abilio, após transações em dezembro de 2012 e janeiro deste ano com as quais o empresário levantou cerca de R$ 150 milhões e R$ 1,5 bilhão, respectivamente.

Com o leilão desta terça-feira, Abilio reduziu sua participação no total de ações preferenciais do Pão de Açúcar de cerca de 20%, antes de dezembro, para pouco mais de 5%.

Além dos papéis preferenciais (sem direito a voto), Abilio tem ações ordinárias da varejista dentro da Wilkes. Considerando o capital social total do Pão de Açúcar, o empresário ainda tem perto de 11% de participação na companhia.

Na bolsa paulista, as ações da BRF caíram 1,44% no dia 09 de abril e terminaram o dia valendo R$ 45,14. O Ibovespa, que reúne as principais ações brasileiras, subiu 1,49%.

Sérgio Rosa, indicado pela Previ (fundo de pensão do Banco do Brasil e um dos principais acionistas da BRF), assume a vice-presidência do conselho da BRF, que ampliou o número de integrantes de dez para 11. O novo conselho, eleito para mandato de dois anos, tomou posse no dia 10 de abril.

No dia 10 de abril, à tarde, Abilio Diniz e José Antonio Fay, presidente da companhia, deram uma entrevista coletiva em São Paulo.