30 de abril de 2013

Dilma evita se comprometer com etanol mais barato após desoneração


As medidas anunciadas pelo governo para estimular o setor sucroalcooleiro pretendem "reforçar o etanol" e não há compromisso de redução imediata no preço do combustível para o consumidor, informa a presidente Dilma Rousseff.


"Não creio que seja uma decisão que eu possa tomar aqui. Eu chego e digo aqui para vocês: 'Olha, o preço vai ser assim ou assado'. Tem de ver como está o mercado. Eu não tenho como adiantar para vocês", afirmou a presidente, em entrevista no Planalto, no dia 23 de abril ao ser questionada se o preço do etanol cairia com as medidas.


Dilma citou que o governo vai aumentar o porcentual de mistura de álcool anidro à gasolina, de 20% para 25%, lembrando que isso é possível porque a produção de etanol aumentou. "Esse é um mecanismo muito tranquilo de regulação. Quando aumenta a produção, você consome mais."Esse é um mecanismo muito tranquilo de regulação. Quando aumenta a produção, você consome mais."
Dilma: "Esse é um mecanismo tranquilo de regulação. Quando aumenta a produção, você consome mais".

De acordo com a presidente, o que importa é o consumidor ter a opção de encher o tanque do seu carro com gasolina ou etanol. Diante da insistência dos jornalistas se haveria redução de preço na bomba, a presidente respondeu: "Às vezes, o preço compensa e às vezes não compensa. O fato de ser flexível é que justifica, hoje, nós termos dado um passo na direção da estabilidade desse setor".

Dilma mencionou ainda que, nos anos 1980, se usava mais o carro a álcool e hoje, prosseguiu, através de uma tecnologia, que é o uso do carro flex fuel, a pessoa escolhe o que quer e pode botar no seu veículo o que quiser de cada um dos combustíveis.

"É isso que faz a diferença. Por isso que o Brasil tem hoje a possibilidade de ter, e eu acredito que teremos cada vez mais, um setor de etanol que vai ter dupla função: produzir para o mercado doméstico, mas tem todas as condições também de exportar."

Ao defender o etanol, a presidente falou da produtividade da nossa agricultura. "Quando se trata de cana-de-açúcar que vai virar etanol, ela é extremamente elevada se comparada com outras fontes. E também as nossas usinas, nós temos usinas modernas que são extremamente eficientes. Então, esse setor é um setor que veio para ficar e que nós sempre temos de, volta e meia, revisitar para ver o que pode ser feito para dar suporte para os nossos produtores."

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