4 de abril de 2013

IPI reduzido mantém produção e emprego, diz Anfavea

A prorrogação da alíquota reduzida do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis até 2014, anunciada na noite do dia 30 de março pelo Ministério da Fazenda, ajuda a manter os níveis de produção e de emprego no setor automotivo, avaliou no dia 31 de março o diretor de Relações Institucionais da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Ademar Cantero.

"Mantendo os níveis de vendas, você automaticamente está assegurando níveis de produção e, consequentemente, níveis de emprego", afirmou. De acordo com Cantero, o efeito da medida sobre o mercado é "muito positivo".

"A indústria automobilística representa 5% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. O efeito econômico social desse mercado é muito importante na economia. Nós saudamos a medida", afirmou Cantero.
Linha de montagem do modelo Onix na fábrica da GM em Gravataí, no Rio Grande do Sul.

A questão do incentivo fiscal foi levada ao Ministério da Fazenda pelas associações como um dos temas tratados em reuniões com o governo. "Evidentemente, nós temos muitos encontros com o governo em função dos nossos temas. Esse tema da possibilidade de prorrogar o IPI nós discutimos com o governo, que, considerando o efeito disso na economia, decidiu prorrogá-lo."

O setor automotivo já contratou, em janeiro e fevereiro deste ano, 1.819 trabalhadores, segundo a Anfavea. Reportagem publicada na edição do dia 30 de março do jornal O Estado de S. Paulo mostra que a indústria automobilística, com 131,7 mil trabalhadores, está perto de atingir seu recorde histórico em número de funcionários (133,6 mil em fins de 1980).

A partir de abril, a alíquota de IPI sobre veículos subiria novamente - após uma primeira rodada de aumento no início do ano - e, em julho, retornaria à alíquota original. Os veículos flex e a gasolina de até 1.000 cilindradas, por exemplo, teriam a partir do dia 1º de abril as alíquotas majoradas de 2% para 3,5%. O governo, no entanto, decidiu manter o imposto em 2% para a categoria até o final do ano.

O diretor da Anfavea ressaltou que, no início do ano passado, o setor registrava queda nas vendas de automóveis, movimento revertido depois do anúncio do benefício do IPI reduzido. "O governo adotou a redução do IPI, as montadoras também reduziram os seus preços e o crédito foi destravado. Em função desse conjunto de medidas, no ano passado conseguimos inverter essa curva para um crescimento de 4,5% no mercado", disse Cantero.

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