24 de abril de 2013

Gastos das empresas brasileiras com TI triplicaram em 18 anos, diz FGV

             Previsão é que os gastos cheguem a 8% do faturamento em até cinco anos.

Em 2012, as empresas brasileiras gastaram 7,2% de suas receitas com tecnologia da informação, segundo levantamento anual feito pelo Centro de Tecnologia Aplicada da Escola de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas (FGV). O percentual representa que o investimento em TI triplicou em 18 anos. A previsão do estudo é que os gastos cheguem a 8% do faturamento em até cinco anos, de acordo com o professor Fernando Meirelles, responsável pela pesquisa.

O percentual é bem parecido ao apontado em 2011: 7%, mas “a tendência é de aumento anual”, diz o professor. A pesquisa, que teve como base em 2,2 mil entrevistas dentro de 5 mil empresas, também aponta que o custo anual por usuário é de R$ 24,2 mil.

Neste cenário, a Microsoft continua dominando as estações de trabalho das empresas com Windows, Office, Explorer, com mais de 90% do uso. Quando o assunto é navegador de internet, “Safari, da Apple, e Chrome, do Google, ainda não chegam nas empresa”, afirma Meirelles.

Na área de software de gestão (ERP), Totvs, SAP e Oracle têm, juntas, 81% do mercado. A Totvs é líder entre as companhias de menor porte (até 16 teclados), com 52% de participação. Por outro lado, a alemã SAP lidera o uso em grandes companhias (acima de 600 teclados), com 51% do mercado. No total, a brasileira Totvs caiu perdeu participação e passou de 38% para 37%.

Inteligência analítica

Pela primeira vez, a pesquisa englobou também o crescente mercado brasileiro de inteligência analítica, que engloba sistemas de apoio à decisão, como CRM (software para gerenciamento de relacionamento com clientes). De acordo com o estudo, quem lidera este mercado é a SAP, seguida pela Oracle, Totvs, Microsoft e IBM. “Nesta área, a IBM sofre por não ter um software de gestão, já que muitas empresas utilizam os módulos deste sistema para inteligência analítica”, afirma.

Segundo a FGV, continua chamando a atenção a maturidade do processo de informatização e a estabilidade dos principais indicadores. Neste cenário, a previsão é ter, em três anos, um computador por habitante no Brasil.

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