30 de abril de 2014

Governo deve optar por reservatórios nas futuras hidrelétricas

No Ministério de Minas e Energia, já se dá como certo que parte das novas hidrelétricas da Amazônia será construída com reservatórios e não no modelo a fio d´água. E como fica a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira (foto), terminantemente contra os reservatórios? Pelo jeito, não fica.

29 de abril de 2014

Inscrições abertas: concursos públicos têm salários de mais de R$ 20 mil

A Polícia Rodoviária Federal, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e Tribunal de Justiça do Estado do Paraná estão com concursos abertos para um total de 441 vagas. Os salários variam de R$ 2.043,17 a R$ 21.657,46, dependendo do cargo e da instituição.


Para o processo seletivo da Conab, estão disponíveis 219 vagas de ensino superior para candidatos formados em Administração, Contabilidade, Direito, Economia, Engenharia, Agronegócio, Auditoria e Comunicação Social. As inscrições podem ser feitas no site do Instituto Americano de Desenvolvimento (IADES) até as 22h de 28 de maio, com o pagamento de uma taxa de R$ 46.

Há vagas para todas a capitais – mais o Distrito Federal – com remuneração de R$ 5.112,07 e carga horária de 44h semanais. As provas objetiva e discursiva acontecem no dia 20 de julho.

São seis vagas de nível superior, com formação em Direito, para juiz substituto do TJ-PR, com inscrições até 16 de maio no site da instituição e pagamento de taxa de R$ 190. Aqui, a remuneração é o que chama a atenção: R$ 21.657,46.

Na primeira etapa, a prova objetiva acontece em 8 de junho; na segunda, a avaliação teórica é no dia 20 de julho e as práticas em 21 e 22 de julho; para os que passarem para a terceira etapa, a inscrição definitiva é dos dias 6 a 24 de outubro; na quarta e última, a prova é oral e se inicia em 17 de novembro.

A Polícia Rodoviária Federal também está com inscrições abertas para concurso público. São 216 vagas de nível médio para Agente Administrativo do Plano Especial de Cargos do Departamento de Polícia, com disponibilidade para todas as capitais – mais o Distrito Federal.

Os salários são de R$ 2.043,17, com o valor acrescido de uma gratificação de desempenho (variável de R$ 1.521,60 a R$ 1.902,00, dependendo da avaliação do servidor) e carga horária de 40h semanais.

Interessados podem se inscrever até 30 de abril no site da Fundação Professor Carlos Augusto Bittencourt (Funcab) e pagar R$ 60 de taxa. As provas serão realizadas em 25 de maio.

28 de abril de 2014

Azul investe R$ 2 bilhões para operar voos para os Estados Unidos

                                      David Neeleman (centro, esq.), fundador da Azul.

Com seis anos de operação no Brasil, a Azul, do empresário do David Neeleman, passará a oferecer voos internacionais entre São Paulo e Estados Unidos a partir do ano que vem. Para cumprir essas rotas, a empresa investe R$ 2 bilhões em 11 aeronaves, das quais oito serão financiadas via leasing da ILFC, empresa do grupo AIG.

A fornecedora das novas máquinas é a Airbus, que deverá fornecer seis A330-200, cujas entregas devem começar já neste ano. Em 2017, mais cinco A350-900 deverão ser entregues. São aeronaves que foram da empresa aérea dos Emirados Árabes, a Emirates.

Atualmente a empresa faz 876 voos diários e, a partir de 2015, novos destinos nos Estados Unidos serão adicionados, como Nova York e Fort Lauderdale. David Neeleman, fundador da empresa, afirma que há mais demanda para cidades na Flórida. "No começo do ano que vem teremos decidido qual será o primeiro trecho", informa. Entre os destinos mais cotados estão Miami e Orlando. A empresa já identificou 20 destinos possíveis fora do País.

Neeleman afirma que os voos serão, pelo menos, diários, mas não precisa qual o tamanho da operação. A Gol, que começa a operar para os Estados Unidos em julho, não preocupa o executivo. "Eles têm três voos semanais com escala em Santo Domingo. Não me preocupa", afirma.

Os voos internacionais partirão do Aeroporto de Viracopos, em Campinas, no interior de São Paulo. Não houve investimentos adicionais para que o aeroporto receba as duas aeronaves.


Neeleman não garante passagens com preço agressivo, mas, a expectativa é de que consigam uma boa relação custo-benefício. "Com mais de 300 lugares é mais possível flexibilizar preço", explica Neeleman. O executivo também não específica quantos voos diários serão oferecidos — nem o número de passageiros que a empresa pretende transportar.

O novo presidente da Azul, Antonaldo Neves, aponta que 85% dos passageiros nacionais são transportados aos Estados Unidos por empresas americanas. "Empresas estrangeiras não têm mais slots para operar, as brasileiras ainda têm", informa.

Neeleman pretende iniciar uma campanha em Washington para eliminar o visto para brasileiros. "Se eles vão me atender eu não sei, mas hoje não faz mais sentido", diz. "Houve um tempo em que os brasileiros iam para lá e não voltavam. Hoje a realidade é outra."

27 de abril de 2014

Despesas fazem Natura ter resultado abaixo do esperado no 1º trimestre

O lucro da Natura caiu 6% no primeiro trimestre, afetado por despesas com depreciação e amortização e financeiras, além do impacto de impostos, afirmou a empresa de cosméticos no dia 23 de abril.

Entre janeiro e março, a companhia registrou lucro líquido de R$ 117,2 milhões, abaixo da expectativa média de analistas de R$ 136,8 milhões.


Já o resultado operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) chegou a R$ 283,6 milhões, alta de 8,2% na comparação anual, mas também abaixo da previsão de analistas de R$ 297 milhões.
      Natura afirmou que mantém a projeção de investimento de R$ 500 milhões no ano.

A margem Ebitda recuou 1,2 ponto percentual, a 18,2% no trimestre.

Segundo a companhia, houve continuidade da tendência observada na segunda metade do ano passado, com aumento trimestral de 8,2% na produtividade das consultoras brasileiras frente ao ano anterior, e avanço de 9,1% na receita líquida doméstica.

"No Brasil, a continuidade de um ambiente competitivo mais desafiador está alinhada com a decisão de intensificarmos os investimentos em marketing e inovação com o objetivo de aumentarmos a produtividade de nossas consultoras, sempre comprometidos a financiarmos essas iniciativas com ganhos de eficiência em nossa operação atual", disse a Natura, em comentário sobre o desempenho.

A receita líquida internacional seguiu em crescimento acelerado, com alta de 53% no trimestre, a R$ 285,7 milhões.

Já a receita líquida consolidada mostrou avanço de 15,2% no trimestre, a R$ 1,56 bilhão.

O avanço das vendas no trimestre foi, no entanto, ofuscado pelo aumento de 34,3% das despesas com depreciação e amortização, atribuído pela Natura aos investimentos em logística, capacidade produtiva e tecnologia da informação realizados nos últimos anos.

Diante de maior endividamento e aumento dos juros, o resultado financeiro da companhia ficou negativo em R$ 51,9 milhões, alta de 37,3% sobre mesma etapa de 2013.

A Natura afirmou que mantém a projeção de investimento de R$ 500 milhões no ano, patamar inferior aos R$ 553,9 milhões de 2013, "com uma distribuição mais linear ao longo dos trimestres em comparação com os anos anteriores".

26 de abril de 2014

Torres de Trump no RJ estão sob risco

Um a um, todos os projetos imobiliários de Donald Trump (foto) no Brasil têm virado ruína sem sequer sair do papel. O exibido personagem nunca desmorona sozinho; a cada fracasso, leva consigo uma fieira de parceiros. Que o digam a construtora paulista Even, a espanhola Salamanca Group e a incorporadora búlgara MRP International. O trio está tentando sair dos escombros e salvar o projeto de construção de cinco torres comerciais na Avenida Francisco Bicalho, próximas à região portuária do Rio de Janeiro. Na semana passada, Trump teria comunicado aos sócios sua saída do negócio, colocando em risco a continuidade do projeto. O investidor norte-americano era o principal fiador do empreendimento, orçado em R$ 2 bilhões. Dizia, inclusive, estar trazendo para o projeto um grande fundo de pensão dos Estados Unidos. Even, Salamanca Group e MRP já saíram em busca de um novo parceiro capaz de garantir a construção dos cinco edifícios - por ironia, batizados de "Trump Towers". Correm contra o relógio: o início das obras estava originalmente previsto para o segundo semestre deste ano. Consultada, a Trump Towers não retornou.

25 de abril de 2014

Chinês descolado, PF Chang's abre primeiro restaurante no Brasil em maio

               Ambiente dos restaurantes da rede americana: tijolos, pedras e luz baixa.

A rede norte-americana de comida chinesa PF Chang's deve inaugurar em maio a sua primeira unidade no Brasil. O restaurante de comida casual abrirá as portas na Avenida Juscelino Kubitschek, na zona sul de São Paulo. 

A marca foi criada no estado americano do Arizona em 1993 e tem hoje cerca de 220 restaurantes nos Estados Unidos. Foi apenas em 2009 que iniciou sua internacionalização, e já opera em países como Canadá, Kuwait e Emirados Árabes. Em 2011, desembarcou na América Latina. Hoje há unidades no Chile, na Colômbia e na Argentina. 


O objetivo da empresa Alsea, que irá operar de forma exclusiva a marca no Brasil e já trabalha com a rede no México, é inaugurar 30 restaurantes no País em dez anos. Para isso, prevê um investimento de R$ 85 milhões.

É a terceira tentativa do grupo mexicano de fincar raízes no Brasil. A Alsea foi responsável por trazer a rede de franquias Domino's e Starbuck's para o País, mas acabou passando os negócios para a frente.

Entre os destaques do cardápio da rede de comida asiática está o camarão crocante com molho agridoce. O restaurante oferece saladas, drinks, sobremesas, além de pratos sem glúten e os tradicionais macarrões, e também tem refeições inspiradas em outros países asiáticos, como Vietnã e Coreia do Sul.

Os restaurantes costumam comportar de 150 a 200 clientes e têm ambiente com estátuas de terracota e decoração com tijolos e pedras. 

Os preços da PF Chang's no Brasil devem ser mais baixos do que o de outras redes de comida casual, como Outback. Nos Estados Unidos, paga-se US$ 30, em média, por entrada, prato e bebida nos restaurantes da rede.

24 de abril de 2014

Ser fluente em inglês pode ser insuficiente no seu trabalho

                     Conhecimento em inglês é exigido até para posições operacionais.

A língua inglesa deixou de ser uma vantagem no currículo dos profissionais e passou a ser uma exigência há algum tempo. A falta da fluência no idioma e de plena consciência de qual é o nível de conhecimento em inglês pode colocar o profissional em situações constrangedoras em uma entrevista de emprego e fazer com que ele perca oportunidades que poderiam alavancar a sua carreira, como no caso dos 110 universitários bolsistas do programa do governo Ciência Sem Fronteiras, que tiveram de deixar os países em que estavam estudando (84 no Canadá e 26 na Austrália) antes do previsto. Segundo a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), órgão do Ministério da Educação (MEC), estes alunos não alcançaram os níveis de proficiência em inglês necessários para ingressar nas universidades estrangeiras e estagiar nestes países.


Para o gerente do departamento acadêmico da rede de ensino Cultura Inglesa, Vinícius Nobre, o que aconteceu com os universitários do Ciência sem Fronteiras é resultado de uma ilusão de que só se aprende inglês indo morar fora do País. “É um mito absurdo, realmente perigoso. [Aprender inglês] não é só isso, não acontece do dia para a noite. É preciso ter um conhecimento mais científico e sério do processo”, observa.


A necessidade profissional de aprender a língua fica ainda mais clara durante a procura de um novo emprego. Hoje em dia, mesmo em posições operacionais, como atendentes de telemarketing, o conhecimento básico do inglês é uma exigência das empresas, pela existência de termos técnicos usados no dia a dia do trabalho que são próprios da língua anglo-saxã. E em diversos casos o profissional precisa de muito mais do que o conhecimento básico. É também uma exigência ser fluente e ter um vocabulário amplo e bem desenvolto para lidar com as situações de sua área de atuação, como um advogado de uma multinacional.
   Vinícius Nobre, gerente do departamento acadêmico da rede de ensino Cultura Inglesa.

Mentira no currículo

No entanto, o que os recrutadores percebem é que uma grande parcela dos profissionais não está ciente de qual realmente é o seu nível de conhecimento em inglês, ou então, mentem no currículo. “As pessoas mentem mais do que se enganam. Elas sabem que o idioma é uma das principais exigências de pré-avaliação de currículo. Não me interessa se o candidato fala ‘Eu entendo tudo, mas eu não falo’. Isso não é inglês nem fluente, nem avançado e nem intermediário se bobear”, conta a recrutadora Juliana Zuccarello, da Newik, unidade da empresa especializada em recrutamentos Havik.

Para o também recrutador Edson Balestri, gerente da ManpowerGroup Solutions, ao mentir sobre a proficiência de inglês no currículo, o profissional se coloca em uma posição bastante constrangedora. Ainda que ele consiga passar na entrevista, por ter sido mal avaliado, ele provavelmente terá problemas no dia a dia do trabalho. "São poucos os casos em que a empresa exige o inglês e o profissional não utiliza. Hoje em dia, 75% [das empresas] pedem o idioma", diz.

Como saber qual é o seu nível de inglês?

Para não fazer feio na entrevista e ter certeza de que tem as competências necessárias para a vaga à qual está se candidatando, o ideal é que o profissional seja sincero em seu currículo e coloque o nível de inglês correto. No entanto, a linha que separa um conhecimento avançado de uma fluência, por exemplo, é tênue e, muitas vezes, o candidato pode se confundir ou fazer uma auto avaliação equivocada.

Segundo Nobre, da Cultura Inglesa, só é possível saber com precisão qual é a proficiência de um profissional em um determinado idioma quando ele é testado por um especialista. “Para determinar em qual nível de proficiência a pessoa se encontra, uma série de habilidades são testadas, desde a produção oral, produção escrita, compreensão, conhecimento estrutural, lexical. É uma avaliação bastante complexa. Apenas quem tem o treinamento certo e os recursos apropriados que tem como fazer uma avaliação correta”, conta.


No entanto, para estabelecer uma convenção de quais habilidades são necessárias para cada nível de inglês, o Conselho Europeu criou, em 2001, o Quadro Europeu Comum de Referência para Línguas. Este sistema é utilizado como base para a maioria das instituições de ensino avaliarem corretamente o nível de inglês de quem está sendo examinado. Veja abaixo o Quadro Europeu Comum de Referência para Línguas para ter uma melhor noção de qual é o seu nível de inglês e o que colocar no currículo:

Quadro Europeu Comum de Referência para Línguas

A1 - Iniciante: Tem a habilidade básica de se comunicar e trocar informações de uma maneira simples, como por exemplo perguntar o endereço de algum lugar ou conseguir pedir um prato em um restaurante.

A2 - Básico: Tem a habilidade de lidar com informações diretas e simples e de se expressar em contextos já familiarizados. Por exemplo, contar como está se sentindo naquele dia.

B1 - Intermediário: Tem a habilidade de se expressar de uma maneira limitada em situações familiares e de lidar com situações que não sejam de rotina, como, por exemplo, abrir uma conta em banco.

B2 – Independente: Tem a capacidade de se expressar em diversos tipos de situações e de alcançar os seus objetivos em uma conversa. Por exemplo, guiar um turista pela cidade e dar detalhes sobre os pontos que estão visitando.

C1 - Proficiência Operativa Eficaz (Avançado): Tem a habilidade de se comunicar com eficiência e propriedade em conversas que fogem das situações rotineiras. Por exemplo, consegue argumentar em uma discussão.

C2 - Domínio Pleno (Fluente): Tem a habilidade cognitiva de lidar com materiais acadêmicos e utiliza a língua de maneira tão boa, ou até melhor, que um nativo.

Cursos de inglês específicos são um diferencial

Algumas áreas, no entanto, exigem um vocabulário bastante técnico e que mesmo alguém considerado fluente pode não conhecer, como as áreas de saúde, engenharia, aviação, jurídica ou mesmo a de negócios. Principalmente para quem está iniciando a carreira, a falta de conhecimento específico no idioma utilizado em sua área de atuação pode ser um empecilho em um processo seletivo mais rigoroso. Para isso, existem no mercado os cursos de inglês especializados para determinados setores do trabalho.

“As características dos cursos específicos são muito parecidas com os cursos gerais. O que vai mudar é que as situações selecionadas para prática da língua são daquele contexto. Então, o vocabulário que vai surgir e os recursos linguísticos que serão necessários vão refletir o que a pessoa precisa naquela situação de trabalho”, comenta Nobre. Desta maneira, um estudante de direito que fizer um curso de inglês voltado para a área jurídica será exposto a simulações de um julgamento ou a produção escrita de uma defesa em um processo legal.

Nobre, da Cultura Inglesa, lembra, porém, que qualquer pessoa que já tenha proficiência na língua consegue desenvolver estes conhecimentos sozinha. “Se ela está naquele mercado e tem um nível cognitivo linguístico que seja bastante avançado, ela vai naturalmente assimilar o vocabulário. [No entanto], As pessoas estão sentindo que é mais urgente e buscam diferentes recursos para acelerar”, comenta.

Ser específico é essencial em alguns setores

Em áreas como a aviação, no entanto, ser fluente tanto no inglês do dia a dia como no específico é essencial para ser contratado por uma empresa aérea, segundo a professora Cybele Gallo, fundadora da escola Fly By English School e professora do curso de Aviação Civil da Universidade Anhembi Morumbi.

"Há alguns anos atrás, foram constatando que o número de acidentes envolvendo a falta de proficiência na língua inglesa por parte dos pilotos aumentou, porque quando a aviação era menor, todo mundo conseguia se comunicar com códigos estabelecidos. Com o crescimento da aviação, com países e pessoas de todas as nacionalidades tendo de interagir, os problemas com a língua começaram a crescer", diz ela.
                       Aviação é uma das áreas em que o inglês específico é essencial.

Em 2003, a Organização Internacional de Aviação Civil (INCAO, na singla em inglês) reuniu um grupo de linguistas que montou uma tabela de proficiência inglesa, com níveis de 1 a 6, sendo que pilotos considerados aptos a operar voos devem atingir no mínimo o nível 4 nas provas realizadas pelos órgãos regularizadores de cada país. No caso do Brasil, a prova que atesta a proficiência dos profissionais da aviação é a Santos Dumont English Assessment (SDEA), aplicada pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).

“O que era antes um requisito para fazer voo internacional, hoje é requisito para conseguir emprego. As empresas aéreas perceberam que se elas contratam um piloto com nível de inglês 1, 2 ou 3 ele não vai conseguir passar para o nível 4 rapidamente”, observa Cybele, que trabalhou na construção da SDEA e que aplicou provas de inglês para candidatos à vagas nas aéreas TAM e GOL.

A professora conta, inclusive, que em alguns casos os candidatos que tinham plena proficiência no inglês geral e nenhuma no específico se saem pior nas avaliações do que os candidatos com menos conhecimento no idioma do dia a dia e mais no técnico. “Muitas vezes você pegava meninos que tinham feito intercâmbio e vinham fazer uma prova técnica e não sabiam nem o que era trem de pouso. Já peguei também pilotos usando muitas gírias na prova. Aquilo não ia ajudar em nada na comunicação, muito pelo contrário, iria atrapalhar”, comenta.

Nobre lembra, porém, que é preciso tomar cuidado antes de contratar os cursos com propósitos específicos para não correr o risco de fazer um investimento sem retorno. “Eu acho muito perigoso os cursos que vendem soluções milagrosas de pacotinhos de vocabulário para certas áreas. Não adianta você aprender 30 palavras para aquele propósito e não conseguir se comunicar na hora que tem que colocar essas palavras em uma frase inteira”, avalia.

Portanto, o recomendável é que o interessado em fazer algum curso de inglês voltado para sua área, além de manter o estudo no idioma utilizado no dia a dia, pesquise a credibilidade da escola no mercado, contatando ex-alunos e verificando se o método de ensino é eficaz.

23 de abril de 2014

No feriado de Páscoa, centenas de pessoas fazem fila para entrar na Forever 21

Inaugurada há um mês, no dia 17 de março, a loja da Forever 21 no Shopping Morumbi, a única em São Paulo, ainda provoca filas de espera. No dia 20 de abril, feriado de Páscoa, cerca de 200 pessoas aguardavam para entrar no estabelecimento que abriu suas portas às 14h. A espera, no entanto, começou ainda pela manhã, antes das lojas abrirem.

No domingo de Páscoa, dia 20 de abril, loja da Forever 21 em fila de espera de mais de 200 pessoas.

A marca, conhecida por vender moda jovem a preços acessíveis, tem mais de 500 lojas em 16 países. No Brasil, além de São Paulo, a marca inaugurou recentemente uma unidade no Rio de Janeiro, no Village Mall.

Assim como a espanhola Zara e a sueca H&M, a Forever 21 adota o modelo fast fashion, que consiste na produção rápida e contínua de peças de vestuário e acessórios, trocando as coleções semanalmente ou até diariamente.

22 de abril de 2014

Proteção aos superendividados pode virar lei

Muitos consumidores usam o crédito caro, como rotativo do cartão de crédito e cheque especial para rolar suas dívidas.

A preocupação com o superendividamento dos brasileiros pode levar à criação de uma lei de proteção ao consumidor. O Projeto de Lei do Senado 283/12, que disciplina a oferta de crédito ao consumidor e previne o superendividamento, pode ser votado no plenário da Casa ainda este mês. O projeto faz parte da reforma do Código de Defesa do Consumidor, que também inclui proposta que regulamenta as compras pela internet.


O projeto prevê a garantia do crédito responsável, a educação financeira e a prevenção e tratamento das situações de superendividamento. Estabelece ainda o conceito do “mínimo existencial” de renda, que deve ser garantido por meio de revisão e repactuação de dívidas. De acordo com o projeto, a soma das parcelas reservadas para pagamento de dívidas não poderá ser superior a 30% da remuneração mensal líquida e, assim, será preservado o “mínimo existencial”.

O projeto também prevê que, a pedido do consumidor, o juiz poderá instaurar processo de repactuação de dívidas, com realização de audiência conciliatória. Nessa audiência, o consumidor apresentará uma proposta de plano de pagamento, com prazo máximo de cinco anos, sempre preservando o mínimo existencial.

A asssessora do Procon-SP Vera Remedi considera que o mais preocupante, atualmente, são os consumidores que pagam as contas todos os meses, mas têm endividamento acima da renda. Ela lembra que muitos usam o crédito caro, como rotativo do cartão de crédito e cheque especial para rolar suas dívidas.

“O que mais me preocupa são os superendividados adimplentes. Não existem muitas propostas para renegociar dívidas. As pessoas, às vezes, têm só 20% da renda para o pagamento de despesas básicas de alimentação, transporte e moradia, daí usam cartão de crédito e cheque especial e ficam sem saída. A pessoa assume muitos contratos que não são adequados à sua situação financeira”, explica.

Para Vera, há uma irresponsabilidade na concessão de crédito no País. “Os consumidores cobrem uma dívida com juros muito altos. Ainda contribui para isso a venda casada de seguro, o crédito com troco, as ofertas de crédito por telefone ou caixa eletrônico. Tudo o que é mais fácil, tem juros mais altos. Todas são contrações feitas na base da emoção do consumidor”, ressalta.


O Procon-SP tem um programa para ajudar os superendividados. É o Núcleo de Tratamento do Superendividamento, que atende consumidores insolventes e ajuda na tomada de medidas preventivas e corretivas. Segundo Vera, 2.822 consumidores já foram a palestras sobre o assunto e 1.142 superendividados receberam orientação individualmente.

Pela internet é possível encontrar algumas ferramentas de apoio aos superendividados. O Banco Central, por exemplo, oferece em seu site uma cartilha com orientações sobre como sair do superendividamento. E na página da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o consumidor encontra uma ferramenta para organizar as receitas e despesas, o Jimbo.

Segundo a superintendente de Serviços ao Consumidor da Serasa Experian, Maria Zanforlin, pode ser considerado como superendividado o consumidor que tem mais de quatro dívidas. “Ocorre quando a pessoa fez mais compras do que pode pagar e precisa de crédito”, explica.

“O consumo estimula a economia, mas é preciso haver um consumo consciente. Só comprar o que realmente precisa. A felicidade com uma compra é muito curta”, alerta Maria Zanforlin. Segundo ela, uma boa dica é anotar tudo o que se compra para saber quanto consumiu ao final de um dia.

“No Brasil, a questão do consumo é nova. São 20 anos do Plano Real. Não tivemos educação financeira necessária”, disse.

21 de abril de 2014

Brasil e Argentina podem retomar fluxo comercial em duas semanas

Além do desaquecimento no mercado interno de veículos, a indústria automotiva tem mais um problema para resolver: a Argentina. No entanto, essa dor de cabeça parece que vai ter um final feliz nas próximas semanas. Em Brasília, os ministérios do Desenvolvimento e da Fazenda já estão na reta final de um plano para o comércio exterior com o país.
                                   Mauro Borges, ministro interino do Desenvolvimento.

Durante esta semana, o ministro interino do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Mauro Borges, esteve com membros do Ministério da Fazenda dando os últimos ajustes em uma linha de financiamento que será oferecida à Argentina. Fonte próxima ao ministério informou que o projeto deve ficar pronto nas próximas duas semanas.

Em plena crise financeira e econômica, o país liderado por Cristina Kirchner também fechou as portas para os veículos nacionais, além de calçados e outros produtos brasileiros que costumam ser importados pela Argentina.


Para a indústria automotiva, a queda nas exportações é gritante. A exportação de autoveículos despencou 32,7% no primeiro trimestre, com pouco mais de 75 mil unidades vendidas. De acordo com Luiz Moan, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), a criação de uma linha de crédito especial entre os dois países, para manter o fluxo de exportações, sugerida ao governo há um mês, e a adoção do Programa Exportar-Auto ajudariam o Brasil a ganhar competitividade.

20 de abril de 2014

Polícia Federal vai investigar Eike Batista

   Inquérito foi instaurado em dezembro e apura irregularidades na gestão do empresário.

A Policia Federal (PF) do Rio de Janeiro confirmou no dia 15 de abril que recebeu o pedido do Ministério Público Federal (MPF) no dia 14 de abril e que irá investigar o empresário Eike Batista para apurar possíveis crimes financeiros. 

Após trâmite burocrático, a investigação deve ter início ainda nesta semana e irá ocorrer sob sigilo. A investigação será feita pela delegacia especializada em crimes financeiros do Estado. 

A investigação de crimes contra o mercado de capitais tem como foco inicial a gestão de Eike à frente da OGX, mas pode envolver outros administradores e as demais empresas do grupo EBX. Além de apurar denúncias e informações, a PF pode pedir depoimentos e mais informações aos envolvidos. 

O pedido de inquérito foi feito pelo procurador do MPF e enviado à PF em 07 de abril. O MPF não deu mais detalhes sobre as motivações do pedido, e anuncia apenas que recebeu, no dia 19 de março, o processo no qual o empresário é investigado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).


O processo da CVM detectou irregularidades administrativas na OGX e a possibilidade de crimes financeiros. O MPF chegou à conclusão de que é possível realizar a investigação.

No dia 11 de abril, a CVM apenas confirmou que apura se Eike utilizou informação privilegiada para comprar e vender ações como acionista controlador e presidente do Conselho de Administração da OGX e também se o empresário manipulou preços dos papéis.

O inquérito foi instaurado pelo MPF do Rio de Janeiro no dia 06 de dezembro e investiga a responsabilidade da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e da CVM em possíveis irregularidades cometidas pela empresa controlada por Eike Batista, que está em recuperação judicial.

Na ocasião, o procurador deu um prazo para que a CVM prestasse informações acerca do andamento atualizado de seis processos administrativos sancionadores que envolvem os negócios do empresário.

19 de abril de 2014

Despesa com empregado doméstico pode ficar totalmente isenta do IR

Projeto de lei que isenta do Imposto de Renda o valor dos salários pagos a empregados domésticos, do senador Roberto Requião (PMDB-PR), voltou no dia 16 de abril ao exame da Comissão de Assuntos Sociais (CAS).


Segundo Requião, o objetivo da proposta — que esteve em tramitação com outros seis projetos — é incentivar a formalização dos empregos domésticos.

De acordo com o projeto, a dedução poderá ser feita sobre o salário de um empregado por declaração, mesmo quando feita em conjunto, até o limite de três salários mínimos por mês e por 13º salário, mais a respectiva remuneração adicional de férias — limitada a um terço do salário normal, no mês em que for paga.
Segundo o projeto, a dedução poderá ser feita sobre o salário de um empregado por declaração.

O projeto de lei já havia sido aprovado pela comissão e encaminhado à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). Porém, a matéria voltou ao exame da CAS depois da incorporação de outros projetos.

No primeiro parecer da CAS, o senador Casildo Maldaner (PMDB-SC) disse acreditar que a diminuição na arrecadação do Imposto de Renda seja compensada pelo aumento da arrecadação previdenciária devida pelos empregadores e empregados domésticos.

Ele reconhece, no entanto, que essa compensação dependerá do nível de formalização das relações trabalhistas da categoria.

Já o senador Paulo Paim (PT-RS), relator da matéria na CAS, recomenda a aprovação da proposta e a prejudicialidade dos projetos que tramitam em conjunto.

18 de abril de 2014

Nova classe média rejeita carro “de pobre” e vendas de 1.0 caem 18,82% em março

Antigo carro de entrada no mercado de automóveis, os veículos 1.0 já não têm o mesmo charme para os brasileiros. No meio de uma queda generalizada nas vendas, os carros de menor motorização têm sido a principal âncora da indústria automotiva.

Segundo dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), as vendas de carros e comerciais leves com motor até 1.0 despencaram 18,82% em março em comparação ao mês do ano passado. Enquanto isso, as vendas da categoria seguinte, com motor de 1.0 a 2.0, caíram apenas 13,34%. Os carros com motor acima de 2.0 venderam apenas 7,9% menos.

A participação de mercado de modelos como o Palio, da Fiat, o Celta, da Chevrolet ou o Gol, da Volkswagen, continua grande. Em março, 40,2% dos veículos vendidos se encaixavam neste perfil, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Essa queda na participação dos carros 1.0 no total de automóveis nas ruas, no entanto, não é tão recente. Em 2001, os "carros 1000" representavam 71,1% do total de carros licenciados. Após altas e baixas, a queda de participação se intensificou a partir de 2010, quando os 1.0 representavam 50,8% do mercado. Em 2013, eles representavam apenas 39,9%. E a tendência é de encolhimento deste segmento, segundo Luiz Moan, presidente da entidade.

“Em termos de participação relativa, esse mercado tenderá a apresentar uma redução”, aponta. À exceção das frotas comerciais, Moan não vê grandes oportunidades para esse tipo de automóvel. “Ter veículos de motorização mais forte é desejo permanente do nosso consumidor”.

A questão é que a demanda reprimida por carros já não existe com da mesma forma. Com o aumento da renda disponível, a chamada classe emergente foi em busca do primeiro veículo da família – tinha de ser simples e barato para caber no bolso. A voracidade do consumidor impulsionou um crescimento da indústria automotiva nacional e elevou a frota de veículos em 114% nos últimos dez anos.

"Os carros mil já foram 60% do volume de veículos vendidos. Hoje, se tirarmos os comerciais de frota, não chegam nem a 30%", diz Flávio Meneghetti, presidente da Fenabrave. "O poder aquisitivo melhorou, então agora ele quer um carro mais equipado. Ninguém mais compra carro pelado."

O fato é que passado o primeiro ciclo de aumento de renda, os consumidores já "não se identificam mais com o carro de pobre”, como diz Renato Meirelles, presidente do Instituto Data Popular. “Temos estudado muito esse mercado e percebemos que ele acompanhou todos os outros nesse processo de sofisticação do consumo. O produto barato de baixa qualidade não emplaca mais”, explica. Quem antes queria apenas ter um carro, agora quer um carro bom. Bom e barato.

“Não tenho nenhuma dúvida de que o consumidor está mais sofisticado”, diz Luiz Moan, da Anfavea. “Nossos concessionários têm visto o indivíduo chegar com um carro 1.0 para trocar por um 1.4 ou 1.6.”
                            up!, da Volkswagen, tem maior apelo junto a público jovem.

Enquanto houve incentivos pesados do governo na indústria automotiva, o chamado “carro mil” ainda valia a pena. Agora, com a obrigatoriedade de airbag e freios abs, além da adoção de direção hidráulica ou elétrica, o 1.0 e da volta do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), o 1.0 ficou caro demais para o que oferece. "Esses itens custam praticamente a mesma coisa em um 1.0 ou em um 2.4, mas proporcionalmente, o custo deles é muito maior quando comparado com um mais barato" explica o presidente da Anfavea.

Novos subcompactos mira jovens

Em janeiro do ano passado, os carros 1.0 representavam 42% das vendas e chegaram a compor 36,7% do mercado em fevereiro deste ano. A chegada do up!, da Volkswagen, às concessionárias trouxe um novo fôlego à categoria. Trata-se do primeiro subcompacto fabricado no País.

Com a criação dessa categoria, o “carro mil” passou a uma nova função social: a de introduzir jovens no mercado de automóveis. Daí tanta preocupação com eficiência energética, conectividade, customização e outras “modernidades”, nas palavras de Meirelles, do Data Popular. “O preço e o produto encaixam melhor para o jovem filho dessa classe emergente que para o pai da família”, diz. Outro público na mira seriam as jovens mulheres, que já têm presença clara em um mercado antes dominado por homens.

No mercado de seminovos, “carro mil” continua fazendo sucesso

Quando uns choram, há outros vendendo lenços. Enquanto os impostos, a restrição de crédito e a desaceleração da economia abatem a indústria automotiva, o sofrimento financeiro das montadoras se converte em oportunidade para os revendedores de usados.

No mercado de seminovos, os carros 1.0 continuam vendendo. Em março, os cinco primeiros carros mais vendidos tinham o motor com esse tipo de configuração. Por sinal, ao contrário das montadoras que amargam perdas nas vendas, no mercado de seminovos o caminho é ascendente. No trimestre, o crescimento das vendas é de 9,4%.

Para Ilídio dos Santos, presidente da Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto), os carros zero, em especial os 1.0, estão caro demais. “O comprador hoje se informa melhor pela internet e compara o preço do zero com o do seminovo e acaba desistindo de comprar um novo”, explica. “Ele pega um carro com garantia da loja e, às vezes, com a garantia de fábrica ainda.”

Com o aumento do IPI, este ano deverá ser positivo para os revendedores. “Em 2014 vamos recuperar uma boa parte do que perdemos nos anos anteriores, com os incentivos à compra de carro zero quilômetro.”

17 de abril de 2014

Volvo, Renault e Volks pagarão R$ 6 milhões por descontos irregulares em folha

O Ministério Público do Trabalho no Paraná (MPT-PR) fechou acordo com a Volvo, a Renault e a Volkswagen para o pagamento de R$ 6 milhões em multas pelos descontos irregulares feitos das folhas de pagamentos dos trabalhadores. Cada empresa pagará R$ 2 milhões em veículos, dinheiro para instituições beneficentes e em carta de crédito para publicidade.
        Renault afirmou que crise europeia ainda não teve impacto 'notável' na demanda.

O acordo põe fim a uma batalha iniciada em fevereiro do ano passado. Segundo comunicado do MPT-PR, as empresas descumpriram a decisão que proibia o desconto na Participação nos Lucros e Resultados de empregados não sindicalizados.

A ação, movida pelo procurador do Trabalho Gláucio Araújo de Oliveira, tramitava na 2ª Vara do Trabalho de Curitiba (PR). Em 2005 e 2006, as três empresas já haviam sido condenadas por firmarem acordos coletivos Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, de Máquinas, Mecânicas, de Material Elétrico, de Veículos Automotores, de Autopeças e de Componentes e Partes para Veículos Automotores da Grande Curitiba (Simec) prevendo descontos de R$ 50 a R$ 750 na gratificação dos empregados, sendo eles filiados ou não à entidade.

Em fevereiro deste ano a Nissan concordou em pagar R$ 2 milhões em um processo semelhante em 2004. Pelo acordo, a Nissan patrocinará campanha publicitária contra o trabalho infantil e realizará a doação de dez caminhonetes da marca para entidades filantrópicas.

Em comunicado oficial, a Volkswagen do Brasil informa que "não tem comentários adicionais sobre o tema”.

16 de abril de 2014

Comprar a casa própria em 2014 é bom negócio? Especialistas respondem

 Especialistas não são unânimes sobre o momento ideal para a compra da casa própria.

A forte valorização nos preços dos imóveis no Brasil gerou o temor de uma possível bolha imobiliária. Nos últimos cinco anos, os imóveis residenciais tiveram valorização média de 155%, de acordo com o Banco Central (BC). Dados do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP) divulgados no dia 08 de abril mostraram que as vendas de imóveis novos na capital paulista caíram quase 50% na comparação aos números de fevereiro de 2013. Surge a dúvida: é momento de comprar a casa própria, ou seria melhor esperar os preços baixarem? Será que eles vão, de fato, cair? 


Não há sinais claros de queda. O preço do metro quadrado anunciado para venda no Brasil cresceu 13,7% em 2013, segundo o índice FipeZap. Mas em março deste ano, a valorização já é menor que a inflação oficial: 0,64% em relação a fevereiro, contra 0,84% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no mesmo mês.

Enquanto isso, o volume de financiamentos imobiliários com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) continua em expansão. Subiu 32% em relação a 2012, de acordo com a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) – totalizando R$ 109,2 bilhões.

Não há consenso entre os especialistas se os altos preços representam uma bolha ou aquecimento do mercado. Mas todos concordam que boas oportunidades de negócio existem tanto em momentos de prosperidade quanto de crise.

Basta saber encontrá-las. Outro ponto convergente: de nada adianta os preços baixarem se o potencial comprador não tiver poupado o suficiente para dar uma boa entrada e reduzir o prazo do financiamento.

Esses fatores influem diretamente no custo-benefício da decisão. Antes de comprar a tão sonhada casa própria, cinco especialistas financeiros respondem se 2014 é uma boa aposta para fechar negócio ou se é melhor esperar uma mudança de mercado. Confira os conselhos:

1. SINAL VERMELHO

Janser Rojo, planejador financeiro e sócio da Soma Invest

"Comprar imóvel valorizado para morar não é vantajoso"

“Nos últimos seis anos houve uma valorização de 200% nos preços dos imóveis, mas agora notamos uma certa dificuldade em alugar os residenciais. Isso pode indicar que a demanda já não é tão forte como nos anos anteriores e os preços podem se acomodar. Muita gente se endividou na compra da casa própria pensando nele como investimento. É errado pensar assim. Se ele vender, terá de comprar outro que também valorizou. E imóvel financiado só é seu quando quitar. O momento de mercado fica em segundo plano na compra do imóvel para morar. O mais importante é se planejar para conseguir dar uma boa entrada para financiar o mínimo possível, independentemente dos preços. Muitos recém-casados cometem o erro de comprar sem planejamento e caem na armadilha de financiar pelo prazo máximo. Se você conseguir juntar de 30% a 40% do valor do imóvel, poderá igualar o valor da parcela ao do aluguel”.

2. SINAL VERDE

Suyen Miranda, consultora financeira

"Há boas oportunidades nos imóveis maiores" 

“Hoje já é nítida uma redução de preços nos imóveis de tamanho maior, com preço acima de R$ 700 mil. Muitos estão encalhados, e quem tiver disponibilidade de compra-los agora poderá fazer ótimo negócio. Repare que há hoje muito mais oferta de imóveis a partir de três dormitórios do que um e dois. É nos imóveis maiores onde estão as melhores oportunidades no momento. E a Copa do Mundo não vai influenciar na queda dos preços como se imagina, porque as locações para temporada nada têm a ver com o imóvel para moradia e muitas cidades, como São Paulo, não têm essa vocação. O Mundial não fará com que as pessoas comprem mais imóveis ou que os preços baixem, portanto não é preciso esperar o fim do evento para encontrar um bom negócio”.

3. SINAL VERMELHO

Reinaldo Domingos, planejador financeiro do instituto DSOP e autor do best seller "Terapia Financeira"

"Os preços estão muito altos e vão baixar" 

“O melhor ano para comprar a casa própria é aquele em que você pode comprar. Quem esperar um pouco mais poderá comprar a preços mais baixos? Acredito seriamente que sim. Não será uma queda de valores como nos Estados Unidos em 2008, mas a acomodação de preços não vai acompanhar a inflação, causando uma perda patrimonial nos próximos anos. Quem tiver paciência para esperar, pode se capitalizar agora para dar uma boa entrada no futuro, para reduzir ao máximo o valor da prestação e prazo do financiamento. Casa própria não é um investimento, mas um bem de consumo, porque você usa e ela deprecia. Se a prestação do imóvel que você deseja for maior que o aluguel pago, fique no aluguel e faça poupança com o que sobrar.

4. SINAL AMARELO

Roberto Navarro, fundador do Instituto Coaching Financeiro, programa de educação financeira com sede no Rio de Janeiro e em Orlando, Florida

"Depende da situação financeira de cada um" 

“O momento da compra não importa muito. Para aquisição de casa própria, é muito importante fazer uma avaliação geral da situação econômica de cada pessoa. Se os juros estão altos, tudo fica mais complicado [a taxa Selic atual está em 10,75% ao ano]. Ao financiar um imóvel, a pessoa terá que pagar a taxa pactuada até o fim do prazo, que pode chegar a 30 anos. Isso significa comprar um imóvel e pagar três ao mesmo tempo. Realmente, tem de fazer muita conta e avaliar se esse é o momento de fazer um financiamento. Caso a decisão seja comprar, prefira um financiamento de no máximo dez anos”.

5. SINAL VERMELHO

Antonio de Azambuja, economista e professor da Anhanguera Educacional

"Preços vão cair até 2017" 

“Vivemos hoje uma bolha inflacionária que gerou um aquecimento na compra de imóveis e nos financiamentos. Mas tudo o que sobe também desce. Não acredito que essa bolha vá estourar este ano, mas isso vai acontecer a qualquer momento. Minha aposta é em 2017, quando o Brasil tiver esgotado seus eventos mundiais e a economia estiver menos aquecida. Mas a decisão de comprar ou não em 2014 não pode se basear apenas no preço. Se você ainda não consegue juntar dinheiro e tem condições de morar com os pais, vale a pena esperar para ter melhor condição até 2017. Se paga aluguel, é preciso ver se o valor da prestação compensa”.

15 de abril de 2014

"Eike intimida como retaliação", acusa advogado de minoritários

        O empresário Eike Batista: registro de ocorrência contra o escritório de advocacia.

O advogado de um grupo de investidores minoritários da OGPar (ex-OGX), do ex-bilionário Eike Batista, Márcio Lobo, acredita que o empresário tenta intimidar seu escritório como retaliação aos avanços do grupo na tentativa de processar o empresário e auxiliar para a investigação de seus negócios.

Recentemente, o empresário registrou um boletim de ocorrência em uma delegacia do Rio de Janeiro contra o escritório de advocacia. No documento, Eike acusa os advogados de calúnia e difamação. A primeira ação judicial movida pelo grupo contra Eike e seu pai, Eliezer Batista, ex-conselheiro da OGPar e ex-presidente da Vale, foi anexada. 

O objetivo é demonstrar à polícia que não houve prática criminal e há embasamento na ação judicial até a semana que vem.

Além de já ter entrado com três ações na Justiça, em defesa de seus clientes, o escritório ainda tem uma ação em curso que pede o bloqueio dos bens do empresário e já obteve uma liminar para ter acesso total aos documentos que relatam uma transação feita pela petroleira.


O mandado da liminar já foi expedido. Depois de a intimação chegar à petroleira, a OGPar tem cinco dias para apresentar os documentos.

Com relação ao bloqueio de bens de Eike Batista, a juíza já negou o pedido, bem como o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Agora, o grupo espera a publicação do acórdão para recorrer da decisão. 

O grupo de minoritários também já fez pedidos à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e ao Ministério Público Federal (MPF) para que investiguem ações tomadas pela petroleira e denúncias de irregularidades.
Eike Batista acusa escritório de advogados que defende investidores de injúria, calúnia e difamação em R.O.

Depois de uma tentativa, empresário é encontrado

Eike Batista foi citado pela primeira vez na segunda ação judicial movida pelo grupo, contra o empresário e o ex-conselheiro da companhia e ex-ministro da Fazenda, Pedro Malan. O mandado foi julgado no dia 04 de abril e o empresário e Malan têm 30 dias para contestar a ação.

O empresário só foi citado porque foi intimado pelo oficial de Justiça no novo escritório da OGPar, no bairro de Botafogo, no Rio. A primeira ação judicial foi enviada para o endereço residencial de Eike, mas a oficial de Justiça não encontrou o empresário no local, conta o advogado.

Lobo pediu para que a Justiça tentasse intimar Eike Batista novamente. "Agora, demos como opção o escritório da empresa", conta. "Ele deve ser citado a qualquer momento na primeira ação também".

14 de abril de 2014

20 gastos que não abatem Imposto de Renda

Embora a lista de despesas que permitem pagar menos Imposto de Renda (IR) seja extensa, há gastos considerados imprescindíveis – e pesados no orçamento – que não permitem abater o valor devido.

É importante diferenciar quais são eles, para não cair na armadilha de declarar despesas que em nada vão aliviar o imposto a pagar. É o caso do aparelho para surdez e a lente de contato.

Caso seus gastos não sejam mesmo dedutíveis, a declaração pelo desconto simplificado (20%) pode ser a opção mais vantajosa, já que o modelo completo é destinado para informar as despesas previstas.

“A recomendação é sempre lançar todos os pagamentos e doações efetuados, e o software do Fisco apontará qual modelo permitirá uma restituição maior ou a redução do imposto”, orienta o diretor executivo da Confirp Consultoria Contábil, Richard Domingos.

Mesmo que a despesa feita no ano passado seja dedutível, como consultas médicas e mensalidade escolar, é preciso ter em mãos os comprovantes de pagamentos para ter direito ao desconto.

Confira a relação com 20 itens que não podem incluídos nas despesas dedutíveis do IR:

1. Pagamento de aluguel: embora seja importante no orçamento familiar, o gasto com locação de um imóvel não permite descontar o imposto devido.

2. Doação para dependentes: o ato espontâneo de dar dinheiro a alguém, por si só, não caracteriza uma despesa abatível na declaração.

3. Curso de idiomas: aprender uma nova língua agrega conhecimento, mas não permite pagar menos imposto.

4. Cursinho pré-vestibular: a preparação para a universidade, embora um gasto com educação, está fora da lista de cursos dedutíveis do IR.

5. Academia: assim como dança e a prática de esportes, atividades físicas são excluídas da lista de despesas com educação.

6. Aulas particulares: contratar um professor para aprimorar conhecimentos específicos também é um gasto não abatível do Imposto de Renda.

7. Prótese de silicone: o custo do implante com fins estéticos não é dedutível como a cirurgia com fins de saúde, a exemplo da reconstrução da mama.

8. Tratamentos de beleza: drenagem linfática, depilação ou limpeza de pele podem pesar no bolso mas, por terem objetivo puramente estético, não contemplam o abatimento do imposto.

9. Exame de DNA: embora seja um gasto médico, a confirmação da paternidade está fora da lista de despesas que permitem o desconto.

10. Lentes de contato: mesmo que receitadas pelo médico, as lentes e óculos de grau também não devem ser declarados com fins de dedução.

11. Aparelho de surdez: embora das próteses e cadeira de rodas estejam contemplados, este tipo de recurso não prevê o pagamento de menos imposto.

12. Clareamento dentário: a visita ao dentista para tratar cáries e canais permite o benefício, mas se tiver fim estético, não é possível abater o IR.

13. Financiamentos: seja do veículo ou de um imóvel, a parcela devida no compromisso não pode ser descontada na declaração anual do Imposto de Renda.

14. Nutricionista: por não tratar-se de uma especialidade médica, a visita a este profissional não permite abater o imposto.

15. Medicamentos: gastos com remédios só são dedutíveis se eles estiveram incluídos na conta do hospital, em caso de internação, por exemplo.

16. Material escolar: embora matrícula e mensalidade permitam descontar o IR, os itens obrigatórios que vão dentro da mochila, não.

17. Seguros: o plano de saúde é o único tipo de seguro que permite abater os gastos no ano anterior ao da declaração.

18. Veterinário: cuidar da saúde de seu animal de estimação também não garante o direito ao benefício na declaração.

19. Vacina: toda despesa com vacinas, que previne a contração de doenças contagiosas, não está prevista na lista de gastos dedutíveis com saúde.

20. Doações a entidades filantrópicas: só é possível abater o IR de doações a fundos municipais, estaduais e federais dos direitos da criança, adolescentes e idosos, com limite de dedução de 6%.