28 de abril de 2014

Azul investe R$ 2 bilhões para operar voos para os Estados Unidos

                                      David Neeleman (centro, esq.), fundador da Azul.

Com seis anos de operação no Brasil, a Azul, do empresário do David Neeleman, passará a oferecer voos internacionais entre São Paulo e Estados Unidos a partir do ano que vem. Para cumprir essas rotas, a empresa investe R$ 2 bilhões em 11 aeronaves, das quais oito serão financiadas via leasing da ILFC, empresa do grupo AIG.

A fornecedora das novas máquinas é a Airbus, que deverá fornecer seis A330-200, cujas entregas devem começar já neste ano. Em 2017, mais cinco A350-900 deverão ser entregues. São aeronaves que foram da empresa aérea dos Emirados Árabes, a Emirates.

Atualmente a empresa faz 876 voos diários e, a partir de 2015, novos destinos nos Estados Unidos serão adicionados, como Nova York e Fort Lauderdale. David Neeleman, fundador da empresa, afirma que há mais demanda para cidades na Flórida. "No começo do ano que vem teremos decidido qual será o primeiro trecho", informa. Entre os destinos mais cotados estão Miami e Orlando. A empresa já identificou 20 destinos possíveis fora do País.

Neeleman afirma que os voos serão, pelo menos, diários, mas não precisa qual o tamanho da operação. A Gol, que começa a operar para os Estados Unidos em julho, não preocupa o executivo. "Eles têm três voos semanais com escala em Santo Domingo. Não me preocupa", afirma.

Os voos internacionais partirão do Aeroporto de Viracopos, em Campinas, no interior de São Paulo. Não houve investimentos adicionais para que o aeroporto receba as duas aeronaves.


Neeleman não garante passagens com preço agressivo, mas, a expectativa é de que consigam uma boa relação custo-benefício. "Com mais de 300 lugares é mais possível flexibilizar preço", explica Neeleman. O executivo também não específica quantos voos diários serão oferecidos — nem o número de passageiros que a empresa pretende transportar.

O novo presidente da Azul, Antonaldo Neves, aponta que 85% dos passageiros nacionais são transportados aos Estados Unidos por empresas americanas. "Empresas estrangeiras não têm mais slots para operar, as brasileiras ainda têm", informa.

Neeleman pretende iniciar uma campanha em Washington para eliminar o visto para brasileiros. "Se eles vão me atender eu não sei, mas hoje não faz mais sentido", diz. "Houve um tempo em que os brasileiros iam para lá e não voltavam. Hoje a realidade é outra."

Nenhum comentário:

Postar um comentário