1 de maio de 2013

Com voos mais cheios que concorrentes, Avianca prevê receita de R$ 1,75 bilhão

Aeronave da Avianca: fator de ocupação dez pontos percentuais acima da média do mercado em março.

A Avianca prevê obter receita de R$ 1,75 bilhão em 2013, o que representaria alta de 30% em relação ao resultado do ano passado, quando a empresa conseguiu pela primeira vez equilibrar o balanço, como adiantou, e num ano em que as grandes companhias do setor amargaram prejuízos relevantes. 


O resultado, segundo a empresa, se deve à taxa de ocupação mais alta das aeronaves, em relação às concorrentes. Enquanto a média do mercado foi de 71,29% de assentos vendidos por voo em março, na Avianca o índice ficou em 81,27%. "Faz a diferença porque os custos são mais ou menos iguais [ em voos cheios ou não ], como combustível, manutenção, leasing da aeronave, taxas aeroportuárias", afirma Tarcísio Gargioni, vice-presidente da companhia.

A empresa conseguiu manter o índice de ocupação durante o primeiro trimestre, quando a demanda por voos teve queda no País – foi a primeira vez em dez anos que isso aconteceu. Para atingir a meta de faturamento, a Avianca estima que o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro será de 2,5% em 2013. "A aviação comercial é muito dependente do PIB", explica Gargioni.

Nos últimos anos, a companhia manteve o faturamento em rota ascendente. Em 2010, quando a passou a usar o nome Avianca (antes disso, operava como Ocean Air, que continua sendo a razão social da empresa), teve vendas totais de R$ 575 milhões, que saltaram para R$ 840 milhões no ano seguinte e, em 2012, atingiram a marca de R$ 1,35 bilhão.


Para ter novo crescimento em 2013, a empresa aposta na expansão da frota. A Avianca vai receber mais cinco aviões da Airbus ao longo do ano – o primeiro chega em maio. Atualmente, a companhia conta com 32 aeronaves. As entregas devem fazer crescer ainda mais o número de passageiros transportados, que subiu de 2,4 milhões em 2010 para 5,2 milhões em 2012. A expectativa é de que 6 milhões de pessoas voem pela empresa em 2013.

O número de passageiros transportados no Brasil saltou de 30 milhões em 2003 para 100 milhões no ano passado – ou seja, cresceu para todas as companhias. Ainda assim, as maiores empresas do setor têm registrado prejuízos. Neste mês, a Secretaria de Aviação Civil pediu ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) estudos para ajuda às companhias aéreas.

"Vejo com bons olhos essa iniciativa", diz Gargioni. "A aviação se tornou um transporte de massa no Brasil. A função do banco é promover o desenvolvimento, por isso também é função dele ajudar a aviação comercial", acredita o executivo. O setor projeta que o número de passageiros transportados no País deve chegar a 160 milhões em 2020.

A Avianca detém atualmente 7,2% do mercado de aviação comercial brasileiro, faz 184 voos por dia para 22 destinos, é sediada em são Paulo e tem 3.450 funcionários. A empresa tem operações separadas da AviancaTaca, empresa com sede na Colômbia, embora as duas sejam controladas pelo mesmo fundo, o Synergy, dos irmãos Jose e German Efromovich, que detém 100% da Avianca brasileira e 60% da AviancaTaca.

Nenhum comentário:

Postar um comentário