14 de maio de 2013

Eike vende parte da OGX à Petronas

A OGX Petróleo anunciou no dia 07 de maio que celebrou contrato com a Petronas, petroleira da Malásia. O acordo tem como objetivo a venda de participação de 40% de blocos da petrolífera do grupo EBX, do empresário Eike Batista.



Mesmo com a transação, a OGX permanece como operadora dos blocos BM-C-39 e BM-C-40, localizados no campo de Tubarão Martelo na Bacia de Campos. Pela operação, a petroleira da Malásia desembolsará R$ 850 milhões.

Os blocos estão localizados a aproximadamente 95 km da costa brasileira em lâmina d’água de cerca de 110 metros. A operação está sujeita à aprovação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

A Petronas também detém a opção de adquirir 5% do capital total da OGX a um preço de R$6,30 por papel da petrolífera. A companhia da Malásia pode exercer essa opção, que não envolverá emissão de novas ações e não implica na diluição da participação dos acionistas minoritários, até abril de 2015.



"A parceria celebrada com uma ‘major oil company’ como a Petronas reforça a qualidade de nossos ativos e o potencial do Campo de Tubarão Martelo, que tem início de produção previsto para o final deste ano. Com recursos recuperáveis superiores a 32 bilhões de barris e produção acima de 2 milhões de boe por dia, a Petronas adiciona a OGX sua expertise para continuar o desenvolvimento da produção de óleo nestas áreas", disse Luiz Carneiro, diretor presidente da OGX.

Confiança

A compra da participação pela Petronas ocorre depois que a alemã E.ON acertou um acordo no fim de março para aumentar sua participação na companhia elétrica MPX, também de Eike Batista, numa operação de R$ 2,1 bilhões, o que trouxe recursos para a empresa do empresário.

Os negócios com OGX e MPX foram acertados depois que Eike fez uma parceria estratégia com o banco BTG Pactual no início de março. Ela envolveu linhas de crédito e futuros investimentos de capital de longo prazo para projetos da EBX.

A compra da participação nos blocos e entrada de capital na OGX representa a estreia da Petronas na indústria petrolífera do país. Além disso, uma unidade da empresa malaia se qualificou para participar do leilão de blocos de exploração no Brasil que ocorre em 14 e 15 de maio.

"A Petronas vê a aquisição como uma oportunidade altamente atraente em termos de qualidade de ativos e para crescimento estratégico de qualidade no Brasil", informou a companhia estatal em comunicado.

O campo de Tubarão Martelo tem início de produção previsto para o final deste ano.

"O interesse demonstrado pela Petronas na opção de compra para adquirir 5% de nossa companhia, no futuro, evidencia a qualidade de nosso time de executivos e nossas oportunidades de crescimento", afirmou o presidente da OGX, Luiz Carneiro.

O acordo foi anunciado após semanas de negociações. Em abril, representantes do grupo de Eike Batista e da estatal malaia estiveram juntos na sede da ANP, no Rio de Janeiro.

O negócio também ocorre em um momento em que a OGX sofre com problemas operacionais no campo marítimo de Tubarão Azul, na bacia de Campos, onde a empresa já tem produção comercial.

A petrolífera informou ontem que sua produção em abril somou 13,9 mil barris de óleo equivalente por dia, em média, o que representa uma queda de 7,9% na comparação com o volume médio extraído em março.

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