27 de agosto de 2012

Bancos privados precisam 'ousar' mais e ampliar crédito, diz Mantega


'Privados precisam de metas mais ousadas ou então vão comer poeira dos bancos públicos, como aconteceu em 2009', disse o ministro.
                                    Mantega volta a criticar juros cobrados por bancos.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, reforçou no dia 17 de agosto a ideia de que é preciso expandir o mercado de crédito no país para que o Brasil tenha condições de crescer mais no 2º semestre.


“Ainda estamos deficientes na área de crédito”, disse, após se reunir com superintendentes regionais do Banco do Brasil, em São Paulo.

Para o ministro, os bancos públicos desempenharam papel melhor que os privados na tarefa de conceder crédito no primeiro semestre e concentram hoje 45% do crédito.

Mantega reforçou que o Banco do Brasil “reagiu bem no segundo trimestre”, quando emprestou R$ 35 bilhões em novas operações. A Caixa Econômica Federal também foi importante para aumentar o total de crédito disponível na economia, segundo ele.

Para Mantega, se os bancos privados tivessem baixado os juros e os spreads e aumentado o crédito, o resultado no crescimento do crédito na economia teria sido melhor no primeiro semestre. “Os bancos privados precisam de metas mais ousadas ou então vão comer poeira dos bancos públicos, como aconteceu em 2009”, disse.

Segundo o ministro, a inadimplência está caindo e os índices de aumento que foram vistos nos últimos balanços são decorrentes de empréstimos feitos ao longo do segundo semestre de 2011. “Os bancos privados não acordaram”, afirmou.

Ainda de acordo com o ministro, a meta da Caixa é chegar a liberar R$ 100 bilhões em crédito até o fim do ano. No primeiro semestre, o banco estatal concedeu empréstimos na metade desse valor.

“Não faltará capital para que a Caixa continue expandindo seu crédito como está”, afirmou, garantindo que, caso seja necessário o BNDES pode aportar recursos no banco estatal. “Não estão faltando recursos para o BNDES”, disse, após participar de reunião com superintendentes do Banco do Brasil, em São Paulo.

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