1 de setembro de 2012

OGX fecha entre maiores baixas do Ibovespa em meio a desconfianças

Papéis da empresa de Eike Batista recuaram 8% no dia e puxaram para baixo o principal índice da bolsa de São Paulo.
Instabilidades começaram quando a OGX anunciou produção menor no campo Tubarão Azul.

As ações da OGX Petróleo e Gás encerraram o pregão no dia 30 de agosto com queda de 8,4%, maior baixa do Ibovespa no dia, cotada a R$ 6,00. Incertezas sobre os rumos da empresa de Eike Batista trouxeram uma volatilidade fora do comum aos papéis da companhia, segundo analistas consultados pelo Valor. O desempenho negativo das ações puxou o principal índice da bolsa de São Paulo para baixo e o Ibovespa fechou a sessão em baixa de 1,78% aos 57.369 pontos .

Eric Scott Hood, analista de petróleo da SLW Corretora, afirma que “a desconfiança com a OGX está gerando exagero na movimentação dos papéis da companhia”. No dia 30 de agosto a petroleira anunciou a nomeação de Paulo Martins Guimarães como diretor de exploração em substituição a Paulo Ricardo dos Santos.

Lucas Brendler, do banco Geração Futuro, concorda com o raciocínio. “Existe uma volatilidade que acaba sendo fora do padrão, porque uma simples troca de diretoria, para um executivo com as qualificações necessárias, não deveria ter um peso tão grande.”

                                   Paulo Mendonça, ex-chefão da OGX, sai do Grupo X.

A mudança na diretoria é uma notícia que se soma a tantas outras, em um cenário de desconfiança, explica o analista Felipe Rocha, da Omar Camargo. “É uma série de notícias, incluindo a saída de Paulo Mendonça e a revisão das expectativas de produção do poço de Tubarão Azul, que faz o investidor ficar tão receoso”.

Em conversa do analista Lucas Brendler com a companhia, a OGX afirmou que a troca de diretores faz parte da estratégia da empresa de se voltar mais para a área de produção. “A companhia afirmou que está iniciando essa nova etapa e o novo diretor se encaixaria melhor no perfil”, disse o Brendler.

Guimarães possui mais de 30 anos de experiência na indústria de petróleo e está na OGX desde 2010. O executivo esteve na Petrobras por mais de 20 anos, é graduado em geologia pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e doutorado pela University of Texas, em Austin, nos Estados Unidos.

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