Caso judicial será julgado nesta segunda-feira nos EUA.
Órgãos reguladores federais estão pressionando a Suprema Corte dos EUA a impedir grandes laboratórios farmacêuticos de pagar concorrentes que comercializam medicamentos genéricos, com o objetivo de atrasar o lançamento das versões mais baratas destas drogas no mercado. Estes atrasos, segundo os órgãos, impedem que os consumidores tenham acesso a grandes quedas nos preços, geralmente durante anos, que podem ultrapassar 90%.
O governo de Barack Obama, apoiado por grupos de consumidores e pela associação que representa médicos no país, afirma que estes "acordos de adiamento" geram grandes lucros às companhias e lesam a população, adicionando um ônus de $3.5 bilhões em gastos com remédios.
Mas as empresas farmacêuticas, por outro lado, alegam que precisam preservar por mais tempo os bilhões de dólares em rendimentos de seus produtos patenteados, a fim de recuperar os custos de desenvolver as novas drogas. E tanto as grandes companhias, quanto os produtores de genéricos, afirmam que o mercado de drogas genéricas é beneficiado por estes acordos.
A justiça norte-americana ouviu os dois lados no dia 25 de março. O caso judicial envolve um acordo firmado entre a belga Solvay – que agora pertence à AbbVie Inc. — e a produtora de genéricos Watson Pharmaceuticals, que permitiu adiar o lançamento da versão mais barata de um hormônio masculino, o AndroGel, somente para agosto de 2015.
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