14 de março de 2013

Lamborghini destila seu Veneno em Genebra

                                           Lamborghini Veneno no Salão de Genebra.

Como manda a tradição, todo carro da Lamborghini leva o nome de um touro das touradas espanholas. O nome da vez é “Veneno”, que pertenceu a um dos touros mais agressivos e fortes das arenas de Andalusia e que ficou famoso em 1914 por matar o lendário toureiro espanhol José Sánchez Rodriguez, que até então nunca havia errado um único golpe ou desvio contra os ferozes bois com seus enormes chifres.

“Esse é um carro extravagante, para pessoas extravagantes”, contou Stephan Winkelmann, CEO da marca italiana, durante a apresentação da nova super macchina no Salão de Genebra.

O Veneno foi desenvolvido para marcar as celebrações dos 50 anos da montadora fundada por Ferrucio Lamborghini, mas pouquíssimos compradores terão acesso ao carro. Apenas três unidades serão fabricadas e todas já foram compradas. Cada modelo custa € 3 milhões, o equivalente a bagatela de R$ 7,9 milhões. “É o carro mais exclusivo, caro e veloz que já fabricamos”, afirmou Winkelmann.

Trata-se de um superesportivo que desperta diversos sentimentos para quem o vê de perto. Uns o acham lindo e outros simplesmente horrível, o fato é que o Veneno é brutal. O modelo utiliza a mesma mecânica do Aventador, porém este recebeu uma carroceria mais leve e com melhor coeficiente aerodinâmico. O motor é o 6.5 V12 de 750 cv com câmbio semi-automático de 7 marchas e tração integral, enquanto a carroceria, chassi e interior são construídos quase que totalmente em fibra de carbono, material tão forte e resistente quanto ligas metálicas, porém muito mais leve – carro pesa 1.447 kg.

Segundo a Lamborghini, cada cavalo de potência gerado pelo motor 12 cilindros tem de carregar apenas 1,93 kg de massa do veículo, que não voa por muito pouco. A prova de arrancada do zero aos 100 km/h é realizada em meros 2,8 segundos e a velocidade máxima foi limitada em 355 km/h, 5 km/h a mais que o limite do Aventador.

O design do Veneno às vezes soa assustador, com um enorme aerofólio na traseiro e uma deriva aerodinâmica central, como as usadas nos carros de Fórmula 1, além dos spoiler frontal extremamente rente ao solo e o largo exaustor traseiro, cuja função é melhor o fluxo de ar por baixo do carro e assim mantê-lo preso ao chão. Ele ainda vem com rodas aro 20” no eixo frontal e 21” na traseira, ao passo que os freios são de cerâmica, material que dissipa o calor dos discos mais rapidamente e assim melhora a performance em repetidas frenagens. “É nossa obra prima”, disparou o CEO da marca.

Todas as três unidades foram personalizadas da mesma forma, com pintura preta com detalhes vermelhos e faixas com as cores da bandeira da Itália. Já o acabamento do interior deixa exposto toda fibra de carbono da construção com partes revestidas em couro Alcantara e o painel é todo digital.

Se ver o Veneno no retrovisor dando sinal é bom sair da frente logo. A última pessoa que não fez isso não se deu muito bem...

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