5 de julho de 2014

62% dos empregos gerados na Bahia em 2014 ficarão no interior do Estado

                         Secretário James Correia e superintendente Paulo Guimarães.

42 mil dos 67 mil empregos previstos na Bahia até o final de 2014 (62%) serão gerados em cidades do interior, segundo dados da Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração do Governo do Estado. "Há dois anos, a geração de empregos no interior é maior que na região metropolitana de Salvador", observou, no dia 18 de junho, o secretário James Correia.

Maior economia do Nordeste, representando 30% da produção regional, e variando entre a quinta e sexta economia do Brasil, em 2013, o setor industrial baiano cresceu 6,6%, três vezes mais que a média do Brasil. No mesmo ano, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 3,0%, superando a média nacional, 2,3%, e São Paulo, 1,7%.

Os principais fatores da interiorização dos investimentos, de acordo com Correia, são a criação de um mercado consumidor e a expansão do ensino técnico e universitário. Além disso, o governo da Bahia trabalha com a lógica da diversificação da economia, com a formação de polos industriais nos setores automotivo, petroquímico, de bebidas, alimentos e eólico.

Nesse processo de interiorização, a China é o maior parceiro, o que tornou a Bahia o primeiro destino brasileiro em investimentos daquele país. Os chineses investem maciçamente no agronegócio e na mineração no oeste do estado. A intensa parceria levou o governo baiano a abrir um escritório de representação em Pequim, o único de um ente subnacional do Brasil.

O superintendente de Atração de Investimentos da Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração, Paulo Guimarães, ressalta que os investimentos em logística - recuperação de mais de 8 mil quilômetros de estradas, portos e aeroportos - e projetos para o setor, a exemplo do Porto Sul e da Ferrovia de Integração Oeste-Leste, contribuem para a chegada de novas fábricas e para o reinvestimento de grupos já instalados na Bahia.

"As características climáticas são favoráveis a diversos investimentos", observa Guimarães, enumerando que a região oeste tem uma grande indústria leiteira da Nova Zelândia, a Chapada Diamantina tem produção de uvas, vinho, batata, café, óleo de oliva e frutas orgânicas e o Vale do Rio São Francisco, frutas e vinhos.

Na região metropolitana de Salvador está situada uma das maiores concentrações industriais da América latina Latina, o Polo Industrial de Camaçari, onde, recentemente, a Ford construiu uma fábrica de motores e ampliou a unidade de montagem de veículos.

Segundo Guimarães, o valor do reinvestimento foi maior que o da implantação da linha de montagem. Em Camaçari foram desenhados e são produzidos dois carros globais. A movimentação da empresa norte americana levou a alemã Continental a ampliar sua fábrica, que atualmente é responsável pela produção de 40% dos pneus automotivos do Brasil.

Ainda em Camaçari, a Kimberly-Clark inaugurou uma fábrica de superabsorventes, que vai consumir matéria prima do novo polo acrílico da Basf, o primeiro de América Latina. É lá também que se consolida o maior polo de equipamentos eólicos do Brasil, com a Alstom, a Gamesa e outras indústrias. De sua entrada em operação, em 1978, até 2007, o Polo de Camaçari recebeu US$ 11 bilhões em investimentos. De 2007 a 2014, US$ 12 bilhões.

Um novo polo voltado para a indústria naval surge no entorno da Baía de Todos-os-Santos, a partir do Estaleiro Enseada do Paraguaçu, que tem entre os sócios a Kawasaki. Os oito portos da Baía de Todos-os-Santos, entre terminais públicos e privados, movimentam 36 milhões de toneladas de cargas/ano. Com a implantação do Porto Sul, em Ilhéus, a Bahia movimentará 100 milhões de toneladas.

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