24 de outubro de 2012

Durante governo Dilma seis bancos pequenos e médios já tiveram problemas

A intervenção no BVA é o caso mais recente em uma lista que inclui Panamericano, Schahin, Morada, Prosper e Cruzeiro do Sul.
 
Com a intervenção do Banco Central (BC) no BVA , anunciada no dia 19 de outubro, o governo da presidente Dilma Rousseff acumula um histórico de enfrentamento de crises em seis bancos pequenos e médios. A lista incluí ainda Panamericano, Schahin, Morada, Prosper e Cruzeiro do Sul, a maior parte deles por problemas de má gestão e fraude.


O banco do apresentador e fundador da rede SBT de televisão Silvio Santos naufragou em meio a fraudes que deixaram um rombo de R$ 4 bilhões na instituição. Acabou resgatado com dinheiro do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) e foi adquirido pelo banco BTG, em janeiro de 2011.

O banco Schahin foi vendido para o BMG, em abril do mesmo ano. Como comprovado posteriormente, tinha um rombo de R$ 1,1 bilhão, causado por fraudes e outras irregularidades, como a concessão de crédito para empresas do mesmo grupo.


A negociação foi intermediada pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), entidade criada pelos bancos para garantir o dinheiro dos credores em caso de quebra de instituições financeiras. Na ocasião, o Schahin já estava descapitalizado e emprestava mais do que podia, comprometendo seu capital (baixo índice de Basiléia).

Sediado no Rio de Janeiro, o Banco Morada sofreu intervenção do BC na mesma época, depois que os donos não apresentaram um plano de recuperação considerado viável pelo BC. De pequeno porte, o Morada teve a decretada sua liquidação extrajudicial alguns meses depois, em outubro. O BC justificou a decisão alegando insolvência, passivos a descoberto e inviabilidade de normalização dos negócios da empresa.


Os dois casos mais recentes foram os do carioca Prosper e o do paulista Cruzeiro do Sul, que tiveram a liquidação extrajudicial decretada na mesma data (14/09/2012). Antes de fechar, o Prosper chegou a receber proposta de mudança de controle para o Cruzeiro do Sul, operação rejeitada pelo BC. Entre os motivos alegados para a liquidação foram elencados prejuízos sucessivos e o descumprimento de normas do sistema financeiro. O banco detinha 0,01% dos ativos do sistema bancário e 0,01% dos depósitos.

O caso do Cruzeiro do Sul teve desfecho rápido. Sua liquidação foi decretada pelo Banco Central depois de pouco mais de três meses sob intervenção do BC, em Regime de Administração Especial Temporária. O motivo da intervenção foi a suspeita de fraudes. A investigação revelou um rombo de mais de R$ 3 bilhões. Sediado em São Paulo, detinha 0,25% dos ativos do sistema bancário e 0,35% dos depósitos.

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