13 de outubro de 2012

Energia renovável atrai empresário conhecido como o “Eike do Sul”

Alexandre Azambuja decide abrir capital da ESX Solar e EOX Eólica, empresas em pré-operação.

O empresário gaúcho Alexandre Souza Azambuja, do Templars Trust, conhecido como o “Eike Batista do Sul”, realizou dois novos pedidos à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para as empresas do setor de energia, a SX Solar e a EOX Eólica. Segundo o executivo, que já realizou 18 pedidos à CVM de negócios dos mais diversos ramos, “o setor de energia está aquecido e com boas possibilidades para os pequenos projetos”.

Azambuja conta que o objetivo das empresas, que já existem desde 2010 e estão em fase pré-operacional, é diminuir a carência para os pequenos projetos, motivado pela falta de recursos. “As empresas foram criadas como um veículo de investimento. O mercado pode estar complicado para as grandes empresas do setor, mais existem grandes possibilidades para os pequenos”, destaca.

O empresário afirmou ao BRASIL ECONÔMICO que pretende listar as companhias no Bovespa Mais da BM&FBovespa, voltada para pequenas e médias empresas, para criar uma vitrine e assim atrair investidores.

Disposto a fazer suas empresas crescer tanto organicamente como através de aquisições, o executivo diz estudar quatro empreendimentos no Rio Grande do Sul no setor eólico.

Entre os projetos analisados pela empresa está a produção de um novo tipo de pá, criada por um brasileiro, que apresenta uma performance melhor do que equipamentos disponíveis no mercado. Já no segmento solar, o executivo gaúcho conta que a ESX Solar tem avaliado a compra de uma tecnologia de painéis fotovoltaicos, de um engenheiro japonês.

Setor

No mesmo caminho de Azambuja, a Light anunciou, recentemente, que o conselho de administração da empresa aprovou a proposta de abertura de capital da Light Energia. Por meio de comunicado a Light informou que “o pedido de registro é para a categoria B, para que desta forma, futuramente, seja possível emitir debêntures”.

No sentido oposto, a CPFL Renováveis comunicou na semana passada o cancelamento de sua oferta pública inicial de ações (IPO), motivado pelas condições adversas de mercado.

Segundo a empresa, além da crise econômica global, que vem gerando impactos negativos em diversos mercados, como os europeus e o americano, contribuiu para a decisão a recente medida do governo federal, que trata da renovação de concessões de empreendimentos de geração e transmissão.

“Embora a medida não gere impactos relevantes sobre os ativos da CPFL Renováveis, as perdas percebidas recentemente pelos investidores com as ações do setor e as incertezas dos agentes sobre os efeitos diretos e indiretos das medidas criaram um cenário de insegurança”, explica o presidente da companhia, Miguel Normando Abdalla Saad, em nota.

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