5 de novembro de 2014

Com 17 novas operações, Avianca espera ter mais 30 mil passageiros por mês

José Efromovich, presidente da Avianca, falou em São Paulo sobre aumento de voos no Brasil.

A Avianca começa a operar 17 novos slots (espaços que funcionam como vagas de operação para pousos e aterrisagem em aeroportos) a partir de novembro. Essas novas posições têm potencial de acrescentar 30 mil passageiros por mês, o que significa um aumento de 5% na operação diária que hoje é de 20 mil.

Se tudo correr dentro do planejamento da empresa, isso deve impulsionar o fôlego para ganhar participação de mercado, embora o presidente, José Efromovich, negue que seja esse o objetivo da empresa.

“Ganhar mercado é consequência de um trabalho bem feito. Isso vem com a confiança e a adesão do passageiro, que temos conseguido conquistar”, afirma Efromovich.



A frase do executivo pode parecer discurso, mas os números da operação no Brasil são consistentes. A taxa de ocupação média da empresa é superior à registrada pelo setor e tem se elevado gradualmente. Em 2010, era de 74% (ante 68% da média da indústria de aviação) e deve terminar este ano com 84% (79% da indústria). Em números de passageiros, isso significa passar dos 2,5 milhões atendidos em 2010 para os atuais 7,2 milhões estimados para este ano.

As novas vagas em aeroportos também são estratégicas com ampliação de mais quatro voos diários de São Paulo para o Rio de Janeiro (dois da ponte-aérea e dois para o Galeão), um voo para Salvador e 3,5 voos para Brasília (a conta aqui é fácil, tem dia que a empresa tem autorização de embarque até a Capital Federal, mas não está autorizada a fazer o trajeto de volta, tendo de esperar até o dia seguinte).

Na alta temporada de verão brasileira (entre 15 de dezembro até 21 de fevereiro), serão disponibilizados ainda voos diários de São Paulo para destinos turísticos no Nordeste, como João Pessoa (PB) e Natal (RN).

Copa do Mundo causou impacto negativo no setor aéreo

A demanda corporativa, responsável por dois terços dos passageiros no País, pode ser considerada um revés para o setor neste ano em decorrência da forte queda no período da Copa do Mundo e a inibição diante do período eleitoral .

“A queda foi importante, pois a Copa do Mundo virou um programa de família, as pessoas ficaram em casa e as empresas não fizeram deslocamentos corporativos porque o cenário pintado anteriormente dizia que haveria muita procura. Agora contamos com a volta à normalidade dos corporativos e a alta do turismo de fim de ano.”

A expectativa da empresa é de a Receita em 2014 chegue a R$ 2,303 bilhões – alta de cerca de 300% em relação a 2010, quando lucro foi de R$ 574 milhões.

Nenhum comentário:

Postar um comentário