25 de junho de 2013

Com protestos, máscaras do Anônimo quase se esgotam na Rua 25 de Março

Máscara utilizada pelo grupo Anonymous à venda na Ladeira Porto Geral, em São Paulo: destaque na entrada.

Com a intensificação dos protestos em todo o Brasil desde o início da semana, comerciantes da Rua 25 de Março, em São Paulo, viram a venda de um item um tanto inusitado crescer: a máscara do Anônimo, utilizada por muitos manifestantes em alusão ao movimento de hackers ativistas que apoio os protestos nas ruas.

A loja Festas e Fantasias, localizada na Ladeira Porto Geral, já vendia a máscara antes das manifestações. Porém, viu uma venda que significava, no máximo, de dez máscaras por dia, saltar para 200 a 300 unidades no mesmo período.

O sucesso impulsionou a loja a aumentar as encomendas, colocar a máscara entre os manequins da entrada e encomendar também bandeiras do Brasil, que antes não eram vendidas no local.

"As máscaras chegaram a esgotar e tivemos de repor. Agora só temos estas aqui", mostra a vendedora, apontando para cerca de dez máscaras no balcão perto da entrada. As bandeiras chegaram no dia 20 de junho na loja por R$ 4,50. Foram vendidas cerca de 30,

A máscara do Anônimo sai por R$ 7, mesmo preço cobrado pela Porto das Festas, também localizada na Ladeira, e que exibia apenas três produtos. "Foi o que sobrou. Vai e vem", diz uma das vendedoras. "Quem compra geralmente pega cinco, 15 e até 50 de uma vez. Não são apenas jovens. Tem engravatados, tudo", explica.
Loja coloca máscara pregada na porta da galeria e pregada a uma placa segurada por um vendedor.

A loja estima que as vendas das máscaras girem em torno de 50 por dia, e já aceitou encomenda de 300 produtos. Também vende bandeiras do Brasil, mas, para o produto, a procura se mantém estável. "Não sabemos se por causa das manifestações ou pela Copa das Confederações", conta a vendedora.

A K.R.A Fantasia fica escondida dentro de uma das muitas galerias da região. Para chamar a atenção, coloca um vendedor com a placa da loja para anunciar os produtos na rua. Agora, o funcionário exibe a placa e duas máscaras símbolo dos protestos: uma amarelada e outra cor de pele. "Está chamando a atenção", diz o vendedor.

Os vendedores asseguram que não houve reajustes de preços. Na Lojas Millor, o preço das máscaras caiu de R$ 15 para R$ 12, mas ainda é quase o dobro do praticado pelas outras lojas. Isso porque o estabelecimento vende a máscara na cor branca, com material diferenciado.

Mas o dono, o libanês Melhem Feghali, não está preocupado com as vendas, mas, sim, com a queda de 50% do movimento em plena época de festas juninas. "O pessoal está com medo", diz.

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