18 de agosto de 2013

Justiça do Acre nega pedido para barrar eventual prisão de diretor da Telexfree

            Carlos Costa, diretor da Telexfree: Justiça foi contra pedido para evitar prisão.

A Telexfree desistiu de tentar suspender uma investigação criminal que tem como foco os grandes divulgadores da rede no Acre – os chamados team builders. A empresa também teve negado um pedido para evitar uma eventual prisão de seu diretor de marketing, Carlos Roberto Costa.

A decisão não afeta o bloqueio sobre as contas as atividades da empresa, suspeita de ser uma pirâmide financeira, e que está em vigor há 57 dias.

As investigações criminais contra a Telexfree no Acre começaram logo depois do bloqueio das atividades da empresa em 18 de junho . O inquérito apura o cometimento de delitos como crime contra economia popular (por criação de pirâmide financeira), estelionato e lavagem de dinheiro.

Costa é um dos alvos do inquérito, mas os policiais e promotores de Justiça estão atentos sobretudo ao papel dos divulgadores – como são chamados os associados da empresa – responsáveis por atrair grandes quantidades de interessados para o negócio. Um desses grandes divulgadores contou ao MP-AC que a Telexfree tem 70 mil associados no Acre, o que representaria 10% da população do Estado.

Bloqueio de prisão e de investigação

Em 5 de agosto, os advogados da Telexfree apresentaram dois habeas corpus à Justiça. Num deles, preventivo, tentavam evitar que Costa fosse preso. O desembargador Francisco Djalma, porém, negou o pedido por considerar que não há nenhuma "ameaça concreta" à liberdade do diretor da Telexfree. A decisão foi divulgada no dia 7.

A solicitação causou estranheza ao MP-AC, segundo uma fonte ouvida pela reportagem. Costa tem residência fixa, argumenta a fonte, e não há, até agora, outros indícios que justificassem um eventual pedido de prisão preventiva – o que pode ser feito, por exemplo, se ele tentar destruir provas ou ocultar recursos.

O diretor da Telexfree já foi alvo de um pedido de prisão, feito pela Polícia Civil do Espírito Santo, onde há um segundo inquérito criminal contra ele. A solicitação foi negada pela Justiça.

O segundo habeas corpus pedia, novamente, o bloqueio do inquérito criminal. Na primeira tentativa, feita em julho, a Telexfree conseguiu suspender a investigação por 23 dias , o que causou prejuízos à apuração, segundo autoridades envolvidas no caso.

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