27 de agosto de 2013

Projeto social substitui troco de bala por doação para crianças com câncer

     Crianças em sala de aula na sede da Casa Hope, no Planalto Paulista, em São Paulo.

O troco que os consumidores geralmente recebem em bala pode ser revertido em uma doação para a Casa Hope, lar de crianças com câncer, e ainda resultar em um prêmio de até R$ 100 mil pela Loteria Federal.

Esses são os pilares do Troco Solidário Premiado, projeto social lançado há três semanas e idealizado pelo grupo Ongoing, holding que administra o iG, em parceria com a Abrasel-SP, associação do setor de alimentação fora do lar.

Ao comer em um dos restaurantes participantes do projeto na capital paulista, o consumidor pode doar entre R$ 0,01 e R$ 10 e participar automaticamente de um consórcio para ganhar 10 mil vezes o valor do troco. A cada 100 mil doações, um sorteio é realizado.


O objetivo é angariar fundos para a construção de uma nova unidade da Casa Hope, em Campo Belo, voltada para os adolescentes com câncer. Em 12 meses, a previsão é que a campanha destine R$ 2,5 milhões para a instituição.

Segundo Izilda Moribe, diretora técnica da Casa Hope, o terreno da nova unidade foi doado pelo governo no mês passado. O espaço total é de 1.350 m² —a sede da instituição tem 3.700 m².

“Esperamos angariar dinheiro suficiente para construir e manter o projeto. A campanha Troco Solidário é perene, não apenas pontual”, avalia Moribe.

Ao visitar a Casa Hope e conhecer as crianças no dia 23 de agosto, o presidente e CEO do iG , André Chaves, se impressionou com o trabalho da entidade e se dispôs a ajudá-la. "Um projeto como esse tem tudo para dar certo devido à seriedade da instituição", afirmou aos presentes.
                                                 Sede da Casa Hope, em São Paulo.

De acordo com Marshall Garcia, idealizador do projeto e presidente da Holyrock, consultoria empresarial do grupo Ongoing, atualmente dez restaurantes participam do projeto, entre eles Rei do Bacalhau, Livorno e Ancona.

“Já entramos em contato com mais de 100 outros estabelecimentos na capital paulista e a expectativa é que a gente feche parceria com a Abrasel de outros Estados para levar o projeto para o Brasil inteiro”, afirma Garcia.

Após efetuar a doação, o consumidor recebe uma nota da qual constam o nome da instituição filantrópica e a data do sorteio. “Tudo é bastante transparente. Também enviamos no final do ano um relatório anual com as doações realizadas para o consumidor deduzir o valor do Imposto de Renda”, destaca o idealizador do projeto.

Restaurantes

Os restaurantes participantes também ganham ao aderir à campanha, segundo Joaquim Saraiva de Almeida, presidente da Abrasel-SP. A cada doação feita pelo consumidor, uma porcentagem é destinada ao estabelecimento para cobrir custos administrativos — índice não revelado pela entidade. Além disso, o garçom do cliente premiado ganha mil vezes o troco doado.

“O interesse dos comerciantes na verdade está em participar de uma ação solidária. É como se eles fossem voluntários”, explica Almeida, que também é presidente do conselho nacional da Abrasel.

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