20 de julho de 2012

Embraer espera entregar 6,8 mil novos jatos até 2031

Pelas estimativas da companhia brasileira, serão entregues quase um jato por dia nos próximos 20 anos.

Prevendo um aumento anual de 5% na demanda por aeronaves no mundo todo durante os próximos 20 anos, a Embraer espera entregar 6,8 mil novos jatos comerciais de 30 a 120 assentos no período, com um valor estimado em US$ 315 bilhões. Desse total, a maioria deve vir da procura por aviões que possuem entre 91 e 120 cadeiras, ou 3,8 mil.


Outros 2,6 mil viriam do segmento entre 61 e 90 assentos, com os 405 restantes sendo de 30 a 60 lugares. O período no qual a fabricante brasileira espera entregar mais unidades é entre 2022 e 2031 Em nota, a empresa ainda comenta que 53% desses pedidos devem representar a substituição de aeronaves antigas, enquanto o resto vai significar o crescimento do mercado.

"A frota mundial de jatos em operação com capacidade de 30 a 120 assentos aumentará de 4,15 mil aviões em 2011 para 7,4 mil em 2031", calcula a Embraer. De acordo com essas contas, a maior parte das unidades seria entregue à América do Norte. São previstos 2,2 mil jatos para a região, ou 32% do total de 6,8 mil esperados.

Em seguida, está a Europa e os países da antiga União Soviética, com 1,9 mil aeronaves, ou 28%. A expectativa, ainda, é que a China receba mil novas unidades, 15% do total. A previsão da Embraer é que a maior parte dos pedidos comece a se concentrar no leste, principalmente na Ásia. "Em 2031, os maiores mercados do mundo serão Ásia do Pacífico e China, respondendo por 34% do RPK [receita de passageiro por quilômetro transportado] mundial", estima.

Europa e América do Norte responderiam por 21% cada. Para a companhia, este impulso no mercado de aeronaves vai se dar por conta, principalmente, do crescimento econômico nos países emergentes e da ascenção da classe média urbana nesses locais. Fatores negativos, porém, incluem o preço dos combustíveis e o aumento das preocupações ambientais, que deve acirrar a concorrência.

O preço dos combustíveis, aliás, já vem impactando o segmento de 30 a 60 assentos. A Embraer é líder de mercado com os E-Jets, que têm de 61 a 120 cadeiras, mas os aviões menores estão sendo menos procurados por conta dos gastos para abastecê-los e também das menores tarifas praticadas pelas companhias aéreas. "No entanto, essa categoria continuará exercendo um papel importante ao conectar mercados de baixa e média densidade com grandes centros", finaliza a nota.

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