2 de novembro de 2012

Do papel para a internet


As mulheres ainda são minoria na internet: pesquisa do grupo RBS mostra que 75% dos empreendedores digitais são homens.

Pensando em abrir um negócio virtual? Antes, leia as dicas de duas empreendedoras que já transformaram a ideia em realidade.

Ter um negócio na internet pode parecer tarefa fácil: é mais barato, fexível e conveniente. Mas, acredite, os desafos encontrados por empreendedores digitais são grandes. “Abrir um negócio nunca vai ser simples”, afirma Silvia Valadares, gerente de relacionamento com startups da Microsoft no Brasil. O mesmo nível de planejamento e organização requeridos na criação de empresas no mundo real é igualmente necessário no ambiente virtual. Não basta ter uma boa ideia. “Ideia é uma coisa que pipoca em toda esquina. Tem que ter disciplina para executá-la”, diz Silvia.

A carioca Vanessa Caldas é CEO da Amo Muito (www.amomuito.com), loja virtual de acessórios femininos, inaugurada há dois anos. Vanessa percorreu uma longa estrada até decidir encarar o desafio de ter uma empresa na internet. Aos 19 anos abriu uma cafeteria, mas depois de três anos resolveu experimentar o ambiente corporativo e foi trabalhar em outras organizações, na área de marketing. “Eu queria voltar a ter meu negócio, mas, até isso acontecer de novo, demorou. Eu pesquisei muito, pensei em abrir comércio, franquia, consultoria”, lembra Vanessa. Ela acredita que a experiência adquirida nas diversas companhias em que trabalhou antes de virar empreendedora novamente foi fundamental para que a Amo Muito seja um negócio bem-sucedido. No segundo ano de funcionamento, seu faturamento triplicou.

Para abrir um negócio na internet, ou fora dela, é preciso lidar com riscos e estar ciente de que um bom planejamento é fundamental. Em 2008, Maria Carolina Cintra criou a Kingo Labs, uma startup de programas para métricas de mídias sociais. A empresa durou apenas três anos, encerrando suas operações no ano passado. Maria Carolina atribui o fracasso da Kingo Labs à falta de experiência que ela e os sócios tinham na época em que criaram a empresa.

A falta de envolvimento do investidor contribuiu para que o negócio ficasse sem rumo. Felizmente, da Kingo Labs saiu o Sorteie.me, um aplicativo que Maria Carolina criou com sua equipe em 2009 para a realização de sorteios na internet, um dos primeiros no mundo. O programa ganhou popularidade no Facebook e no Twitter e hoje tem cerca de 1,5 milhão de usuários por mês. Segundo a empreendedora, “o Sorteie.me é um negócio completamente digital, enxuto e lucrativo”. No fim de março, Maria Carolina inaugurou um novo empreendimento digital: o Socialle (www.socialle.com.br), uma ferramenta integrada com o Facebook para viabilizar a realização de desejos dos usuários. Ela está confiante: “Estou começando do jeito certo — agora eu conheço bem mais os meus sócios do que conhecia na época do primeiro empreendimento”.

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