22 de janeiro de 2012

China continua importando mais minério de Brasil e Austrália

País diversificou importações, mas não conseguiu reduzir sua dependência dos dois países, seus principais fornecedores.

Durante 2011, a China diversificou suas importações de mineral de ferro, em geral favorecendo a África do Sul, mas não conseguiu reduzir sua dependência de seus principais provedores, Austrália e Brasil, de acordo com dados aduaneiros divulgados neste sábado.

Por muitos anos, as autoridades chinesas disseram que o fornecimento do insumo da Índia e de outros países poderia ajudar a romper o domínio das três principais produtoras de mineral de ferro do mundo: as australianas BHP Billiton e Rio Tinto e a brasileira Vale.

Mas, em 2011, a China importou 64% do material desses países, sem variação em relação ao ano anterior. As compras na Índia caíram cerca de 24%, em meio a queixas pelo declive da qualidade. As compras da África do Sul aumentaram cerca de 22%, mas a Índia continua sendo o terceiro provedor da China, entregando o dobro dos sul-africanos.

As compras de minério de ferro gerais aumentaram 10,94%, porque a indústria siderúrgica da China continuou crescendo, frente à desaceleração do crescimento econômico interno. A estratégia da diversificação da China levou o país a buscar mineral de ferro em lugares como Mauritânia e Mianmar.

O crescimento de fontes não tradicionais reflete os fornecimentos restringidos, uma boa demanda e preços altos, mais do que uma estratégia explícita de reduzir a dependência de Austrália e Brasil, disseram analistas.

Espera-se que os preços do mineral de ferro fiquem em torno de US$ 150 por tonelada durante 2012, segundo uma pesquisa da Reuters realizada em meados de dezembro, contra os US$ 168 de 2011.

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