26 de janeiro de 2012

Fórum de Davos começa com clara preocupação com criação de emprego

Discussões do Fórum Mundial também recaem sobre a falta de alimentos e a fome mundial. 

O Fórum Econômico Mundial de Davos começou nesta quarta-feira com uma clara preocupação com o crescimento global e a geração de empregos em um cenário de crescimento populacional e um sistema globalizado que exige mudanças e novos modelos. Os copresidentes do Fórum de Davos de 2012 destacaram na entrevista coletiva de abertura que a prioridade atual e para os próximos dez anos é a criação de empregos. 

Eles lembraram que o desemprego serviu de motivação, entre outras, para as recentes tensões no norte da África. Por conta disso, o executivo-chefe do banco americano Citigroup, Vikram Pandit, ressaltou o planejamento de nos próximos dez anos a América Latina criar 40 milhões de novos empregos e os Estados Unidos 20 milhões. 

O executivo-chefe da multinacional britânica de alimentação Unilever, Paul Polman, lembrou a triste estatística de que diariamente "1 bilhão de pessoas vão dormir com fome". Essa situação exige aumento da oferta de alimentos em 70% até 2020, quantia necessária para alimentar a população mundial, revelou Polman. O diretor da empresa cinematográfica mexicana Cinépolis, Alejandro Ramírez, declarou que a segurança alimentar será um de assuntos abordados pelos chefes de Estado e de Governo na reunião do Grupo dos Vinte (G20, que reúne os países ricos e os principais emergentes) deste ano, que ocorrerá em junho em Los Cabos (Baixa Califórnia Sul).

Ramírez assinalou que algumas economias emergentes da Ásia, América Latina e da África Subsaariana têm taxas de crescimento "decentes", mas que esse desempenho corre riscos pela estagnação das economias industrializadas. Pandit considerou que é importante criar um sistema financeiro que inclua cada vez mais pessoas já que atualmente 2,5 bilhões não têm conta bancária. O ano de 2012 se apresenta aos analistas reunidos na cidade suíça de Davos como período de transformações depois que o sistema capitalista tenha sofrido a pior crise desde a Segunda Guerra Mundial, que abalou a confiança do setor financeiro. "Os bancos devem servir aos clientes e não a eles mesmos", concluiu Pandit.

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