9 de janeiro de 2012

Obama pede que empresas dos EUA tragam empregos para casa

Casa Branca realiza na quarta-feira fórum sobre "Internalização dos Empregos Americanos". Alvo é transferência de fábricas para China e Índia.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, deu início a um esforço para encorajar as empresas de seu país a manter os empregos em casa ao invés de criá-los no exterior, apresentando um tema de ano eleitoral com o objetivo de agradar a classe média.

Em seu discurso semanal em rádio e vídeo, Obama fez uma prévia do evento que ele realizará na semana que vem com executivos para destacar as vantagens de investir nos EUA.

"Nós ouviremos líderes empresariais que estão trazendo empregos de volta para casa e veremos como nós podemos ajudar outras empresas a seguir esse exemplo", afirmou Obama.

O fórum da Casa Branca sobre "Internalização dos Empregos Americanos" será realizado na quarta-feira. Executivos de mais de uma dúzia de empresas participarão do evento, inclusive a fabricante de cadeados Master Lock, a companhia de móveis Lincolnton Furniture, a desenvolvedora de software GalaxE Solutions e a companhia química DuPont.

A ênfase em manter os empregos nos EUA está em linha com a mensagem econômica populista cunhada por Obama, que pode se dar bem com os sindicalistas, de cujo apoio o presidente democrata precisará para vencer a reeleição em novembro.

A Casa Branca vê uma tendência cada vez maior de empresas decidindo "internalizar" empregos e investir em fábricas nos EUA, de acordo com uma autoridade do governo, e quer encorajar mais empresas a seguir essa tendência.

A prática de empresas norte-americanas transferirem empregos para outros países, como Índia e China, onde a mão de obra é mais barata, é fonte de preocupação para os trabalhadores dos EUA.

O assunto tem forte apelo para Estados industriais do Meio-Oeste, como Ohio e Michigan, que foram golpeados com força não só pela crise econômica de 2007 a 2009, mas também pelos anos de contração do emprego no setor manufatureiro. Muitos destes Estados são campos de batalha vitais para as esperanças de reeleição de Obama.

A Casa Branca foi motivada pelos dados de geração de postos de trabalho em dezembro, divulgado na sexta-feira, que mostrou uma queda na taxa de desemprego para 8,5 por cento - o menor nível em quase três anos.

"Estamos caminhando na direção certa. E não vamos desistir", disse Obama.

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