19 de julho de 2013

Investidores estrangeiros temem calote da OGX

                      Eike Batista, CEO do Grupo EBX, perde credibilidade no mercado.

Os credores internacionais de Eike Batista reuniram-se no dia 15 de julho em Nova York para conversar com advogados brasileiros e estrangeiros. O motivo da reunião é entender o que está acontecendo com as empresas X e tentar traçar um cenário futuro. Os investidores temem que o EBX, holding do empresário Eike Batista, tenha dificuldade em honrar seus compromissos externos.

Os credores internacionais do grupo, em sua maioria, têm bônus em moeda americana emitidos pela petroleira OGX. Ao todo a petrolífera possui 3,6 bilhões de dólares de dívidas. 

Nas conversas de segunda-feira os investidores não chegaram a falar em litígios contra o grupo EBX, mas demonstraram preocupação com um eventual calote do pagamento dos bônus da OGX e preveem algum tipo de reestruturação nos passivos.


O diretor-executivo de Finanças Corporativa e Reestruturação Societária da FTI Consulting no Brasil, Sam Aguirre, comentou que alguns credores gostariam de entender como os brasileiros veem os problemas da EBX. O assunto tem repercutudo na imprensa norte-americana, com matérias de capa no New York Times e Wall Street Journal.

O diretor destaca que, como a holding que controla as empresas do grupo, a EBX, tem capital fechado, isso ajuda a elevar ainda mais as dúvidas sobre os reais passivos das companhias de Eike Batista. “Os credores estão buscando caminhos e tentando achar uma solução que faça sentido para os dois lados”, disse Aguirre.

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