4 de março de 2014

Pecuarista investe R$ 5 milhões em açougue chique

Aberto em janeiro no bairro do Itaim Bibi, em São Paulo, o açougue chique batizado de Feed nasceu com intenção de democratizar a cultura da carne de qualidade, feita de forma artesanal na fazenda.
           Pedro Merola, presidente executivo do açougue Feed: volta às raízes da fazenda.

A empresa já vendia carnes para restaurantes até que decidiu inovar na venda para consumidores com maior poder aquisitivo, das classes A e B. O novo espaço tem 350 metros quadrados de área construída, empório gastronômico, lounge e espaço para degustações e aulas de culinária.


O objetivo é que o cliente não só compre a carne, mas permaneça por mais tempo na loja. Funcionários treinados estão prontos para conversar sobre suas refeições, que podem auxiliá-los sobre o produto correto. "O estabelecimento é feito para quem gosta de comer bem", diz Pedro Merola, sócio-fundador da empresa especializada em carnes.

Empresário pecuarista e engenheiro agrônomo formado pela USP (Universidade de São Paulo), Merola investiu inicialmente R$ 5 milhões no negócio. Ele passou sete anos à frente da casa de carnes Bonsmara Beef, em São Paulo, e é presidente executivo da Fazenda Santa Fé, em Goiás.

Sem intermediários

O destaque do Feed é o controle de toda a cadeia produtiva. A loja é abastecida por sete fazendas, próprias e de parceiros – entre elas a Santa Fé –, e distribuídas em quatro Estados. Os empreendimentos têm, juntos, capacidade para produção de 200 animais por mês.

Esse padrão foi obtido ao longo de sete anos, após diversas mudanças na forma de como criar, recriar e engordar os animais.

Posteriormente, foi expandido para parceiros, que recebem a premiação necessária para abrir mão de índices de produtividade e focar na produção artesanal e sabor desejado. Isso é possível porque a empresa não tem intermediários em conversas com o produtor.

A característica permite praticar preços semelhantes aos ofertados em supermercados da zona nobre da cidade, com a vantagem de ter um padrão de qualidade na produção. As peças na loja variam de R$ 25 a R$ 70 o quilo.

Personalização

Além dos cortes tradicionais, são oferecidos mais de 45 cortes de carne em porções menores, que servem duas pessoas, prontas para serem usadas e desenvolvidas por chefs. “O objetivo é simplificar a vida das pessoas”, explica Merola. São produtos como hambúrguer com costela de boi e também strogonoff.

Uma equipe de açougueiros treinados atende também desejos personalizados dos clientes, tanto de cortes como formas de preparo.

No fundo da loja, a cozinha com fogão a lenha, chapa, parrilla argentina, uma horta com temperos frescos pode ser utilizada para aulas de cozinha, degustações e encontros gastronômicos.

O empório vende também sais, vinhos, temperos, acessórios e livros. "Alguns produtos, como o azeite trufado, são difíceis de encontrar, e têm a praticidade de estar reunidos no mesmo lugar", diz o empreendedor. 

Merola não descarta planos de formar uma rede com o novo empreendimento. "Vamos dar um passo de cada vez. Mas podemos ampliar a produção conforme a demanda".

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