17 de novembro de 2013

Reforma da casa própria lidera busca por consórcios de serviços

        Reformas residenciais lideram a utilização dos consórcios de serviços no Brasil.

Apesar de constituírem uma parcela ínfima dos consórcios no Brasil, as aplicações em grupo para contratar serviços mudaram de perfil desde sua criação, há quatro anos, com a lei 11.795/08, apontou um levantamento da ABAC (Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios).


As reformas residenciais passaram a liderar o segmento com 63,35% de participação em setembro deste ano – ante 38% em maio –, à frente de festas e eventos (12,68%), saúde e estética (4,47%), turismo (3,06%), educação (0,67%) e outros. Há quatro anos, as procuras eram mais restritas a cirurgias plásticas e viagens, de acordo com a entidade.

O consórcio de serviços ainda está longe de ser popular. Apenas 0,3% do total dos 5,5, milhões de consorciados no País optaram pelo segmento, num mercado dominado por grupos formados para a compra de bens de consumo.

“Todo mundo conhece o consórcio de imóveis e veículos, mas o de serviços ainda é muito incipiente no Brasil. O desafio das empresas é divulgar melhor este segmento”, observa o presidente-executivo da ABAC, Paulo Roberto Rossi.

Com 68,5% de participação no Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, o setor de serviços está longe de ser o carro-chefe das administradoras de consórcios. Os bens materiais predominam na carteira de grupos de pessoas, e os serviços aparecem como produto à parte.


O aumento na compra de imóveis na planta, acredita Rossi, foi o que mais estimulou a formação de grupos para a compra de serviços nas residências que exigem planejamento financeiro, especialmente reformas. A utilização vai de projetos arquitetônicos, marcenaria, pintura, instalação da parte hidráulica, até a construção de churrasqueiras e piscinas.

A participação de pessoas jurídicas nos consórcios de serviços saltou de 2% para 8,75% entre maio e setembro deste ano, crescimento acima de 330%. Segundo o presidente da ABAC, as empresas têm recorrido ao recurso para desenvolver programas de computador, investir em arquitetura, parte hidráulica, elétrica e pintura de forma programada.
Projetos de arquitetura, marcenaria e pintura estão entre os principais usos do consórcio de serviços residenciais.

Indicada para quem não tem disciplina financeira, a poupança “forçada” do consórcio de serviços funciona da mesma forma que o modelo tradicional. O prazo médio das aplicações em serviços, entre maio e setembro, foi de 37 meses, com faixas de crédito entre R$ 2 mil e R$ 24 mil.

Considerando uma taxa média de 0,59% ao mês e reajuste anual de 8%, um investimento de R$ 5 mil contratado no prazo de 36 meses, a uma taxa média de 0,59%, terá o valor final de 6.546,91, de acordo com uma simulação da ABAC.

"É uma alternativa mais barata que o financiamento, mas só para quem não precisa do serviço imediatamente", analisa Rossi. Contar com a sorte – há contemplados mensais dentro de cada grupo – também não deve ser motivo para fazer um consórcio, seja qual for o objetivo. O recurso é mais indicado para quem não tem disciplina financeira, nem pressa para concretizar seu objetivo.

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