29 de dezembro de 2013

Alta do IPI terá impacto nas vendas de automóveis, segundo Anfavea

O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan, disse no dia 24 de dezembro, em nota distribuída à imprensa, que a alta do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) a partir do próximo ano, publicada no dia 24 de dezembro, no Diário Oficial da União (DOU), ficou acima da expectativa inicial e terá impacto nas vendas.


"Acreditamos que os aumentos estão acima de nossas expectativas iniciais e ainda não podemos fazer prognósticos detalhados dos impactos no mercado, mas é importante lembrar que um ponto porcentual adicional de IPI, no caso dos (automóveis) populares, representa o acumulado de dois meses de inflação, e certamente com impacto no volume de vendas", afirmou Moan.
       Em cidades como São Paulo, ruas abarrotadas de carros e recordes de acidentes.

A nota da Anfavea alega que, desde maio de 2012 até o dia 30 de novembro deste ano, a indústria automobilística deixou de recolher pouco mais de R$ 4,9 bilhões com a redução de IPI, mas, em compensação, gerou receita de R$ 11,6 bilhões em PIS/Cofins, IPVA, ICMS, além de viabilizar a produção de mais de 1,3 milhão de unidades adicionais e aumento de dez mil empregos.

"A arrecadação adicional de mais R$ 6,7 bilhões comprova que a redução do IPI — sobre os automóveis mais tributados do mundo — tem efeito extremamente positivo para a economia brasileira", disse Moan.

Recomposição

O governo federal definiu no dia 24 de dezembro nova recomposição parcial das alíquotas do IPI para automóveis e utilitários, que valerá de 1º de janeiro a 1º de julho de 2014. Para os veículos de até 1.000 cilindradas, os chamados 1.0 litro, e para os utilitários, a recomposição será de um ponto porcentual.

Já para os entre 1.000 e 2.000 cilindradas (de 1.0 litro a 2.0 litros), a recomposição será de dois pontos porcentuais na alíquota. Com isso, o impacto da alta nos preços dos veículos deve ser 1,1% a 2,2%, segundo as montadoras.

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