21 de dezembro de 2013

Municípios capixabas têm os maiores crescimentos do PIB em 2011

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) dos municípios em 2011. No ranking das dez cidades com maior crescimento do PIB (a preços correntes, ou no ano em que o produto foi produzido e comercializado), as três primeiras são do Espírito Santo: Itapemirim, Marataízes e Presidente Kennedy.
Navio plataforma FPSO, o primeiro a produzir óleo do pré-sal, no campo de Baleia Franca, litoral do ES.

Itapemirim liderou a lista dos maiores crescimentos. O PIB do município aumentou 266,70% na comparação com o levantamento de 2010. Já Marataízes teve uma alta de 185,33% no período. No caso de Presidente Kennedy, o produto cresceu 149,82%. 


Fazem parte ainda da lista dos dez maiores crescimentos, segundo o IBGE, os municípios de Ourilândia do Norte (PA), com alta de 142,87%, Santa Carmem (MT), com aumento de 123,25%, Belágua (MA), que apresentou expansão do PIB de 117,44%, Jardinópolis (SC), com 107,21%, Godofredo Viana (MA), com 102,90%, Cabreúva (único município paulista), com 96,89%, e Bom Jardim (MA), com 94,12%.

Em 2011, Presidente Kennedy foi apontada como a cidade brasileira com maior PIB per capita: R$ 387.136,99. Em segundo lugar ficou Quissamã (RJ), seguida por Louveira (SP) e São Gonçalo do Rio Abaixo (MG). Entre as capitais, o PIB per capita mais alto foi o de Vitória, equivalente a quatro vezes o PIB per capita nacional. 

No final de novembro, o IBGE divulgou também o PIB dos Estados de 2011. Naquele ano, a economia do Espírito Santo cresceu 6,9%, enquanto que na média nacional a alta foi de 2,7%. O PIB do Estado foi R$ 97,693 bilhões, o que lhe garantiu o 11º lugar em participação no ranking nacional. Já o o PIB per capita capixaba em 2011 foi de R$ 27.542 – um crescimento real de 5,9%, enquanto a média brasileira apresentou uma variação de +1,8%. O Espírito Santo avançou duas posições no ranking nacional de PIB per capita, saindo de 6º lugar, obtido em 2010, para o 4º lugar, em 2011.


A partir apenas dos dados estaduais, José Edil Benedito, diretor-presidente do Instituto Jones dos Santos Neves, ligado ao governo do Estado do Espírito Santo, comentou o comportamento do PIB. Segundo ele, os maiores destaques na geração de riqueza são a indústria de extração mineral e o setor secundário, de transformação. "Temos conseguido um crescimento expressivo das indústrias de petróleo e naval, especialmente na região sul do Estado, onde estão os municípios de Anchieta, Itapemirim, Marataizes e Presidente Kennedy", explicou.

O crescimento econômico do Estado, e particularmente de algumas regiões – José Edil Benedito também citou os municípios de Linhares, São Mateus, Aracruz e Colatina – tem exigido mais atenção do poder público por conta dos problemas gerados pelo aumento da riqueza, como o crescimento da violência e a falta de mão de obra qualificada para atender a maior demanda. "Já conseguimos reduzir a taxa de homicídios e temos investido no aumento da qualificação profissional", disse.

Altas e baixas

Ainda segundo o IBGE, os municípios que subiram mais posições na lista do PIB de 2011 foram Belágua (da 4.991ª posição para 3.849ª), que contou com o aumento da produção da mandioca, e Godofredo Viana (da 4.217ª para 3.089ª), que apresentou alta taxa de crescimento graças a atividade de extração do ouro.
      Os municípios de Belágua e Godofredo Viana caíram mais posições, mostra IBGE.

Já a lista das cidades que caíram mais posições trazem as cidades de Monções (SP), que caiu do 1.448º lugar para 3.337º (resultado da retração da atividade comercial e dos serviços de manutenção e reparos), e Guarruchos (RS), que sofreu com a redução do valor exportado de energia elétrica – seu lugar despencou de 1.501º para a 2.695º.

Pobreza

A concentração de renda continua a ser uma marca do País. O levantamento do IBGE mostra que a soma da renda de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba, Belo Horizonte e Manaus foi de aproximadamente 25% de toda a geração de renda do Brasil – juntas, as capitais têm 13,7% da população. Ainda segundo o levantamento, 55 municípios representam a metade do PIB nacional – mas apenas 30,9% da população.

A tendência é reforçada na outra ponta. Os 1.323 municípios que fazem parte da última faixa de participação relativa responderam por cerca de 1% do PIB e detinham em 2011 3,3% da população. Fazem parte desta faixa 73,7% das cidades do Piauí, 62,3% da Paraíba, 54% de Tocantins e 53,3% do Rio Grande do Norte.

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