20 de janeiro de 2014

Como a Azul, Avianca cria teto de tarifas em R$ 999 para a Copa

                                              José Efromovich, presidente da Avianca.

Seguindo o exemplo da Azul, a Avianca anunciou no dia 14 de janeiro que também vai adotar um teto tarifário de R$ 999 o trecho para as passagens aéreas durante o período da Copa do Mundo. Mas para ampliar a oferta da concorrente, que na semana passada divulgou a estratégia somente para o período correspondente ao evento, de 12 de junho a 13 de julho, a companhia já começa a operar com o limite de preços em 1º de fevereiro, com encerramento do prazo em 31 de julho.


Segundo o presidente da Avianca Brasil, José Efromovich, a iniciativa é uma maneira de garantir que os preços não serão abusivos em função do aumento da demanda previsto para a época. O executivo ainda ressaltou que a política tarifária da companhia, cujo tíquete médio é de R$ 315, não sofrerá alteração em virtude da implementação do preço máximo.

“Nossa proposta é oferecer a melhor experiência de voo com o preço mais justo possível. Em função disso, olhamos para o mercado e decidimos pelo teto. Se o cliente for surpreendido pelo preço de R$ 1,6 mil, ele não vai pagar mais de R$ 999. O nosso sistema vai automaticamente cortar os valores dos trechos que hoje estão acima do teto”, explica. “Não quer dizer que o trecho vai custar R$ 999. Estamos falando que o cliente vai pagar, no máximo, esse valor”.

Para suprir a demanda, a aérea prevê um aumento de 6,4% no número de voos diários internos, passando de 176 para 187 durante o período da Copa, totalizando 430 voos extras no período considerado para o evento. Extra-oficialmente, a empresa já teria recebido a confirmação do governo para intensificar suas atividades nos hubs das cidades do Rio, Brasília e São Paulo, que estão conectados com os demais destinos da Copa, como Fortaleza, Recife, Salvador, Natal e Cuiabá. Hoje, o setor espera receber a confirmação do governo através da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para o incremento de voos durante o evento.

Se o receio dos consumidores em relação aos exageros tarifários para junho e julho deste ano já é página virada na avaliação da Avianca, os gargalos logísticos em algumas das cidades-sede ainda geram preocupação para a companhia. “Se a gente considerar que Fortaleza deve receber cem voos por causa de um jogo do Brasil, sabemos que o aeroporto não comporta nem a metade dessas aeronaves estacionadas. Esperamos que a Anac consiga fazer um bom plano de contingenciamento”.

Os aeroportos cheios, com voos extras, também aumentam o receio de Efromovich em relação aos atrasos. O executivo, no entanto, admite que a companhia pouco pode fazer em relação a isso. E acredita que a privatização dos aeroportos já será suficiente para amenizar eventuais problemas dessa ordem. “O caminho é esse mesmo. É o modelo correto. A gente só lamenta que muito do que deve ser feito só ficará pronto depois da Copa”.

A Avianca ocupa o quarto posto do mercado, com 7,71% de participação. Em terceiro está a Azul, com 12,94%. Na disputa pela liderança, TAM (38,81%) e Gol (36,4%) também estudam medidas relacionadas à Copa do Mundo. No dia 13 de janeiro, a TAM confirmou a solicitação de mil novos voos para junho e julho, sendo 850 para o mercado doméstico. Se aprovada, a operação deve demandar R$ 50 milhões de investimentos. Já a Gol disse que só vai se pronunciar após a confirmação da Anac.

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