Eike, em evento da OSX, uma de suas empresas.
Os dias nunca foram tão difíceis para os investidores da petroleira OGX. Depois de passarem o ano inteiro sobressaltados com a queda livre dos papéis, no último pregão da BM&FBovespa, no dia 27 de setembro, as ações da empresa chegaram ao seu menor nível histórico.
Os papéis OGXP3 encerraram o dia negociados a R$ 0,28, amargando queda de 9,67%. No dia 29 de setembro uma ação da petroleira vale o equivalente a uma caixinha de chiclete. No IPO (sigla em inglês para Oferta Pública de Ações) da empresa, em junho de 2008, as ações entraram no mercado a R$ 11,31, considerado o preço teto pelo UBS, que coordenou a operação. Da oferta pública para cá, a empresa perdeu 97,5% do seu valor.
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Em seu melhor momento, cada ação chegou a valer R$ 23,28, segundo levantamento da consultoria Economatica. No dia 29 de setembro os papeis valem 98,79% menos em comparação com a cotação máxima.
Dinheiro de chiclete
Para se ter uma ideia de como a cotação dos papéis da OGX despencou, quando chegou ao valor mais alto, era possível comprar com um papel, por exemplo, uma McOferta do McDonald's (um Big Mac, uma batata média e um refrigerante médio), de R$ 18,50, mais três casquinhas de sorvete, vendida a R$ 1,50 cada. No dia 27 de setembro, o mesmo acionista da OGX precisaria de seis ações para comprar apenas uma casquinha de sorvete.
A história da OGX sempre foi recheada de números e eventos de grande magnitude, desde a abertura de capital. Em 2008, a abertura de capital da empresa marcou a bolsa como o maior IPO da história.
Com suas perspectivas otimistas, Eike foi capaz de levantar nada menos que R$ 6,7 bilhões na estreia – antes de completar a primeira hora de negociação, as ações já subiam mais de 18%. Em maio do ano passado, a empresa já era negociada em valores inferiores ao da oferta inicial.
Atualmente, as ações da OGX, segundo o site da BM&FBovespa, estão distribuídas da seguinte forma. A Centennial Asset Mining Fund Lic detém 46,59% dos papéis; a Centennial Asset Brazilian Equity Fund Lic é dona de 3,58%; o Itaú Unibanco S.A. possui 7,27% e 42,57% estão no mercado.
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