3 de outubro de 2013

Ação da OGX, de Eike Batista, vale uma caixinha de chiclete

                                     Eike, em evento da OSX, uma de suas empresas.

Os dias nunca foram tão difíceis para os investidores da petroleira OGX. Depois de passarem o ano inteiro sobressaltados com a queda livre dos papéis, no último pregão da BM&FBovespa, no dia 27 de setembro, as ações da empresa chegaram ao seu menor nível histórico.

Os papéis OGXP3 encerraram o dia negociados a R$ 0,28, amargando queda de 9,67%. No dia 29 de setembro uma ação da petroleira vale o equivalente a uma caixinha de chiclete. No IPO (sigla em inglês para Oferta Pública de Ações) da empresa, em junho de 2008, as ações entraram no mercado a R$ 11,31, considerado o preço teto pelo UBS, que coordenou a operação. Da oferta pública para cá, a empresa perdeu 97,5% do seu valor.


Em seu melhor momento, cada ação chegou a valer R$ 23,28, segundo levantamento da consultoria Economatica. No dia 29 de setembro os papeis valem 98,79% menos em comparação com a cotação máxima.

Dinheiro de chiclete

Para se ter uma ideia de como a cotação dos papéis da OGX despencou, quando chegou ao valor mais alto, era possível comprar com um papel, por exemplo, uma McOferta do McDonald's (um Big Mac, uma batata média e um refrigerante médio), de R$ 18,50, mais três casquinhas de sorvete, vendida a R$ 1,50 cada. No dia 27 de setembro, o mesmo acionista da OGX precisaria de seis ações para comprar apenas uma casquinha de sorvete.

A história da OGX sempre foi recheada de números e eventos de grande magnitude, desde a abertura de capital. Em 2008, a abertura de capital da empresa marcou a bolsa como o maior IPO da história.

Com suas perspectivas otimistas, Eike foi capaz de levantar nada menos que R$ 6,7 bilhões na estreia – antes de completar a primeira hora de negociação, as ações já subiam mais de 18%. Em maio do ano passado, a empresa já era negociada em valores inferiores ao da oferta inicial.

Atualmente, as ações da OGX, segundo o site da BM&FBovespa, estão distribuídas da seguinte forma. A Centennial Asset Mining Fund Lic detém 46,59% dos papéis; a Centennial Asset Brazilian Equity Fund Lic é dona de 3,58%; o Itaú Unibanco S.A. possui 7,27% e 42,57% estão no mercado.

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